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IFCE- CAMPUS CEDRO

Licenciatura em Física
Física Experimental II

RELATÓRIO DE EXPERIMENTOS PARA A DETERMINAÇÃO DO


COEFICIENTE DE DILATAÇÃO LINEAR

Equipe: Ivonici Chêline Borges Alves


Joycelenne Gomes de Lima
Leonardo Silva de Oliveira

Prof: Romário Nunes Braz

Cedro - CE
2023
RESUMO

OBJETIVOS

● Determinar o coeficiente de dilatação linear de uma barra metálica;


● Relacionar a variação de comprimento sofrida por uma barra em função da
variação de temperatura experimentada pela mesma;
● Relacionar a variação do comprimento sofrida por uma barra em função do
comprimento inicial da mesma.

FUNDAMENTO TEÓRICO
A dilatação linear ocorre quando o corpo se expande em uma dimensão, como
uma haste metálica ou um fio elétrico. Essa variação depende da variação da
temperatura que o corpo é exposto, o seu comprimento inicial e o material de que é
constituído.
É possível descrever o comportamento do objeto em dilatação linear pela
Equação 1:

Δ L=α ∙ L0 ∙ Δ T (1)

Se o comprimento deste corpo linear é L0, uma variação na temperatura ΔT


causa uma variação no comprimento ΔL. Portanto, é observado que a variação no
comprimento é proporcional à variação de temperatura e ao comprimento original. A
constante que relaciona essas duas grandezas é o coeficiente de dilatação linear α, no
qual cada material tem valores diferentes.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E EQUIPAMENTO

1. Foi observado que o relógio comparador possui um anel recartilhado ao seu


redor, que girando levemente para a esquerda e para a direita, foi possível constatar que
a escala externa acompanha estes movimentos e que cada traço da mesma equivale a
0,01 mm;
2. Ao pressionar levemente com o dedo, a ponteira do comparador grande se
desloca rapidamente, para cada volta executada, o ponteiro menor se desloca de um
dígito (cada divisão na escala menor equivale a um milímetro), isto é, se o ponteiro
pequeno estiver entre os dígitos 1 e 2 e o ponteiro grande estiver marcando o segundo
traço pós o 20, terá uma variação de 1,22 mm;
3. Foi solto o manípulo de fixação, colocando a haste de latão no dilatômetro sem
encostá-la no relógio comparador;
4. Fixando o balão volumétrico à pinça com mufa, foi colocado água no seu
interior, fazendo conexões com a mangueira;
5. Foram introduzidos os termômetros e verificados se as passagens na região das
rolhas não ficaram obstruídas.
6. Com cuidado, a haste metálica foi colocada até tocar na ponteira do relógio
comparador. A haste metálica foi alinhada e o manípulo recartilhado existente no topo
do alinhador foi apertado. Esta operação, por mais cuidado que se tome, carretou um
pequeno deslocamento do ponteiro maior, garantindo que o extremo da haste metálica,
realmente, está tocando na ponteira do indicador. O "zero" da escala maior foi ajustado,
girando o anel recartilhado do relógio comparador.
7. O suporte com o balão volumétrico foi posicionado sobre a tela de amianto com
tripé logo acima da fonte de calor.

Primeiro foi usado uma vela, porém não dava calor suficiente. Depois foi
tentado um aquecedor elétrico, só que ficava vazando água durante o processo. Por fim,
foi usado um aquecedor por condução, que funcionou para os devidos objetivos da
prática.
Foram usadas hastes de alumínio, cobre, latão e aço.

MATERIAIS UTILIZADOS

● 01 Dilatômetro linear de precisão;


● 02 Termômetros com escala até 100 °C;
● 03 Balões volumétrico de 300 ml;
● 50 ml de água quente; Fonte térmica (bico de bunsen ou lamparina);
● Tela de amianto com tripé para bico de bunsen;
● 04 Tubos metálicos (aço, cobre, alumínio e latão);
● 02 Rolhas com furação longitudinal;
● 01 Pinça com mufa;
● 01 Mangueira.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram realizados experimentos com 4 materiais diferentes. Os mesmos


procedimentos foram feitos em todas as etapas.

1. ALUMÍNIO

O primeiro experimento foi com a haste de alumínio. Foi fixada na posição


inicial 490 mm e temperatura inicial de 27°C. Depois de um tempo considerável, foi
possível notar que a haste dilatou 0.01 mm. Desta forma, é possível calcular o
coeficiente linear pela Equação 1 utilizando os valores obtidos:

Δ L=α 1 ∙ L 0 ∙ Δ T
0.01=α 1 ∙ 490∙ 69
0.01
α 1=
490 ∙69
α 1=2.96 ∙10−7 ℃−1

O valor real do coeficiente do Alumínio é aproximadamente 2.4 ∙ 10 -5 ℃-1, o que


representa uma grande diferença no valor obtido com o valor real. Isso se deu por
diferentes fatores na hora do experimento: primeiro foi usado uma fonte de calor que
não estava aquecendo corretamente, portanto a variação no comprimento foi mínima.
Outro fator é que, apesar da temperatura estar alta, o calor não foi repassado
corretamente para a haste, gerando um distúrbio no experimento.
A Tabela 1 mostra os valores obtidos no experimento para a haste de alumínio.

Tabela 1 – Valores obtidos para haste de alumínio

T0 27 °C

L0 490 mm
TF 96 °C

ΔL 0.01 mm

ΔT 69 °C

α1 2.96 ∙ 10-7 ℃-1

2. COBRE

Para a haste de cobre, a temperatura inicial foi de 27°C e comprimento inicial de


488mm. Por meio da equação, foi possível calcular o coeficiente.

Δ L=α 2 ∙ L 0 ∙ Δ T
32
α 2=
488 ∙ 68
−4 −1
α 2=9.64 ∙ 10 ℃

O valor real do coeficiente do Cobre é 1.7 ∙ 10 -5 ℃-1. A Tabela 2 mostra os


valores obtidos no experimento:
Tabela 2 – Valores obtidos para haste de cobre

T0 27°C

L0 488 mm

TF 95 °C

ΔL 32 mm

ΔT 68°C

α2 9.64 ∙ 10-4 ℃-1

3. LATÃO

Para a haste de latão, ao contrário das anteriores, a temperatura do experimento


já estava alta, portanto, demorando menos para observar a dilatação.

Δ L=α 3 ∙ L0 ∙ Δ T
59
α 3=
489 ∙15
−3 −1
α 3=8.04 ∙ 10 ℃

O valor real do coeficiente do Latão é 2.0 ∙ 10 -5 ℃-1. A Tabela 3 mostra os


valores obtidos no experimento:

Tabela 3 – Valores obtidos para haste de latão

T0 80 °C

L0 489 mm

TF 95 °C

ΔL 59 mm

ΔT 15 °C

α3 8.04 ∙ 10-3 ℃-1

4. AÇO

Por fim, para o aço também foi realizado com a condições iniciais de
temperatura alta. O coeficiente foi calculado da mesma maneira das anteriores:

Δ L=α 4 ∙ L0 ∙ Δ T
39
α 4=
489∙ 18
α 4 =4.43 ∙10−3 ℃−1

O valor real do coeficiente do Aço é 1.1 ∙ 10 -5 ℃-1. A Tabela 4 mostra os valores


obtidos no experimento:
Tabela 4 – Valores obtidos para haste de aço

T0 77 °C

L0 489 mm

TF 95 °C
ΔL 39 mm

ΔT 18 °C

α4 4.43 ∙ 10-3 ℃-1

5. OUTRA MANEIRA DE ESCREVER A EQUAÇÃO DA DILATAÇÃO

A equação da dilatação linear também pode ser escrita para descobrir o


comprimento final do objeto:
Δ L=α ∙ L0 ∙ Δ T
L−L0 =α ∙ L0 ∙ ΔT
L=α ∙ L0 ∙ ΔT + L0
L=L0 (α ΔT +1)

CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA
GONÇALVES, Leila J. Dilatação. 2004. UFRGS. Disponível em:
https://www.if.ufrgs.br/cref/leila/dilata.htm. Acesso em: 19 maio 2023.
ANEXO I - Imagem do experimento
ANEXO II - Imagem do experimento

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