Você está na página 1de 20

AULA 2 – INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO

• STANDARD PENETRATION TEST – SONDAGEM TIPO SPT

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 1


SPT – STANDARD PENETRATION TEST

• O ensaio consiste na medida de resistência dinâmica conjugada a uma


sondagem de simples reconhecimento.

• A resistência dinâmica é obtida pelo número de golpes necessários


para cravar um amostrador padrão.

• A sondagem de simples reconhecimento é obtida através da amostra


coletada pelo amostrador.

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 2


SPT – STANDARD PENETRATION TEST

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 3


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Consiste em contar o número de golpes necessários para cravar 30
cm finais do amostrador.

• Para tanto são registrados os números de golpes necessários para


cravar 3 segmentos de 15 cm, sendo o NSPT o soma dos últimos
dois segmentos de 15cm.

• O ensaio dinâmico efetuado pela cravação do amostrador no solo é


realizado a cada metro. Portanto, tem-se um índice de resistência
do solo a cada metro de sondagem.

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 4


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Devido a cravação do amostrador tem-se a cada metro uma
amostra de solo permitindo a obtenção das distintas camadas do
subsolo.

• Adicionalmente pelo processo executivo da perfuração (trado ou


lavagem) pode-se determinar a passagem de uma camada para
outra.

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 5


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Resumo das etapas do ensaio:
• Locação do furo (por topografia ou com trena de mão)

• Montagem do tripé

• Escavação de 1 m com trado* (cota 0,00 m a -1,00 m)

• Realização do 1º ensaio (cota de -1,00 m a –1,45 m)


*Exceto em furos onde o cliente solicitar o Nspt da superfície. Nestes casos, a
escavação com trado é feita com profundidade de 10 a 30 cm, e em seguida é
ensaiado um trecho de 45 cm. Utiliza-se a mesma metodologia neste ensaio. Por fim,
faz-se o avanço com trado até a cota de -1,00 m para seguir a rotina do ensaio.
Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 6
SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Resumo das etapas do ensaio:
• Realização do 1º ensaio (cota de -1,00 m a –1,45 m)

• Posicionamento do conjunto haste/amostrador/cabeça de bater

• Marcação de 3 trechos de 15 cm na haste

• Cravação do amostrador com contagem do nº de golpes


necessários para cravar cada trecho de 15 cm (peso do
martelo=65 kg / altura de queda=75 cm)

• Somatório do número golpes necessários para cravar os dois


últimos trechos para obtenção do Nspt (1º trecho é descartado).
Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 7
SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Resumo das etapas do ensaio:
• Realização do 1º ensaio (cota de -1,00 m a –1,45 m)

• Retirada do amostrador para coleta de amostra. Nesta amostra é


realizada somente uma identificação visual tátil em campo (não é
levada para laboratório para realização de ensaios).

• Separação e identificação de parte da amostra para testemunho


(fica no arquivo morto da empresa para uma eventual
necessidade de posterior checagem).

• Avanço de 55 cm com trado (cota de -1,45 m a -2,00 m).

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 8


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Resumo das etapas do ensaio:
• Realização do 2º ensaio (cota de -2,00 m a –2,45 m)

• Repete-se todo o procedimento executivo adotado no primeiro


ensaio, obtendo-se assim, um segundo valor de Nspt e uma
segunda amostra c/ respectiva descrição e testemunho.

• A partir daí, continua-se nesta rotina utilizando procedimento


idêntico a cada metro, com exceção do método utilizado nos
avanços de 55 cm. Nesta etapa, o avanço pode se dar também por
lavagem com trépano.

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 9


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Resumo das etapas do ensaio:
• Condições para utilização da lavagem com trépano:

• Quando o furo atingir o lençol freático (N.A.)

• Quando o avanço da perfuração com emprego do trado helicoidal


for inferior a 50 mm após 10 min de operação

• No caso de atingir camada de solo não aderente ao trado

• O ensaio é continuado até que obtenha uma condição que atenda


aos Critérios de Parada.

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 10


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Resumo das etapas do ensaio:
• Critérios de Parada – condições que permitem a paralisação do
ensaio qualquer antes dos 45 cm:
• A cravação do amostrador-padrão é interrompida antes dos 45
cm de penetração sempre que ocorrer uma das seguintes
situações:
a) em qualquer dos três segmentos de 15 cm, o número de golpes
ultrapassar 30;
b) um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda a cravação; e
c) não se observar avanço do amostrador-padrão durante a aplicação de
cinco golpes sucessivos do martelo.
Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 11
SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Resumo das etapas do ensaio:
• Critérios de Parada – condições que permitem a finalização do furo:
• O processo de perfuração por circulação de água, associado aos
ensaios penetrométricos, deve ser utilizado até onde se obtiver, nesses
ensaios, uma das seguintes condições:
a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15 cm
iniciais do amostrador-padrão;
b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm
iniciais do amostrador-padrão; e
c) quando, em 5 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45
cm do amostrador-padrão
d) A sondagem deve ser dada por encerrada quando, no ensaio de avanço da
perfuração por circulação de água, forem obtidos avanços inferiores a 50 mm
em cada período de 10 min ou quando, após a realização de quatro ensaios
consecutivos, não for alcançada a profundidade de execução do SPT.
Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 12
SPT – STANDARD PENETRATION TEST

• Críticas ao ensaio
• Diferenças de equipamentos

• Variações no procedimento do ensaio

• Dependência do operador

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 13


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Normas
• NBR 6484/2001 - Solo – Sondagem de Simples
reconhecimento com SPT.

• NBR 8036/83 -Programação de sondagens de simples


reconhecimento dos solos para fundações de edifícios.

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 14


Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 15
SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Peculiaridades:
• Por padrão, o primeiro ensaio realizado em um furo de SPT é
realizado na cota -1,00 m.

• Porém existem exceções onde tem-se a necessidade de


caracterização da superfície, realizando-se assim um ensaio que
inicia na cota de -0,10 m a -0,30 m (aproximadamente).

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 16


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Peculiaridades:
• A anotação do ensaio penetrométrico no Boletim de Sondagem se
dá na forma de fração, sendo o numerador o nº de golpes e o
denominador o avanço do amostrador.

significa que com 1 golpe o amostrador desceu 19 cm

significa que com 5 golpes o amostrador desceu 15 cm

significa que com 32 golpes o amostrador desceu somente 9 cm

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 17


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Peculiaridades:
• A anotação do ensaio penetrométrico no Boletim de Sondagem se
dá na forma de fração, sendo o numerador o nº de golpes e o
denominador o avanço do amostrador.

significa que com 1 golpe o amostrador desceu 19 cm

significa que com 5 golpes o amostrador desceu 15 cm

significa que com 32 golpes o amostrador desceu somente 9 cm

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 18


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Interpretação:

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 19


SPT – STANDARD PENETRATION TEST
• Interpretação:

Prof. Edgard Rocha Fundações Slide 20

Você também pode gostar