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Zeros de Funções Reais

1 Zeros de Funções Reais


1.1 Introdução
O cálculo de raı́zes de funções encontra uso na obtenção da solução de uma ampla gama de problemas
de Ciência e Engenharia. Usualmente, a forma analı́tica de problemas matemáticos y = f (x) requer
o conhecimento dos valores da variável independente x para os quais f (x) = 0.
Por exemplo, considere a função f (x) = ax2 + bx + c, que é um polinômio de 2o grau com
coeficientes a, b e c e que possui duas raı́zes. Essas raı́zes podem ser determinadas analiticamente
pela fórmula de Baskhara.
Equações algébricas de 1o e 2o graus, certas classes deste tipo de equações, de 3o e 4o graus, e
algumas equações transcendentes podem ter suas raı́zes computadas exatamente através de métodos
analı́ticos, mas para polinômios de grau superior a quatro e para a grande maioria das equações
transcendentes o problema só pode ser resolvido por métodos que encontram soluções aproximadas,
que é do que se ocupa o Cálculo Numérico.

Funções algébricas: são aquelas funções que são redutı́veis a uma fração entre polinômios. Por
exemplo:
(x + 4)(x + 2)(x + 1)
f (x) = −8 (1)
x

Funções transcendentes: são funções que não podem ser expressas na forma descrita acima
(funções trigonométricas, exponenciais, logarı́tmicas, ou a combinação entre elas). Por exemplo:

f (x) = −ex · senx (2)

Dado que boa parte das equações algébricas e a maior parte das equações transcendentes não
possuem soluções analı́ticas, iremos empregar métodos numéricos para obter soluções aproximadas
destas equações. Em um primeiro momento, para identificar os intervalos onde estão contidas as
raı́zes das equações, iremos empregar métodos gráficos. A seguir, iremos abordar métodos numéricos
que nos fornecem, com precisão desejada, os valores das raı́zes das equações.
Neste capı́tulo trataremos de métodos para o cálculo de raı́zes reais (embora os métodos numéricos
possam também ser empregados na obtenção de raı́zes complexas).

1.2 Raı́zes ou Zeros de uma Função Real


Seja f (x) uma função definida para o conjunto dos números reais.

Definição 1.1. Dizemos que r é raiz ou zero da equação f (x) = 0 se f (r) = 0.

Exemplo 1.2. Seja a função f (x) = x2 − 3x + 2

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• 2 é raiz ou “zero” de f (x) = 0, pois f (2) = 22 − 3 · 2 + 2 = 0.

• 5 não é raiz ou “zero” de f (x) = 0, pois f (5) = 52 − 3 · 5 + 2 = 12 ̸= 0.

Na análise gráfica de f (x), o zero ou raiz de


f (x) = 0 equivale à abscissa onde a função f (x)
corta ou tangencia o eixo horizontal.
No gráfico ao lado os pontos de abscissas iguais
a −3 e 0 (eixo horizontal) são raı́zes ou zeros da
função f (x) = x3 + 3x2 = 0.
Esta função corresponde a um tipo particular de
função de 3o grau que possui solução analı́tica
(tente resolver a equação x3 + 3x2 = 0).
Para outras funções de ordem 3 e 4 (ou superior)
apenas métodos numéricos poderão fornecer os
valores das raı́zes da equação f (x) = 0.

Figura 1: Gráfico da função f (x) = x3 + 3x2

1.3 Determinação das Raı́zes


A determinação de raı́zes de equações pode ser obtida analiticamente para boa parte das equações
algébricas e transcendentes. No caso das equações algébricas as raı́zes podem ser determinadas por
meio de equações polinomiais e transformações algébricas; e para as equações transcendentes, por
meio de séries de potências. Entretanto, iremos nos deter aqui nos métodos numéricos, os quais
permitem determinar, por aproximações, as raı́zes reais de uma equação.
Todo procedimento para determinação das raı́zes é constituı́do de duas fases:

1a fase: Localização ou isolamento das raı́zes. Nesta fase procura-se obter um intervalo [a, b], o
menor possı́vel, que contenha uma e somente uma raiz da equação f (x) = 0.

2a fase: Refinamento. Nesta fase busca-se melhorar o valor da raiz aproximada, isto é, refiná-la até
o grau de exatidão requerido.

1.4 Isolamento das Raı́zes


Um importante teorema da Álgebra permite localizar os intervalos que contém as raı́zes.

Theorem 1.3. Se uma função contı́nua f (x) assume valores de sinais opostos nos pontos extremos
do intervalo [a, b], isto é, f (a) · f (b) < 0, então o intervalo conterá, no mı́nimo, uma raiz da equação
f (x) = 0, em outras palavras haverá, no mı́nimo, um número r ∈ (a, b) tal que f (r) = 0.

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A propriedade acima afirma que:

• Se f (a) · f (b) < 0 existirá no mı́nimo uma raiz no intervalo [a, b].

• Se f (a) · f (b) = 0, pelo menos um dos fatores, entre f (a) e f (b), será uma raiz de f (x).

• Se f (a) · f (b) > 0 não é garantida a não existência de raı́zes no intervalo [a, b].

O gráfico, a seguir, ilustra o teorema enunciado acima:

Figura 2: Função transcendente f (x) = A · e−bx cos(ωx + δ)

Observando o gráfico acima temos:

1. Intervalo [a, x1 ], f (a) > 0 e f (x1 ) < 0 ⇒ f (a) · f (x1 ) < 0: existe pelo menos uma raiz no
intervalo [a, x1 ]. Pelo gráfico, vemos que r1 é a única raiz no intervalo [a, x1 ].

2. Intervalo [r2 , x2 ], f (r2 ) = 0 e f (x2 ) < 0 ⇒ f (r2 ) · f (x2 ) = 0: neste caso r2 ou x2 é raiz. Como
se vê no gráfico r2 é raiz f (x).

3. Intervalo [x3 , x4 ], f (x3 ) > 0 e f (x4 ) > 0 ⇒ f (x3 ) · f (x4 ) > 0: apesar de o produto entre as
funções ser positivo, existem duas raı́zes no intervalo, r4 e r4 .

4. Intervalo [x2 , x3 ], f (x2 ) > 0 e f (x3 ) > 0 ⇒ f (x2 ) · f (x3 ) > 0: neste caso, no intervalo
considerado, não existem raı́zes de f (x).

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A raiz r de uma função real será definida e única dentro de um intervalo, se a derivada f ′ (x)
existir e preservar o sinal neste intervalo, isto é, se f ′ (x) > 0 (Fig. 3 (à esquerda)) ou f ′ (x) < 0 (Fig.
3 (à direita)).

Figura 3: f ′ (x) > 0 (à esquerda) e f ′ (x) < 0 (à direita).

Podemos utilizar esta última informação, juntamente com o teorema anterior, para localizar os
intervalos do domı́nio da função, que contém as raı́zes da equação considerada.
Para obter intervalos onde se localizam as raı́zes podemos:

Caso 1: Construir uma tabela.

Exemplo 1.4. f (x) = x3 − 8x + 6.

Calculando f (x) para alguns valores de x, temos:

Figura 4: Tabela construı́da no Excel para a função f (x) = x3 − 8x + 6

A tabela foi construı́da no EXCEL da seguinte forma:

• Nas células superiores, digamos C2, D2, . . . , M 2, foram digitados valores para x. Na célula C3,
foi inserida a fórmula f (x) = x3 − 8x + 6, digitando = C2 ∧ 3 − 8 ∗ C2 + 6 pressionando, a
seguir, a tecla ENTER.

• Selecionando a célula C3, a fórmula foi copiada para as células D3, E3, . . . , M 3. Na célula C4
foi digitado = SE(C3 < 0; −”; ” + ”) para serem exibidos os sinais de f (x). A seguir, a fórmula
de C4 foi copiada para as células D4, E4, . . . , M 4.

Observando a tabela verifica-se que ocorre mudança de sinal nos intervalos [−4, −3], [0, 1] e [2, 3].
Como a função é polinomial de 3o grau, teremos apenas uma raiz em cada um dos intervalos.

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Exemplo 1.5. f (x) = 50x3 − 65x2 + 26x − 3

Observa-se na tabela abaixo apenas uma mudança de sinal no intervalo [0, 1]. Espera-se que
ocorram uma ou duas ou três raı́zes nesse intervalo.

Figura 5: Tabela construı́da no Excel para a função f (x) = 50x3 − 65x2 + 26x − 3.

Devido à incerteza, vamos analisar os intervalos onde a função é estritamente crescente ou de-
crescente. Para isso, podemos derivar a função e fazer uma análise da mesma. Neste caso teremos:

f ′ (x) = 150x2 − 130x + 26

Estudando a variação do sinal de f ′ (x):

∆ = 16900 − 4 · 150 · 26 = 1300


130 + 36, 05
x1 = = 0, 554
300
130 − 36, 05
x2 = = 0, 31
300

Como na derivada a > 0, teremos f ′ (x) > 0 (função crescente) para x < 0, 31 ou x > 0, 554 e
f ′ (x) < 0 (função decrescente) para 0, 31 < x < 0, 554.
Vamos completar a tabela com os valores de x e f (x) para 0, 31 e 0, 554. Temos que: f (0, 31) =
0, 303 e f (0, 554) = −0, 044. (Se você estiver usando o Excel, você pode inserir as duas colunas e
completar a tabela). Inserindo dos valores acima na tabela, teremos:

Figura 6: Tabela construı́da no Excel para a função f (x) = 50x3 − 65x2 + 26x − 3.

Da nova tabela pode-se concluir que existe uma raiz em cada um dos intervalos [0; 0, 31], [0, 31; 0, 554]
e [0, 554; 1].

Caso 2: Construir o gráfico da função:


Este processo permite localizar mais rapidamente os intervalos que contém as raı́zes.

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A construção manual do gráfico de uma função


exige um conhecimento analı́tico da mesma
(domı́nio da função, pontos de descontinui-
dade, intervalos de crescimento e decrescimento,
assı́ntotas, pontos de máximo absoluto, mı́nimo
absoluto e pontos de inflexão). O uso de um soft-
ware é recomendável para a construção e análise
de gráficos.
Para a função f (x) = 50x3 − 65x2 + 26x − 3 = 0
teremos o gráfico ao lado (Fig.7), construı́do com
o GeoGebra.
Neste gráfico, para o intervalo [0, 1] temos três
valores de x onde a função corta o eixo horizontal. Figura 7: Gráfico da funçãof (x) = 50x3 − 65x2 +
Portanto, no intervalo [0, 1] existem três raı́zes 26x − 3.
reais.

Caso 3: Modificação da função


Outra maneira de se resolver o problema é substituir f (x) = 0 por uma equação g(x) − h(x) = 0
equivalente, ou seja, uma equação que tem as mesmas raı́zes de f (x) = 0.
Em consequência, teremos g(x) = h(x). Construindo os gráficos de g(x) e h(x) em um mesmo
sistema de eixos, as intersecções dos dois gráficos irão fornecer as raı́zes de f (x).

Exemplo 1.6. f (x) = x2 − 6x − ln(2x + 8)

Fazendo g(x) = x2 − 6x e h(x) = ln(2x + 8), teremos o gráfico da Fig. 8 que mostra que as curvas
se interceptam nos intervalos [−1, 0] e [6, 7].
Assim, concluı́mos que a função f (x) = x2 − 6x − ln(2x + 8) tem uma única raiz real em cada
um dos intervalos mencionados.

8
g(x)
6 h(x)

−2

−4

−6

−8

−10
−6 −4 −2 0 2 4 6 8 10
x

Figura 8: Gráfico das funções g(x) = x2 − 6x e h(x) = ln(2x + 8).

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1.5 Refinamento (grau de exatidão da raiz)


Existem vários métodos de refinamento de raı́zes onde se torna possı́vel determinar um valor apro-
ximado para a ou as raı́zes de uma equação. Em todos eles instruções são executadas passo a passo
tendo como base o resultado anterior (processos iterativos). O processo deve ser continuado até que
se atinja um resultado próximo ao esperado ou cujo erro seja inferior a um valor conhecido.
Seja uma função f (x) com uma raiz r no intervalo [a, b]. Uma raiz r′ é dita aproximada com a
precisão ε, se:

1. |r′ − r| < ε ou

2. r′ ∈ [a, b] e b − a < ε

No primeiro caso a raiz exata deve ser conhecida (o que geralmente não acontece). No segundo
caso, r′ pode ser qualquer valor pertencente ao intervalo [a, b]. Veremos três processos para o refina-
mento das raı́zes.

1.6 Método da Bissecção


O princı́pio fundamental do método da bissecção consiste em localizar a raiz em um intervalo [x1 , x2 ]
onde a função é estritamente crescente ou estritamente decrescente e considerar a raiz aproximada
(x1 + x2 )
como o ponto médio desse intervalo, ou seja, a raiz será . Para que a raiz pertença a tal
2
intervalo, nas condições citadas, devemos ter f (x1 ) · f (x2 ) < 0. Nesta consideração o erro cometido
será menor ou igual à metade da amplitude do intervalo [x1 , x2 ], isto é, erro = ε < |x2 − x1 |. Veja
abaixo:
• Para tornar o erro menor, pode-se dividir
o intervalo em dois intervalos de amplitude
igual à metade da amplitude do intervalo
anterior.
(x1 + x2 )
• Para isso, tomemos x3 = .
2
[ ]
(x1 + x2 )
• A raiz estará no intervalo x1 , se
( ) 2
(x1 + x2 )
f (x1 ) · f < 0.
2
• [
Caso contrário ] ela está no intervalo
(x1 + x2 )
, x2 .
2

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• A repetição do processo fará com que, a


cada iteração, o ponto médio do intervalo
se aproxime cada vez mais da raiz.

• Assim, o processo deverá ser continuado até


que se obtenha uma aproximação com erro
inferior ao solicitado.

• Como o processo é iterativo (repete-se) po-


demos utilizar o Excel para facilitar os
cálculos.

• Você pode também utilizar outra linguagem


de programação para resolver equações por
este processo.

Exemplo 1.7. Encontrar as raı́zes da equação f (x) = 5x2 + ln |2x − 3| − 3 com erro menor ou igual
a 0, 001

Passo 1: Inicialmente, por processo gráfico, localize as raı́zes.

Observando o gráfico, nota-se que existem duas


raı́zes: uma no intervalo [−1, 0] e outra no inter-
valo [0, 1]. Vamos obter uma aproximação para a
raiz pertencente ao intervalo [0, 1].
Abra o Excel e siga as instruções a seguir.

a) Identificando as colunas: usaremos as células indicadas na figura abaixo como referência.

b) Especificando os conteúdos das células:

• C10: digite o limite inferior do intervalo (no caso, 0).


• D10: ponto médio do intervalo. Digite = (C10 + E10)/2 e pressione ENTER (Lembre-
se que para exibir as referências às células você pode clicar na célula).
• E10: digite o limite superior do intervalo (no caso, 1).

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• F10: valor de f (x1 ). Digite = 5 ∗ C10 ∧ 2 + ln(ABS(2 ∗ C10 − 3)) − 3 e pressione ENTER.
A função ABS calculará o valor absoluto de 3x − 2.
• G10 e H10: Copie a fórmula da célula F10, clicando no canto inferior direito da célula
F10 e arrastando-a duas células para a direita.
• I10: Digite: = SE(J10 >= K10; ”continua”; D10). Esta coluna indicará até onde deve
ser dado continuidade ao processo. O primeiro número após o texto “continua” será a raiz
com erro menor ou igual à precisão solicitada, que no caso é 0, 001.
• J10: Digite: =ABS(ABS(C10)-ABS(D10)). Nesta coluna você irá obter a amplitude do
intervalo. Como estamos usando o ponto médio do intervalo o erro máximo cometido será
a metade da amplitude do intervalo [xi , xi+1 ].
• K10: Digite o valor da precisão indicada no enunciado. No caso, digite 0, 001.
• C11: Digite: = SE(F 10 ∗ G10 < 0; C10; D10).
• D11: Digite: Copie a fórmula da célula D10.
• E11: Digite: = SE(F 10 ∗ G10 < 0; D10; E10).
As fórmulas das células C11 e E11 farão com que sejam escolhidos os limites inferior e
superior do novo intervalo.
• F11, G11, H11, I11: Copie as fórmulas das células F10, G10, H10, I10 para as células
F11, G11, H11, I11.
• J11 Digite: = J10/2
• K11: Digite: =K10.
Copie as fórmulas das células C11 à K11 para as células inferiores, selecionando estas
células ao mesmo tempo, clicando no canto inferior da seleção e arrastando-as para as
linhas inferiores.

c) Concluindo: Veja os valores calculados com o EXCEL. Na célula 19 temos a raiz aproximada da
equação com erro inferior a 0, 001.

Observação: “o número de algarismos após a vı́rgula deve ser igual ao número de algarismos após
a vı́rgula exibido na previsão do erro (0,001).”
Desta forma, a raiz da equação resolvida é 0, 713 se usado o processo de truncamento ou 0, 714
se usado o processo de arredondamento.
O mesmo algoritmo pode ser usado para obter a aproximação da raiz no intervalo [−1, 0]. Neste
caso basta substituir os valores 0 e 1 das células C10 e E10 por −1 e 0, respectivamente.
Se você deseja manter a tabela usada para o cálculo da primeira raiz, para obter a segunda raiz,
selecione todas as células. Pressione CTRL + C para copiar o conteúdo selecionado para a área de
transferência.

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Clique na célula C26 (ou outra abaixo na mesma coluna) e pressione CTRL + V para colar o
conteúdo nas células a partir de C26.
Ao resolver outras equações, basta substituir os limites do intervalo inicial exibidos nas células
C10 e E10.
Na célula F10 digite a fórmula para cálculo da função. Na célula K10 digite a precisão desejada.

Referências
[1] ARENALES, Selma; DAREZZO, Artur. Cálculo numérico: aprendizagem com apoio de software
. 1 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

[2] FRANCO, Neide Bertoldi. Cálculo numérico. 1 ed.. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

[3] RUGGIERO, Márcia A. Gomes; LOPES, Vera Lúcia da Rocha. Cálculo numérico: aspectos
teóricos e computacionais . 2 ed.. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1997.

[4] COELHO, Sandro, 2014. Material de Aula, Cálculo Numérico.

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