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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA

BAHIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

RELATÓRIO TÉCNICO
INDÍCIOS E TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS

JOSÉ VIEIRA DO NASCIMENTO NETO


SALVADOR/BAHIA
2021
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

INDÍCIOS E TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS

Este relatório descreve as atividades realizadas por José Vieira do


Nascimento Neto, aluno do curso de Química pelo Instituto Federal de Educação,
Ciências e Tecnologia da Bahia, no âmbito da parte experimental da disciplina de
Química prática durante a 2a etapa do ano letivo de 2021.

Serão descritos os objetivos, a parte experimental, os resultados, os cálculos,


as discussões e as conclusões referentes ao experimento intitulado “Indícios e tipos
de reações químicas”.

Salvador, 20 de outubro de 2021.

José Vieira do Nascimento Neto.

Salvador/Bahia

2021
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------- 4

2.OBJETIVOS ----------------------------------------------------------------------------------------- 5

3.PARTE EXPERIMENTAL ------------------------------------------------------------------------ 5

Materiais e reagentes ----------------------------------------------------------------------- 5

Procedimentos experimentais ------------------------------------------------------------ 6

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO ---------------------------------------------------------------- 15

5.CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------------------- 24

6. REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------------------- 24
1.INTRODUÇÃO

Quando uma determinada substância apresenta uma transformação na sua


composição química aconteceu o que é chamado de reação química – a substância
inicial, por ter mudado a composição, deixa de ser a mesma e da origem a outra(s)
substância(s). Essas reações são representadas por equações estequiométricas, onde o
material submetido à transformação se encontra no início (chamado reagente), depois há
uma seta que representa a ocorrência da reação (podendo ser simples ou dupla, em que
a primeira representa uma reação irreversível e a segunda uma reação reversível), e logo
depois da seta as substâncias que se originaram a partir da reação (produtos).

Reações químicas podem ser classificadas quanto ao seu grau de complexidade:


se um reagente origina mais de um produto é classificada como decomposição, do
mesmo modo que se mais de um reagente gerar apenas um produto é classificada como
síntese; e também há as reações em que os átomos de mais de um reagente se
reorganizam formando também mais de um produto, sendo classificada como dupla troca.

Existem reações que são espontâneas e reações que necessitam de um fator


externo para acontecer. Também podem ser classificadas dependendo desse fator
externo: se for por ação de eletricidade, chama eletrólise; se for por ação do calor se
chama-se pirólise; pela luz, fotólise.

Há outros critérios para classificar as reações químicas, como, por exemplo,


quanto a liberação ou absorção de energia (exotérmico e endotérmico), reversibilidade
(irreversível ou reversível), mudança na posse de elétrons dos átomos (redox ou ácido-
base) etc.

Em uma ligação química o átomo mais eletronegativo atrai os elétrons


compartilhados para si obtendo posse deles, logicamente o outro átomo que faz parte da
ligação perde a posse desses elétrons. A subtração do número de elétrons de valência de
cada átomo isolado pelo número de elétrons da qual ele tem a posse é chamado de
número de oxidação (nox). Por exemplo, na ligação H – Cl o cloro é o elemento mais
eletronegativo, portanto ele detém posse dos elétrons compartilhados e o hidrogênio
perde essa posse; números de elétrons de valência do Cl = 7, número de elétrons dos
quais detêm a posse = 8, logo 7-8 = -1 o nox do Cl é -1. Se aplicada a mesma ideia ao

4
hidrogênio percebe-se que o seu nox é +1, de modo que a molécula como um todo possui
nox = 0. Este relatório abordará esse conceito para a classificação das reações.

Depois de uma transformação de uma substância, alguns dos aspectos


característicos do sistema mudam claramente. A mudança dessas características é uma
evidencia de que de fato houve uma reação química. Essas evidências podem ser
diversas, como mudança no cheiro, cor ou textura da substância, ou até mesmo formação
de substâncias com propriedades muito diferentes a partir da(s) substância(s) primária(s),
como formação de gases.

Este relatório abordará principalmente os aspectos de identificar os indícios e


evidências de que de fato ocorreu uma reação química e identificar os reagentes e
produtos, a partir dos experimentos realizados, utilizando-se de cálculos estequiométricos,
imagens e fluxogramas pra ilustração e exemplificação.

2.OBJETIVOS

• Identificar indícios de uma reação química;

• Identificar quais os produtos das reações;

• Classificar a reação com base nas equações químicas;

• Prever a ocorrência ou não de algumas reações químicas;

• Identificar os agentes oxidante e redutor nas reações de oxirredução.

3.PARTE EXPERIMENTAL

Materiais utilizados

Materiais e vidrarias Reagentes

9 Tubos de ensaio CuCO3(s)

4 Béquer HgO

Espátula 1 mL de KMnO4(aq)

5
Bico de gás 5 mol HCl 6 mol L-1

Maçarico 5g MnO2(s)

Balão de fundo redondo de 3 vias KI(aq)

Manta de aquecimento HCl(aq)

Palitos de fósforo compridos (2) CaCO3(s)

Proveta NaOH

Ampola NaH4Cl

Lamparina Água(l)

Suporte universal 2mL de H2O(l)

2 mL de AgNO3(aq)

NH4OH(aq)

C6H12O6 (aq)

2 mL de Pb(NO3)2(aq)

2 mL de KI(aq)

2 mL de Mg(NO3)2 (aq)

2 mL de NaOH(aq)

Procedimentos experimentais

3.A.1 – Reação de decomposição do CuCO 3

Em um tubo de ensaio foi colocado a quantidade equivalente a uma espátula cheia


de carbonato de cobre II (CuCO 3) a qual apresentava uma coloração esverdeada. O
reagente foi submetido a aquecimento em um tubo de gás por uns segundos até a
mudança da coloração. Depois foi aproximado um palito de fósforo aceso ao tubo de
ensaio e foi feita observação.

O fluxograma (1) do experimento se encontra abaixo.

6
(1)

3.A.2 – Reação de decomposição do HgO

Para esse experimento foi necessário a montagem de um sistema: um tubo de


ensaio suspenso ligado por um tubo de vidro a um béquer contendo água com um tubo de
ensaio emborcado para coleta de gás. Há uma imagem (1) do sistema montado a seguir.

Imagem (1) – Sistema do experimento 3.A.2

https://youtu.be/_Y1alDuXm6A

7
No primeiro tubo de ensaio foi adicionado o óxido de mercúrio II (HgO) o qual foi
submetido a aquecimento usando um maçarico até haver mudança de cor no primeiro
tubo e borbulhamento no béquer. Após o aquecimento o gás seguiu pelo tubo de vidro até
o segundo tubo de ensaio, o qual estava emborcado no béquer com água. Ao tubo de
ensaio que coletou o gás foi aproximado um palito de fósforo em brasa.

O fluxograma do experimento (2) está contido abaixo.

(2)

3.B.3 – Reação entre KMnO4 e HCl (diluído)

Em um tubo de ensaio foi adicionado 1 mol de solução de permanganato de


potássio (KMnO4) o qual possuía uma coloração rosada. Ao sistema foi acrescentado 1
mol de solução de HCl com concentração de 6 mol/L. Após feita a mistura, o tubo de
ensaio foi agitado e fez-se a observação.

A seguir está o fluxograma (3) do experimento.

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(3)

3.B.4 – Reação entre MnO2 e HCl

Para a realização foi necessário montar um sistema com as vidrarias: um balão de


fundo redondo de 3 vias contendo 5g de dióxido de manganês (MnO 2).À primeira via está
ligado uma ampola contendo ácido clorídrico concentrado (HCl). A segunda via do balão
está ligada por um tubo a uma proveta contendo uma solução de iodeto de potássio (KI).
A imagem (2) do sistema montado está abaixo (OBS.: o sistema representado na imagem
contém um kitassato com água antes da proveta com KI (aq), no experimento realizado o
sistema foi simplificado para não conter esse kitassato).

Primeiro o balão com MnO2 foi submetido a aquecimento pela manta e em seguida
foi gotejado cuidadosamente o HCl concentrado. A reação produziu um gás que foi
direcionado a proveta com KI(aq) onde ocorreu uma segunda reação que provocou
mudança de coloração e produção de precipitado.

O fluxograma (4) do experimento está abaixo.

9
Imagem (2) – Sistema do experimento 3.B.4

https://youtu.be/OGfmhwHr8Ig

(4)

10
3.C.5 – Reação entre CaCO3 e HCl
Em um tubo de ensaio foi adicionado 4 mol de ácido clorídrico (HCl) 6 mol/L. Em
seguida foi adicionado uma porção de mármore e foi feita a observação.
A seguir, o fluxograma (5) do experimento.

(5)

3.C.6 – Reação entre NaOH e NH 4Cl


Num tubo de ensaio foi adicionado o volume de uma espátula de hidróxido de
sódio (NaOH) e a mesma quantidade de cloreto de amônio (NH 4Cl). Em seguida foi
adicionado 2mL de água destilada e foi feita a observação da reação por alguns
segundos.
Depois foi aproximado um papel de pH ao sistema.
O fluxograma (6) do experimento está a seguir.

(6)

11
3.D.7 – Reação de redução da prata e cobre com glicose em solução amoniacal
Em um tubo de ensaio foi adicionado 2mL de solução de nitrato de prata (AgNO 3)
seguido de uma solução de hidróxido de amônio (NH 4OH) com a formação de precipitado.
Foi adicionado mais NH4OH(aq) ao sistema até a dissolução do precipitado. Depois da
dissolução foi acrescentado uma solução de glicose (C 6H12O6) e o tubo foi submetido a
aquecimento em uma lamparina até a observação de um indício de reação química.

O fluxograma (7) do experimento se encontra abaixo.

(7)

3.E.8 – Reação de Pb(NO3)2 e KI


Em um tubo de ensaio foi adicionado 2 mL de solução de nitrato de chumbo
(Pb(NO3)2) seguido da mesma quantidade de solução de iodeto de potássio (KI) e foi feita
a observação.

12
Abaixo está o fluxograma (8) do experimento.

(8)

3.E.9 – Reação de Mg(NO3)2 e NaOH


Em um tubo de ensaio foi adicionado 2 mL de solução de nitrato de magnésio
(Mg(NO3)2) e a mesma quantidade de solução de hidróxido de sódio (NaOH). Foi feita a
observação da reação.
O fluxograma (9) se encontra a seguir.

(9)

3.F.10 – Reação de neutralização de NaOH e HCl


Foram adicionadas soluções equimolares de HCl e NaOH em béqueres diferentes.
Em ambos foi adicionado o mesmo indicador universal de pH. Após a observação, as
soluções foram misturadas e observou-se a atuação do indicador universal.
O fluxograma (10) do experimento está abaixo.

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(10)

3.G.11 – Eletrólise da água


Uma corrente contínua de 12 volts foi conectada a um béquer com água por tempo
suficiente até preencher 2 tubos de ensaio emborcados no béquer com gases. Após isso,
ambos os tubos de ensaio foram aproximados a uma chama de lamparina e fez-se a
observação.
O fluxograma (11) do experimento está logo abaixo.

(11)

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Resultados e discussão do experimento – 3.A.1

Do aquecimento do CuCO3, obteve-se óxido de cobre sólido (CuO) e dióxido de


carbono (CO2). Isso significa que aconteceu uma reação de decomposição – o reagente
deu origem a outros dois produtos – que está representada pela equação 1.

O indício da ocorrência de uma reação é a mudança de coloração: o verde do


CuCO3 deu lugar para o preto do CuO (imagens 3-A e 3-B).

Imagem (3-A) – CuCO3 (antes da reação) Imagem (3-B) – Depois da reação

https://youtu.be/Ch1tZ0kxEd0

(1)

Não houve mudança no nox dos átomos antes e depois da reação, então ela não é
classificada como redox. Porém, ela é classificada como reação endotérmica de pirólise,
já que foi necessário aquecer o sistema por ação do calor para acontecer a reação –
houve absorção de energia.

Ao aproximar o palito de fósforo aceso, sua chama se apagou rapidamente, isso


porque para a chama continuar acesa é preciso de O 2 e o gás ali presente é o CO 2. Como
o dióxido de carbono é mais denso, ele “empurra” o gás oxigênio fazendo com que a
chama se apague.

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Além disso, antes da chama apagar, ela apresentou uma mudança sutil para a cor
verde na sua extremidade (imagem 4). Isso aconteceu porque no sistema há a presença
de cobre, que quando queimado, a chama apresenta a cor verde.

Imagem (4) – Chama sutilmente verde

https://youtu.be/Ch1tZ0kxEd0

Resultados e discussão do experimento – A.2

A queima do HgO produziu Hg e O 2 (equação 2 [1]), uma reação de decomposição


endotérmica de pirólise, pois absorveu energia por ação do calor para a ocorrência da
reação em que um reagente origina 2 produtos. A mudança de coloração de vermelho
para preto (imagens 5-A e 5-B) foi porque o HgO no tubo deu lugar para o mercúrio
metálico que possui essa coloração escura.

(2)

Imagem 5-A – HgO (antes da reação) Imagem 5-B – Depois da reação

https://youtu.be/_Y1alDuXm6A

16
O nox do Hg e do O2 antes da reação era, respectivamente +2 e -2 e depois da
reação ambos passaram a ter nox = 0. Como houve mudança no nox a reação é
classificada como redox sendo Hg o agente oxidante e O o agente redutor.

Um dos produtos da reação foi o gás oxigênio (O 2) que é um gás comburente, por
isso, ao aproximar o palito de fósforo em brasa do tubo, sua combustão foi acelerada o
que fez com que sua chama crescesse.

Resultados e discussão do experimento – B.3

O KMnO4(aq) possuía uma cor rosa e quando se misturou com o HCl(aq)


inicialmente não observou-se mudança na coloração, porém, depois da agitação, formou
um líquido incolor e transparente (imagens 6-A e 6-B), indicando uma reação química.

Imagem 6-A – KMnO4 (antes da reação) Imagem 6-B – Depois da reação

https://youtu.be/lSu_XMtv5xw

Da reação entre as duas soluções obteve-se cloreto de potássio líquido, cloreto de


manganês (II) líquido, água líquida e gás cloro, portanto, é uma reação de dupla troca –
os átomos dos 2 reagentes se reorganizaram formando 4 produtos. A reação está
representada pela equação 3 [2] abaixo.

(3)

O nox do Mn antes da reação era +7 e o do Cl = -1, após a reação, o Mn passou a


ter nox = +2 e o Cl = 0. A reação é classificada como redox já que houve transferência da

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posse de elétrons com a variação do nox. O Mn atuou como agente oxidante e o Cl como
agente redutor.

Resultados e discussão do experimento – B.4

Quando o HCl foi acrescentado ao MnO 2 em aquecimento houve uma reação


produzindo água líquida, cloreto de manganês (II) líquido e gás cloro, sendo classificada
então como reação de dupla troca (equação 4 [3]). Essa reação é classificada como
endotérmica de pirólise já que houve absorção de energia por ação do calor.

(4)

O nox do Mn e do Cl eram, respectivamente, +4 e 1, e passaram a ser Mn=+2 e Cl


= -1. Logo, a reação entre MnO 2 e HCl é redox, sendo o Mn o agente oxidante e o Cl o
agente redutor.

Depois dessa reação, o gás cloro ainda foi direcionado a solução de KI onde
ocorreu outra reação, gerando cloreto de potássio e iodo sólido, a substância do
precipitado.

Também é classificada como reação de dupla troca. A equação 5 [4] da reação


está abaixo.

(5)

Essa também é uma reação de oxirredução, em que o nox do Cl, inicalmente


sendo 0, passa a ser -1, e o nox do I, que inicialmente era -1, passa a ser 0 depois da
reação. O I atuou como agente redutor e o Cl atuou como agente oxidante.

Resultados e discussão do experimento – C.5

Ao adicionar o CaO3 na solução de HCl houve a formação de bolhas, significando a


presença do gás CO2 conforme a equação 6 [5]. O surgimento dessas bolhas é um indício
de reação química, assim como a mudança da aparência incolor para uma coloração
esbranquiçada e turva (imagem 7).

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Imagem 7 – Indício de reação química

(7)

https://youtu.be/9DR25k5Uy9Y

(6)

Não houve mudança no nox dos elementos após a reação, portanto ela é uma
reação sem oxirredução.

Resultados e discussão do experimento – C.6

A reação entre NaOH e NH 4Cl gerou um borbulhamento no frasco indicando


desprendimento de gás – um dos indícios de reações químicas. Essa é uma reação de
neutralização ácido base de Bronsted-Lowry, em que o NaOH atua como base e o NH4Cl
atua como ácido. Sendo uma reação ácido-base, houve a formação de um sal (NaCl) e
água, além do gás NH 3, segundo a equação 7 [6], sendo, também, uma reação de dupla
troca.

(7)

O papel de pH que foi aproximado a boca do tubo de ensaio, sem encostar no


líquido no fundo, apresentou uma cor verde que significa que estava em contato com um
meio básico (NH3).

Não houve mudança no nox dos elementos após a reação, portanto ela é uma
reação sem oxirredução.

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Resultados e discussão do experimento – D.7

Nesse experimento houve duas reações, primeiro quando foi adicionado solução
de NH4OH na solução de AgNO 3. Formou-se um precipitado de coloração escura assim
que o hidróxido de amônio foi adicionado, indicando realmente a ocorrência de uma
reação química. Esse precipitado era o AgO 2 sólido que se dissolveu a media que foi
adicionado mais NH4OH ao sistema. A equação 8 [7] da primeira reação está abaixo. Não
houve mudança no nox dos elementos após essa reação, portanto ela não pode ser
classificada como redox, mas pode ser classificada como reação dupla troca.

(8)

A segunda reação ocorreu quando foi adicionado glicose e o sistema foi submetido
a aquecimento. Depois de um tempo sob ação da chama, percebeu-se a formação de um
espelho no fundo do tubo. Isso aconteceu por causa da presença da prata metálica que
foi gerado como produto da reação, conforme a equação 9 [8]. Como houve absorção de
energia, essa foi uma reação endotérmica de pirólise e de dupla troca.

(9)

Antes da reação, os átomos de C e Ag possuíam, respectivamente, nox igual a 0 e


+1. Depois da reação passaram a ser C= 1/3 e Ag= 0. Portanto, como houve variação de
nox, essa foi uma reação redox onde o C atuou como agente redutor e a Ag como agente
oxidante.

Resultados e discussão do experimento – E.8

A solução de Pb(NO3)2 era incolor e, assim que foi adicionado a solução de KI,
houve uma reação que gerou PbI sólido, com a mudança para a cor amarela sendo seu

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indício (imagens 8-A e 8-B). A equação 10 [9] da reação está situada abaixo. Houve
formação de iodeto de chumbo e de nitrato de potássio, sendo então uma reação de
dupla troca.

Imagem 8-A – Pb(NO3)2 (antes da reação) Imagem 8-B – Depois da reação

https://youtu.be/X2mB-q2NQXY

(10)

Não houve mudança no nox dos elementos após a reação, portanto ela é uma
reação sem oxirredução.

Resultados e discussão do experimento – E.9

A reação entre Mg(NO3)2 e o NaOH produziu hidróxido de magnésio e nitrato de


sódio, sendo uma reação de dupla troca – conforme a equação 11 [10].

O indício de que houve uma reação no experimento foi a mudança de coloração,


que antes era incolor e passou a ser branca turva (imagens 9-A e 9-B).

Imagem 9-A – Mg(NO3)2 (antes da reação) Imagem 9-B – Depois da reação

https://youtu.be/BThP_pTURsI

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(11)

Não houve mudança no nox dos elementos após a reação, portanto ela é uma
reação sem oxirredução.

Resultados e discussão do experimento – F.10

A coloração do indicador universal adicionado em ambas as soluções indicou qual


era básica e qual era ácida. Na de HCl, o indicador ficou com uma cor rosa, significando
que o pH era menor que 3 (imagem 10-A), sendo, então, ácida. Já na de NaOH,
apresentou uma cor roxa (imagem 10-B), significando que o pH era maior que 11, sendo,
então, básica.

Imagem 10-A – Indicador em HCl(aq) Imagem 10-B – Indicador em NaOH(aq)

https://youtu.be/LTi0o12fRtM

Misturando as duas soluções, o indicador apresentou uma cor verde (imagem 11),
significando que o meio ficou neutro com o pH = 7. A mudança do pH é um indício de uma
reação química.

Imagem 11 – Solução de pH 7

https://youtu.be/LTi0o12fRtM

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Uma solução básica de misturou com uma ácida e formou uma solução neutra,
portanto, essa foi uma reação de neutralização entre o HCl e o NaOH. Toda reação de
neutralização gera um sal e água como produtos, nesse caso, o sal foi o NaCl, como
indicado na equação 12. Como houve rearranjo dos átomos, essa reação é de dupla
troca.

(12)

Não houve mudança no nox dos elementos após a reação, portanto ela é uma
reação sem oxirredução.

Resultados e discussão do experimento – G.11

Quando a corrente foi ligada ao sistema, houve borbulhamento no líquido, sendo


indício de desprendimento de gás. Os produtos gerados foram os gases hidrogênio e
oxigênio (equação 13), sendo, então uma reação de decomposição por ação da
eletricidade (eletrólise).

(13)

Antes da reação, os elementos possuíam nox H= +1 e O= -2. Depois da reação,


ambos os elementos apresentaram nox = 0. Nesse caso, a reação é redox com o H
atuando como agente oxidante e o O como agente redutor.

O tubo de ensaio contendo hidrogênio foi aproximado à chama de uma lamparina e


pode-se observar uma explosão. Isso porque o H é um gás combustível altamente
inflamável, então ele é queimado gerando uma explosão.

O oxigênio é um gás comburente, ou seja, ele que provoca a combustão, por isso
ao aproximar-se da chama, fez com que ela aumentasse.

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5. CONCLUSÃO

Através dos procedimentos, fez possível identificar quando houve uma reação
química a partir da análise de seus indícios podendo também classificá-las a partir de
diversos critérios.

Contando os 11 experimentos realizados no total, houve 13 reações químicas, já


que ouve experimentos em que ocorreram mais de uma reação.

Em todas as práticas realizadas e em todos os experimentos ocorridos, fez-se


possível a identificação dos produtos e como atuaram no meio que estavam.

A partir dos experimentos realizados pôde-se perceber como as reações químicas


estão presentes em diversas atividades, e como o entendimento de como uma reação
funciona pode trazer vantagens em, desde processo simples como mistura de soluções,
ou até processos mais complexos, como o demonstrado em 3.B.4.

6.REFERÊNCIAS

[1] Decomposition Mercury (II) Oxide and Oxygen. YouTube. Disponível em:
<https://youtu.be/_Y1alDuXm6A>. Acesso em: 21 de out. 2021.

[2] KMnO4 + HCl. YouTube. Disponível em: <https://youtu.be/lSu_XMtv5xw>.


Acesso em: 21 de out. 2021.

[3] MnO2 + HCl = MnCl2 + H2O + Cl2 - Equação de Balanço Químico.


ChemicalAid. Disponível em: <https://pt.intl.chemicalaid.com/tools/equationbalancer.php?
equation=MnO2+%2B+HCl+%3D+MnCl2+%2B+H2O+%2B+Cl2>. Acesso em 23 de out.
2021.

[4] KI(Aq) + Cl2 = KCl(Aq) + I2 - Equação de Balanço Químico. ChemicalAid.


Disponível em: <https://pt.intl.chemicalaid.com/tools/equationbalancer.php?equation=KI
%28Aq%29+%2B+Cl2+%3D+KCl%28Aq%29+%2B+I2>. Acesso em 23 de out. 2021.

24
[5] CaCO3 + HCl = CaCl2 + H2O + CO2 - Equação de Balanço Químico.
ChemicalAid. Disponível em: <https://pt.intl.chemicalaid.com/tools/equationbalancer.php?
equation=CaCO3+%2B+HCl+%3D+CaCl2+%2B+H2O+%2B+CO2>. Acesso em 23 de
out. 2021.

[6] Experiment 14- Sodium hydroxide and ammonium chloride reaction.


YouTube. Disponível em: <https://youtu.be/xh3oFtrmNAE>. Acesso em 23 de out. 2021.

[7] AgNO3 + NH4OH = Ag2O + H2O + NH4NO3 - Equação de Balanço Químico.


ChemicalAid. Disponível em: <https://pt.intl.chemicalaid.com/tools/equationbalancer.php?
equation=AgNO3+%2B+NH4OH+%3D+Ag2O+%2B+H2O+%2B+NH4NO3>. Acesso em 23 de
out. 2021.

[8] C6H12O6 + Ag2O = C6H12O7 + Ag - Equação de Balanço Químico.


ChemicalAid. Disponível em: <https://pt.intl.chemicalaid.com/tools/equationbalancer.php?
equation=C6H12O6+%2B+Ag2O+%3D+C6H12O7+%2B+Ag>. Acesso em 23 de out.
2021.

[9] Double Displacement Lead Nitrate and Potassium Iodide. YouTube.


Disponível em: <https://youtu.be/X2mB-q2NQXY>. Acesso em 24 de out. 2021.

[10] Mg(NO3)2 (aq) + 2 NaOH (aq) → Mg(OH)2 (s) + 2 NaNO3 (aq). Equações


Químicas online!. Disponível em: <https://chemequations.com/pt/?s=Mg%28NO3%292+
%2B+NaOH+%3D+Mg%28OH%292+%2B+NaNO3>. Acesso em 24 de out. 2021.

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