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ESCOLA SECUNDÁRIA DE ROMEU CORREIA

a) Física e Química A – 10º Ano


b)
c)
d)

e) RELATÓRIO SIMPLIFICADO ATIVIDADE LABORATORIAL 3.2


f)
g)

Unidade 3 – Energia, fenómenos térmicos e radiação


3.5: Capacidade térmica mássica e variação de entalpia
Artigo II.
Artigo III.
Artigo IV. CAPACIDADE TÉRMICA MÁSSICA
Artigo V.

Artigo VI. Turma A1, Grupo:


Artigo VII. Beatriz Maria Costa Adão, nº7
Artigo VIII. Gonçalo Alexandre Pinheiro Marques, nº11
Artigo IX. Guilherme Afonso da Silva Cardoso, nº13
Artigo X. David Rodrigues Pereira, nº29
Artigo XI.
Artigo XII. Professores – José Francisco Fanica e Luís Barbosa
Artigo XIII.

Artigo XIV. Atividade Laboratorial 3.2 realizada na aula de Ciências Física e


Química A, quinta-feira, dia 27 de maio de 2021.
Artigo XV.

Artigo XVI. Relatório realizado por Gonçalo Alexandre Pinheiro Marques e


entregue a 06 de junho de 2021.
Artigo XVII.
Física e Química A 2020-2021

ÍNDICE

IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE LABORATORIAL 3.2 3

Questão-problema 3

Objetivos 3

INTRODUÇÃO TEÓRICA 4

DIFICULDADES IMPLICITAS À REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE LABORATORIAL 3.2 7

Quais as dificuldades inerentes à montagem de um circuito elétrico? E como se podem ultrapassar essas
dificuldades? 7

Quais as dificuldades inerentes à minimização das perdas de energia? E como se podem ultrapassar essas
dificuldades? 7

Quais as dificuldades inerentes à recolha de dados? E como se podem ultrapassar essas dificuldades? 8

MATERIAL 9

Indicação do material utilizado para a realização da Atividade Laboratorial 3.2, da sua tipologia e das
respetivas incertezas absolutas 9

Cuidados de segurança a ter no laboratório e no manuseamento dos materiais utilizados durante a


Atividade Laboratorial 3.2 9

PROCEDIMENTO 11

Procedimento para calcular a capacidade térmica mássica (c) do alumínio a partir do gráfico de variação
da temperatura em função da energia fornecida a um bloco calorimétrico de alumínio 11

TRATAMENTO DE DADOS EXPERIMENTAIS 13

Observações, anotações, gráfico e cálculos 13

Cálculo da capacidade térmica mássica (c) do alumínio a partir do declive da reta de ajuste do gráfico ΔT
= f (Efornecida) 16

Comparação entre a capacidade térmica mássica (c) do alumínio encontrada experimentalmente e a


capacidade térmica mássica (c) do alumínio tabelada 16

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Resultado final 17

Medições diretas e indiretas 17

CONCLUSÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA 18

FONTES CONSULTADAS21

Imagens 21

Bibliografia 22

Webgrafia 22

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IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE LABORATORIAL 3.2

Questão-problema:

Qual é a capacidade térmica mássica do alumínio?

Objetivos:

Calcular a capacidade térmica mássica (c) de um material, neste caso o alumínio, a partir do gráfico
de variação da temperatura, ΔT, em função da energia fornecida, E, a um bloco calorimétrico de
alumínio.

 Identificar transferências de energia.

 Determinar balanços energéticos em sistemas termodinâmicos e reconhecer as frações que


correspondem à energia útil e à energia dissipada no procedimento.

 Medir, em intervalos regulares, a diferença de potencial (U), a intensidade da corrente elétrica (I) e
a temperatura (T), ao longo do período de tempo em que ocorre o processo de aquecimento.

 Construir e analisar o gráfico da variação de temperatura (ΔT) em função da energia fornecida


(Efornecida) a um bloco calorimétrico de alumínio, representar a reta que melhor se adapta aos dados
experimentais verificados e recolhidos e determinar a equação da mesma reta.

 Calcular a capacidade térmica mássica (c) do alumínio com base na reta de ajuste, comparar os
valores encontrados com os tabelados e determinar a exatidão do resultado alcançado a partir do
cálculo do erro percentual.

Figure 1- Blocos Calorimétricos.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

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Como é do conhecimento geral, quando um corpo recebe energia como calor a sua temperatura aumenta
mas, isso só acontece se não houver mudança de estado físico do material ou materiais que compõem esse
corpo. No caso de se verificar alteração de estado físico, a temperatura do corpo não varia durante o
intervalo de tempo em que ocorre a mudança.

Figura 2 - Gelo derrete por ação do calor.

É possível calcular a energia recebida ou cedida como calor por um corpo, a pressão constante e quando
não ocorre alteração do seu estado físico, através da seguinte expressão matemática – Q = m.c.ΔƟ, em que
Q é a energia como calor recebida ou cedida pelo corpo, m é a massa do corpo, c é a capacidade térmica
mássica do material de que o corpo é feito e ΔƟ é a variação de temperatura do corpo. Assim sendo, a
energia como calor cedida ou recebida por um corpo é diretamente proporcional à massa desse mesmo
corpo, à capacidade térmica mássica do material de que é feito o corpo e à variação de temperatura que
ocorre no mesmo corpo, isto claro, desde que não haja alteração do estado físico do material que constitui o
corpo.

A B C
Figura 3 – O valor da energia como calor transferida pelos corpos, A, B e C, é diferente porque os corpos têm massas diferentes.

Quando dois corpos diferentes são submetidos à mesma energia como calor, o corpo que apresenta maior
capacidade térmica sofre menor variação de temperatura.

Como já foi mencionado, a capacidade térmica (C) de um corpo depende do material de que é feito esse
mesmo corpo e da capacidade térmica mássica (c) característica desse material. De um modo geral, a
capacidade térmica mássica de um material varia com a temperatura e o estado físico em que se encontra o
material.

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Figura 4 - A capacidade térmica mássica da água é praticamente o dobro da capacidade térmica mássica do gelo.

A capacidade térmica mássica de um material (c) é a energia transferida como calor por unidade de massa
desse mesmo material para que a sua temperatura varie de 1º Celsius (1º C) ou 1 Kelvin (1 K), ou seja, a
capacidade térmica mássica de um material é uma grandeza física que informa sobre a maior ou menor
capacidade que esse material tem para receber ou ceder energia como calor, da vizinhança ou para a
vizinhança. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de capacidade térmica mássica é Joule
por kilograma por Kelvin (J kg -1 K-1) ou Joule por kilograma por grau Celsius (J kg-1 ºC-1).

O comportamento térmico de um material depende do valor da capacidade térmica mássica desse mesmo
material. Se a capacidade térmica mássica de um determinado material for elevada, a energia como calor
dispendida para o aquecimento ou arrefecimento desse mesmo material também é elevada. Por outro lado,
se a capacidade térmica mássica de um determinado material for baixa, a energia como calor dispendida
para o aquecimento ou arrefecimento do mesmo material também é baixa. Resumindo, pode dizer-se que
quanto maior for a capacidade térmica mássica de um material mais energia como calor será necessário
fornecer a esse mesmo material para que a sua temperatura se eleve 1º C.

Na Figura 5 da página seguinte podem observar-se as capacidades térmicas mássicas de alguns materiais.

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Capacidade Térmica Mássica a 25 ºC


MATERIAIS
c (cal g-1 ºC-1) c (J kg-1 K-1)

Figura 5 - Tabela Capacidade Térmica Mássica.

O valor da capacidade térmica mássica de um qualquer material, pode ser determinado experimentalmente
utilizando blocos calorimétricos desses materiais. É muito comum, a realização de procedimentos
experimentais com blocos calorimétricos de metais ou ligas metálicas.

Para o cálculo do valor da capacidade térmica mássica, fornece-se energia ao bloco calorimétrico do
material a estudar e cuja massa tem de se conhecer, durante um determinado intervalo de tempo, através de
uma resistência de aquecimento colocada no interior do bloco calorimétrico e registam-se as variações de
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temperatura verificadas em intervalos regulares. É preciso ter a preocupação de diminuir o máximo
possível as perdas de energia que ocorrem durante a experiência. Este foi o procedimento experimental
utilizado durante a realização da Atividade Laboratorial 3.2 para determinação da capacidade térmica
mássica do alumínio.

DIFICULDADES IMPLÍCITAS À REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE


LABORATORIAL 3.2

Quais as dificuldades inerentes à montagem do circuito elétrico? E como se


podem ultrapassar essas dificuldades?

Quando se realizam procedimentos laboratoriais envolvendo corrente elétrica, há que ter cuidados
acrescidos na montagem dos circuitos, bem como na utilização dos diversos equipamentos elétricos. De
modo a evitar acidentes, o circuito elétrico deve ser sempre montado de acordo com as indicações da
atividade experimental a realizar e em consonância com as instruções do professor. A fonte de alimentação
tem de estar, obrigatoriamente, desligada quando se inicia a montagem do circuito elétrico, neste caso
específico o interruptor tem de estar aberto. Os fios de ligação, entre os diversos componentes do circuito,
têm de estar corretamente ligados, polo negativo com polo negativo e polo positivo com polo positivo. Os
aparelhos de medida, mais especificamente os multímetros digitais, a utilizar durante a atividade
laboratorial, têm de ser instalados de acordo com a função que irão desempenhar. Quando um multímetro
se intercala num circuito como um voltímetro, para medir a diferença de potencial (U), instala-se sempre
em paralelo; e quando um multímetro se intercala num circuito como amperímetro, para medir a
intensidade da corrente elétrica (I), instala-se sempre em série. É necessário selecionar a escala mais
adequada a utilizar em cada um dos multímetros, de acordo com a sua função. Também é importante ter
presente que o circuito elétrico só pode ser ligado quando a resistência de aquecimento estiver introduzida
no orifício do bloco calorimétrico pois se tal não acontecer a resistência pode ficar danificada.

Quais as dificuldades inerentes à minimização das perdas de energia? E como se


podem ultrapassar essas dificuldades?

O aquecimeto de um bloco calorimétrico por transferência de energia implica, inevitavelmente, a perda de


energia por radiação e por condução. O sistema formado pelo
bloco calorimétrico, pela resistência e pelo termopar é um sistema aberto (sistema que permite troca de
energia e matéria) logo ocorre transferência de energia, por radiação e por condução, para a vizinhança (a
vizinhança inclui todos os corpos e regiões que não pertencem ao sistema). Para minimizar as perdas de
energia seria necessário isolar o bloco calorimétrico, assim como a resistência e o termopar, o que é
perfeitamente impossível, pelo menos tendo em consideração as condições laboratoriais de que dispomos.
É possível contribuir para a diminuição da transferência de energia por radiação e por condução para a
vizinhança, colocando o bloco calorimétrico sobre uma placa de cortiça, de contraplacado ou de esferovite.
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Outra medida a adoptar para minimizar as perdas de energia é garantir um bom contacto térmico entre a
resistência, o termopar e o bloco calorimétrico, através do preenchimento das cavidades do bloco com um
bom condutor térmico, por exemplo a glicerina. Para diminuir as transferências de energia para a
vizinhança, também é aconselhável que o aquecimento do bloco calorimétrico ocorra num intervalo de
tempo curto.

Quais as dificuldades inerentes à recolha dos dados? E como se podem


ultrapassar essas dificuldades?

A recolha dos dados, referentes à diferença de potencial (U), à corrente elétrica (I) e à tempertura (T)
implicam, no procedimento experimental em causa, uma atenção redobrada e um trabalho minucioso, sem
margem para erros. É necessário cronometrar com muito rigor os intervalos de tempo (30 s) em que se
realizam as medições, verificar no momento exato os valores indicados pelo termopar (também se devem
verificar os valores do amperímetro e do voltímetro) e apontar com precisão os dados obtidos. Um
descuido ou distração implica o refazer de todo o procedimento experimental o que, por sua vez, obriga a
algum tempo de repouso para que o bloco calorimétrico e a resistência voltem a atingir a temperatura
inicial. Estas dificuldades poderão ser colmatadas se a experiência for realizada por um grupo de trabalho
razoável, um elemento para cronometrar, dois para verificar e anotar os valores indicados pelo termopar,
dois para verificar e anotar os valores indicados pelo amperímetro e dois para verificar e anotar os valores
indicados pelo voltímetro. O meu grupo de trabalho, constituído por apenas quatro elementos, conseguiu
proceder com exatidão à cronometragem e recolher os valores precisos relativos à temperatura (T) nos
momentos exatos mas, a medição de diferença de potencial (U) e de corrente elétrica (I) foi realizada
somente no início e no fim da actividade experimental, o que poderá implicar resultados finais com erros
relativos significativos.

MATERIAL

Indicação do material utilizado para a realização da Atividade Laboratorial 3.2,


da sua tipologia e das respetivas incertezas absolutas:

Tipo de aparelho
Material Incerteza absoluta
(analógico ou digital)
Bloco calorimétrico de alumínio com
1 kg de massa
Fonte de alimentação (0 - 8 V)
Resistência de aquecimento
Termopar com mostrador Digital ± 0,1 ºC

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Amperímetro (multímetro) Digital ± 0,01 A
Voltímetro (multímetro) Digital ± 0,01 V
Cronómetro Digital
Fios de ligação
Interruptor
Glicerina (gobelé)
Base isoladora de contraplacado
Calculadora Digital

Cuidados de segurança a ter no laboratório e no manuseamento dos materiais


utilizados durante a Atividade Laboratorial 3.2:

 Respeitar, rigorosamente, as instruções fornecidas pelo(s) professor(es).

 Nunca trabalhar sozinho ou na ausência do(s) professor(es).

 Utilizar luvas de látex e máscara, tendo em consideração a situação epidemiológica que estamos a
atravessar.

 Apertar os atacadores dos sapatos, evitar usar roupa solta e/ou muito volumosa, retirar acessórios
como anéis, braceletes e relógios e prender o cabelo de modo a evitar que qualquer um destes
elementos possa ficar preso em equipamentos e montagens laboratoriais.

 Não assumir qualquer tipo de comportamento desadequado (gritar, correr, comer, brincar com os
materiais utilizados durante a experiência ou com outros que se encontrem no laboratório, …).

 Manter a bancada limpa e restringir o equipamento ao estritamente necessário, guardando em local


próprio todo o material não necessário à realização da atividade laboratorial.

 Planificar previamente todo o procedimento laboratorial que se vai realizar.

 No caso de surgir alguma dúvida relativamente a qualquer procedimento a realizar durante a


atividade laboratorial, esclarecer a dúvida antes de executar o procedimento em questão.

 Verificar o material antes da sua utilização e no caso de deteção de alguma anomalia avisar o(s)
professor(es).

 Montar o circuito elétrico de acordo com as indicações da atividade e em consonância com as


instruções do(s) professor(es).

 Verificar a instalação dos diferentes componentes do circuito antes de ligar a fonte de alimentação.

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 Respeitar rigorosamente as instruções de utilização dos aparelhos de medição.

 Manusear todo o equipamento com cuidado e segurança mas tendo sempre presente a convicção de
que as tensões que se utilizam nas atividades propostas não são elevadas.

 Durante a atividade experimental proceder com cuidado, calma e precisão.

 Terminada a atividade laboratorial, desligar a fonte de tensão (ou o interruptor) antes de desligar os
restantes componentes do circuito.

 Arrumar a bancada, limpar os materiais utilizados e guardar todo o material no local próprio.

PROCEDIMENTO

Procedimento para calcular a capacidade térmica mássica (c) do alumínio a partir


do gráfico de variação da temperatura em função da energia fornecida a um bloco
calorimétrico de alumínio:

Figura 6 - Esquema do circuito elétrico.

 Iniciámos a atividade experimental, montando o circuito elétrico como mostra a Figura 6. O


circuito foi instalado com o interruptor aberto, o amperímetro ligado em série e o voltímetro
ligado em paralelo aos terminais da resistência de aquecimento.

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Figure 7 - Interruptor.

Figura 8 - Multímetros utilizados como amperímetro e voltímetro.

 O bloco calorimétrico foi colocado sobre um material isolante, placa de contraplacado, de modo
a minimizar as perdas de energia para a vizinhança.

Figura 9 - Placa de contraplacado.

 Registámos a sensibilidade de cada um dos aparelhos, amperímetro e voltímetro (multímetros) e


termopar e as respetivas incertezas absolutas de leitura.

 Colocámos um pouco de glicerina no interior dos dois orifícios do bloco calorimétrico, de forma
a melhorar o contacto térmico do bloco com a resistência de aquecimento e com o termopar.

 Introduzimos num dos orificíos do bloco calorimétrico o termopar e no outro orificío a


resistência de aquecimento.

 Desenhámos, no nosso caderno diário, uma tabela para registo das medições diretas que iríamos
fazer - diferença de potencial (U), corrente elétrica (I) e temperatura (T).

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 Antes de ligar o circuito elétrico, verificámos se o mesmo se encontrava devidamente instalado.

 Verificámos e registámos a temperatura inicial do bloco calorimétrico.

 Selecionámos no amperímetro e no voltímetro a escala mais adequada para cada um destes


aparelhos de medição, 10 A e 20 V respetivamente.

 Com tudo devidamente instalado e selecionado preparámo-nos para iniciar o procedimento


experimental que iria requerer toda a nossa concentração, cuidado e precisão.

 Ligámos o circuito elétrico, fechando o interruptor, e verificámos, de imediato, os valores da


diferença de potencial (U) e da corrente elétrica (I) apresentados, respetivamente, no voltímetro
e no amperímetro.

Voltímetro
Termopa
(multímetro)
r
Amperímetro Resistência
(multímetro) Bloco
calorimétrico
de alumínio
Interruptor Placa de
contraplacado
Gobelé
Cabos de ligação com glicerina

Fonte de
alimentação

Figura 10 – Circuito elétrico montado e ligado.

 Realizámos leituras de temperatura de 30 em 30 segundos, durante 10 minutos, e registámos os


valores encontrados na tabela anteriormente desenhada no caderno diário.

 Desligámos o circuito elétrico, abrindo o interruptor, e esperámos que a resistência e o bloco


calorimétrico arrefecessem para, de seguida, procedermos à desmontagem do circuito elétrico e
à arrumação de todo o equipamento utilizado.

 Com base nos dados recolhidos durante a atividade experimental, passámos à construção e
interpretação de um gráfico de variação da temperatura, ΔT, em função da energia fornecida, E,
pela resistência de aquecimento ao bloco calorimétrico de alumínio; ao traçado da reta de ajuste,
e à realização de todos os cálculos e comparações inerentes à Atividade Laboratorial 3.2.

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TRATAMENTO DE DADOS EXPERIMENTAIS

Observações, anotações, gráfico e cálculos:

 Massa (m) do bloco calorimétrico de alumínio.

mbloco calorimétrico de alumínio = 1 kg = 1000 g

E = UIΔt
Δt / s Ɵ / ºC ΔT / K U/V I/A
E/J
0 24,3 ----- 2,01 0,23 0
30 24,3 0 ----- ----- -----
60 24,3 0 ----- ----- -----
90 24,4 0,1 ----- ----- -----
120 24,4 0,1 ----- ----- -----
150 24,4 0,1 ----- ----- -----
180 24,4 0,1 ----- ----- -----
210 24,4 0,1 ----- ----- -----
240 24,5 0,2 ----- ----- -----
270 24,5 0,2 ----- ----- -----
300 24,5 0,2 ----- ----- -----
330 24,5 0,2 ----- ----- -----
360 24,6 0,3 ----- ----- -----
390 24,6 0,3 ----- ----- -----
420 24,6 0,3 ----- ----- -----
450 24,6 0,3 ----- ----- -----
480 24,7 0,4 ----- ----- -----
510 24,7 0,4 ----- ----- -----
540 24,7 0,4 ----- ----- -----
570 24,7 0,4 ----- ----- -----
600 24,7 0,4 1,84 0,21 253,44 J

Tabela 1- Variação da temperatura do bloco calorimétrico de alumínio em função da energia fornecida, ΔT = f (E fornecida)

 Temperatura inicial (Tinicial) do bloco calorimétrico de alumínio.

Tinicial = 24,3 ± 0,1 ºC = 297,45 K

 Temperatura final (Tfinal) do bloco calorimétrico de alumínio.

Tfinal = 24,7 ± 0,1 ºC = 297,85 K

 Variação da temperatura (ΔT) do bloco calorimétrico de alumínio.

ΔT = 0,4 ºC ± 0,1 ºC = 0,4 K

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 Cálculo da diferença de potencial média (Umédia) nos terminais da resistência de aquecimento.

Umédio = (2,01 + 1,84) / 2 = 1,92 ± 0,01 V

Como os valores da diferença de potencial (U) foram apenas recolhidos no início e no final do
procedimento experimental prevejo que o valor médio da diferença de potencial obtido (U médio)
apresente um desvio significativo do valor médio real.

 Cálculo da intensidade da corrente elétrica média (I média) que atravessa a resistência de


aquecimento.

Imédio = (0,23 + 0,21) / 2 = 0,22 ± 0,01 A

Como os valores da intensidade da corrente elétrica (I) foram apenas recolhidos no início e no final do
procedimento experimental prevejo que o valor médio da intensidade da corrente elétrica (I médio) apresente
um desvio significativo do valor médio real.

 Cálculo da energia fornecida (Efornecida) pela resistência ao bloco calorimétrico de alumínio.

Pfornecida = Umédio x Imédio ↔ Pfornecida = Efornecida / Δt ↔ Efornecida = Umédio x Imédio x Δt

Efornecida = 1,92 x 0,22 x 600 = 253,44 J

Como os valores médios da intensidade da corrente elétrica (I) e da diferença de potencial (U) devem ter
apresentado desvios significativos relativamente aos valores médios reais prevejo que o valor da energia
fornecida (Efornecida) também apresente um desvio significativo do seu valor real.

Variação da temperatura em função do tempo de


aquecimento, ΔT = f (Δt)

24.8

24.7 f(x) = 0 x + 24.29


R² = 0.96
24.6
Temperatura / ºC

24.5

24.4

24.3

24.2

24.1
0 100 200 300 400 500 600 700

Tempo / segundos

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Gráfico 1 – Variação da temperatura (ΔT) do bloco calorimétrico de alumínio em função do tempo de aquecimento (Δt).

Cálculo da capacidade térmica mássica do alumínio a partir do declive da reta


de ajuste do gráfico ΔT = f (Δt):

 Determinação do declive da reta de ajuste.

Pfornecida = Umédio x Imédio ↔ Pfornecida = Efornecida / Δt e Efornecida = m x c x ΔT

Pfornecida x Δt = m x c x ΔT ↔ Umédio x Imédio = m x c x ΔT / Δt

Declive da reta de ajuste do gráfico ΔT = f (Δt)

Equação da reta de ajuste → y = 0,0007x + 24,29

Declive da reta de ajuste = 0,0007

 Cálculo da capacidade térmica mássica (c) do alumínio.

Umédio x Imédio = m x c x ΔT / Δt ↔ c = Umédio x Imédio / m x (ΔT / Δt)

calumínio = 1,92 x 0,22 / 1 x 0,0007 = 603,4286 J kg-1 K-1

Capacidade Témica Mássica do


603,4286 J kg-1 K-1
Alumínio (resultado experimental)

Comparação entre a capacidade térmica mássica (c) do alumínio encontrada


experimentalmente e a capacidade térmica mássica (c) do alumínio tabelada:

Capacidade Témica Mássica do Capacidade Témica Mássica do


Alumínio (resultado experimental) Alumínio (valor tabelado)

603,4286 J kg-1 K-1 900 J kg-1 K-1

 Cálculo da incerteza absoluta.

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Incerteza absoluta = |c (resultado experimental) – c (valor tabelado)|

Incerteza absoluta = |603,4286 – 900|= |-296,5714|= 296,5714 J kg-1 K-1

 Cálculo da incerteza relativa.

Incerteza relativa = Incerteza absoluta / c (valor tabelado) x 100

Incerteza relativa = 296,5714 / 900 x 100 = 32,95%

Resultado final:

Capacidade Témica Mássica do Capacidade Témica Mássica do


Alumínio (resultado experimental) Alumínio (valor tabelado)

603,4286 J kg-1 K-1 ± 32,95% 900 J kg-1 K-1

Medições diretas ou indiretas:

Os valores de temperatura (T), apresentados no termopar; os valores da diferença de potencial (U),


apresentados no voltímetro; e os valores da intensidade da corrente elétrica (I), apresentados no
amperímetro resultaram de medições diretas pois foram obtidos através da comparação direta do valor
da grandeza a medir com o da respetiva unidade.

Os valores relativos à variação de temperatura (ΔT), ao intervalo de tempo (Δt), à diferença de


potencial média (Umédia), à intensidade da corrente elétrica média (I média), à energia fornecida (Efornecida), à
capacidade térmica mássica do alumínio (calumínio), à incerteza absoluta e à incerteza relatica resultaram
de medições indiretas pois os valores destas grandezas obtiveram-se a partir de cálculos que
envolveram expressões matemáticas que relacionam diferentes grandezas.

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CONCLUSÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA

Terminada a Atividade Laboratorial 3.2, concluído o tratamento dos dados, construído o gráfico de
variação da temperatura do bloco calorimétrico, traçada a reta de ajuste aos dados apresentados no gráfico,
determinada a equação da reta de ajuste, calculada a capacidade térmica mássica do bloco calorimétrico de
alumínio e determinadas as incertezas absoluta e relativa dos resultados encontrados, posso afirmar que os
objetivos a que nos propusemos foram cumpridos com relativo sucesso, pois os valores encontrados não
apresentaram incerteza relativa superior à verificada em todas as atividades laboratoriais de cálculo de
capacidade térmica mássica que visualizei. Posso até afirmar que fiquei um pouco surpreendido, pois
apesar da incerteza relativa verificada ser elevada, com todos os erros cometidos durante o procedimento
experimental, estava à espera de um resultado muito superior.

Durante a procedimento laboratorial foram adotadas duas medidas muito importantes para a diminuição
das perdas de energia do sistema para a vizinhança. A utilização de uma placa de contraplacado (poderia
ter sido utilizada uma placa de cortiça ou de esferovite) que funcionou como isolante e sobre a qual foi
colocado o bloco calorimétrico de alumínio; e a aplicação de glicerina nos orifícios do bloco de modo a
melhorar o contacto térmico do bloco com a resistência de aquecimento e com o termopar. Estas duas
medidas devem ter sido fundamentais para que a incerteza relativa dos resultados encontrados não tenha
sido superior. Seria interessante repetir a experiência, sem ter o cuidado de colocar o bloco calorimétrico
numa base isoladora e nem colocar glicerina nos orifícios do bloco e comparar os resultados obtidos nos
dois procedimentos.

O desvio significativo entre os valores encontrados e os tabelados deve-se a diferentes fatores como:

 Erros aleatórios resultantes de flutuações dos aparelhos de medição que afetam os resultados, ao
acaso, quer num sentido quer noutro. Estes erros não podem ser eliminados, mas poderiam ter
sido minimizados através da repetição do procedimento experimental e considerando como
resultado final a média dos diversos valores obtidos. Como é óbvio tal situação não se adequa a
uma atividade laboratorial realizada numa aula com tempo limitado.

 Erros sistemáticos na verificação e anotação dos valores apresentados pelos aparelhos de


medição. Recolhemos apenas os valores apresentados pelo amperímetro e pelo voltímetro
(multímetros) no início e no final do procedimento experimental. A ausência de valores
intermédios impossibilitou o cálculo da energia fornecida ao bloco calorimétrico ao longo da
experiência o que impediu a realização de um gráfico de variação de temperatura em função da
energia fornecida, ΔT = f (Efornecida).

 Perdas de energia do sistema para a vizinhança, através das paredes do bloco calorimétrico de
alumínio (fronteira entre o sistema e a vizinhança), da própria resistência de aquecimento e da
própria glicerina. A resistência de aquecimento esteve ligada, desnecessáriamente, durante um
período considerável de tempo para verificação da funcionalidade do sistema constituído pelo
bloco, pela resistência e pelo termopar. Embora a glicerina seja um bom condutor térmico
também ocorrem perdas de energia por dissipação na própria glicerina.

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 Variação de temperatura (ΔT) incorreta pois como a resistência de aquecimento esteve ligada
antes da atividade laboratorial propriamente dita começar, a temperatura medida no bloco
calorimétrico de alumínio no momento 0 não correspondia à temperatura do mesmo bloco em
situação normal de temperatura ambiente.

 Os valores da capacidade térmica mássica (c) tabelados referem-se a materiais puros, isentos de
impurezas e cuja composição é totalmente conhecida. No caso do bloco calorimétrico utilizado
na atividade laboratorial não podemos afirmar com certeza que corresponda a um material puro
pelo que o valor da sua capacidade térmica mássica pode apresentar alguma oscilação no que se
refere aos valores tabelados.

 Existência de impurezas nos orifícios do bloco calorimétrico, impurezas essas que prejudicam o
contacto térmico.

Se tivéssemos tido a oportunidade de repetir a Atividade Laboratorial 3.2, muitos dos erros sistemáticos
aqui referidos poderiam ter sido corrigidos ou, pelo menos, minimizados o que, de certeza, conduziria à
obtenção de valores com incerteza relativa muito inferior.

Na minha opinião, teria sido proveitoso continuar a fazer leituras de temperatura a cada 30 segundos,
depois de desligado o circuito elétrico, até que a elevação de temperatura atingida pelo bloco calorimétrico
fosse máxima (temperatura final), ou seja, até que se estabelecesse o equilíbrio térmico entre o bloco de
metal e a resistência de aquecimento.

Comparando os resultados obtidos pelo meu grupo de trabalho e os valores encontrados pelos colegas dos
outros grupos, é possível chegar à conclusão que dois corpos, com a mesma massa mas de materiais
diferentes, quando absorvem iguais valores de energia como calor durante o mesmo intervalo de tempo,
não apresentam igual variação de temperatura. O corpo cujo material apresenta maior capacidade térmica
mássica aquece menos. Por outro lado, quanto maior for a capacidade térmica mássica de um material,
maior será o intervalo de tempo necessário para o arrefecimento do mesmo material.

Termino esta breve conclusão afirmando que a Atividade Laboratorial 3.2, permitiu perceber
através da experimentação que cada material tem capacidade térmica mássica caraterística e que
esta determina a quantidade de energia que é necessário transferir como calor por unidade de massa
desse mesmo material para que a sua temperatura varie de 1 ºC (ou 1 K). A energia transferida
como calor, quer seja cedida ou recebida por um corpo, desde que não haja mudança de estado físico
desse mesmo corpo, é diretamente proporcional à massa do corpo, à capacidade térmica mássica do
material de que é feito o corpo e à variação de temperatura do corpo.

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FONTES CONSULTADAS

Imagens:

 Imagem da capa disponível em: https://climaextremo.openbrasil.org/2015/06/veja-os-10-lugares-


mais-quentes-e-mais.html?m=0. Acesso em: 29/05/2021.

 Figura 1 disponível em: https://kits.dismel.pt/atividade-laboratorial-3-2-capacidade-termica-


massica-kit-avancado. Acesso em: 29/05/2021.

 Figura 2 disponível em: temtudobr.blogspot.com/2008/12/curiosidade-por-que-o-gelo-queima-


pele.html. Acesso em: 29/05/2021.

 Figura 3 disponível em: https://www.dreamstime.com/stock-photography-metal-cubes-


image8616572. Acesso em: 29/05/2021.

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 Figura 4 disponível em: https://brasilescola.uol.com/br/o-que-e/fisica/o-que-e-entropia.htm. Acesso
em: 31/05/2021.

 Figura 5 disponível em: https://pt.slideshare.net/sofiyakucheras/capacidade-termica-de-materiais-


52985820. Acesso em: 31/05/2021.

 Figura 6 disponível em: Esquema realizado pelo aluno.

 Figura 7 disponível em: Imagem captada pelo aluno durante a realização da Atividade Laboratorial
3.2.

 Figura 8 disponível em: Imagem captada pelo aluno durante a realização da Atividade Laboratorial
3.2.

 Figura 9 disponível em: Imagem captada pelo aluno durante a realização da Atividade Laboratorial
3.2.

 Figura 10 disponível em: Imagem captada pelo aluno durante a realização da Atividade
Laboratorial 3.2.

Bibliografia:

 MACIEL, Noémia; MARQUES, M. CÉU; AZEVEDO, Carlos; MAGALHÃES, Andreia, 2020, Eu


e a Física - Física e Química A - Física 10º ano – Manual, Porto Editora, Porto.

 MACIEL, Noémia; MARQUES, M. CÉU; AZEVEDO, Carlos; MAGALHÃES, Andreia, 2020, Eu


e a Física - Física e Química A - Física 10º ano – Caderno de Laboratório, Porto Editora, Porto.

Webgrafia:

 https://www.youtube.com.watch?v=MafSCjXmHKO. Acesso em: 28/05/2021.

 https://www.youtube.com.watch?v=wRfVe6KbvO0. Acesso em: 28/05/2021.

 https://www.youtube.com.watch?v=xnTyzJppvJI. Acesso em: 26/05/2021.

 https://www.youtube.com.watch?v=3L6RbA8-YWg. Acesso em: 26/05/2021.

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