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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

Generson Eduardo F. da Silva – Física Experimental I – Departamento de Física


da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (e-mail: genoedfs@gmail.com)

1 RESUMO

A terceira prática teve como objetivo a análise de um corpo em movimento


retilíneo acelerado. Para tal usou-se um carrinho na direção horizontal preso à uma corda
cuja extremidade oposta possuía um suporte que seria solto na direção vertical para
acelerar o sistema. A partir das medidas retiradas da situação anterior foi feito gráficos
para analisar o comportamento da aceleração e velocidades geradas. Por fim os resultados
gráficos foram linearizados para um melhor entendimento.

2 INTRODUÇÃO

O entendimento de aceleração costuma ser algo familiar a todos. “Uma noção


intuitiva do conceito de aceleração seria a medida da rapidez de variação da velocidade
com o tempo” (Moyses, 2002). Para fazermos uma leitura de corpos cujo o
comportamento recai em situações desse tipo, chamamos de “movimento retilíneo
chama-se uniformemente acelerado quando a aceleração instantânea é constante
(independentemente do tempo)” (Moyses, 2002). E também pode ser expressa destas
maneiras:

𝑑𝑣 𝑑²𝑥
= = 𝑎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡²

𝑎
∆𝑋 = 𝑉𝑜𝑡 + 𝑡²
2

𝑉 = 𝑉𝑜 + 𝑎𝑡

1
𝑉 2 = 𝑉𝑜2 + 2𝑎∆𝑋

Como a análise do sistema será realizada a partir da origem, será adotada uma
velocidade inicial, pois ela estaria partindo do repouso, portanto:

𝑎
∆𝑋 = 𝑡²
2

3 OBJETIVOS

Procuramos obter a dependência da posição em função do tempo para um


movimento acelerado. Com isso, poderemos analisar os gráficos gerados afim de entender
às inclinações proporcionadas graficamente. Em especial realizou-se regressões lineares
de funções bem como seus ajuste. Por fim, revisamos conceitos básicos de movimentos
unidimensionais tais como os de posição, velocidade e aceleração.

4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

4.1 MATERIAIS

Tabela 1: Materiais utilizados.


Trilho De Ar Retilíneo Cronômetro Digital
Sensores Fotoelétricos Compressor De Ar
Mangueira De Ar Flexível Pesos De Metal
Suporte Com Corda Carrinho & Trena

4.2 MÉTODOS

1. Com a trena mediu-se as distâncias de um sensor fotoelétrico a outro;


2. Ajustou-se os marcadores do cronômetro digital em zero;
3. Deu início a uma nova contagem no cronômetro a partir do momento no qual o
carrinho passasse pelos sensores fotoelétricos;
4. Ligou-se o compressor de ar;

2
5. Pendurou-se o suporte a uma altura acima do plano horizontal de referência e
amarrou-se o suporte ao carrinho mantendo o carrinho imóvel;
6. Soltou-se o carrinho com cuidado para o mantê-lo em repouso até o início do
movimento;
7. Desligou-se o filtro de ar e fez-se as anotações dos dados;
8. Repetiu-se até completar 3 lançamentos sendo os pesos acoplados ao suporte
vertical a única alteração de um lançamento para outro.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir revelaremos as três tabelas para cada um dos três lançamentos. Neste
caso adotamos posições fixas, ou seja, os espaços ocupados pelos corpos não se alteram
de um lançamento a outro. Sendo cada um deles partindo da origem, nota-se valores
iguais para os ∆𝑥 em cada uma das situações analisadas. Como há uma aceleração
constante e diferente de zero atuando no sistema, obtivemos valores diferentes para
velocidade ao longo do tempo.

Tabela 2: Dados experimentais para o primeiro lançamento.


Massa Desloca- Xi (m) t (s) ∆X (m) ∆t (s) V (m/s)
Suspensa Mento t² (s²)
1 0 0,661 0,196 0,661 0,593 0,437
2 0 0,323 0,417 0,984 0,848 0,968
3 0 0,206 0,600 1,190 1,008 1,416
13,5 g 4 0 0,103 0,802 1,293 1,153 1,672

Tabela 3: Dados experimentais para o segundo lançamento.


Massa Desloca- Xi (m) t (s) ∆X (m) ∆t (s) V (m/s)
Suspensa Mento t² (s²)
1 0 0,488 0,196 0,488 0,804 0,238
2 0 0,254 0,417 0,742 1,123 0,551
3 0 0,163 0,600 0,905 1,326 0,819
23,7 g 4 0 0,152 0,802 1,057 1,518 1,117

3
Tabela 4: Dados experimentais para o terceiro lançamento.
Massa Desloca- Xi (m) t (s) ∆X (m) ∆t (s) V (m/s)
Suspensa Mento t² (s²)
1 0 0,404 0,196 0,404 0,971 0,163
2 0 0,217 0,417 0,621 1,342 0,386
3 0 0,141 0,600 0,762 1,578 0,581
33,8 g 4 0 0,130 0,802 0,892 1,806 0,796

Tabela 5: Dados para ajuste linear do primeiro lançamento.


Somatório ∆X (m) ∆t (s)
Yi Xi Xi² Yi Xi
1 0,196 0,661 0,437 0,129
2 0,417 0,984 0,968 0,410
3 0,600 1,190 1,416 0,714
4 0,802 1,293 1,672 1,341
∑ 2,015 4,128 4,493 2,594
Tabela 6: Dados para ajuste linear do segundo lançamento.
Somatório ∆X (m) ∆t (s)
Yi Xi Xi² Yi Xi
1 0,196 0,488 0,238 0,096
2 0,417 0,742 0,551 0,309
3 0,600 0,905 0,819 0,543
4 0,802 1,057 1,117 0,848
∑ 2,015 2,704 2,725 1,796

Tabela 7: Dados para ajuste linear do terceiro lançamento.


Somatório ∆X (m) ∆t (s)
Yi Xi Xi² Yi Xi
1 0,196 0,404 0,163 0,079
2 0,417 0,621 0,386 0,259
3 0,600 0,762 0,581 0,457
4 0,802 0,892 0,796 0,715
∑ 2,015 2,679 1,926 1,511

4
A expressão a seguir representa a ferramenta utilizada na obtenção do coeficiente
angular descobertos através dos mínimos quadrados conforme tabela 5, 6 e 7 nesta
sequência.

𝑁∑𝑌𝑖𝑋𝑖 − ∑𝑋𝑖∑𝑌𝑖
𝑎1 =
𝑁∑𝑋𝑖 2 − (∑𝑋𝑖)²

4 ∗ 2,594 − 4,128 ∗ 2,015


𝑎1 =
4 ∗ 4,493 − 4,493²

10,376 − 8,318
𝑎1 =
17,972 − 20,187

2,058
𝑎1 =
2,215

𝑎1 = 0,929

4 ∗ 1,796 − 2,704 ∗ 2,015


𝑎2 =
4 ∗ 2,725 − 2,725²

1,735
𝑎2 =
3,474

𝑎2 = 0,499

4 ∗ 1,511 − 2,679 ∗ 2,015


𝑎3 =
4 ∗ 1,926 − 1,926²

0,646
𝑎3 =
3,994

𝑎3 = 0,162

5
5.1 GRÁFICOS NÃO-LINEARIZADOS

6
5.2 GRÁFICOS LINEARIZADOS

7
6 CONCLUSÃO

Percebe-se, portanto, que quanto mais acentuada for o ângulo da curva, mais alto
será o valor adquirido pela velocidade e menor será o intervalo de tempo percorrido. É
notável, também, uma relação entre velocidade, aceleração e as forças atuando naquele
sistema.

7 REFERÊNCIAS

CAPÍTULO 2: H. Moysés Nussenzveig. Movimento Unidimensional. Curso de


Física Básica – vol. 1 / H. Moysés Nussenzveig – 4° edição – São Paul: Blucher 2002. P.
40-63

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