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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CAMPUS DE SÃO LUÍS - CIDADE UNIVERSITÁRIA


BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PROF. VILSON SOUZA PEREIRA
ALUNO: LUCAS DOS SANTOS PEREIRA MAT.:2020020078

CCEM0001 - RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

MOMENTO FLETOR EM UMA VIGA DE ENSAIOS

São Luís
2023
1. INTRODUÇÃO
O comportamento estrutural dos materiais e elementos é fundamental para o
desenvolvimento seguro e eficiente das estruturas civis e industriais. Neste contexto, a análise
dos momentos fletores desempenha um papel crucial na compreensão das características de
flexão e deformação das vigas, o que é essencial para projetar e otimizar estruturas.
O experimento proposto tem como objetivo investigar o momento fletor em uma viga
sujeita a carregamentos específicos, utilizando a Moldura de Ensaios Estruturais. Esta
moldura proporciona um ambiente controlado, permitindo a aplicação de diferentes cargas e a
medição precisa das deformações ao longo da viga. O momento fletor é uma medida crucial
para determinar a capacidade de carga e integridade estrutural de uma viga, sendo
influenciado por diversos fatores como propriedades do material, geometria e condições de
apoio.
Este experimento visa melhorar nosso entendimento sobre a distribuição de momentos
ao longo da viga através da análise da relação entre cargas aplicadas e momentos resultantes.
Validaremos previsões teóricas da engenharia estrutural, permitindo que tomemos decisões
informadas no projeto e construção de estruturas.
2. METODOLOGIA
Na primeira parte do experimento, utilizamos pesos de 100 gramas, 200 gramas, 300
gramas, 400 gramas e 500 gramas, e aplicamos esses pesos em cima do corte, assim o
equipamento mediu a força resultante para cada massa aplicada e pode-se, assim, calcular o
momento gerado no corte para cada força obtida e, portanto, comparar a força e momento
obtidos teoricamente com a força e momento obtidos experimentalmente.
Para a segunda parte do experimento, aplicou-se massas em diferentes pontos da viga
de ensaios para calcular-se a força resultante que, assim, foi utilizada para calcular o
momento. Essa segunda parte do experimento foi dividida em três aplicações diferentes de
cargas: Na primeira, ocorreu a aplicação de uma massa de 400 gramas a 0,14 metros de
distância do apoio A e, assim, anotou-se a força resultante. Na segunda, aplicou-se uma
massa de 200 gramas a uma distância de 0,22 metros do apoio A e uma massa de 400 gramas
com uma distância de 0,26 metros também do apoio A e, anotou-se a força resultante medida
pela moldura de ensaio e na terceira, aplicou-se uma massa de 500 gramas a uma distância de
0,24 metros do apoio A junto com uma massa de 400 gramas só que essa aplicada a 0,40
metros também do apoio A. Por fim, para cada força obtida nessas três diferentes aplicações
de cargas, anotou-se a força medida pela moldura de ensaio e calculou-se o momento no
corte.

Figura 1

Utilizou-se para calcular o momento experimental no corte, uma fórmula dada no


experimento que mostra-se abaixo:
Fórmula 1:
𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 ( 𝑀𝐶 ) = 𝐹𝐸 · 0, 125 𝑁 · 𝑚

Sendo: 𝐹𝐸 = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒

Para calcular-se o momento teórico no corte para a primeira parte do experimento, foi
dada no experimento, a fórmula descrita abaixo:
Fórmula 2:
(𝑙 − 𝑎)
𝑀𝐶 = 𝑊 · 𝑎 · 𝑙

Deduziu-se essa fórmula, a partir das equações de equilíbrio e de forças internas do


gráfico equivalente a moldura de ensaios, assim podemos deduzir a fórmula assim:

↻ + ∑ 𝑀𝐴 = 0

⇒ 𝑊 · 𝑎 − 𝑅𝐵 · 𝑙 = 0
𝑊·𝑎
⇒ 𝑅𝐵 = 𝑙

Assim, podemos calcular o momento interno resultante no corte:

↻ + ∑𝑀 = 0

− 𝑅𝐵 · (𝑙 − 𝑎) + 𝑀 = 0
𝑊·𝑎
Sendo: 𝑅𝐵 = 𝑙
, temos:

𝑊·𝑎
𝑀= 𝑙
· (𝑙 − 𝑎)

Rearranjando, temos:
(𝑙−𝑎)
𝑀= 𝑊 ·𝑎 · 𝑙

Portanto, comprova-se que a fórmula está correta e representa realmente o momento


no corte.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na primeira parte do experimento, após a moldura de ensaio determinar a força
resultante após a aplicação da massa no corte, obteve-se os seguintes resultados medidos pela
moldura de ensaio:

Massa (g) Carga (N) Força (N)

100 0,98 0,65

200 1,96 1,35

300 2,94 2,00

400 3,92 2,60

500 4,90 3,10

Após medir e anotar-se as forças resultantes, utilizou-se os valores de cargas teóricos


fornecidos no guia do experimento para calcular-se o momento teórico e utilizou-se os
valores das forças medidas para calcular-se os momentos experimentais. Para o cálculo,
recorreu-se a fórmula 1 para cálculo do momento experimental e utilizou-se a fórmula 2 para
o cálculo do momento teórico no corte, portanto obteve-se os seguintes resultados:

Momento Momento
Massa (g) Carga (N) Força (N) Fletor Fletor Teórico
Experimental (𝑁 · 𝑚)
(𝑁 · 𝑚)

100 0,98 0,65 0,08125 0,09354

200 1,96 1,35 0,16875 0,18709

300 2,94 2,00 0,25 0,28063

400 3,92 2,60 0,325 0,37418

500 4,90 3,10 0,3875 0,46772

Assim, pode-se obter um gráfico para o momento experimental teórico e para o


momento experimental. Então mostrou-se abaixo os gráficos obtidos:
Gráfico para o Momento Fletor Experimental:

Gráfico para o Momento Fletor Teórico:

Portanto, podemos verificar pelos gráficos mostrados acima que, temos uma
aproximação do real para o calculado teoricamente e por isso, podemos determinar que o
momento fletor no ponto de carregamento varia linearmente com o tempo com os valores
teóricos se aproximando bastante dos valores experimentais. Podemos então afirmar que a
equação que prevê o comportamento da viga, realmente está alinhada ao que ocorre na
realidade.
Para a segunda parte do experimento, verificou-se como o momento fletor no corte
varia na posição do corte para cargas aplicadas em diferentes pontos da viga de ensaios.
Assim, obteve-se como resultado medido pela moldura de ensaios, a força no corte e abaixo,
mostra-se os resultados obtidos:

Momento Momento
Figura 𝑊1 (𝑁) 𝑊2 (𝑁) Força Fletor Exp. 𝑅𝐴(𝑁) 𝑅𝐵(𝑁) Fletor Teo.
(N) (𝑁 · 𝑚) (𝑁 · 𝑚)

4 3,92 - 1,4 0,1750 5,1672 1,2472 0,174

5 1,96 3,92 3,1 0,3875 2,5837 3,2963 0,4615

6 4,91 3,92 3,5 0,4375 2,588 6,242 0,4819

Temos que o momento fletor no corte (𝑀𝐶), é igual à soma algébrica dos momentos

causados pelas forças atuantes no lado esquerdo ou no lado direito e assim pode-se calcular o
momento experimental para cada situação.
Utilizou-se a fórmula 1 para calcular-se o momento fletor experimental e os dados de
Reação em A e Reação em B foram obtidos teoricamente através das equações de equilíbrio e
de forças internas. Pode-se notar que os valores foram extremamente próximos uns dos
outros, confirmando assim que os cálculos para projetar os valores da reações e momentos
são extremamente próximos aos experimentais e demonstram a importância do cálculo das
reações em todos os tipos de projetos para, assim, determinar todos os aspectos que podem
influenciar em todos os tipos de estruturas estáticas.

4. CONCLUSÃO
Portanto, conclui-se que a análise das forças e momentos permitiu uma compreensão
mais aprofundada sobre como as cargas são distribuídas e equilibradas em diferentes formas.
Este conhecimento é fundamental para conseguirmos projetar e analisar diversos tipos de
forças e como elas agem de diferentes formas ao se alterar propriedades básicas como a
intensidade da força e distância para um certo ponto analisado como é o caso. Assim, pode-se
afirmar que o experimento proporcionou alguns conhecimentos valiosos sobre a distribuição e
o equilíbrio das forças em sistemas mecânicos, principalmente para a obtenção de uma certa
validação sobre todos os cálculos realizados para analisar todas as partes envolvidas. Por fim,
é importante destacar que esse tipo de experimento ajuda não só no entendimento das reações
envolvidas, mas também no conhecimento como um todo, pois é a base para diversos
conhecimentos posteriores que, com essa experiência, torna-se mais fácil a sua compreensão.

5. REFERÊNCIAS
> Esforços Internos em Vigas com Cargas Transversais. Disponível em:
https://www.tecgraf.puc-rio.br/ftp_pub/lfm/civ1112-aula04.pdf. Acesso em: 13 de Novembro
às 09:57.
> Solicitações Internas em Estruturas de Barra. Disponível em:
https://www.politecnica.pucrs.br/professores/soares/Resistencia_dos_Materiais_-_E/Capitulo
_06.pdf. Acesso em: 13 de Novembro às 11:25.
> Equilíbrio Interno de Estruturas. Disponível em:
https://cursos.unisanta.br/quimica//private/eq-int.pdf. Acesso em: 15 de Novembro às 08:45.

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