Você está na página 1de 7

Departamento de Engenharia Mecânica

Área Científica de Mecânica dos Meios Sólidos

MECÂNICA

Trabalho Laboratorial Nº1 - EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA NO ESPAÇO

Turma: 1º LTE Grupo nº: 3

Número Nome

202200088 Pedro Silva

202200211 Rafael Santos

202200120 Tomás Guerra

Data: 10/11/2022

1
Mecânica Trabalho Nº1
Departamento de Engenharia Mecânica
Área Científica de Mecânica dos Meios Sólidos

1. INTRODUÇÃO

A força (𝐹⃗ ) é um dos conceitos fundamentais da mecânica clássica esta, é responsável pela
alteração do estado de um corpo de repouso para movimento ou vice-versa. Pode ser definida pela
sua intensidade (F) e por dois pontos A (X1, Y1, Z1) e B (X2,Y2 ,Z2).

Para calcular a força (𝐹⃗ ) utilizamos a fórmula vetorial (1);

𝑭
𝑭 = 𝒅 (𝒅𝒙 𝒊 + 𝒅𝒚 𝒋 + 𝒅𝒛 𝒌) (1)

Primeiramente temos de calcular os vetores (𝒅𝒙 𝒊 + 𝒅𝒚 𝒋 + 𝒅𝒛 𝒌) (2), calculado os vetores


usamos os valores para descobrir a norma (3).

𝒅𝒙 = 𝒙𝟐 − 𝒙𝟏 ; 𝒅𝒚 = 𝒚𝟐 − 𝒚𝟏 ; 𝒅𝒛 = 𝒛𝟐 − 𝒛𝟏 (2)

d = √(𝒅𝒙 )2 + (𝒅𝒚 )2 + (𝒅𝒛 )2 (3)

Se numa partícula estiverem a actuar duas ou mais forças, e estas quando somadas forem
nulas, representam-se da seguinte maneira (4):

𝑹 𝒙 = ∑ 𝑭𝒙 = 0 ; 𝑹𝒚 = ∑ 𝑭𝒚 = 𝟎; 𝑹 𝒛 = ∑ 𝑭𝒛 = 𝟎 (4)

2. SITUAÇÕES REAIS

Na Figura 1 apresentam-se dois


casos reais em que as forças nos vários
cabos, que prendem o balão e que
suportam o caixote, podem ser
determinadas aplicando as equações de
equilíbrio estático de uma partícula no
espaço, Eqs. (3).
Figura 1 – Balão preso ao solo por 3 cabos e caixote
suspenso por 3 cabos

2
Mecânica Trabalho Nº1
Departamento de Engenharia Mecânica
Área Científica de Mecânica dos Meios Sólidos

3. GUIA EXPERIMENTAL

3.1. Objectivo

Determinar a força exercida em cada um dos cabos que suportam o corpo M na


montagem experimental esquematizada na Figura 2.

3.2. Materiais

- 3 dinamómetros. (2 de 20N, 1 de 10N);


- Corpo M;
- 3 cabos;
- Suportes metálicos; M
- Régua;
- Fita métrica; Figura 2 - Representação da montagem experimental
- Fio de prumo;

3.3. Execução

1) Atar os três cabos ao corpo M.

2) Colocar um dinamómetro na extremidade livre de cada cabo.

3) Fixar os dinamómetros ao suporte metálico.

4) Pesar o corpo M.

5) Medir as coordenadas dos pontos de fixação dos dinamómetros e do ponto de


suspensão do corpo, relativamente a um referencial pré-estabelecido.
6) Ler o valor da intensidade da força em cada dinamómetro.

3
Mecânica Trabalho Nº1
Departamento de Engenharia Mecânica
Área Científica de Mecânica dos Meios Sólidos

4. DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Tabela 1 - REGISTRO DO MASSA DO OBJETO:


MASSA [g]

M 422

Tabela 2 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE SUSPENSÃO DOS CABOS:


LOCALIZAÇÃO [MM]
PONTOS
x y z

M 9 438 -23

1 361 645 -6

2 -265 665 153

3 -238 670 -239

Tabela 3 - REGISTRO DAS FORÇAS NOS CABOS:


Forças [N]
Discrepância
Ident. Experimental Calculado

T1 3,500 3,292 5,94%

T2 2,125 2,501 24,70%

T3 2,400 1,807 17,69%

4
Mecânica Trabalho Nº1
Departamento de Engenharia Mecânica
Área Científica de Mecânica dos Meios Sólidos

5. CÁLCULOS.

5.1. Cálculos das Forças

M ( 9; 438 ; −23 )
T1 = A ( 361; 645 ; −6 )
T2 = B ( −265; 665 ; 153 )
T3 = C ( −238; 670 ; −239 )

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = ( 361 − 9) ∗ 𝑖⃗ + (645 − 438) ∗ 𝑗⃗ + (−6 + 23) ∗ 𝑘⃗⃗ = ( 352𝑖⃗ + 207𝑗⃗ − 17𝑘⃗⃗ )
𝑀𝐴
𝑀𝐵 = (−265 − 9) ∗ 𝑖⃗ + (665 − 438) ∗ 𝑗⃗ + (153 + 23) ∗ 𝑘⃗⃗ = ( −274𝑖⃗ + 227𝑗⃗ − 176𝑘⃗⃗)
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (−238 − 9) ∗ 𝑖⃗ + (670 − 438) ∗ 𝑗⃗ + (−239 + 23) ∗ 𝑘⃗⃗ = (−247𝑖⃗ + 232𝑗⃗ − 217𝑘⃗⃗ )
𝑀𝐶

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
|𝑀𝐴| = √(352)2 + (207)2 + (−17)2 = 409 mm
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = √(−274)2 + (227)2 + (176)2 = 379 mm
|𝑀𝐵|
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
|𝑀𝐶| = √(−247)2 + (232)2 + (−216)2 = 428 mm

𝐹𝑅𝑋 = 0,861 ∗ 𝐹𝐴 − 0,690 ∗ 𝐹𝐵 − 0,614 𝐹𝐶 = 0


{ 𝑅𝑌 = 0,506 ∗ 𝐹𝐴 + 0,572 ∗ 𝐹𝐵 + 0,577 ∗ 𝐹𝐶 − 4,14 = 0 
𝐹
𝐹𝑅𝑍 = −0,042 ∗ 𝐹𝐴 − 0,443 ∗ 𝐹𝐵 − 0,537 ∗ 𝐹𝐶 = 0

0,690∗ 𝐹 −0,614∗𝐹
𝐵 𝐶
𝐹𝐴 = 0,861
= 0,802 ∗ 𝐹𝐵 + 0,713 𝐹𝐶
 {− − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − 
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−

−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
 {− − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − 
−0,042(0,802 ∗ 𝐹𝐵 + 0,713 ∗ 𝐹𝐶 ) + 0,443 ∗ 𝐹𝐵 − 0,537 ∗ 𝐹𝐶 = 0

−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
 {− − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − 
−0,034 ∗ 𝐹𝐵 − 0,029 ∗ 𝐹𝐶 + 0,443 ∗ 𝐹𝐵 − 0,537 ∗ 𝐹𝐶 = 0

−−−−−−−−−−−− −−−−−− −−−−−−−


− − − − − − − − − − − − −−−−−− −−−−−−− 
{  { 0,566∗𝐹  {
0,409 ∗ 𝐹𝐵 − 0,566 ∗ 𝐹𝐶 = 0 𝐹𝐵 = 0,409 𝐶 𝐹𝐵 = 1,384 𝐹𝐶

𝐹𝐴 = 0,802(1,384 ∗ 𝐹𝐶 ) + 0,713 𝐹𝐶 𝐹𝐴 = 1,109 ∗ 𝐹𝐶 + 0,713 𝐹𝐶 = 1,822 ∗ 𝐹𝐶


 {− − − − − − − − − − − − − − − −  {− − − − − − − − − − − − − − − − − − 
−−−−−−−−−−−−−−−− −−−−−−−−−−−−−−−−−−

5
Mecânica Trabalho Nº1
Departamento de Engenharia Mecânica
Área Científica de Mecânica dos Meios Sólidos

−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
 {0,506 ∗ 1,822 𝐹𝐶 + 0,572 ∗ 1,384 ∗ 𝐹𝐶 + 0,577 ∗ 𝐹𝐶 − 4,14 = 0 
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−

−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
 { 0,922 ∗ 𝐹𝐶 + 0,792 ∗ 𝐹𝐶 + 0,577 ∗ 𝐹𝐶 − 4,14 = 0 
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−

−−−−−−−− −−−−−−−− 𝐹𝐴 = 1,822 ∗ 1,807 𝐹𝐴 = 3,292 𝑁


 {2,291 ∗ 𝐹𝐶 = 4,14  { 𝐹𝐶 = 1,807  { 𝐹𝐵 = 1,384 ∗ 1,807 { 𝐹𝐵 = 2,501 𝑁
−−−−−−−− −−−−−−−− −−−−−−−−− 𝐹𝐶 = 1,807 𝑁

5.2. Cálculos erro Percentual.


|𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜|
%𝑒𝑟𝑟𝑜 = ∗ 100
𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙

|3,50−3,292|
% T1 = ∗ 100 = 5,94
3,5
|2,125−2,501|
% T2 = ∗ 100 = 24,7
2,125

|2,4−1,807|
% T2 = ∗ 100 = 17,69
2,4

6. DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Após realizar os cálculos verifica-se alguma discrepância entre os valores obtidos diretamente na
experiência com o uso dos dinamómetros analógicos e os valores calculados através do posicionamento dos
pontos de aplicação entre o peso (M) e os dinamómetros.
Estes valores são 5,94% de discrepância em T1, 24,70% em T2 e 17,69% em T3.
Estas discrepâncias entre os valores podem resultar do facto de existirem erros aleatórios durante as
medições das distâncias, usando a régua ou a fita métrica em que o posicionamento dos mesmos utensílios
pode não ter sido a correta.
Um de vários exemplos que pode acontecer é o encostar a régua ou fita métrica no fio ou
dinamómetro alterando a tensão do cabo, que por consequência irá alterar os valores obtidos na experiência.
Outro fator em relação aos erros aleatórios pode ser o facto de ter ocorrido um erro de paralaxe, que
significa uma errada observação da escala de graduação dos dinamómetros por causa de um desvio ótico
causado pelo ângulo da visão.

6
Mecânica Trabalho Nº1
Departamento de Engenharia Mecânica
Área Científica de Mecânica dos Meios Sólidos

Em relação aos erros sistemáticos estes podem ser da origem de um erro de calibração dos
dinamómetros, resultando então em medições incorretas.
Uma também possível explicação para a diferença nos valores finais das forças obtidas durante a
experiência pode ser devido ao arredondamento das casas décimas.

6. CONCLUSÃO

Neste trabalho foi realizado a determinação da força exercida em cada um dos cabos que
suportam o corpo M na montagem experimental, seguido pela comparação dos valores obtidos e
comentários sobre a discrepância entre esses mesmos valores, concluindo que os valor obtido pelos
cálculos diferenciam um pouco comparado com a experimental, havendo uma maior discrepância na
força T3. Essa discrepância pode ser da origem de erros experimentais provocados pelos alunos.

7
Mecânica Trabalho Nº1

Você também pode gostar