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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ISADORA DORNELAS (2023061053)


MARIA EDUARDA ANTUNES (2022105596)
MARIA LUIZA ANDRADE (2023061096)

MOVIMENTO RETILÍNEO COM ACELERAÇÃO CONSTANTE


Relatório do Experimento

Belo Horizonte - MG
06/11/23
INTRODUÇÃO

De acordo a segunda lei de newton, uma força resultante F que atua sobre um objeto
se equivale ao produto de massa inercial m do objeto, resultando:
𝐹=𝑚 ·𝑎
O movimento retilíneo uniformemente variado, ou MRUV, corresponde a aquele em
que a mudança de velocidade,aceleração,ocorre de forma constante e sua trajetória se
descreve em uma linha reta, assim como o experimento no qual analisamos em aula.

● Equação horária da posição para MRUV


Sabe-se que:
𝑑𝑣
𝑎 = 𝑑𝑡 (𝐼)
𝑑𝑥
𝑣= 𝑑𝑡
(𝐼𝐼)
Ao derivarmos:
𝑣−𝑣𝑜
𝑎= 𝑡−𝑡𝑜
, Para T o=0, 𝑣 = 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡(𝐼𝐼𝐼)

Igualando a equação I e III temos:


𝑑𝑥
𝑑𝑡
= 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡 → 𝑑𝑥 = 𝑣𝑜. 𝑑𝑡 + 𝑎𝑡. 𝑑𝑡 (𝐼𝑉)

E ao integrarmos os dois lados de IV no intervalo de 0 a t:

𝑡 𝑡
∫ 𝑑𝑥 = ∫(𝑣𝑜. 𝑑𝑡 + 𝑎𝑡. 𝑑𝑡)
0 0
𝑡 𝑡
𝑥 − 𝑥𝑜 = 𝑣𝑜. ∫ 𝑑𝑡 + 𝑎. ∫ 𝑡. 𝑑𝑡
0 0
1 2
𝑥 = 𝑥𝑜 + 𝑣𝑜. 𝑡 + 2
𝑎𝑡
● Gráficos da distância, da velocidade e da aceleração, em função do tempo, de um
corpo em MRUV
Figura 1: gráfico de aceleração em função do tempo (exemplificação de comportamento)
Figura 2: gráfico de velocidade em função do tempo (exemplificação de comportamento)

Figura 3: gráfico de distância em função do tempo (exemplificação de comportamento)

● Diagrama de forças
Desconsiderando-se a força de atrito entre o plano e o bloco 1:

Figura 4: Diagrama de forças do sistema de dois blocos


(um suspenso e outro em um plano inclinado)

● Aceleração do sistema
Sendo a corda inextensível, a aceleração é a mesma para ambos os blocos.
Decompondo a força peso do bloco 1, P1, nas componentes vertical, P1y , e horizontal, P1x:

𝑝𝑥 𝑝𝑦
𝑠𝑒𝑛θ = 𝑝
→ 𝑝𝑥 = 𝑃. 𝑠𝑒𝑛θ ; 𝑐𝑜𝑠θ = 𝑃
→ 𝑃𝑦 = 𝑃. 𝑐𝑜𝑠θ.
Como o sistema apresenta-se em MRUV, a aceleração é constante e e a mesma
para os dois blocos. Além disso, N = P1y e T1 = T2. Portanto, a força responsável por
mover esse sistema de corpos é a resultante entre o peso do bloco B, suspenso, e a
componente horizontal do peso do bloco A:

● Para o bloco 1:
Frx= T - P1x m1a = T - m1gsen (I)
Fry= P1y - N = 0;
● Para o bloco 2:
Fry= P2 - T→ m2a = m2g - T
Isolando T: T = m2g - m2a (II);
● Substituindo (II) em (I):
m1a=m2g=m2a-m1gsenθ → 𝑚1𝑎 + 𝑚2𝑎 = 𝑚2𝑔 − 𝑚1𝑠𝑒𝑛θ

● Colocando “a” e “g” em evidência:


𝑎(𝑚1 + 𝑚2) = (𝑚2 − 𝑚1𝑠𝑒𝑛 ) 𝑔 𝑎 = し 𝑠 (𝑚 + 𝑚 )1 2(𝑚 − 𝑚 𝑠𝑒𝑛し) 2 1 × 𝑔

Note que, para θ= 0°; logo, o plano é horizontal (Figura 5). Nesse caso, sen θ = 0 e a
fórmula da aceleração fica:
𝑚2
𝑎 = 𝑚1+𝑚2 𝑔

OBJETIVOS

O experimento tem como objetivo analisar o movimento de um objeto que se desloca


sob a ação de uma força constante.

MATERIAL

● Programa DataStudio;
● Sensor de movimento (sensibilidade 0,02 mm);
● Trilho de ar;
● Pesos de massa 10,0 +- 0,1g cada;
● Suporte 14,15 +- 0,05g;
● Carrinho 230,0 +- 0,1g;
● Fio de algodão e trena;
PROCEDIMENTO E RESULTADOS

O experimento foi feito como representado na Figura 5, mostrado na introdução.


Nesse procedimento será feito de duas formas diferentes, uma no plano horizontal e
uma no plano inclinado. Em ambos começamos marcando uma posição inicial, que
consideremos como Xo = 70 cm,. O mecanismo de funcionamento é composto por um
trilho com orifícios ao longo dele, que permite a injeção de ar ao longo do aparelho,
fazendo com que o carrinho flutue e se mova sem atrito. Por meio de um sensor e do
programa utilizado no computador, criamos os gráficos de distância X tempo, de
velocidade X tempo e de aceleração X tempo.

Plano horizontal

Colocamos o carrinho na posição Xo, e após soltá-lo iniciamos o cronômetro e o


paramos antes do carrinho bater no final. Com isso obtivemos os três seguintes
gráficos:
Para acharmos os valores de aceleração, utilizaremos as fórmulas:

1 2
𝑥(𝑡) = 𝑥𝑜 + 𝑉𝑜𝑇 + 2
𝑎𝑡 posição
𝑑𝑥
𝑣(𝑡) = 𝑑𝑦
= 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡
𝑑𝑣
𝑎(𝑡) = 𝑑𝑡
= 𝑎

Assim, substituindo temos:

1 2 2
𝑥(𝑡) = 0, 7 + 0 + 2
5, 4 × 2 (0, 6) = 0, 8944 𝑚/𝑠
2
∆𝑥 = 2 × 𝑎 = 2 × 0, 0015 = 0, 0030 𝑚/𝑠
2 2
𝑥(𝑡) = 0, 8944 𝑚/𝑠 +− 0, 0030 𝑚/𝑠

𝑣(𝑡) = 0, 7 + 0, 227 × 0, 6
2
𝑣(𝑡) = 0, 8362 +− 0, 02 𝑚/𝑠

2
𝑎(𝑡) = 1, 10 +− 0, 06 𝑚/𝑠

(Lembrando que alguns valores foram retirados do programa e dos gráficos para a
realização das contas.)

Para o cálculo do valor esperado temos:


𝑚2 0,024
𝑎 = 𝑚1+𝑚2 𝑔 ou seja, 𝑎 = 0,230 + 0,024 × 9, 78
2
com isso temos que 𝑎 = 0, 93 𝑚/𝑠

∆𝑚1 2 ∆𝑚2 2 ∆𝑔 2 2
∆𝑎 = 𝑎 ( 𝑚1
) + ( 𝑚2
) + ( 𝑔
) = 0, 009 𝑚/𝑠

2
Valor esperado: 𝑎 = 0, 93 +− 0, 009 𝑚/𝑠

Plano Inclinado

Colocamos o carrinho na posição Xo, agora com o plano já inclinado e após soltá-lo
iniciamos o cronômetro e o paramos antes do carrinho bater no final. Com isso
obtivemos os três seguintes gráficos:
Para acharmos os valores de aceleração, utilizaremos as fórmulas:

1 2
𝑥(𝑡) = 𝑥𝑜 + 𝑉𝑜𝑇 + 2
𝑎𝑡 posição
𝑑𝑥
𝑣(𝑡) = 𝑑𝑦
= 𝑣𝑜 + 𝑎𝑡
𝑑𝑣
𝑎(𝑡) = 𝑑𝑡
= 𝑎

Assim, substituindo temos:

1 2 2
𝑥(𝑡) = 0, 7 + 0 + 2
0, 0187 (4, 8) = 0, 9154 𝑚/𝑠
2
∆𝑥 = 2 × 𝑎 = 2 × 0, 0013 = 0, 0026 𝑚/𝑠
2 2
𝑥(𝑡) = 0, 9154 𝑚/𝑠 +− 0, 0026 𝑚/𝑠

𝑣(𝑡) = 0, 7 + 0, 0102 × 4, 8
2
𝑣(𝑡) = 0, 7489 +− 0, 0002 𝑚/𝑠

2
𝑎(𝑡) = 0, 0108 +− 0, 061 𝑚/𝑠
(Lembrando que alguns valores foram retirados do programa e dos gráficos para a
realização das contas.)

Para o cálculo do valor esperado temos:


𝑚2 − 𝑚1 × 𝑠𝑒𝑛ϕ
𝑎 = 𝑚1+𝑚2
𝑔

Para acharmos o ângulo da inclinação, fizemos um simples teoremas de pitágoras e


achamos que a inclinação era de 9,4 graus.

Agora substituindo:

0,034 − (0,23×𝑠𝑒𝑛 9,4°)


𝑎= 0,230 + 0,034
× 9, 78
2
com isso temos que 𝑎 = 0, 12 𝑚/𝑠

Para a incerteza:
∆(𝑚2 −1) 2 ∆𝑚1 2 ∆𝑔 2 ∆ϕ 2 ∆(𝑚1+𝑚2) 2
∆𝑎 = 𝑎 ( (𝑚2−1)
) + ( 𝑚1
) +( 𝑔
) +( ϕ
) + ( 𝑚1 +𝑚2
)

0,1 2 0,1 2 0,05 2 0,9 2 0,3 2 2


∆𝑎 = 0, 12 ( (33,15) ) + ( 230 ) + ( 9,78 ) + ( 9,4 ) + ( 264,15 ) = 0, 01 𝑚/𝑠

2
Valor esperado: 𝑎 = 0, 12 +− 0, 01 𝑚/𝑠

CONCLUSÕES

Por meio da realização do experimento, foi possível calcular o valor da


aceleração do carrinho tanto no plano horizontal, quanto no vertical, a partir dos
coeficientes obtidos no ajuste de curva, em relação aos gráficos de posição x tempo,
velocidade x tempo e aceleração x tempo.

Com isso, obtemos os valores de aceleração no plano horizontal de:


2 2
Posição x tempo = 𝑥(𝑡) = 0, 8944 𝑚/𝑠 +− 0, 0030 𝑚/𝑠
2
Velocidade x tempo = 𝑣(𝑡) = 0, 8362 +− 0, 02 𝑚/𝑠
2
Aceleração x tempo = 𝑎(𝑡) = 1, 10 +− 0, 06 𝑚/𝑠
2
Fórmula da aceleração = 𝑎 = 0, 93 +− 0, 009 𝑚/𝑠

E no plano inclinado:

2 2
Posição x tempo = 𝑥(𝑡) = 0, 9154 𝑚/𝑠 +− 0, 0026 𝑚/𝑠
2
Velocidade x tempo = 𝑣(𝑡) = 0, 7489 +− 0, 0002 𝑚/𝑠
2
Aceleração x tempo = 𝑎(𝑡) = 0, 0108 +− 0, 061 𝑚/𝑠
2
Fórmula da aceleração = 𝑎 = 0, 12 +− 0, 01 𝑚/𝑠
Em relação ao que tange ao sistema no plano inclinado, o valor da aceleração teórica,
que apresentou o maior erro percentual, resultou em um valor inferior ao obtido
experimentalmente. É provável que isso tenha ocorrido, além de outros motivos, em
decorrência dos erros apresentados, principalmente do ângulo, o que pode ter
acontecido devido a baixa precisão na medição.

Por fim, em ambos os planos, os valores das acelerações em cada caso divergem
com o valor da aceleração esperado pela fórmula, devido a suas incertezas.
Contudo, são valores muito próximos que se encontram na variação da incerteza de
a.

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