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Raízes de Equações ( Zeros de Funções)

Um número 𝛼 é raiz da equação f(x) = 0, ou zero da função f, se 𝑓(𝛼) = 0.

Exemplo1. O número 4 é um zero da função 𝑓(𝑥) = √𝑥 + 𝑥 − 6, pois f(4)=0.

Graficamente os zeros reais de uma função são as abscissas dos pontos onde o gráfico de f corta o
eixo x.

PARA SE OBTER UMA RAIZ DE UMA EQUAÇÃO, SEGUE-SE DUAS FASES

Fase 1. Isolar a raiz: Consiste em determinar um intervalo [a,b] que contenha somente uma raiz;

Fase2. Utilizar um método iterativo que nos possibilite chegar numa raiz aproximada com uma precisão 𝜀
preestabelecida.

A seguir Teoremas e Definições que Usaremos na Fase 1

Teorema1. Seja f uma função contínua no intervalo [a,b]. Se f(a).f(b) < 0 então existe pelo menos uma raiz
da equação f(x)=0 nesse intervalo. Essa raiz será única nesse intervalo se 𝑓 ! (𝑥) < 0 ou se 𝑓 ! (𝑥) > 0,
∀𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏).

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Raiz Múltipla

Definição1: Considere uma função polinomial de grau n, 𝑓(𝑥) = 𝑎# 𝑥 # + 𝑎#$% 𝑥 #$% + ⋯ + 𝑎% 𝑥 % + 𝑎& ,
onde os coeficientes 𝑎' , 𝑖 = 1,2, … , 𝑛, são números reais com 𝑎# ≠ 0. 𝛼 é dito um zero de multiplicidade m
de f se:
𝑓(𝛼) = 𝑓 ! (𝛼) = 𝑓 !! (𝛼) = ⋯ = 𝑓 ()$%) (𝛼) = 0 𝑒 𝑓 ()) (𝛼) ≠ 0

Exemplo2. 𝑓(𝑥) = 𝑥 + + 2𝑥 − 15 = (𝑥 − 3). (𝑥 − 5) tem dois zeros simples que são x = 3 e x = 5

Exemplo3. 𝑓(𝑥) = 𝑥 + − 2𝑥 + 1, tem x = 1 como um zero de multiplicidade 2 pois


𝑓(1) = 𝑓 ! (1) = 0 𝑒 𝑓 !! (2) ≠ 0 . Observe que f pode ser decomposta da seguinte forma:
𝑓(𝑥) = 𝑥 + − 2𝑥 + 1 = (𝑥 − 1)+ = (𝑥 − 1). (𝑥 − 1)

Exemplo4. Se 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 5), . (𝑥 + 6)+ . (𝑥 − 4) então x = 5 é um zero de multiplicidade 4 de f, x = - 6 é


um zero de multiplicidade 2, e 4 é um zero simples de f.

Teorema2. (Teorema Fundamental da Álgebra): A função 𝑝(𝑥) = 𝑎# 𝑥 # + 𝑎#$% 𝑥 #$% + ⋯ + 𝑎% 𝑥 % + 𝑎& ,


com 𝑎# ≠ 0, tem exatamente n zeros, reais ou complexos, desde que cada zero seja contado de acordo
com sua multiplicidade.

Teorema3. Os zeros complexos da função polinomial 𝑝(𝑥) = 𝑎# 𝑥 # + 𝑎#$% 𝑥 #$% + ⋯ + 𝑎% 𝑥 % + 𝑎& , onde
os coeficientes 𝑎' são números reais com 𝑎# ≠ 0, aparecem aos pares, isto é, se 𝛼 + 𝛽𝑖 é um zero de p(x)
com multiplicidade m então 𝛼 − 𝛽𝑖 também o é.

Teorema4. (Regra de sinais de Descartes). O número de raízes reais positivas da equação polinomial p(x) =
0, com coeficiente reais, é igual ao número de trocas de sinais na sequência de seus coeficientes não nulos,
ou menor do que este por um inteiro par, sendo uma raiz de multiplicidade m, contada como m raízes.

Para se enumerar as raízes reais negativas de p(x), pode se usar o teorema acima para p(-x). Visto
que as regais positivas de p(-x) são as negativas de p(x).

FASE 1: ISOLAMENTO DAS RAÍZES

Para isolarmos as raízes de uma equação f(x)=0 podemos utilizar um dos processos abaixo:

P1- Utilizar o Teorema 1 dado acima. Para isso tabelar vários valores de x e analisar as mudanças de
sinal de f(x) e o sinal da derivada de f.

P2- Esboçar o gráfico de f e verificar onde este gráfico corta o eixo do x pois os zeros reais de f são os
pontos onde o gráfico de f corta o eixo x.

P3- Transformar a equação f(x)=0 numa equação equivalente g(x) = h(x). As abscissas dos pontos de
intersecção dos gráficos de g e h serão as raízes procuradas.

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Exemplo5. Isolar todos os zeros da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 - − 9𝑥 + 3

Exemplo6. Isolar as raízes da equação 𝑥 - + 𝑥 − 3 = 0

Exemplo7. Isolar os zeros da função 𝑓(𝑥) = 𝑒 . + 𝑥 − 2.

Exemplo8. Isolar as raízes da equação √𝑥 − 5𝑒 $. = 0.

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Exemplo9. Isolar as raízes da equação 𝑥𝑙𝑛𝑥 − 1 = 0.

Exercício. Isolar os zeros da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 - − 5𝑥 + − 𝑥 + 7.

Exercício. Isolar as raízes da equação 𝑥 + + 𝑙𝑛𝑥 = 0

Exercício. Isolar as raízes da equação 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 𝑥 = 0

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