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Tema:

ENSAIO DE CARGA EM PLACA


Elementos do grupo

 Muquissiba Suleimana Momade


 Neusa Alves Missomal
Topicos

Ensaio de carga em placa


Equipamentos
Procedimentos e normas
Curva carga-assentamento
Cálculo do módulo de deformabilidade 𝐸v
Cálculo da relação k
Resultados do ensaio de carga em placa
Importância do ensaio de carga em placa
Vantagens e desvantagens de ensaios de carga em placa
Ensaio de carga em Placa

O ensaio de carga em placa consiste no carregamento por escalões de uma placa


circular de aço, colocada sobre a superfície do terreno a ensaiar, medindo o
assentamento resultante. (Fernandes, 2011).
Segundo Décourt e Quaresma Filho (1996), o ensaio de placa constitui a maneira
mais adequada para se estabelecer as características carga-recalque para fundações.
A utilização não frequente desse ensaio se deve a dificuldades nas áreas técnica e
económica.

Na área económica, deve-se ao alto custo do ensaio e o longo tempo de execução.


Esses factores económicos impedem que os ensaios sejam feitos em uma
quantidade estatisticamente significativa, gerando limitações de ordem técnica.
FIGURA
EQUIPAMENTOS
Os equipamentos utilizados para a realização do ensaio de prova de carga sobre placas são compostos
basicamente por 3 sistemas:
Sistema de reacção: formado geralmente de duas formas distintas, podendo ser composta por uma cargueira,
que pode ser um caminhão carregado ou uma caixa com areia, brita ou solo, ou utilizando a reacção de
elementos ancorados (estacas) unidos por uma viga de reacção. O sistema de reacção tem a finalidade de
garantir ao sistema de transmissão de carga, uma reacção capaz de contrapor as cargas solicitadas pelo macaco
hidráulico.

Sistema de transmissão de cargas: é composto geralmente por uma rótula, um macaco hidráulico, uma célula
de carga, uma torre de transferência de carga e a placa propriamente dita.

Sistema de leitura: é composto por medidores de deslocamento (deflectômetros ou dispositivos eletrônicos do


tipo LVDT) que são fixados em pontos distintos da placa e por uma viga de referência. A viga de referência
consiste em uma estrutura montada de tal maneira que fique completamente isolada e livre de qualquer
deformação provinda do sistema de reação, do sistema de transmissão de carga, da deformação gerada pelo solo
circunvizinho à placa, ou de qualquer outro tipo de perturbação provocada pelo meio externo ao ensaio.
PROCEDIMENTOS E NORMAS

Para a instalação e aparelhamento ensaio de carga em placa:

 A cota da superfície de carga deverá ser a mesma que a provável cota para a base das sapatas
da futura fundação;
 A placa de transferência da carga ao solo deverá ser rígida e com uma área não inferior a 0,5
m², colocada sobre o solo em seu estado natural devidamente nivelado, ocupando a área total
do fundo de um poço.
 Deve-se tomar todos os cuidados necessários, ao se abrir o poço, para evitar a alteração do
grau de umidade natural e amolgamento do solo na superfície de carga;
 Ao redor da placa, ou poço, deve-se aplainar o terreno, e não deverão existir cargas aplicadas
em uma faixa de largura de pelo menos um diâmetro ou lado da placa;
 O dispositivo de transmissão de cargas deve garantir que a mesma seja aplicada
verticalmente e no centro da placa de tal maneira que não sejam produzidos choques ou
trepidações.
Cont..
Os extensômetros deverão ser sensíveis a 0,01 mm e colocados em pelo menos dois pontos diametralmente
opostos da placa para a medição dos recalques;

 Os dispositivos de referência utilizados para a medida dos recalques deverão estar livres da influência de
qualquer movimento produzido pela placa, pelo terreno circunvizinho, pelo caixão ou ancoragens, e seus apoios
devem encontrar-se a uma distância de pelo menos 1,5 vezes o diâmetro ou lado da placa, medidas a partir do
centro desta última;
 Deve-se evitar qualquer espécie de trepidação durante a execução das provas de carga.

Para a execução da prova deve-se observar o seguinte processo:

 A carga deve ser aplicada à placa em estágio sucessivos definidos no máximo a 20% da taxa admissível
provável do solo;

 Para cada estágio de carga, os recalques devem ser lidos imediatamente após a aplicação dessa carga e após
intervalos de tempo sucessivamente dobrados, nos tempos de 1, 2, 4, 8, 15 min, e assim sucessivamente.
Cont..

 O ensaio deverá ser levado até se observar um recalque total de 25 mm, ou até se atingir o
dobro da taxa admitida prevista para o solo;

 Caso o solo não vá até a ruptura, a carga máxima alcançada no ensaio deverá ser mantida
pelo menos durante 12 horas;

 A descarga deverá ser feita de maneira idêntica ao carregamento. Os estágios sucessivos não
deverão ser superiores a 25 % da carga total, lendo-se os recalques e mantendo-se cada
estágio até a estabilização das deformações dentro da precisão admitida
CURVA CARGA-ASSENTAMENTO
 A tensão média normal 𝜎 obtida em cada passo de carga e o assentamento
correspondente medida com defletómetros são registados ao longo do ensaio.
 A pressão correspondente a cada passo de carga e o valor médio das leituras das
deflexões medidas com os defletómetros representam-se graficamente como na
Figura a seguir

FIGURA
CÁLCULO DO MÓDULO DE DEFORMABILIDADE 𝐸V

Segundo a norma AFNOR NF P94-117-1, o ensaio tem por objectivo a


determinação do módulo de deformabilidade sob carregamento estático aplicado
numa placa sobre uma plataforma. (Morais, 2011).

O ensaio consiste em aplicar, após uma pré-carga, dois ciclos de carregamento


sucessivos através de uma placa de diâmetro e rigidez normalizados. Sendo o
módulo de deformabilidade, Ev calculado através da solução de Boussinesq,
para o carregamento estático sobre uma placa circular rígida em meio elástico
linear (Martins et al, 2008):
CÁLCULO DA RELAÇÃO K

 A relação K é calculada a partir da fórmula:

EV2
K= -------
EV1

Onde: 𝐸 é o módulo de deformabilidade obtido no primeiro ciclo de carga, 𝐸 é o módulo de


deformabilidade obtido no segundo ciclo de carga. A relação K é utilizada para avaliar a
qualidade de compactação. Quanto mais baixo for o valor de K, melhor é a compactação.
RESULTADOS DO ENSAIO DE CARGA EM
PLACA

 Este ensaio permite obter as curvas de carga-assentamento para cada ponto de ensaio a partir
dos dados obtidos nos defletómetros e no macaco hidráulico.

 Obtendo-se assim os gráficos a partir dos quais são obtidos os coeficientes de reacção do
terreno, os assentamentos residuais e calcular o módulo de deformabilidade do solo.

 Os resultados obtidos permitem calcular o módulo de deformabilidade para cada ciclo e a


relação K que permite avaliar a qualidade de compactação do solo. Quanto mais baixo for o
valor de K, melhor é a compactação, pois menor é a diferença entre o primeiro e o segundo
ciclo de carga.
IMPORTÂNCIA DO ENSAIO DE CARGA EM
PLACA
 O ensaio de carga com placa é um método utilizado quando deseja se estimar as tensões e
recalque, somando a outros dados que são relativos à montagem da prova, como locação em
planta e elevação do terreno.

 O processo executivo consiste na aplicação de uma carga vertical, utilizando um macaco


hidráulico e um contrapeso para posterior cálculo da deflexão ou penetração da placa na
superfície, após a estabilização dela.

 Os ensaios de carga com placa podem ser usados também em conjunto com outros ensaios
geotécnicos na obtenção de imagens precisas de propriedades do solo.
 No caso de fundações superficiais, o ensaio de carga com placa possibilita avaliar qual a
maior pressão que pode ser aplicada ao solo sem que ele atinja a ruptura ou sofra recalques
excessivos.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE ENSAIOS DE
CARGA EM PLACA
 Vantagens

 Tem a vantagem de ser um ensaio de menor custo e tempo de execução, viabilidade a sua
aplicação em um maior número de estacas, o que caracteriza melhor a viabilidade de
resistência no estaqueamento e, assim, próprias condições para a análise de confiabilidade.

 Outras duas vantagens do ensaio: permite estabelecer os diagramas de transferência de carga


estaca-solo para todos os níveis de resistência mobilizada e, no caso de atingir a ruptura
geotécnica do sistema estaca-solo, a possibilidade de caracterizar o comportamento no
pósruptura
Cont…

Desvantagem

 A principal desvantagem desse ensaio é o não completo domínio da tecnologia


de fabricação da instrumentação que ainda é importada.
Duvidas, sugestoes e
acrescimos??

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