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Mecânica
UFCD
5021
(Sistemas de arranque e carga)
UFCD-5021 Arranque e Carga Dep.
Mecânica
Fundamentos da matéria
Estrutura do Átomo
Electrões
Electrão Núcleo
+
+
+
Protões
Orbita
Electrões Neutrões
Protão
Electrão
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Ião
Ião positivo
Ião Negativo
Electricamente neutro
Ião Positivo Ião Negativo
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- - -
- - +
+
+
- -
-
- -
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Corrente
Tensão
Resistência
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Mecânica
Lampada
desligada
Eletricidade e eletrónica básica
TENSÃO
Excesso de
Défice de eletrões
eletrões
Eletrões
Eletricidade e eletrónica básica
TENSÃO
CORRENTE
+ 12V -
Contador
Simbolo da Corrente : I
Unidade : A (AMPÉRE)
- O Ampére representa a quantidade de electrões que passam num
determinado ponto do circuito.
1 A = 1000 mA
1 A = 1000000 A
1 mA = 0,001 A
1 A = 0,000001 A
Ex:
200 mA = _______A
2 A = __________ mA
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RESISTÊNCIA
-
+
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Simbolo da Resistência : R
Unidade : Ω (Ohm)
1 ohm = 0.001 k Ω
km m mm
1 ohm = 1000 m Ω
1 mΩ = 0,001 Ω kΩ Ω mΩ
Ex:
20 Ω = _______m Ω 100 mΩ =_____ Ω
600 mΩ =_____ Ω 450 Ω =_______m Ω
UNIDADES
Designação Hidráulica Designação Símbolo na Fórmula
Eléctrica
Fluxo Intensidade da I
Corrente (A)
Estragulamento na
Secção Resistência (Ω) R
Eletricidade e eletrónica básica
Lei de Ohm
A lei de Ohm
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- Aquecimento
Ex: Isqueiro, aquecimento elétrico dos bancos,
do desembaciador etc.
- Magnética
Ex: Solenóides, motores, relés…
- Química
Ex: bateria
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V Voltímetro
A
+
Amperimetro
-
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Medição da Resistência
Ω ohmímetro
-
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I=V/R
I = 12 volt / 100 ohms +
_ V = 12 volt R = 100
I = 0,12 A (Ampéres)
I=?
I=V/R
I = 12 volts / 22 ohms +
_ V = 12 volt R = 22
I =_______
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I = 3 ampere
R=? +
_ V = 12 volt R=?
Para calcular é necessário
dividir 3 por 12.
O resultado é 4.
I = 3A
Calcular a Tensão
V=I×R +
_ V = ? volt R=4
V = _____
V = _____
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CORRENTE
Voltagem
Corrente Continua
DC ou CC
Tempo
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CORRENTE
Voltagem
Corrente Alterna
Ciclo
AC ou CA
Frequência = nº de
ciclos por segundo
e mede-se em Hz
(Hertz)
Ex: 230V
Tempo 50 Hz
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Multímetro digital
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Multímetros
Digital
Analógico
V~ = ACV
A~ = ACA
V-- = DCV
A-- = DCA
Ω = OHM
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Digital
Multímetros
Analógico
V~ = ACV
A~ = ACA
V-- = DCV
A-- = DCA
Ω = OHM
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Multímetros Mecânica
Digitais
ACUMULADORES DE CORRENTE -
BATERIAS
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A Bateria:
- Fornece electricidade para o arranque e quando o
motor está desligado
- Produz electricidade através de reacção química
- Produz uma reacção química quando é carregada
- Voltagem nominal, CCA, Ah, cap. de reserva
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Caracteristicas
Ligação de baterias em paralelo
Ligação das baterias em paralelo
- Tensão : Constante
- Capacidade das baterias : aumentada
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POTÊNCIA ELÉCTRICA
POTÊNCIA ELÉCTRICA
TENSÃO U=P/I
CORRENTE I=P/U
POTÊNCIA P=UxI
P
Potência
P : Potência I U
U : Tensão Corrente Tensão
I : Corrente
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GERAÇÃO DA TENSÃO
Reacção Electroquímica
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Condensador
• O condensador é um componente que armazena temporariamente
uma carga eléctrica. O condensador recebe e descarrega a carga
eléctrica mantendo uma tensão constante.
• Quando o interruptor está fechado os electrões vão do terminal
negativo da fonte para uma das placas do condensador.
• Estes electrões repelem os electrões da segunda placa, que são
atraídos pelo terminal positivo da fonte.
• O condensador está carregado quando corta o circuito não
deixando passar mais corrente.
Conductive
- +
plates
Dielectric - +
C urrent out
S
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N S N S N S N S
Indução electromagnética
• Campo Magnético gerado por uma carga eléctrica
Corrente
Limalhas
de ferro
Bateria
Fio
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Indução electromagnética
Campo Magnético à volta da bobina
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Solenóide
- Quando a corrente transportada pelo condutor passa na bobina ou
solenóide, o campo magnético forma as linhas de campo que se
fundem em dois pontos (Pólo Norte e Pólo Sul).
C urrent in
C urrent out
S
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SENSORES INDUTIVOS Mecânica
RELÉS
DISPOSITIVOS ELETROMAGNÉTICOS:
RELÉS
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DISPOSITIVOS ELETROMAGNÉTICOS:
RELÉ INVERSOR
1=85 3=30
Faróis de nevoeiro
Massa Massa
Interruptor
Massa
Massa
Fusível 20 A
Massa
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DISPOSITIVOS ELETROMAGNÉTICOS:
SOLENÓIDES
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Transformador
▪ O transformador é um componente usado para transformar energia de um
circuito para outro utilizando a indução eletromagnética.
▪ O transformador consiste em duas ou mais bobinas de fio enrolado à volta de
um núcleo de lamelas de ferro.
▪ O primeiro enrolamento chama-se primário. Este enrolamento recebe energia da
fonte. O segundo enrolamento chama-se secundário sendo este o responsável
pela saída da corrente
Primário Secundário
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Transformador
Aplicando a tensão alternada no enrolamento de entrada (primário) é constantemente
formado e desfeito um campo magnético no núcleo de ferro em forma de anel. Neste
processo, a polaridade do campo magnético muda no núcleo de ferro devido à tensão
alternada. Isto induz no enrolamento de saída (secundário) uma tensão alternada em
contra fase.
Indução magnética
• Quando um condutor atravessa
um campo magnético , é
induzida uma força no condutor
– força eletromotriz.
• Quando um condutor se move
uma tensão induzida é gerada
na bobina pela força eletromotriz.
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Construção do alternador
• O alternador transforma energia mecânica em energia eléctrica.
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Semi-condutores
-Os semicondutores são sólidos cujos átomos se encontram dispostos em
padrões regulares, ou seja que possuem uma estrutura cristalina.
-Em termos de condutividade, estes materiais, encontram-se entre os
condutores e os isoladores, por isso são chamados de semicondutores.
- Tipos de semicondutores:
- Díodos
- Retificadores de tensão
- Zener
- Emissores de luz
- Transístores
- PNP
- NPN
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Díodos Semi-condutores
-Se juntarmos um semi-condutor P(6) a um N(4) cria-se uma junção PN, ou
seja um díodo.
-Na união PN existe uma camada de junção(2).
Ânodo (+) Cátodo (-)
Símbolo do
Díodo
Polaridade
do Díodo
Díodos Semi-condutores
-Se o condutor P for ligado ao pólo positivo e o condutor N ao pólo negativo,
a camada de junção desaparece e a corrente flui através do díodo.
Anodo(+) Catodo (-)
Bateria Lamp ON
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Díodos Semi-condutores
-Se o pólo negativo for ligado ao condutor P e o pólo positivo ao condutor
N, a camada de junção alarga-se e o díodo bloqueia a passagem da
corrente eléctrica.
Catodo (-) Anodo (+)
SEMI-CONDUTORES
DÍODOS
SEMI-CONDUTORES
DÍODO EMISSOR DE LUZ (LED)
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SEMI-CONDUTORES
DÍODOS DE ZENER
Díodo Tensão de
IR entrada
Tensão
Tensão de
de entrada A.C saída R VR = D.C
Volt D.C
Intervalo
Tensão de saída
Rectificador de meia
onda
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Volt
Tempo
Tensão
D2 D1 de
entrada
V=
A.C
V=
D4 R D.C
D3
Volt
Tempo
Tensão
de saída
Rectificador de onda completa
com circuito em ponte
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GERADORES / ALTERNADORES
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Constituição de um Alternador
De um modo geral, os alternadores são constituídos por um induzido ou estator (3) (Fig.1.1),
formando por uma série de bobinas fixas, e por um indutor ou rotor (4) que gira no interior do
estator.
As carcaças do alternador (1 e 5) cobrem e encerram este conjunto alojando também o conjunto
rectificador (2), formado por vários díodos rectificadores. A polie (7) e o ventilador (6) completam
o conjunto.
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Alternador
•Componentes
•Rotor ou Indutor (Enrolamento): gerador do campo magnético
O alternador é do tipo de atuação por escovas, e o fluxo de corrente passa pelas
escovas através do coletor para a bobina de campo (Enrolamento) do rotor.
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Estator ou induzido
Nos alternadores aplicados aos automóveis, a corrente obtida é alternada trifásica, uma vez que o estator
dispõe de três enrolamentos independentes entre si (Fig. 1.15), originando-se em cada um deles uma
tensão alternada.
No gráfico 1.2 está representado a forma de onda resultante das três fases.
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Os três enrolamentos do estator do alternador têm duas montagens possíveis. Podem ser montados em
estrela ou em triângulo.
Verifica-se que a tensão obtida aos terminais do estator montados em estrela é maior em relação à
montagem em triângulo, mas a corrente produzida no enrolamento em estrela é igual à corrente de saída
em cada fase.
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Por sua vez, o estator montado em triângulo mantém a mesma tensão nos enrolamentos e em cada fase,
sendo a corrente superior à saída em relação à corrente circulante em cada enrolamento.
RECTIFICAÇÂO DE TENSÃO
A corrente alternada trifásica produzida pelo estator do alternador, tem de ser rectificada em corrente contínua para
poder ser utilizada nos diversos equipamentos do automóvel.
Esta função é realizada por díodos dispostos de forma apropriada, formando uma ponte ou conjunto rectificador.
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Portanto, para rectificar a corrente alternada à saída das três fases do alternador, teremos que utilizar
uma ponte de díodos, mais concretamente, uma ponte rectificadora.
O díodo é um elemento electrónico que tem a particularidade de apenas deixar passar corrente num
só sentido.
Combinando quatro díodos conforme se apresenta na figura 1.21, podemos converter corrente
alternada em contínua.
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Para se aproveitarem as semi-ondas positivas e negativas de cada uma das três fases (rectificação de
onda completa), dispõem-se dois díodos para cada fase, um no lado positivo e outro no lado negativo.
Como o estator apresenta três fases, são necessários seis díodos de potência num alternador trifásico
como está representado nas figuras 1.23 e 1.24.
Nas seguintes figuras mostram-se os esquemas dos díodos, para alternadores com ligações em estrela e
triângulo
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Ponte Retificadora
Rectificação: retificação da força eletromotriz
gerada
A ponte retificadora consiste em 2 tipos de díodos:
-Díodo de campo
-Para proteger da sobrecarga:
-Díodo proteção de sobrecarga
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Verificar que a corrente alimenta a bateria: Desligar o cabo de massa da bateria e cabo do positivo da
bateria ao alternador. Verificar a qualidade desta ficha de ligação com o auxílio de um voltímetro como se
mostra na figura 1.29.
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ROTOR
Antes de proceder à verificação individual dos componentes depois de retirar o alternador do veículo,
deverá realizar-se uma limpeza dos mesmos, eliminando todas as impurezas que nele poderão existir como
lamas, pó, etc.. Para esta limpeza, não devem ser empregues dissolventes ou substâncias que poderão
danificar o verniz isolador dos condutores constituintes dos enrolamentos do estator ou rotor do alternador,
com risco da perda de isolamento eléctrico destes componentes.
O rotor do alternador não deve apresentar fissuras e/ou indícios de oxidação, e os anéis colectores devem
apresentar bom estado de conservação. Os rolamentos do veio rotor do alternador devem ser analisados e
caso se verifiquem folgas anormais, estes devem ser substituídos. Utilizando um ohmímetro, devemos
proceder à medição da resistência da bobina criadora de campo magnético do rotor que deverá apresentar
uma resistência de 3 a 8 ohms considerando a medição feita a uma temperatura ambiente de 20º C.
Caso a resistência medida seja superior a 8 Ohms, significa que a bobina poderá estar em aberto ou
queimada.
Caso a resistência medida seja inferior a 3 Ohms, significa que a bobina encontra-se em curtocircuito.
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O ohmímetro deve apresentar uma resistência tão elevada como o seu calibre mais alto. No caso de o
ohmímetro apresentar uma resistência na ordem dos Ohms, significa que não existe isolamento eléctrico e
o rotor apresentará defeito.
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Tal como procedemos para as bobinas do rotor, também o estator deve ser verificado quanto à continuidade
dos seus enrolamentos, pois deficiências no estator levam a deficiências e quebras na produção de energia.
Em primeiro lugar, vamos verificar a continuidade dos enrolamentos. A figura 1.35 mostra como se procede
com o auxílio de um ohmímetro.
PONTE RECTIFICADORA
A verificação dos díodos é uma operação muito importante quando pretendemos constatar o estado de
funcionamento de um alternador. O alternador dispõe de pelo menos dois grupos de díodos. O primeiro
grupo de díodos comporta os díodos positivos cujos cátodos se encontram reunidos formando o terminal
positivo da ponte rectificadora, o segundo grupo de díodos tem os seus ânodos ligados à massa definindo
assim o terminal negativo da ponte rectificadora.
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A fim de não danificar qualquer díodo deve fazer-se as verificações com uma tensão de 12 volts e uma
lâmpada de prova de 5 Watts, equipamento com o qual podemos iniciar as provas, conforme mostra a
figura 1.39.
Como já foi referido existem alternadores, cuja ponte rectificadora é composta por nove díodos em os
restantes três díodos compõem o grupo de díodos de campo ou díodos de excitação, pelos quais passa a
corrente para o regulador (ver a figura 1.41).
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A verificação dos díodos de excitação é idêntica à dos restantes díodos. Efectua-se a verificação dos díodos
de campo como nos mostra a figura 1.42 e 1.43.
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REGULADORES DE TENSÃO
Todos os instrumentos receptores que equipam o automóvel funcionam correctamente desde que a tensão
nominal da rede se mantenha dentro de limites muito estreitos.
Se a instalação está concebida para funcionar a 12 Volts nominais, sobretensões acima dos 15 Volts
podem danificar ao fim de pouco tempo alguns receptores e provocar irregularidade no funcionamento dos
restantes componentes.
A tensão na rede eléctrica do automóvel deve manter-se entre os 12 e os 14 Volts para que tudo funcione
perfeitamente. Não é difícil construir um alternador que forneça uma tensão fixa com variações muito
ligeiras, mas para isso é necessário que a sua velocidade de rotação seja constante e muito estável.
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A tensão gerada pelo alternador é proporcional à velocidade de rotação do motor como se vê na Figura
1.44 se o motor aumentar de rotação aumenta a tensão gerada pelo alternador.
Como a rotação do varia constantemente durante a marcha do veículo é necessária uma regulação
para manter a tensão dentro dos limites de utilização dos vários receptores, assegurando-lhes um
bom funcionamento.
A regulação da tensão consegue-se actuando sobre a corrente de excitação do alternador e, por
conseguinte, sobre o campo magnético criado no rotor
Enquanto a tensão gerada pelo alternador permanecer abaixo do valor da tensão de regulação, o
regulador não entra em funcionamento. Se a tensão nos terminais do alternador ultrapassar o valor
prefixado, o regulador provoca, de acordo com o estado de carga da bateria, uma redução ou
mesmo interrupção total da corrente de excitação, diminuindo o campo magnético do rotor, que por
sua vez, faz diminuir a tensão gerada nos terminais do alternador.
A descida de tensão dá-se até um valor prefixado, aumentando em seguida a corrente de excitação
que faz aumentar de novo a tensão nos terminais até ao seu valor máximo.
O processo repete-se tantas vezes, quantas a tensão subir para além do limite.
O regulador actua com tanta rapidez que a tensão do alternador é mantida no valor constante
desejado.
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REGULADORES DE CONTACTOS
De entre os diferentes tipos de reguladores empregues nos circuitos de carga, os mais antigos são os
reguladores de contactos. Neste tipo de reguladores, o funcionamento do circuito de excitação do
alternador, é comandado pela abertura ou fecho do relé que mediante o valor de tensão presente na
bateria permite a passagem ou o corte da alimentação da bobina de excitação do alternador (ver figura
1.45)
Quando se fecha o interruptor I, a tensão do circuito é aplicada à bobina B cuja força magnética é, neste
momento, insuficiente para atrair o contacto F para o contacto G.
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Assim, a corrente da bateria percorre o relé (contactos E-F) alimentando a bobina de excitação do
alternador. Neste momento o alternador está apto a produzir energia por forma a carregar a bateria. A partir
do momento em que a bateria possui aos seus terminais cerca de 14 Volts, este valor è reconhecido pela
resistência regulada R fazendo a bobina B atrair o contacto F de E para G abrindo o circuito de ligação da
bobina de excitação do alternador.
As figuras 1.46, 1.47 e 1.48 demonstram o funcionamento do regulador de tensão desde o momento em que
o alternador carrega a bateria até ao momento em que o regulador faz com o corte da alimentação do
circuito de excitação do alternador.
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Este tipo de reguladores marca a transição dos reguladores de contactos com princípio de
funcionamento electro-mecânico para os reguladores comandados electronicamente (ver figura 1.50).
O princípio de funcionamento deste regulador é igual aos já descritos. A corrente que se destina a alimentar
o circuito de excitação é comutada por um transístor, ao contrário daquilo que acontecia até aqui. A base
deste transístor é ligada e desligada da massa através de um relé. No início, o alternador carrega a bateria
porque o relé A não possui força para atrair o contacto Q, por forma que o transístor tem a sua base ligada
à massa, encontrando-se a conduzir a corrente que alimenta a bobina de excitação do alternador. Quando
a bateria se encontra carregada, o relé A faz desligar a base do transístor, ficando este a trabalhar ao corte.
A bobina de excitação do alternador fica assim desligada.
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REGULADORES ELECTRÓNICOS
Actualmente os contactos móveis são substituídos por transístores a fim de evitar os convenientes referidos
acima.
Na figura 1.52 temos o momento em que o interruptor da chave de ignição é accionado antes de pôr o motor
de arranque em funcionamento.
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As vantagens dos reguladores electrónicos (Fig. 1.54) devem-se aos seus componentes semicondutores,
parcialmente integrados numa pequena placa de circuito impresso, conseguindo-se um conjunto estanque
e imune à humidade.
A Função do motor de arranque consiste em acionar o motor do veículo até que tenham início as
explosões e este possa funcionar por si mesmo. O motor de arranque é o componente eléctrico que maior
descarga impõe à bateria: no momento em que funciona pode consumir entre 300 a 400 A e em apenas
três segundos pode descarregar a mesma quantidade de energia despendida pela luz de estacionamento
durante uma hora. Por este motivo, o motor de arranque necessita de um interruptor resistente e deve ser
ligado à bateria por um cabo de diâmetro maior.
Escovas
O motor de arranque é constituído por um motor eléctrico de corrente contínua e por um dispositivo de
engrenamento.
Bobina de chamada
Escovas
Bendix
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Em primeiro lugar, temos as bobinas indutoras (1), que estão encarregues de criar o fluxo magnético do
estator
O induzido, por sua vez, é formado por um eixo que suporta várias peças, tais como o tambor do induzido,
o coletor, onde se fixam os terminais das bobinas, os enrolamentos de apoio do eixo e o mecanismo do
pinhão de ataque.
Induzido Coletor
Bobinas
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O colector C recebe a corrente que lhe chega da bateria pelos contactos móveis denominados por escovas E.
As escovas permanecem fixas no porta-escovas P e em contacto com o colector, devido à acção das molas
M. Como o colector gira solidário como eixo do induzido, as lâminas vão recebendo corrente da bateria
através do cabo B.
As escovas são constituídas por carvão que garantem elevada condutibilidade eléctrica e dureza ligeira de
modo a não riscarem e danificarem o colector
As escovas desgastam-se, pelo que é necessária uma verificação periódica.
Neste sistema, que evita que o motor seja arrastado pelo motor térmico e a destruição do induzido, existe
uma bobina de chamada fixa ao corpo do motor de arranque
O motor de arranque faz girar a cambota por meio de uma roda dentada. A engrenagem menor (pinhão)
está montada no eixo do motor de arranque e engata com a engrenagem maior (cremalheira), montada à
volta do volante do motor. A relação de redução entre estas duas engrenagens é geralmente de cerca de
10:1. O pinhão do motor de arranque desengrena-se da cremalheira logo que o motor começa a funcionar;
caso contrário, o motor accionaria o motor de arranque, com a consequente destruição deste. O sistema
mais utilizado para esse efeito é chamado de Bendix.
-VERIFICAÇÃO DO INDUZIDO
A prova de isolamento contra possíveis contactos de massa realiza-se como se vê na figura 2.29. Utiliza-
se um ohmímetro, colocando uma das pontas numa bobina e a outra no extremo do eixo do induzido. Se
houver fuga de corrente, a leitura do ohmímetro deverá ser nula. Quando o aparelho de medida marca
algum valor, isso significa que há contacto com a massa, portanto mau isolamento
REPARAÇÃO DO COLETOR
Uma fonte de avarias pode ser o próprio
colector. Devido ao contacto permanente
das escovas durante o funcionamento, as Se os defeitos forem apenas superficiais
ligações das bobinas do induzido podem com o auxÍlio de um pedaço de lixa fina
sofrer desgaste, podendo dar lugar a falsos podemos corrigir estes defeitos
contactos e a cortes nas ligações.
Esta verificação pode ser feita com um lâmpada de testes e uma bateria.
Se o enrolamento está em bom estado, a luz é mortiça, inferior ao normal.
Se houver interrupção a lâmpada não acende, caso contrário, se houver curto circuito a luz da
lâmpada é muito intensa
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Deve proceder-se ao teste de isolamento do estator e este teste pode ser efectuado com o auxílio de
um ohmímetro como se mostra na figura 2.37 e 2.38.
Devemos no final analisar as massas polares, examinando visualmente para verificar se têm
sinais da passagem do induzido.
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FIM