Você está na página 1de 16

FACULDADE PITÁGORAS IPATINGA- HORTO

RAYANNE DIAS DE OLIVEIRA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Difusão de Gases

IPATINGA

2019

0
FACULDADE PITÁGORAS IPATINGA- HORTO

RAYANNE DIAS DE OLIVEIRA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Difusão de Gases

Relatório de atividade prática, apresentada à


Faculdade Pitágoras de Ipatinga, para a
disciplina de Laboratório de Engenharia
Química II, do décimo período, do curso de
Engenharia Química.

Prof. Arnaldo Terra

IPATINGA

2019

1
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------03
2. OBJETIVO--------------------------------------------------------------------------------------05
3. MATERIAIS E REAGENTES--------------------------------------------------------------06
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL----------------------------------------------------07
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES --------------------------------------------------------09
6. CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------------14
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS-----------------------------------------------------15

2
1. INTRODUÇÃO

A difusão é o termo dado à passagem de uma substância através de outra.


Nos sólidos, o processo de difusão é muito lento, tão lento que são necessários
métodos especiais para detectar e medir a velocidade de difusão; nos líquidos, a
difusão ocorre mais rapidamente. Já para os gases, a difusão é muito rápida, e,
além disso, é freqüentemente auxiliada pelas correntes de convecção no ar, que faz
com que seja ainda mais veloz. A efusão é o processo pelo qual um gás passa
através de um orifício, e obedecem as mesmas propriedades da efusão, no que diz
respeito à velocidade dos gases.

A Lei de Graham diz que a velocidade de difusão ou de efusão de um gás


através de outro é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade. Ou
seja: v ∝ 1/√d Esta lei pode ser rearranjada em termos da massa molecular do gás.
A uma dada pressão e temperatura, a densidade e a massa molecular de um gás
ideal são diretamente proporcionais: d= m/V= m/((nRT/P) )= mP/nRT Como o
número de mols n é igual à razão entre a massa da amostra m e a sua massa
molecular M, por substituição, temos: d= mP/(m/M RT)=P/RT M Por esta equação,
temos: d ∝M Se a densidade é proporcional à massa molecular, então, pode-se
dizer que a velocidade de difusão e de efusão de um gás é inversamente
proporcional à sua massa molecular: velocidade de difusão∝ 1/√M .

A partir das relações estabelecidas, pode-se afirmar, então, que, quanto maior
for a massa molecular do gás, menor é a sua velocidade de difusão e efusão. Para
dois gases A e B submetidos à difusão, a proporcionalidade é
inversa: 〖 Velocidade 〗 _A/ 〖 Velocidade 〗 _B = √(M_B )/√(M_A ) Esta relação
entre dois gases, submetidos à difusão, nas mesmas condições de temperatura e
pressão, além de determinar a velocidade de difusão do gás, serve também para
determinar sua densidade ou sua massa molecular. Uma das formas experimentais
de se medir a velocidade de difusão de um gás é submeter uma base e um ácido
gasoso à difusão dentro de um tubo fechado, onde se possa observar a formação do
anel de sal resultante da reação de neutralização. Medindo-se o comprimento desde
a rolha que contem o algodão embebido no ácido ou base até o ponto onde o anel
começa a se formar, e dividindo-se pelo tempo que o anel leva para se formar, pode-
se calcular a velocidade do gás.
3
Figura 1: Moléculas de gás dissolvido

4
2. OBJETIVO

Medir a velocidade de difusão dos gases HCl e NH 3. Entender o


comportamento dos dois gases e compreender a reação de formação de dado
composto.

3. 7
4.
.

5
3. MATERIAIS E REAGENTES

 200 mL de amônia NH3 - PA


 200 mL de ácido clorídrico HCl - PA
 01 Caixa de Algodão
 02 Unidades de septo (rolha) de borracha (24/40)
 01 Tubo de plástico (duas pontas abertas – 24/40)
 02 Suportes universais
 02 Garras
 02 Mufas
 01 Pinça
 01 Cronômetro
 01 Régua de 30 cm

6
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Na capela, montou-se, com ajuda de dois suportes universais, um de cada lado o


sistema abaixo, de forma que o tubo se manteve o mais paralelo da bancada
possível.

Figura 2:

Embebedou-seum chumaço de algodão com o ácido clorídrico concentrado (HCl)


e outro com amônia concentrado (NH 3). Com auxilio de uma pinça, colocou-se ao

7
mesmo tempo um chumaço de algodão em cada extremidade cada chumaço com
um reagente diferente.

Fechou-se as extremidades do tubo com as rolhas o mais rápido possível, tudo


com muita agilidade.

Após septar as extremidades do tubo, começou-se a cronometrar.Aguardamos a


visualização de um anel branco dentro do tubo de conexão. O anel se forma
segundo a reação:

HCl (g) + NH3 (g) → NH4Cl (s)

Ao ser percebida a formação do anel o cronômetro foi travado e uma marca


foi feita no tubo sobre o ponto de formação do mesmo. Em seguida foi medida a
distância percorrida por cada gás até o local de encontro.

Este procedimento foi realizado 3 vezes. E com esses dados foi possível fazer
o cálculo da velocidade de difusão dos gases.

8
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como as substâncias são voláteis, logo após serem colocados nas


extremidades do tubo de vidro, os gases saem do algodão e então percorrem o tubo
até se encontrarem e reagirem, formando um anel esbranquiçado, mostrando assim
a formação de cloreto de amônio (NH4Cl (s)). Pela localização do anel formado no
tubo, é possível relacionar as massas molares e as velocidades. A reação que
ocorre no interior do tubo é representada pela equação:

HCl (g) + NH3 (g) → NH4Cl (s)

Na realização dessa parte do experimento, os gases foram adicionados


simultaneamente para que a diferença de tempo não influenciasse nos resultados.

TABELA 1
Experimento 1
Tempo da Reação: 5,5 min = 303 s
Reagente Distância Percorrida Massa Molar Densidade
HCl (g)  4 cm 36,46 g/mol 1,64 kg/m³
NH3 (g)  23 cm 17,0 g/mol 0,73 kg/m³
Experimento 2
Tempo da Reação: 1,3 min= 63s
Reagente Distância Percorrida Massa Molar Densidade
HCl (g)  10 cm 36,46 g/mol 1,64 kg/m³
NH3 (g)  17 cm 17,0 g/mol 0,73 kg/m³
Experimento 3
Tempo da Reação: 1,1 min = 61 s

9
Reagente Distância Percorrida Massa Molar Densidade
HCl (g)  9 cm 36,46 g/mol 1,64 kg/m³
NH3 (g)  18 cm 17,0 g/mol 0,73 kg/m³

Sabe-se que de acordo com a Lei de Graham, temos que a velocidade de


efusão é inversamente proporcional à massa do mesmo. Conhecendo a m assa do
reagente utilizado, pode-se chegar à velocidade pedida.

A massa do NH3 e do HCl são conhecidas e citadas na Tabela 1. Substituindo


os valores na equação acima, podemos encontrar as velocidades correspondentes.
Velocidade de efusão do HCl pode ser obtida aproximadamente, da seguinte
maneira:
Experimento 1:
d (cm)
V HCl=
t(s)

4 cm
V HCl=
303 s

−1
V HCl=0,0132cm . s

Experimento 2:
d (cm)
V HCl=
t(s)

10 cm
V HCl=
63 s

−1
V HCl=0,1587 cm. s

10
Experimento 3:
d (cm)
V HCl=
t (s)

9 cm
V HCl=
61 s

−1
V HCl=0,1475cm . s

Velocidade de efusão do NH3pode ser obtida aproximadamente, da seguinte


maneira:
Experimento 1:

d (cm)
V NH = 3
t( s)

23 cm
V NH = 3
303 s

−1
V NH =0,0759 cm . s
3

Experimento 2:
d (cm)
V NH = 3
t( s)

17 cm
V NH = 3
63 s

−1
V NH =0,2698 cm . s
3

Experimento 3:
11
d (cm)
V NH =
3
t( s)

18 cm
V NH =
3
61 s

V NH =0,2950 cm . s−1
3

As razões entre as velocidades a partir dos valores obtidos individualmente


são:
Experimento 1:
−1
V efução HCl 0,0132 cm . s
=
V efução NH 3 0,0759 cm . s−1

V efução HCl
=0,173
V efução NH 3

Experimento 2:
V efução HCl 0,1587 cm. s−1
=
V efução NH 3 0,2698 cm . s−1

V efução HCl
=0,588
V efução NH 3

Experimento 3:
−1
V efução HCl 0,1475 cm . s
=
V efução NH 3 0,2950 cm . s−1

V efução HCl
=0,5
V efução NH 3

A razão entre as velocidades de efusão, aplicadas diretamente na equação 01


é de:
V efução HCl √17,00
=
V efução NH 3 √ 36,46

12
V efução HCl
=0,68
V efução NH 3

O erro relativo entre as razões das velocidades de efusão calculadas


individualmente e aplicadas à equação é de:

Experimento 1:
( 0,68−0,173)
Erro relativo=
( 0,68)

Erro relativo=0,74=7,4 %

Experimento 2:
(0,68−0,588)
Erro relativo=
( 0,68)

Erro relativo=0,13=1,3 %

Experimento 3:
(0,68−0,5)
Erro relativo=
( 0,68)

Erro relativo=0,26=2,6 %

Pela Lei de Graham, o gás com menor massa molar deveria percorrer uma
distância maior, ou seja, o anel deveria ser formado mais perto da extremidade onde
o HCl foi adicionado. Isso foi o verificado na prática, confirmando a lei, já que o anel
esbranquiçado foi formado em todos os três experimentos mais próximos do HCl do
que do NH3.

13
6. CONCLUSÃO

O Conhecimento sobre a Lei de Graham auxiliou na comprovação de que


massa e velocidade de efusão são inversamente proporcionais. A partir deste
princípio e utilizando os dados obtidos na prática, conclui-se que a velocidade do
reagente de menor massa (NH3,) foi maior comparado a do outro reagente de massa
maior (HCl), portanto o NH3 percorreu uma distância maior do que o HCl, onde se
formou o anel esbranquiçado de NH4Cl (s).

Transferência ineficiente do
gral para o béquer.
 Titulação mal realizada –
erro grosseiro.
 Erro de cálculos.

14
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S. BARONE, J. S. Química


Analítica Quantitativa Elementar. 3.ed. 2. Reimpressão. Edgar Blucher: São Paulo,
2004.

CEUNES – UFES – FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL. Difusão de gases.


Disponível em: <http://www.ceunes.ufes.br/downloads/2/gilmenebianco-
Exp1_Densidade.pdf>. Acesso em: 18 de setembro. 2018 – 20:25 horas

BALL, D.W., Físico-Química, 1. ed., Vol. 1 e 2. Thomson Learn0ing: São Paulo,

15

Você também pode gostar