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UFCD-5021 Arranque e Carga Dep.

Mecânica

UFCD
5021
(Sistemas de arranque e carga)
UFCD-5021 Arranque e Carga Dep.
Mecânica

Fundamentos da matéria

Substância Elemento Átomo


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Estrutura do Átomo

Electrões
Electrão Núcleo

+
+
+
Protões

Orbita

Electrões Neutrões

Estrutura do átomo Detalhes da estrutura do átomo


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Distribuição dos eletrões por camadas


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A eletricidade é um movimento de eletrões

Material Molécula Átomo Núcleo atómico Neutrão

Protão

Electrão
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Ião
Ião positivo

Ião Negativo

Electricamente neutro
Ião Positivo Ião Negativo
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Movimento do Electrão Livre = Electricidade

- - -
- - +
+
+
- -
-
- -
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Corrente

Tensão

Resistência
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TENSÃO (medição em paralelo com a fonte)


Diferença de Potencial
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O fluxo da corrente deve-se aos electrões livres


- Quando existe uma diferença de
potencial a corrente flui.
Coluna de água A Coluna de água B
(Terminal positivo) (Terminal negativo)
- Energia eléctrica : Transferência
de uma quantidade de electrões .
Diferença
no nível da
água
- Se o fluxo de electrões aumentar
(Diferença
de potencial) aumenta a quantidade de corrente
Fluxo da
corrente
que passa.
A roda
de água
mexe-se
- Se a quantidade de corrente é
Lampada grande, o funcionamento da
Ligada
turbina (accionador) melhora.
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Como não existe corrente de água, não há transferência de electrões


livres.

Coluna de água A Coluna de água B

- Quando não existe diferença de

mesmo potencial, não há fluxo de corrente.


nível de água
- Energia eléctrica: Não há movimento
Não há
diferença de electrões livres-> não há energia.
de potencial

Não há fluxo - Porque a corrente não flui não existe


de corrente
A turbina funcionamento da turbina (accionador).
Não roda

Lampada
desligada
Eletricidade e eletrónica básica
TENSÃO

Excesso de
Défice de eletrões
eletrões
Eletrões
Eletricidade e eletrónica básica
TENSÃO

Este é o sentido real da corrente (do lado onde existe excesso de


eletrões para onde há falta)
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CORRENTE

Como é que a corrente circula?


Direção da corrente (Física) Direção da corrente (Técnica)
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TENSÃO (medição em paralelo com a fonte)

+ 12V -

Unidade da voltagem = Volt (V)


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Simbolo da tensão : U para as formulas e V


para as unidades.
Unidade : V (volt)
km m mm
1 volt = 0.001 kV
1 volt = 1000 mV kV V mV
Ex:
12V = _____ mV
220V=_____mV
1 mV = ____ V
100mV=_____V
600mV=_____Vou
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Corrente / Intensidade (em série)

Contador

Unidade da Intensidade da Corrente = Ampere (A)


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Simbolo da Corrente : I
Unidade : A (AMPÉRE)
- O Ampére representa a quantidade de electrões que passam num
determinado ponto do circuito.

1 A = 1000 mA
1 A = 1000000 A
1 mA = 0,001 A
1 A = 0,000001 A

Ex:
200 mA = _______A
2 A = __________ mA
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RESISTÊNCIA

-
+
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A resistência eléctrica dos condutores altera-se


de acordo com as seguintes variáveis:
- Tipo de material
- Secção do fio
- Comprimento do fio
- Temperatura
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Simbolo da Resistência : R
Unidade : Ω (Ohm)
1 ohm = 0.001 k Ω
km m mm
1 ohm = 1000 m Ω
1 mΩ = 0,001 Ω kΩ Ω mΩ
Ex:
20 Ω = _______m Ω 100 mΩ =_____ Ω
600 mΩ =_____ Ω 450 Ω =_______m Ω

20 KΩ =_______ Ω 3,2 KΩ =_______ Ω


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- A corrente depende do fluxo de electrões.


- Quanto maior o número de electrões que passam por segundo numa
determinada secção, maior é o valor da corrente.
- Quando o circuito está ligado entre um potencial elevado e um
potencial baixo. Existe uma diferença de potencial, a corrente circula.
- Se o fluxo de electrões livres é grande, acontece a geração de calor.
- A quantidade da corrente de água que passa num tubo, explica a
quantidade da corrente eléctrica que passa num fio.
- Quanto maior for a corrente que passa num consumidor maior é a
potência deste.
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UNIDADES
Designação Hidráulica Designação Símbolo na Fórmula
Eléctrica

Pressão Voltagem (V) U

Fluxo Intensidade da I
Corrente (A)

Estragulamento na
Secção Resistência (Ω) R
Eletricidade e eletrónica básica
Lei de Ohm

O Físico alemão Georg


Simon Ohm descobriu,
em 1822, a relação
física entre corrente,
tensão e resistência

A lei de Ohm
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Utilização da corrente no Automóvel

- Aquecimento
Ex: Isqueiro, aquecimento elétrico dos bancos,
do desembaciador etc.

- Magnética
Ex: Solenóides, motores, relés…

- Química
Ex: bateria
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Medição da Corrente e da Tensão


- Medição da tensão num circuito. Voltímetro colocado em paralelo

V Voltímetro

- Medição da corrente num circuito. Amperímetro colocado em série

A
+
Amperimetro

-
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Medição da Resistência

- Medição da Resistência num circuito. Ohmímetro colocado em


paralelo sem corrente no circuito.

Ω ohmímetro

-
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Determinar a corrente – Lei de Ohm


Determinar a Corrente I=?

I=V/R
I = 12 volt / 100 ohms +
_ V = 12 volt R = 100 
I = 0,12 A (Ampéres)

I=?
I=V/R

I = 12 volts / 22 ohms +
_ V = 12 volt R = 22 

I =_______
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Determinar a Tensão e a Resistência – Lei de Ohm


Calcular a Resistência
V = 12 volt I = 3A

I = 3 ampere
R=? +
_ V = 12 volt R=?
Para calcular é necessário
dividir 3 por 12.
O resultado é 4.
I = 3A
Calcular a Tensão
V=I×R +
_ V = ? volt R=4
V = _____
V = _____
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CORRENTE
Voltagem
Corrente Continua

DC ou CC

Tempo
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CORRENTE
Voltagem
Corrente Alterna
Ciclo
AC ou CA

Frequência = nº de
ciclos por segundo
e mede-se em Hz
(Hertz)

Ex: 230V
Tempo 50 Hz
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Multímetro digital
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Multímetros
Digital
Analógico

V~ = ACV
A~ = ACA

V-- = DCV
A-- = DCA

Ω = OHM
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Digital
Multímetros
Analógico

V~ = ACV
A~ = ACA

V-- = DCV
A-- = DCA

Ω = OHM
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Multímetros Mecânica

Digitais

Com escala mecânica


Com escala automátuica
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Baterias ligadas em Série


Ligação de Baterias em
série
- Tensão : Aumenta
- Corrente : Mantém
Tensão total das baterias
1.5 volt × 4 baterias = 6 volt

Tensão total das baterias


12 volt × 2 baterias = 24 volt
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ACUMULADORES DE CORRENTE -
BATERIAS
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PROPRIEDADES DAS BATERIAS

A Bateria:
- Fornece electricidade para o arranque e quando o
motor está desligado
- Produz electricidade através de reacção química
- Produz uma reacção química quando é carregada
- Voltagem nominal, CCA, Ah, cap. de reserva
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Caracteristicas
Ligação de baterias em paralelo
Ligação das baterias em paralelo
- Tensão : Constante
- Capacidade das baterias : aumentada
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POTÊNCIA ELÉCTRICA

Definição: Quantidade de trabalho que a


electricidade produz durante 1 segundo.
- Letra que define a potência eléctrica : P
- Unidade da potência eléctrica : w (watt)
- A fórmula da potência eléctrica é :
P(watt) = V(tensão) × I(corrente) = V×V/R = V2/R = V
V = P/I
I = P/V
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POTÊNCIA ELÉCTRICA

TENSÃO U=P/I

CORRENTE I=P/U

POTÊNCIA P=UxI
P
Potência

P : Potência I U
U : Tensão Corrente Tensão
I : Corrente
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GERAÇÃO DA TENSÃO
Reacção Electroquímica
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Condensador
• O condensador é um componente que armazena temporariamente
uma carga eléctrica. O condensador recebe e descarrega a carga
eléctrica mantendo uma tensão constante.
• Quando o interruptor está fechado os electrões vão do terminal
negativo da fonte para uma das placas do condensador.
• Estes electrões repelem os electrões da segunda placa, que são
atraídos pelo terminal positivo da fonte.
• O condensador está carregado quando corta o circuito não
deixando passar mais corrente.
Conductive
- +
plates

Dielectric - +

Simbolos Diagrama esquemático basico de um condensador


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Magneto e Força Magnética


Caracteristicas das substâncias magnéticas e das linhas
de campo.
- As linhas do campo magnético querem sair da direção normal entre o
Pólo norte e o Pólo Sul.
-A direção das linhas de campo indicam a direção do campo magnético.
- Densidade das linhas de campo indicam a força deste (densidade do
fluxo magnético). N
- As linhas de campo nunca se tocam ou
C urrent in
se cruzam entre elas.
- Se a direção das linhas do campo magnético
é a mesma estas linhas repelem-se entre elas.

C urrent out
S
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Magneto e Força Magnética

Esta figura mostra o campo A terra é um magneto em ponto


magnético, com os magnetos que se grande, com um enorme campo
atraem e repelem. magnético à sua volta.
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Magneto e Força Magnética


- Se o componente magnético ( Aço Nikel, tungsténio) não estiver
magnetizado pode-se tornar facilmente numa substância magnética.
• Este material fica magnetizado quando sujeito á força de um campo
magnético.

N S N S N S N S

Magneto Substância Substância Substância


Magnética Magnética Magnética
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Indução electromagnética
• Campo Magnético gerado por uma carga eléctrica
Corrente
Limalhas
de ferro
Bateria

Fio
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Indução electromagnética
Campo Magnético à volta da bobina
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Solenóide
- Quando a corrente transportada pelo condutor passa na bobina ou
solenóide, o campo magnético forma as linhas de campo que se
fundem em dois pontos (Pólo Norte e Pólo Sul).

C urrent in

C urrent out
S
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SENSORES INDUTIVOS Mecânica

Rotor do sensor ABS

Bobine Sensor ABS


Iman permanente
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RELÉS

• O relé é o componente usado para controlar uma corrente elevada,


através de uma tensão e uma corrente baixa.
• O relé é um interruptor eletromagnético.
• Quando a bobina do relé é magnetizada, o braço do interruptor é atraído
e faz fechar ou abrir o interruptor dependendo da posição de descanso.
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DISPOSITIVOS ELETROMAGNÉTICOS:
RELÉS
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DISPOSITIVOS ELETROMAGNÉTICOS:

RELÉ INVERSOR

1=85 3=30

2=86 5=87 4=87A


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Faróis de nevoeiro

Massa Massa

Interruptor
Massa
Massa

Fusível 20 A

Massa
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DISPOSITIVOS ELETROMAGNÉTICOS:

SOLENÓIDES
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Transformador
▪ O transformador é um componente usado para transformar energia de um
circuito para outro utilizando a indução eletromagnética.
▪ O transformador consiste em duas ou mais bobinas de fio enrolado à volta de
um núcleo de lamelas de ferro.
▪ O primeiro enrolamento chama-se primário. Este enrolamento recebe energia da
fonte. O segundo enrolamento chama-se secundário sendo este o responsável
pela saída da corrente

Primário Secundário
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Transformador
Aplicando a tensão alternada no enrolamento de entrada (primário) é constantemente
formado e desfeito um campo magnético no núcleo de ferro em forma de anel. Neste
processo, a polaridade do campo magnético muda no núcleo de ferro devido à tensão
alternada. Isto induz no enrolamento de saída (secundário) uma tensão alternada em
contra fase.

O valor desta tensão depende da relação entre o nº de espiras do enrolamento


primário e o secundário. No ex. a tensão de saída é o dobro da tensão de entrada
(transformador elevador – 8 espiras no primário e 16 no secundário)
A corrente comportar-se-á de forma inversa, ou seja, a corrente de saída é apenas
metade da corrente de entrada.
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• Geração de tensão por indução magnética

Indução magnética
• Quando um condutor atravessa
um campo magnético , é
induzida uma força no condutor
– força eletromotriz.
• Quando um condutor se move
uma tensão induzida é gerada
na bobina pela força eletromotriz.
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Construção do alternador
• O alternador transforma energia mecânica em energia eléctrica.
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Semi-condutores
-Os semicondutores são sólidos cujos átomos se encontram dispostos em
padrões regulares, ou seja que possuem uma estrutura cristalina.
-Em termos de condutividade, estes materiais, encontram-se entre os
condutores e os isoladores, por isso são chamados de semicondutores.

- Tipos de semicondutores:
- Díodos
- Retificadores de tensão
- Zener
- Emissores de luz

- Transístores
- PNP
- NPN
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Díodos Semi-condutores
-Se juntarmos um semi-condutor P(6) a um N(4) cria-se uma junção PN, ou
seja um díodo.
-Na união PN existe uma camada de junção(2).
Ânodo (+) Cátodo (-)
Símbolo do
Díodo
Polaridade
do Díodo

Ânodo (+) Cátodo (-)


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Díodos Semi-condutores
-Se o condutor P for ligado ao pólo positivo e o condutor N ao pólo negativo,
a camada de junção desaparece e a corrente flui através do díodo.
Anodo(+) Catodo (-)

Bateria Lamp ON
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Díodos Semi-condutores
-Se o pólo negativo for ligado ao condutor P e o pólo positivo ao condutor
N, a camada de junção alarga-se e o díodo bloqueia a passagem da
corrente eléctrica.
Catodo (-) Anodo (+)

Bateria Lamp Off


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SEMI-CONDUTORES

DÍODOS

Ânodo (+) Cátodo (-)


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SEMI-CONDUTORES
DÍODO EMISSOR DE LUZ (LED)
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SEMI-CONDUTORES
DÍODOS DE ZENER

O Diodo Zener é uma variação de diodos comuns com junção PN projetado


especificamente para ser inversamente polarizada, funcionando como um
dispositivo de proteção ou um regulador de tensão.
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Operação de um díodo como rectificador

• Uma vez que um díodo só permite a passagem de corrente num


sentido, é possível rectificar um sinal de corrente alterna para
corrente directa. Os circuitos de um rectificador podem de um modo
geral, ser classificados como um circuitos de rectificação de meia onda,
e circuitos de rectificação de onda completa.
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• Circuito de rectificação de meia onda


Quando se aplica corrente alterna no circuito, e no momento em que o sinal do
lado positivo (+) fica disponível, a corrente eléctrica desloca-se no sentido da
polarização directa, mas, no momento em que o sinal negativo (-) fica disponível,
a corrente eléctrica não fluí, uma vez que a polarização é inversa. Este tipo de
circuito, em que a corrente se desloca para um dos lados, é designado por
circuito de rectificação de meia onda.
Volt A.C
Intervalo

Díodo Tensão de
IR entrada

Tensão
Tensão de
de entrada A.C saída R VR = D.C
Volt D.C
Intervalo

Tensão de saída

Rectificador de meia
onda
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Circuito de rectificação de onda completa


• No caso de aplicação de corrente alterna ao circuito, a corrente desloca-se
através de D1 e D4 durante o período de meio ciclo positivo (+) do sinal de
corrente alterna, enquanto que, durante o período de meio ciclo negativo (-)
se desloca através de D2 e D3. Este tipo de circuito, que permite a
passagem de corrente eléctrica em ambos os períodos de meio ciclo, é
designado por circuito de rectificação de onda completa. (*Muito embora,
neste caso, esteja representado um rectificador de onda completa que utiliza
uma ponte, existem também circuitos de rectificação que recorrem à ligação
central do transformador, a um circuito de rectificação duplo, etc.)
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Circuito de rectificação de onda completa

Volt
Tempo
Tensão
D2 D1 de
entrada
V=
A.C
V=
D4 R D.C
D3
Volt
Tempo
Tensão
de saída
Rectificador de onda completa
com circuito em ponte
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GERADORES / ALTERNADORES
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Constituição de um Alternador
De um modo geral, os alternadores são constituídos por um induzido ou estator (3) (Fig.1.1),
formando por uma série de bobinas fixas, e por um indutor ou rotor (4) que gira no interior do
estator.
As carcaças do alternador (1 e 5) cobrem e encerram este conjunto alojando também o conjunto
rectificador (2), formado por vários díodos rectificadores. A polie (7) e o ventilador (6) completam
o conjunto.
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Alternador
•Componentes
•Rotor ou Indutor (Enrolamento): gerador do campo magnético
O alternador é do tipo de atuação por escovas, e o fluxo de corrente passa pelas
escovas através do coletor para a bobina de campo (Enrolamento) do rotor.
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Estator ou induzido
Nos alternadores aplicados aos automóveis, a corrente obtida é alternada trifásica, uma vez que o estator
dispõe de três enrolamentos independentes entre si (Fig. 1.15), originando-se em cada um deles uma
tensão alternada.

Os enrolamentos estão desfasados 120º entre si, de modo a


garantir o máximo rendimento do alternador

No gráfico 1.2 está representado a forma de onda resultante das três fases.
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Os enrolamentos geradores do alternador, constituintes do induzido encontram-se no interior de um anel


fixo de ferro macio denominado como se representa na figura 1.16.

Os três enrolamentos do estator do alternador têm


Enrolamentos duas montagens possíveis. Podem ser montados em
estrela ou em triângulo.

Anel de Ferro macio


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Os três enrolamentos do estator do alternador têm duas montagens possíveis. Podem ser montados em
estrela ou em triângulo.

Verifica-se que a tensão obtida aos terminais do estator montados em estrela é maior em relação à
montagem em triângulo, mas a corrente produzida no enrolamento em estrela é igual à corrente de saída
em cada fase.
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Por sua vez, o estator montado em triângulo mantém a mesma tensão nos enrolamentos e em cada fase,
sendo a corrente superior à saída em relação à corrente circulante em cada enrolamento.

Os automóveis utilizam normalmente alternadores com o estator ligado em estrela, ficando os


alternadores ligados em triângulo reservados para casos excepcionais quando existe uma necessidade
de corrente bastante grande como é o caso de automóveis de competição preparados para provas de
longo curso.
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RECTIFICAÇÂO DE TENSÃO

A corrente alternada trifásica produzida pelo estator do alternador, tem de ser rectificada em corrente contínua para
poder ser utilizada nos diversos equipamentos do automóvel.

Esta função é realizada por díodos dispostos de forma apropriada, formando uma ponte ou conjunto rectificador.
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Portanto, para rectificar a corrente alternada à saída das três fases do alternador, teremos que utilizar
uma ponte de díodos, mais concretamente, uma ponte rectificadora.
O díodo é um elemento electrónico que tem a particularidade de apenas deixar passar corrente num
só sentido.
Combinando quatro díodos conforme se apresenta na figura 1.21, podemos converter corrente
alternada em contínua.
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Para se aproveitarem as semi-ondas positivas e negativas de cada uma das três fases (rectificação de
onda completa), dispõem-se dois díodos para cada fase, um no lado positivo e outro no lado negativo.
Como o estator apresenta três fases, são necessários seis díodos de potência num alternador trifásico
como está representado nas figuras 1.23 e 1.24.
Nas seguintes figuras mostram-se os esquemas dos díodos, para alternadores com ligações em estrela e
triângulo
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Em baixo apresenta-se a sequência de rectificação de onda completa de um alternador trifásico.

Corrente Alterna Trifásica Corrente Contínua

Ponte Retificadora
Rectificação: retificação da força eletromotriz
gerada
A ponte retificadora consiste em 2 tipos de díodos:
-Díodo de campo
-Para proteger da sobrecarga:
-Díodo proteção de sobrecarga
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VERIFICAÇÃO E CONTROLO DO ALTERNADOR

Verificar a tensão da correia do alternador tal


como mostra a figura 1.28 não devendo a flecha
exceder o valor preconizado pelo fabricante sob
pena de haver escorregamento e consequente
diminuição da corrente gerada.

Verificar que a corrente alimenta a bateria: Desligar o cabo de massa da bateria e cabo do positivo da
bateria ao alternador. Verificar a qualidade desta ficha de ligação com o auxílio de um voltímetro como se
mostra na figura 1.29.
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Verificar a corrente gerada pelo alternador:


São necessários um voltímetro, um
amperímetro e um reóstato a fim de variar
a impedância de todo o circuito de carga.
Montar circuito conforme a figura 1.30.
Ligar o motor fixando a sua rotação em
3000 r.p.m., accionar equipamentos
diversos (acender faróis, ligar limpa pára-
brisas e ventilador, desembaciador do
óculo traseiro,...) e fazer variar a
resistência do reóstato variando
consequentemente a corrente no circuito
de carga. O alternador está em boas
condições quando ao variar a carga no
circuito, consegue restabelecer a corrente
nominal sem que a tensão desça abaixo
dos 13 V.
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Efectuar a montagem conforme a figura


1.31. Proceder de acordo com o exemplo
anterior (ligar motor, equipamentos,
etc...). O voltímetro deve marcar uma
tensão não superior a 0,5 V caso
contrário existe uma elevada resistência
do lado positivo do circuito de carga que
deverá ser localizada.

Efectuar a montagem do circuito conforme a figura


1.32. Proceder de acordo com os dois exemplos
anteriores.
O voltímetro deve marcar um valor igual ou inferior
a 0, 25 V caso contrário há que procurar a origem
da alta resistência encontrada.
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ROTOR
Antes de proceder à verificação individual dos componentes depois de retirar o alternador do veículo,
deverá realizar-se uma limpeza dos mesmos, eliminando todas as impurezas que nele poderão existir como
lamas, pó, etc.. Para esta limpeza, não devem ser empregues dissolventes ou substâncias que poderão
danificar o verniz isolador dos condutores constituintes dos enrolamentos do estator ou rotor do alternador,
com risco da perda de isolamento eléctrico destes componentes.
O rotor do alternador não deve apresentar fissuras e/ou indícios de oxidação, e os anéis colectores devem
apresentar bom estado de conservação. Os rolamentos do veio rotor do alternador devem ser analisados e
caso se verifiquem folgas anormais, estes devem ser substituídos. Utilizando um ohmímetro, devemos
proceder à medição da resistência da bobina criadora de campo magnético do rotor que deverá apresentar
uma resistência de 3 a 8 ohms considerando a medição feita a uma temperatura ambiente de 20º C.

Caso a resistência medida seja superior a 8 Ohms, significa que a bobina poderá estar em aberto ou
queimada.
Caso a resistência medida seja inferior a 3 Ohms, significa que a bobina encontra-se em curtocircuito.
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A segunda verificação, consiste em verificar o isolamento eléctrico. Podemos dispor de um multímetro na


função de ohmímetro, tal como se apresenta na figura 1.34.

O ohmímetro deve apresentar uma resistência tão elevada como o seu calibre mais alto. No caso de o
ohmímetro apresentar uma resistência na ordem dos Ohms, significa que não existe isolamento eléctrico e
o rotor apresentará defeito.
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Tal como procedemos para as bobinas do rotor, também o estator deve ser verificado quanto à continuidade
dos seus enrolamentos, pois deficiências no estator levam a deficiências e quebras na produção de energia.
Em primeiro lugar, vamos verificar a continuidade dos enrolamentos. A figura 1.35 mostra como se procede
com o auxílio de um ohmímetro.

Ligamos as pontas do ohmímetro a duas das três ligações do


estator, devendo o valor encontrado situar-se dentro do
fornecido pelo fabricante. Regra geral estes valores são
pequenos e de grande precisão, situam-se entre os 0,04 e os
0,15 ohm para os alternadores de 12 Volts nominais.

Depois desta medição, devemos passar para o outro


terminal como se vê na figura 1.36. Os valores desta
segunda medição deverão ser iguais à da primeira.

Testando as três fases, o multímetro deverá


apresentar uma resistência o mais elevada
possível e que será indício de um bom
isolamento eléctrico.
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PONTE RECTIFICADORA
A verificação dos díodos é uma operação muito importante quando pretendemos constatar o estado de
funcionamento de um alternador. O alternador dispõe de pelo menos dois grupos de díodos. O primeiro
grupo de díodos comporta os díodos positivos cujos cátodos se encontram reunidos formando o terminal
positivo da ponte rectificadora, o segundo grupo de díodos tem os seus ânodos ligados à massa definindo
assim o terminal negativo da ponte rectificadora.
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VERIFICAÇÃO DOS DÍODOS DA PONTE RECTIFICADORA

A fim de não danificar qualquer díodo deve fazer-se as verificações com uma tensão de 12 volts e uma
lâmpada de prova de 5 Watts, equipamento com o qual podemos iniciar as provas, conforme mostra a
figura 1.39.

Se o díodo estiver em bom estado, a


lâmpada de testes acende-se, mantendo-se
assim enquanto as ligações estiverem
feitas. Isto significa que a corrente circula
no sentido correcto.

Esta operação deve ser seguida para todos os díodos,


devendo observar-se o mesmo resultado. Para
completar esta verificação procedemos como se
apresenta na figura 1.40. Neste caso a lâmpada nunca
deverá acender pois de outro modo os díodos
deixariam passar a corrente nos dois sentidos o que
constituiria um sinal de avaria, tornando necessária a
substituição da placa rectificadora do alternador
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Como já foi referido existem alternadores, cuja ponte rectificadora é composta por nove díodos em os
restantes três díodos compõem o grupo de díodos de campo ou díodos de excitação, pelos quais passa a
corrente para o regulador (ver a figura 1.41).
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A verificação dos díodos de excitação é idêntica à dos restantes díodos. Efectua-se a verificação dos díodos
de campo como nos mostra a figura 1.42 e 1.43.
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REGULADORES DE TENSÃO

Todos os instrumentos receptores que equipam o automóvel funcionam correctamente desde que a tensão
nominal da rede se mantenha dentro de limites muito estreitos.
Se a instalação está concebida para funcionar a 12 Volts nominais, sobretensões acima dos 15 Volts
podem danificar ao fim de pouco tempo alguns receptores e provocar irregularidade no funcionamento dos
restantes componentes.
A tensão na rede eléctrica do automóvel deve manter-se entre os 12 e os 14 Volts para que tudo funcione
perfeitamente. Não é difícil construir um alternador que forneça uma tensão fixa com variações muito
ligeiras, mas para isso é necessário que a sua velocidade de rotação seja constante e muito estável.
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A tensão gerada pelo alternador é proporcional à velocidade de rotação do motor como se vê na Figura
1.44 se o motor aumentar de rotação aumenta a tensão gerada pelo alternador.
Como a rotação do varia constantemente durante a marcha do veículo é necessária uma regulação
para manter a tensão dentro dos limites de utilização dos vários receptores, assegurando-lhes um
bom funcionamento.
A regulação da tensão consegue-se actuando sobre a corrente de excitação do alternador e, por
conseguinte, sobre o campo magnético criado no rotor

Enquanto a tensão gerada pelo alternador permanecer abaixo do valor da tensão de regulação, o
regulador não entra em funcionamento. Se a tensão nos terminais do alternador ultrapassar o valor
prefixado, o regulador provoca, de acordo com o estado de carga da bateria, uma redução ou
mesmo interrupção total da corrente de excitação, diminuindo o campo magnético do rotor, que por
sua vez, faz diminuir a tensão gerada nos terminais do alternador.

A descida de tensão dá-se até um valor prefixado, aumentando em seguida a corrente de excitação
que faz aumentar de novo a tensão nos terminais até ao seu valor máximo.

O processo repete-se tantas vezes, quantas a tensão subir para além do limite.

O regulador actua com tanta rapidez que a tensão do alternador é mantida no valor constante
desejado.
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TIPOS DE REGULADORES DE TENSÃO

REGULADORES DE CONTACTOS
De entre os diferentes tipos de reguladores empregues nos circuitos de carga, os mais antigos são os
reguladores de contactos. Neste tipo de reguladores, o funcionamento do circuito de excitação do
alternador, é comandado pela abertura ou fecho do relé que mediante o valor de tensão presente na
bateria permite a passagem ou o corte da alimentação da bobina de excitação do alternador (ver figura
1.45)

Quando se fecha o interruptor I, a tensão do circuito é aplicada à bobina B cuja força magnética é, neste
momento, insuficiente para atrair o contacto F para o contacto G.
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Assim, a corrente da bateria percorre o relé (contactos E-F) alimentando a bobina de excitação do
alternador. Neste momento o alternador está apto a produzir energia por forma a carregar a bateria. A partir
do momento em que a bateria possui aos seus terminais cerca de 14 Volts, este valor è reconhecido pela
resistência regulada R fazendo a bobina B atrair o contacto F de E para G abrindo o circuito de ligação da
bobina de excitação do alternador.
As figuras 1.46, 1.47 e 1.48 demonstram o funcionamento do regulador de tensão desde o momento em que
o alternador carrega a bateria até ao momento em que o regulador faz com o corte da alimentação do
circuito de excitação do alternador.
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REGULADORES DE CONTACTO COM AJUDA ELECTRÓNICA

Este tipo de reguladores marca a transição dos reguladores de contactos com princípio de
funcionamento electro-mecânico para os reguladores comandados electronicamente (ver figura 1.50).

O princípio de funcionamento deste regulador é igual aos já descritos. A corrente que se destina a alimentar
o circuito de excitação é comutada por um transístor, ao contrário daquilo que acontecia até aqui. A base
deste transístor é ligada e desligada da massa através de um relé. No início, o alternador carrega a bateria
porque o relé A não possui força para atrair o contacto Q, por forma que o transístor tem a sua base ligada
à massa, encontrando-se a conduzir a corrente que alimenta a bobina de excitação do alternador. Quando
a bateria se encontra carregada, o relé A faz desligar a base do transístor, ficando este a trabalhar ao corte.
A bobina de excitação do alternador fica assim desligada.
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REGULADORES ELECTRÓNICOS
Actualmente os contactos móveis são substituídos por transístores a fim de evitar os convenientes referidos
acima.
Na figura 1.52 temos o momento em que o interruptor da chave de ignição é accionado antes de pôr o motor
de arranque em funcionamento.
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As vantagens dos reguladores electrónicos (Fig. 1.54) devem-se aos seus componentes semicondutores,
parcialmente integrados numa pequena placa de circuito impresso, conseguindo-se um conjunto estanque
e imune à humidade.

Algumas vantagens são:

1. Tempos de regulação inferiores que possibilitam tolerâncias de regulação mais apertadas.


2. Não existe desgaste de componentes nem respectiva manutenção.
3. Não existe interferência em sistemas áudio, devido à não existência da faísca.
4. São resistentes a choques, vibrações e influências climáticas.
5. O seu pequeno tamanho possibilita a montagem no alternador, evitando o uso de cablagem.
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DISPOSITIVOS ELETROMAGNÉTICOS: MOTORES


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FUNÇÃO DO MOTOR DE ARRANQUE

A Função do motor de arranque consiste em acionar o motor do veículo até que tenham início as
explosões e este possa funcionar por si mesmo. O motor de arranque é o componente eléctrico que maior
descarga impõe à bateria: no momento em que funciona pode consumir entre 300 a 400 A e em apenas
três segundos pode descarregar a mesma quantidade de energia despendida pela luz de estacionamento
durante uma hora. Por este motivo, o motor de arranque necessita de um interruptor resistente e deve ser
ligado à bateria por um cabo de diâmetro maior.

Motor de Arranque de por inércia


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Motor de Arranque de acoplamento Livre Bobina de


chamada

Escovas

Bendix Induzido Indutoras


ou Rotor ou Estator
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O motor de arranque é constituído por um motor eléctrico de corrente contínua e por um dispositivo de
engrenamento.

Bobina de chamada

Escovas

Bendix
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Em primeiro lugar, temos as bobinas indutoras (1), que estão encarregues de criar o fluxo magnético do
estator

Estas bobinas envolvem um núcleo de ferro


macio (2), um para cada bobina, por meio do
qual se estabelece a passagem das linhas
magnéticas.

O parafuso 3 assegura a correcta posição


das massas polares no corpo da carcaça.
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O induzido, por sua vez, é formado por um eixo que suporta várias peças, tais como o tambor do induzido,
o coletor, onde se fixam os terminais das bobinas, os enrolamentos de apoio do eixo e o mecanismo do
pinhão de ataque.

Induzido Coletor

Fixação das bobinas do induzido

Bobinas
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O colector C recebe a corrente que lhe chega da bateria pelos contactos móveis denominados por escovas E.
As escovas permanecem fixas no porta-escovas P e em contacto com o colector, devido à acção das molas
M. Como o colector gira solidário como eixo do induzido, as lâminas vão recebendo corrente da bateria
através do cabo B.
As escovas são constituídas por carvão que garantem elevada condutibilidade eléctrica e dureza ligeira de
modo a não riscarem e danificarem o colector
As escovas desgastam-se, pelo que é necessária uma verificação periódica.

Fixação das escovas


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MECANISMO DE RODA LIVRE DO PINHÃO DE ATAQUE

Neste sistema, que evita que o motor seja arrastado pelo motor térmico e a destruição do induzido, existe
uma bobina de chamada fixa ao corpo do motor de arranque

Esta bobina, ao receber a corrente do interruptor da


chave de ignição faz deslocar um núcleo de ferro que
desloca o pinhão de ataque até que este engrene no
volante do motor térmico e simultaneamente liga os
contactos de potência que permitem o funcionamento
do motor eléctrico.

È também importante conhecer o sistema


de protecção do motor eléctrico, que está
associado ao mecanismo do pinhão de
ataque.
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O motor de arranque faz girar a cambota por meio de uma roda dentada. A engrenagem menor (pinhão)
está montada no eixo do motor de arranque e engata com a engrenagem maior (cremalheira), montada à
volta do volante do motor. A relação de redução entre estas duas engrenagens é geralmente de cerca de
10:1. O pinhão do motor de arranque desengrena-se da cremalheira logo que o motor começa a funcionar;
caso contrário, o motor accionaria o motor de arranque, com a consequente destruição deste. O sistema
mais utilizado para esse efeito é chamado de Bendix.

Sequência de acoplamento entre pinhão e cremalheira (motor de arranque de acoplamento livre).


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Sequência de acoplamento entre pinhão e cremalheira (motor de arranque por inercia)


Quando o eixo começa a girar, a inércia do pinhão (a sua resistência ao movimento) faz girar mais
lentamente que o eixo. Em consequência, o pinhão desloca-se ao longo do eixo engata nos dentes da
cremalheira do volante.
Uma vez engatado, faz girar o volante que, pelo facto de estar fixado por parafusos ao virabrequim, põe o
motor em funcionamento. Quando o motor do veículo começa a funcionar por si próprio, a cremalheira do
volante passa a accionar o pinhão, em vez de ser accionada por este. Quando a velocidade transmitida ao
pinhão exceder a do eixo do motor de arranque, o pinhão volta a enroscar-se no eixo.
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VERIFICAÇÃO DO MOTOR DE ARRANQUE

-VERIFICAÇÃO DO INDUZIDO
A prova de isolamento contra possíveis contactos de massa realiza-se como se vê na figura 2.29. Utiliza-
se um ohmímetro, colocando uma das pontas numa bobina e a outra no extremo do eixo do induzido. Se
houver fuga de corrente, a leitura do ohmímetro deverá ser nula. Quando o aparelho de medida marca
algum valor, isso significa que há contacto com a massa, portanto mau isolamento

Teste de isolamento eléctrico do induzido


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REPARAÇÃO DO COLETOR
Uma fonte de avarias pode ser o próprio
colector. Devido ao contacto permanente
das escovas durante o funcionamento, as Se os defeitos forem apenas superficiais
ligações das bobinas do induzido podem com o auxÍlio de um pedaço de lixa fina
sofrer desgaste, podendo dar lugar a falsos podemos corrigir estes defeitos
contactos e a cortes nas ligações.

Limpeza das ranhuras do coletor


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VERIFICAÇÕES DAS BOBINAS INDUTORAS


No que diz respeito a bobinas indutoras, em primeiro lugar temos que verificar a existência de curto
circuitos, os quais se manifestam pelos seguintes sintomas : se o motor de arranque não se põe em
marcha, mas absorve corrente eléctrica e aquece muito rapidamente, tendendo a queimar-se, estamos
na presença de um curto-circuito ou de um possível defeito à massa. Este teste pode ser feito como se
mostra nas figuras 2.35 e 2.36.

Esta verificação pode ser feita com um lâmpada de testes e uma bateria.
Se o enrolamento está em bom estado, a luz é mortiça, inferior ao normal.
Se houver interrupção a lâmpada não acende, caso contrário, se houver curto circuito a luz da
lâmpada é muito intensa
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Deve proceder-se ao teste de isolamento do estator e este teste pode ser efectuado com o auxílio de
um ohmímetro como se mostra na figura 2.37 e 2.38.

Devemos no final analisar as massas polares, examinando visualmente para verificar se têm
sinais da passagem do induzido.
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Funcionamento do motor de arranque


Quando o canhão de ignição é rodado para III (arranque):
1. A corrente flui da bateria do terminal “S” para a bobina de chamada “P”
e para a bobina “H”.

2. O braço é atraído pelo fluxo magnético da bobina de chamada e


empurra o pinhão.

3. Quando o pinhão engrena no volante do motor o contacto “P2” fecha.

4. Uma corrente elevada flui directamente da bateria para o motor de


arranque pondo-o a rodar.
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FIM

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