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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

HIDROMETRIA

Medição de Vazão pelo método direto volumétrico

BARREIRAS – BAHIA
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Weriskiney Araújo Almeida

HIDROMETRIA

Medição de Vazão pelo método direto volumétrico

Relatório entregue como requisito parcial da


avaliação da disciplina curricular de
Hidráulica do curso superior de Engenharia
Sanitária e Ambiental da UFBA - Campus
Barreiras.

Professor: Flávio Gonçalves

BARREIRAS – BAHIA
2010
1. INTRODUÇÃO

A medição das vazões é assunto tratado em Hidráulica, numa área chamada


de Hidrometria. Existem vários métodos para efetuar essa medição, tais como, o
método direto e volumétrico, o método do molinete e o do flutuador, que são os mais
conhecidos.
No primeiro método, mede-se o tempo necessário para que a água preencha
completamente um recipiente coletor com volume conhecido. Sua aplicação se
limita a pequenas descargas, tais como nascentes, canalizações de pequeno
diâmetro e em laboratório para medir a vazão de aspersores e gotejadores. Quanto
maior o tempo de determinação, maior a precisão. Os demais métodos são indiretos
e não farão parte desse experimento.
A partir da vazão volumétrica encontrada, pode-se determinar também a
vazão mássica, que é a quantidade de massa transportada em determinado tempo,
e a vazão em peso, que é análoga à anterior, exceto por não considerar a massa,
mas o peso da água.

2. OBJETIVO

Esse experimento objetivou medir, em laboratório, a vazão volumétrica


gerada por um equipamento para análise de escoamentos internos através do
método direto volumétrico, para depois relacionar o dado obtido com as vazões
mássica e em peso.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados no experimento foram:

• Equipamento para análise de escoamentos internos: Bomba d’água,


tubulação, reservatório e recipiente coletor de água;
• Cronômetro;
• Régua.
A metodologia empregada para medição da vazão foi a de, através da leitura
de uma régua, quantificar, sabendo-se a área da base do recipiente coletor de água,
o volume de água escoado num determinado tempo, isto é o chamado método
direto.
Primeiro, o fluxo de água estava direcionado para o reservatório. Ao acionar o
cronômetro, esse fluxo foi imediatamente redirecionado para o coletor utilizando-se
um dispositivo próprio do equipamento. Convencionou-se previamente que o tempo
a ser considerado deveria ser de 20s. Então, nesse instante acionou-se novamente
o dispositivo, interrompendo o fluxo para o coletor e retornando-o para o
reservatório.
Quando a superfície da água tornou-se estável, utilizou-se a régua para medir
a altura da coluna líquida desde o fundo do recipiente. Anotou-se, por fim, 10
medidas de tempo e alturas.

4. RESULTADOS

Para determinação da vazão pelo método direto, a equação básica é:

Vazão (Q) = Volume (V) / tempo (t) Eq. 1


Como,

V = Área da base do Recipiente (AR) . Altura da lâmina d’água (LH2O)

Eq. 2
Então,

Q = (AR . LH2O Med) / tMed Eq. 3

Foram feitas 10 medições da altura da lâmina d’água e do tempo para que


pudessem ser utilizadas as respectivas médias.
Foi medido na régua um erro sistemático de 0.6cm, pois se fez necessário
utilizá-la além da sua graduação original, de modo que ela tocasse no fundo do
coletor.
Os dados coletados durante o experimento estão na TABELA 1.
Medidas Tempo (s) LH2O + erro Erro sistemático LH2O
(cm) (cm)
1 19,94 34,30 0,60 33,70
2 19,71 32,80 0,60 32,20
3 19,65 32,40 0,60 31,80
4 19,83 33,15 0,60 32,55
5 19,83 33,10 0,60 32,50
6 20,19 33,40 0,60 32,80
7 19,60 32,25 0,60 31,65
8 19,64 32,80 0,60 32,20
9 19,95 33,10 0,60 32,50
10 20,12 33,15 0,60 32,55
MEDIA 19,85 33,05 32,45

TABELA 1 – Dados coletados

Pela TABELA 1, tMed = 19,85s e LH2O Med = 32,45cm.


Para a aferição da área da base do recipiente coletor, utilizou-se a régua. As
medidas encontradas foram de 31.64 cm X 31.50 cm, logo AR = 996,66 cm2.
Utilizando a Eq. 3,

Q = (996,66 cm2 . 32,45 cm) / 19,85s


Q = 32.341,62 cm3 / 19,85s
Q = 1.629,30 cm3/s

A partir da vazão volumétrica (Q), podemos encontrar a vazão mássica


(Qm = ρ . Q) e a vazão em peso (Qp = ρ . g . Q = Qm . g), onde ρ é a densidade da
água e g a aceleração da gravidade, consideradas 1 g/cm3 e 9.8 m/s2,
respectivamente. Assim, efetuando as transformações de unidade necessárias:

Qm = 1 g/cm3 . 1629,30 cm3/s


Qm = 1.629,30 g/s
------
Qp = 1629,30 g/s . 0,001 Kg/g . 9,80 m/s2
Qp = 15,97 N/s
5. DISCUSSÃO

5.1 Erros

Em qualquer experimento de laboratório estão embutidos erros. Esses podem


ser de vários tipos, como de medição (incerteza) e os sistemáticos.
Nesse experimento, erros foram embutidos devido à operação de cronometrar
ao mesmo tempo em que se redirecionava o fluxo de água do reservatório para o
recipiente coletor. Nesse caso, o tempo de resposta do operador não é exatamente
o mesmo para cada medida.
Foi atribuído à régua um erro sistemático, isto é, um erro que pode ser
quantificado e eliminado após aferições.

5.2 Interpretação física

Os resultados mostram que no momento do experimento, passava pela


tubulação cerca de 1.63 litros de água (1629,3 cm3) a cada segundo, que é a vazão
volumétrica (Q). Numa abordagem diferente, a partir da vazão mássica (Qm),
constatou-se que uma massa de aproximadamente 1,63 Kg de água era despejada
no recipiente num segundo. O peso da massa d’água foi de aproximadamente 16N
nesse mesmo tempo (vazão em peso, Qp), logo, essa pode ser entendida como a
quantidade de força exercida pela água sobre uma superfície por segundo.

6. CONCLUSÃO

Com este experimento conseguiu-se quantificar a vazão volumétrica


desconhecida e previamente gerada no aparelho, bem como relacioná-la com as
vazões mássica e em peso (força da água por tempo).
Pôde-se observar que várias etapas do processo são submetidas a erros
sistemáticos e de operação, sendo, portanto necessária nas medidas a máxima
atenção e padronização de cada passo.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://euclides.if.usp.br/~ewout/ensino/fge2255/textos/ConcBasTeorErr.pdf,
acessado em 8 de março de 2010, às 14h15min.

www.cca.ufsc.br/~aaap/hidraulica/.../orificios_e_bocais.ppt, acessado em 8 de
março de 2010, às 14h45min.

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