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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E


TECNOLOGIA DO PARÁ
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM
QUÍMICA.

DENSIDADE DOS GASES

Trabalho apresentado à disciplina Química


Orgânica Experimental I da turma C866TC
do curso de Licenciatura em Química para
obtenção de nota parcial da 1º bimestral.
Professora: Rosemary Coutinho.

DISCENTES:

Hellen Dandara F. R. e Silva Matrícula: 20190865610

Mariana Victória Cruz Quadros Matrícula: 20190865586


Mayara dos Santos e Santos Matrícula: 20190865606
Paulo Henrique da Mata Lima Matrícula: 20190865589

BELÉM-PARÁ
2022
1. INTRODUÇÃO

Pressão, temperatura, volume e quantidade de matéria é tudo que se precisa especificar


para definir o estado de um sistema gasoso de um único componente. A relação entre essas
variáveis pode ser expressa em termos de uma equação conhecida como equação de
estado. Para um gás ideal, a equação de estado é: pV = nRT onde p é a pressão, V o volume,
n o número de moléculas, e T a temperatura do gás. A constante R possui valor de 8,314
J.mol-1 .K-1 no S.I.. O gás perfeito (ideal) não existe, mas em condições de baixas pressões
ou elevadas temperaturas, a maioria dos gases apresenta comportamento de gás perfeito
(ideal). A equação de J.D. van de Waals (vdW) é uma equação de estado para gases
compostos de partículas que têm um volume diferente de zero e forças de interação
(atrativas e repulsivas). A equação foi desenvolvida por Johanner Diderik van der Waals em
1873, baseado em uma modificação da lei dos gases ideais. A equação tem uma
aproximação melhor para comportamento de gases em condições onde as interações que
ocorrem entre as partículas não podem ser desprezadas.

( P+
a
)
2 ( m
vm
v −b )=RT

onde p é a pressão do gás, a é a medida da atração entre as partículas, Vm é o volume molar


do gás (Vm = V/n), b representa o volume excluído pelas partículas, R é a constante universal
dos gases e T é a temperatura absoluta (em Kelvin). O valor de b está ligado ao raio atômico
da partícula considerada, pois trata do volume excluído →.

Nesse experimento iremos determinar a densidade do gás CO2 e discutir sobre o


comportamento deste gás nas condições do laboratório (ideal versus real). O gás será
gerado através da reação que ocorre ao colocar um sonrisal em água. Observar que a
composição de cada comprimido (4 gramas) de sonrisal é a seguinte: carbonato de sódio 400
mg, carbonato ácido de bicarbonato de sódio 1,700g; ácido acetilsalicílico 0,325 g; ácido
cítrico 1.575 mg. A massa do gás CO2 gerado será determinada pela estequiometria da
reação e da consideração de que a reação está completamente deslocada para os produtos.
2. OBJETIVOS

O relatório tem como objetivo narrar de maneira mais precisa possível o experimento,
com o intuito de determinar a densidade do gás carbônico (CO2). Para a produção de tal gás
foi escolhido o método da efervescência do medicamento denominado Sonrisal, que em
contato com água libera o gás desejado.

3. MATERIAIS E REAGENTES
 Tubo de ensaio grande
 Proveta de 100,0 mL
 Mangueira com rolha
 Cuba transparente
 Copo plástico
 Sonrisal

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
a. Observou-se a montagem da aparelhagem. Encheu-se uma proveta de 100 mL com
água até a borda e introduziu-a rapidamente com a abertura para baixo dentro da
cuba contendo água. Não deixou-se que entrassem bolhas de ar. Sendo assim,
tampou-se a proveta com a mão ou com papel toalha antes de virá-la.
b. Colocou-se a extremidade livre da mangueira dentro da proveta. Pesou-se 0,5 g de
sonrisal. Anotou-se a massa exatamente pesada: 0,5 g
c. Colocou-se água no tubo de vidro até aproximadamente a metade. Pesou-se o tubo
de vidro com água. Colocou-se o sonrisal no conjunto tubo+água e o fechou o mais
rápido possível de modo que todo o gás CO2 gerado, seja recolhido na proveta.
5. RESULTADO E DISCURSSÃO

De Acordo com o Quadro 1 abaixo, os valores obtidos na realização do experimento,


temos:

Propriedades Siglas 1º 2º
Experiment Experimento
o
Massa do conjunto (tubo + Água) Mc 163,0172 g 171,6615 g
Massa do sonrisal Ms 0,5052 g 0,5040 g
Massa do conjunto + Massa do sonrisal Mg + Ms 163,5254 g 172,1655 g
Massa final Mf 150,9194 g 165,7984 g
Volume do gás Vg 18,6 cm 19,8 cm
Pressão atmosférica Patm 1 atm 1atm
Altura H 15 cm 14,4 cm
Temperatura experimental Texp 21 °C 21 °C
Temperatura ambiente T 25°C 25°C
Massa de bicarbonato mb 0,2147 g 0,2142 g
Massa de dióxido de carbono ( CO2) mCO 2 0,05623 g 0,05610 g
Densidade do gás do experimento ( CO2) dCO2 3,0231 g/L 2,8333 g/L
Densidade teórica do dióxido de carbono( dteCO2 g g
1,7984 1,7984
CO2) L L
Massa Molar do dióxido de carbono MM CO2 44 g/mol 44 g/mol
( CO2)
FONTE: os autores ( 2022 )

Reação do Comprimido do Sonrisal


2 NaHCO3(s) + H2O (l) → CO2 (g) + 2 H2O (g) + NaHCO3(aq)
O peso do comprimido de sonrisal é igual a 4000mg, e contém cerca de 1700mg de
Bicarbonato de Sódio (NaHCO3), desse modo, de acordo com os dados do quadro 1, os
primeiros e segundo experimentos, respectivamente, têm quantidades de aproximadamente
505,2 mg e 504 mg do comprimido, podendo-se serem calculados as quantidades de
Bicarbonato de Sódio (NaHCO3) contido nessas quantidades de comprimido, Através da
equação abaixo:

1° Experimento
1 Comprimido 4000mg --------------------- 1700mg de Bicarbonato de Sódio (NaHCO3)
505,2 mg do comprimido------------------------------ X Bicarbonato de Sódio (NaHCO3)
1700 mg. 505 , 2mg
X=
4000 mg

X = 214,71 mg Bicarbonato de Sódio (NaHCO3) ou 0,2147 g Bicarbonato de Sódio (NaHCO3)


2° Experimento
1 Comprimido 4000mg --------------------- 1700mg de Bicarbonato de Sódio (NaHCO3)
504 mg do comprimido------------------------------ X Bicarbonato de Sódio (NaHCO3)
1700 mg. 504 mg
X=
4000 mg

X = 214,2 mg Bicarbonato de Sódio (NaHCO3) ou 0,2142 g Bicarbonato de Sódio (NaHCO3)

De acordo com a reação que ocorre com os comprimidos e água ( H 2O), constata-se de acordo
com a estequiometria da reação de formação do reagente e produto, que:

1° Experimento
2 NaHCO3(s) + H2O (l) → CO2 (g) + 2 H2O (g) + NaHCO3(aq)
g g
2 x 84 NaHCO3_____________________________44 CO2
mol mol
0,2147 g NaHCO3(s) ______________________________X CO2 (g)
0,2147 g . 44 g/mol
X=
168 g/mol

X1CO2 (g) = 0,05623g


2° Experimento
2 NaHCO3(s) + H2O (l) → CO2 (g) + 2 H2O (g) + NaHCO3(aq)
g g
2 x 84 NaHCO3_____________________________44 CO2
mol mol
0,2142 g NaHCO3(s) ______________________________X CO2 (g)
0,2142 g . 44 g /mol
X=
168 g/mol

X2CO2 (g) = 0,05610g

Com o valor da massa de Dióxido de Carbono (CO 2), acima calculado, é possível obter a
densidade que os gases ocuparam, de acordo com o quadro 1 o volume do gás
reconhecido foi 18,6 cm ou 0,0186 litros no 1° experimento e 19,8 cm ou 0,0198 litros no
segundo experimento, assim, sendo a densidade e massa sobre volume, Temos:
1° Experimento
massa
d=
volume
0,05623
d CO2 =
0,0186 L

g
d1CO2 = 3,0231
L

2° Experimento
massa
d=
volume
0,05610
d CO2 =
0,0198 L

g
d2CO2 = 2,8333
L

Considerando, que o gás formado seja um gás ideal, logo, é necessário calcular a
densidade do gás ideal pela equação P.V = n.R.T, assim, teremos:
P = Pressão atmosférica
V= Volume
n = número de mols
R = Constante dos Gases
T = Temperatura ambiente em Kelvin
Cálculo teórico das densidades do gás real dos 1° e 2° experimentos.
m
P.V = n.R.T , sendo n = , assim:
MM
m. R .T
P.V =
MM
P MM m
R .T
=V , Logo:
P MM
d=
R .T
760 mm .hg . 44 g/mol
d=
62,3637 mm . hg . L . mol−1. k−1. 298 , 15 k °
g
dte= 1,7984
L

Com as densidades do primeiro e segundo experimento e a densidade teórica sendo


calculadas, pode-se adquirir o erro relativos dos experimentos em referência no teórico,
desse modo:
1° Experimento
dexp 1−dte
% ER = x 100%
dte
3,0231−1,798
% ER = x 100%
1,798

% ER = 68,13 %

2° Experimento
dexp 2−dte
% ER = x 100%
dte
2,8333−1,798
% ER = x 1 00%
1,798

% ER = 57,58 %

Através do cálculo do erro relativo pode verificar que foram á cima de 50%. De acordo com
os experimentos realizados por alguns estudantes da UFMG, quando a isoterma for acima de
20°C, a variação de volume com pressão constante durante a liquefação do gás é menor,
enquanto a pressão de vapor de equilíbrio é maior. Observando os resultados obtidos
através da temperatura da isoterma pode-se identificar que a temperatura dos dois
experimentos foi de 21°C então a pressão de vapor de equilíbrio foi maior.

6. CONCLUSÃO
Apesar da grande diferença entre os valores teóricos e experimentais, o objetivo da
atividade prática da disciplina de Físico-Química, a qual era a determinação da densidade de
um gás tendo a sua massa e seu volume, foi realizada com êxito.
7. REFERÊNCIAS
ATKINS, P.; PAULA, J. de. Físico-química - Fundamentos. [S.l.]: LTC, 2017.
CASTELLAN, G. Fundamentos de Físico-Química. 1. ed. [S.l: s.n.], 1995.
MAGALHÃES, W. F. de; FERNANDES, N. G.; FERREIRA, A. C. FÍSICO-QUÍMICA I
Termodinâmica do Equilíbrio. [s.d.]. 1-34 f. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS, [s.d.].
Crockford, H.D.; Knight, S.B. Fundamentos de Físico-Química, Ed. Livros
Técnicos e científicos, 1977 p.8-27.

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