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CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

PRÁTICA VII: Dilatação térmica dos sólidos

Bruna Taiza Bombonato


Daniela Alves Pereira
Fabiano Correa

São José do Rio Preto/SP


2013
1. Objetivo do Experimento
Determinação do coeficiente de dilatação linear de metais.

2. Resumo

Esta prática se baseia em estudar o comportamento de metais (alumínio, cobre


e latão) ao entrarem em contato com altas temperaturas e, a partir do
experimento, analisar a dilatação sofrida por esses materiais, determinar o
coeficiente de dilatação linear e então comparar com os dados obtidos na
teoria.

3. Abstract

This practice is based on studying the behavior of metals (aluminum, copper


and brass) on contact with high temperatures and, from the experiment, analyze
the expansion undergone by these materials, determine the coefficient of linear
expansion and then compare with the data obtained in theory.

4. Introdução Teórica

A maioria dos materiais sofre expansão ou dilatação térmica quando


aquecidos [1]. Entretanto, se temos materiais de substâncias diferentes, não é
possível distingui-los pela simples medida da sua dilatação. Para que a
dilatação funcione como propriedade característica, será necessário observar a
dilatação de barras de mesmo comprimento, entre duas temperaturas
conhecidas.

A dilatação dos sólidos, quando aquecidos, é muito pequena de sorte


que os sentidos humanos são insuficientes para observá-la. Por isso, recorre-
se a aparelhos bastante sensíveis que permitam ampliar o efeito térmico até
que possa ser observado. O aparelho a ser utilizado, (ver figura 1), permite
medir a dilatação linear de tubos cilíndricos.

Figura 1: Dilatômetro
Suponha que uma barra possua comprimento l 0, em uma dada
temperatura t0. Quando a temperatura varia Δt, o comprimento varia Δl. A
experiência mostra que, Δt não é muito grande (digamos, menor do que cerca
de 100º C), Δl é diretamente proporcional a Δt.

Introduzindo uma constante de proporcionalidade (que não é a mesma


para todos os materiais), pode-se expressar essa dependência mediante a
equação:

Δl=α l0 Δt (1)

Δt = t – t0

Δl = l – l0

Da equação (1) temos :


Δl
α=
l 0 Δt (2)

Se o comprimento de um corpo a uma temperatura t 0 é l0, então o seu


comprimento l a uma temperatura t= t0 + Δt é [1] :

l=l 0 +Δt =l 0 + α l0 Δt= l 0 (1+ α Δt ) (3)

A constante α , que descreve as propriedades de expansão térmica de


um dado material, denomina-se coeficiente de dilatação linear. As unidades de
α são K-1 ou (ºC)-1 .

5. Materiais e métodos

5.1 Materiais

 Relógio comparador
 Termômetros
 Tubo cilíndrico de metal a ser dilatado
 Água em ebulição
 Suporte
 Copo de metal
 Fonte de calor
 Dilatômetro
5.2 Métodos

Realizamos o experimento com três materiais diferentes: Alumínio,


Cobre e Latão.

Determinamos primeiramente a temperatura ambiente e a anotamos na


folha de respostas. Colocamos o tubo cilíndrico do metal escolhido no
Dilatômetro. Ligamos a extremidade do tubo cilíndrico á caldeira, usando uma
mangueira. Em seguida ligamos o fogareiro elétrico e o colocamos em posição
para ferver a água contida na caldeira. Medimos ∆l do tubo cilíndrico metálico
diretamente no relógio comparador.

Repetimos a experiência para os outros tubos cilíndricos metálicos,


registrando também a temperatura final e o comprimento de cada tubo
cilíndrico na folha de respostas, para que pudéssemos calcular os coeficientes
médios de dilatação linear de cada tubo cilíndrico: alumínio, cobre e latão, e
compará-los percentualmente com os valores tabelados.

Tabela A: Coeficientes de dilatação linear

Substância Coeficiente α, 10-5 ºC-1


Alumínio 2,4
Cobre 1,8
Latão 1,7

6. Resultados

Abaixo segue os resultados com os dados de cada material utilizado no


experimento (alumínio, cobre e latão).
Tabela 1: Dados referentes ao alumínio

Grandeza Medida
Temperatura ambiente t a ≅ 25 °C
Temperatura vapor d'água t=97 ° C
Comprimento inicial l 0=44 cm=0 , 44 m
Variação do comprimento ∆ l=0 , 68 mm=0,00068 m

Tabela 2: Dados referentes ao cobre

Grandeza Medida
Temperatura ambiente t a ≅ 25 °C
Temperatura vapor d'água t=97 ° C
Comprimento inicial l 0=44 cm=0 , 44 m
Variação do comprimento ∆ l=0 , 48 mm=0,00048 m

Tabela 3: Dados referentes ao latão

Grandeza Medida
Temperatura ambiente t a ≅ 23 °C
Temperatura vapor d'água t=97 ° C
Comprimento inicial l 0=44 cm=0 , 44 m
Variação do comprimento ∆ l=0 ,58 mm=0,00058 m

Tabela 4: Coeficiente encontrado

Material Coeficiente α 10-5 ° C-1 Coeficiente encontrado α 10-5 ° C-1

Alumínio 2,4 2,1465


Cobre 1,8 1,5151
Latão 1,7 1,7813
7. Discussão

De acordo com a Tabela 4, os coeficientes de dilatação encontrados


experimentalmente, diferem pouco dos dados tabelados presentes na teoria.
Essa diferença é bem nítida no alumínio e no cobre.

Para o alumínio temos o valor tabelado de 2,4 α 10 -5 ° C-1 e obtemos um


valor de 2,1465 α 10-5 ° C-1, ou seja, observa-se que o valor encontrado tem
uma diferença de 10,5625% do tabelado.

Para o cobre o valor tabelado é de 1,8 α 10 -5 ° C-1 e o encontrado 1,5151


α 10-5 ° C-1, que representa uma diferença de 15,8277% sobre o valor tabelado.

O latão apresenta o valor tabelado de 1,7 α 10 -5 ° C-1 e encontramos um


valor de 1,7813 α 10-5 ° C-1, obtendo um aumento de 4,7823%.

8. Conclusão

O método utilizado neste experimento permitiu verificar a dilatação de


alguns materiais quando aquecidos e determinar o coeficiente de dilatação
linear.

Comparando os valores tabelados contidos na teoria com os


encontrados experimentalmente, encontramos uma pequena diferença
percentual devido a erros cometidos durante o experimento, como por
exemplo, o ajuste do relógio comparador, a precisão das medidas e dos
cálculos efetuados.
9. Referências Bibliográficas

[1] YOUNG, H. D; FREEDMAN, R. A. Sears e Zemansky Física II: Termodinâmica e


ondas, 12ª ed. vol 2. São Paulo: Addilson Wesley, 2008.

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