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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Discentes: Enyo Borburema, Uriel Hapuque e Vinícius Frazão

Disciplina: Física Experimental

Docente: Décio Santana

Curso: Engenharia Química

Relatório de Aula - Prática 5

Máquina de Atwood

1. INTRODUÇÃO

A Máquina de Atwood foi inventada em 1784 por George Atwood e é usada para
demonstrações em laboratório das leis da dinâmica. Consiste em dois corpos de massa
m1 e m2 suspensos por um fio inextensível e de massa desprezível, de modo que este
fio esteja apoiado sobre uma roldana e ainda considerando que não há atrito entre a
roldana e seu eixo.

Ao colocar um dos corpos a um nível mais elevado que o outro e sobrecarregando-o


com um pouco mais de massa, o sistema move-se na vertical, com movimento
uniformemente acelerado, cuja aceleração depende dos valores das massas dos corpos
que estão suspensos. O Experimento conduzido na prática 5 teve como objetivo realizar
um contraste entre os dados obtidos em uma situação teórica ideal e de forma
experimental da Máquina de Atwood

1.1 Materiais

 Roldana
 Corda
 Discos Metálicos
 Esferas Metálicas

 Balança de precisão

 Cronometro

 Programa Tracker Video Analysis


2. Metodologia e Resultados

Foi feita a verificação da calibração dos objetos utilizados. Em seguida, foi utilizada a
balança de precisão para medir a massa inicial dos discos (m1 e m2), das esferas (mx) e
massa da roldana (mr)

M1 m2 Mr mx
Massa (g) 204,3 204,3 77,6 1,05
Tabela 1- Massa dos corpos de Prova

Feitas as medidas, foram sendo elaborados 5 casos (de 0 a 4), em que foram adicionadas 6
esferas metálicas a mais a cada caso, logo após, foram feitos cálculos para definir a
aceleração do sistema utilizando a fórmula da Máquina de Atwood que, desprezando a
massa da roldana, tem-se pelo quociente da diferença das massas pela soma das massas,
multiplicado pela aceleração gravitacional (9,8 m/s2). Foi obtido o seguinte resultado:
Medidas (x) Massas Massa em (g) Aceleração (m/s2)
0 M1 204,3 0
0 M2 (m2+mx0) 204,3 0
1 M1 204,3 0,149
1 M2 (m2+mx6) 210,6 0,149
2 M1 204,3 0,293
2 M2 (m2+mx12) 216,9 0,293
3 M1 204,3 0,433
3 M2 (m2+mx18) 223,2 0,433
4 M1 204,3 0,569
4 M2 (m2+mx24) 229,5 0,569
Tabela 2-
Aceleração teórica desprezando a massa da roldana

Logo após, para realizar o cálculo, dessa vez incluindo a Massa da Roldana, a seguinte
expressão foi utilizada:
m2−m1
a= ∗g
mr
m2+m 1+
2
Assim sendo obtidos os seguintes resultados:

Medidas (x) Massas Massa em (g) Aceleração (m/s^2)


0 M1 204,3 0
0 M2 (m2+m*x) 204,3 0
0 mr 77,6 0
1 M1 204,3 0,136
1 M2 (m2+mx6) 210,6 0,136
2 M1 204,3 0,268
2 M2 (m2+mx12) 216,9 0,268
3 M1 204,3 0,397
3 M2 (m2+mx18) 223,2 0,397
4 M1 204,3 0,523
4 M2 (m2+mx24) 229,5 0,523
Tabela 3: Aceleração teórica considerando a massa da Roldana

Tendo sido realizados os cálculos, a prática foi iniciada utilizando 24 esferas metálicas em
M2 e a queda foi cronometrada e filmada, para a partir do tempo e das características
observadas, determinar o deslocamento (Y) exercido pelo sistema.

Durante a filmagem foi observado que a roldana completou 5/4 de volta em torno de si.
Considerando que o diâmetro da roldana é de 7,67cm e o cronometro fez 10 marcações a
cada 2 espaços da roldana, utiliza-se a fórmula:

d
Δ y= Π
20

Determinando o deslocamento exercido pelo sistema em cada um dos pontos Yn:

Medidas (x) Yn (m) t (s) t^2 (s^2)


1 0,03000 0,14360 0,02062
2 0,03000 0,10545 0,01112
3 0,03000 0,08725 0,00761
4 0,03000 0,07620 0,00581
5 0,03000 0,06795 0,00462
6 0,03000 0,06225 0,00388
7 0,03000 0,05745 0,00330
8 0,03000 0,05400 0,00292
9 0,03000 0,05085 0,00259
10 0,03000 0,04815 0,00232
Tabela 4: Deslocamento do sistema em relação ao tempo
Obtendo-se o deslocamento total das massas, pode-se então fazer uma análise do
movimento no utilizando o Tracker. Tal análise foi feita resultando nos seguintes dados:

Máquina de Atwood
Tempo (s) Distância (m) Velocidade(m/s)
0,000 0,0 0,00000
0,033 0,0220 0,65953
0,067 0,0365 0,54824
0,100 0,0505 0,50508
0,133 0,0620 0,46529
0,167 0,0717 0,43049
0,200 0,0850 0,42550
0,233 0,0954 0,40893
0,266 0,1063 0,39878
0,300 0,1178 0,39291
0,333 0,1263 0,37911
0,366 0,1372 0,37443
0,400 0,1457 0,36446
0,433 0,1512 0,34903
0,466 0,1609 0,34491
0,500 0,1687 0,33769
0,533 0,1766 0,33138
0,566 0,1869 0,33009
0,600 0,1966 0,32794
0,633 0,2027 0,32026
0,666 0,2106 0,31608
0,700 0,2167 0,30970
0,733 0,2251 0,30721
0,766 0,2306 0,30098
0,799 0,2361 0,29526
0,833 0,2439 0,29292
0,866 0,2488 0,28726
0,899 0,2543 0,28268
0,933 0,2585 0,27714
0,966 0,2633 0,27261
0,999 0,2676 0,26777
1,033 0,2718 0,26324
1,066 0,2761 0,25900
1,099 0,2809 0,25556
1,133 0,2828 0,24965
1,166 0,2852 0,24460
1,199 0,2888 0,24084
1,233 0,2900 0,23532
1,266 0,2931 0,23152
1,299 0,2949 0,22698
1,332 0,2973 0,22313
1,366 0,3000 0,21968
Tabela 5: Movimento experimental

A Velocidade e Aceleração médias são obtidas respectivamente a partir do quociente da


variação do deslocamento pelo tempo e da variação da velocidade pelo tempo. Os dados
experimentais ainda constituem os seguintes gráficos:

Velocidade Maquina de Atwood (m/s)


0.35
0.3
0.25
Distância (m)

0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Tempo (s)

Deslocamento Linear (Deslocamento)

Gráfico 1- Variação do Deslocamento pelo tempo, constituindo a velocidade do


Experimento

Aceleração Maquina de Atwood (m/s²)


0.6

0.5
Velocidade (m/s)

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Tempo (s)

Velocidade Linear (Velocidade)

Gráfico 2- Variação da Velocidade pelo tempo constituindo a Aceleração do Experimento


3. Análise do Experimento

- Para concluir, pode-se dizer, utilizando as Tabelas 2 e 3 que a aceleração sofreu uma
variação ao considerar-se a massa da roldana, isso é justificável na própria formula que
considera a massa da roldana, ao passo que se a massa for desprezível (0), então mr/2=0.

- Para além disso, experimentalmente, obteve-se um resultado interessante. Ao passo que o


movimento da Máquina de Atwood seja teoricamente uniformemente variado,
experimentalmente obtiveram-se dados que se aproximavam mais do conceito do
movimento uniforme. Isso pode ter o ocorrido (dentre outros fatores) em decorrência da
resistência do ar que estava em oposição ao movimento.

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