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Como determinar o coeficiente de recalque

horizontal?

LUIS FILIPE LONGO

 há 3 meses

 Atualizado

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Os coeficientes de recalque são muito importantes na determinação de como os


elementos se apoiam sobre o solo. Por conta disto, elaboramos esta série de artigos para
auxiliá-lo a determinar sua importância na estrutura e a determinar o seu valor:

 O que são coeficientes de recalque do solo?


 Como determinar o coeficiente de recalque vertical?
 Como determinar o coeficiente de recalque horizontal? (este artigo)

Como determinar o coeficiente de recalque horizontal?

Bem como para o coeficiente de recalque vertical, o coeficiente de recalque horizontal


pode ser obtido por meio de tabelas que correlacionam o tipo de solo com seu valor.
Para a obtenção do coeficiente de recalque horizontal você pode utilizar o método
recomendado por Teng (1962), a partir das correlações empíricas dadas por Terzaghi
(1955). Estas correlações são diferentes para solos arenosos e argilosos.

Solos arenosos

Para solos arenosos, você pode utilizar a equação destacada abaixo, para a
qual z representa a profundidade da fundação e B a largura ou diâmetro do tubulão

Já o valor de k (em kgf/cm³) pode ser definido com base na tabela abaixo:
1

Solos argilosos
Já, para solos argilosos, a correlação encontrada é a mostrada abaixo. Conforme
destacado anteriormente, B representa a largura ou diâmetro do tubulão:

No caso de solos argilosos, os valores de k1 podem ser determinados de acordo com a


tabela abaixo

Coeficiente de Poisson

Além destes métodos, é possível utilizar o coeficiente de Poisson ν do solo para


correlacionar os coeficientes verticais e horizontais do solo. Para determinar este valor,
você pode referenciar à tabela abaixo:

A correlação entre os dois valores segue a equação abaixo:

Com este artigo, finalizamos a série de artigos. Os procedimentos indicados acima são
alguns exemplos de metodologia para a obtenção dos parâmetros do solo. Existem ainda
diversas outras maneiras de se obter os coeficientes de recalque vertical e horizontal,
tais como os métodos advindos dos ensaios do solo.

Colaborador: Mário César Alexandre Júnior


Como determinar o coeficiente de recalque
vertical?

LUIS FILIPE LONGO

 há 9 dias

 Atualizado

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Os coeficientes de recalque são muito importantes na determinação de como os


elementos se apoiam sobre o solo. Por conta disto, elaboramos esta série de artigos para
auxiliá-lo a determinar sua importância na estrutura e a determinar o seu valor:

 O que são coeficientes de recalque do solo?


 Como determinar o coeficiente de recalque vertical? (este artigo)
 Como determinar o coeficiente de recalque horizontal?

Como determinar o coeficiente de recalque vertical?

Conforme destacado no artigo anterior desta série, nem sempre o projetista dispõe de
ensaios que determinem pontualmente os coeficientes de recalque vertical do solo. Por
conta disso, é interessante que disponha de tabelas que forneçam uma correlação com os
dados do solo que são conhecidos. Abaixo serão listadas algumas maneiras de calcular
este coeficiente.

Tabelas Tipo de solo/Coeficiente de recalque

Consultando a bibliografia do assunto, pode-se encontrar tabelas que correlacionam o


tipo de solo analisado com o seu coeficiente de recalque vertical. Um bom exemplo é a
tabela mostrada abaixo, extraída do Béton-Kalender (1962).
Tabelas E0/Tipo de solo

Ainda é possível utilizar o coeficiente edométrico E do solo para determinar seu K .


0 v

Para estabelecer esta relação, você pode calcular o valor do coeficiente por meio da
equação proposta por Rausch (1959), onde F é a área da fundação, em cm² e f, um
coeficiente adimensional, que depende da superfície da fundação, tomado com o valor
de 0,4.

Na ausência de ensaios apropriados, pode-se adotar para o valor E (Módulo 0

Endométrico) e E (Módulo de Elasticidade), em solos submetidos à tensões inferiores a


10kg/cm², os valores indicados por Cestelli Guidi.

Correlação empírica SPT


Uma possibilidade de obtenção do coeficiente de reação vertical é a correlação empírica
com a tensão admissível. Uma vez que esta pode ser obtida por meio do ensaio de SPT,
normalmente se encontra disponível como dado do solo.

(kgf/cm²)

Fonte: Alonso (1943), Teixeira e Godoy (1996)

A partir dos valores de tensão média admissível é possível obter o valor de Kv por
correlação, utilizando a tabela abaixo:

Fonte: Morrison (1993)


Uma vez determinado o coeficiente de recalque vertical, você pode passar ao
coeficiente horizontal Kh, cálculo que será abordado no próximo artigo da série, Como
determinar o coeficiente de recalque horizontal?

Referências Bibliográficas

Alonso, U. R. (1943). Exercícios de Fundações, São Paulo: Edgard Blucher.

Godoy, N. S.; Teixeira, A. T. (1996). Análise, projeto e execução de fundações rasas.


Ed. Pini, São Paulo.

GUIDI, Carlo Cestelli. Geotecnica e tecnica delle fondazioni.

Morrison, Nelson. Interacción suelo-estructuras: semiespaço de winkler. Barcelona:


Universidad Politécnica de Cataluña, 1993.

Wilhelm Ernst & Sohn. Béton-Kalender. Berlin (1962).

Colaborador: Mário César Alexandre Júnior


Assunto
Como posso obter os coeficientes de mola em sapatas a partir do relatório de sondagem?

Vídeo
Para visualizar o vídeo em tela cheia (Full Screen) acesse o link direto: Exemplo de obtenção dos coeficientes de mola em sapatas

Artigo
Geralmente as estruturas são formadas pelas seguintes partes:

- A superestrutura, a qual é composta por vigas, pilares, lajes, etc;

- As fundações, os quais são os elementos em contato direto com o solo (sapatas, blocos, tubulões,etc.);

- O maciço do solo no qual apoiam-se as fundações.

A interação entre superestrutura, fundações e o solo no qual apoiam-se estas fundações, comumente chamada interação solo-estrutura,
permite uma avaliação mais precisa do comportamento de uma estrutura, podendo-se desta forma avaliar a intensidade dos recalques
que ocorrem nas fundações e a redistribuição de esforços nos elementos estruturais.

Pode-se simular a interação solo estrutura através da adoção de coeficientes de mola (vínculos elásticos) para as fundações do projeto.
A determinação destes coeficientes pode ser realizada com base em valores padronizados (Tabelas/Ábacos), ensaio de prova de carga
em placa ou através do deslocamento da fundação (recalque).

Para obter mais informações sobre os processos através dos quais é possível analisar a interação solo – estrutura em sapatas é
recomendável que leia o tutorial Vínculos elásticos para as fundações.

Exemplo
Como exemplo, será analisada a estrutura abaixo, a qual é composta por 4 sapatas centradas:
Figura 1 – Pórtico 3D da estrura

Figura 2 – Lançamento da estrutura no pavimento “Térreo”

O perfil representativo do solo pode ser visto através do relatório de sondagem abaixo:
Figura 3 – Relatório de sondagem do exemplo

Supondo que a cota de assentamento das sapatas está 1 metro abaixo do nível do solo e que a menor dimensão em planta destes
elementos é 1 metro podemos estimar a tensão admissível do solo através da seguinte correlação empírica:

s é a tensão admissível do solo em kgf/cm² e N é o SPT médio no bulbo de tensões (duas vezes a largura da sapata). Como estimamos
a largura da sapata como 1 metro o bulbo de tensões deve ir de 1 metro até 3 metros de profundidade, conforme visto abaixo:
Figura 4 – Bulbo de tensões de sapata com 1 metro de largura

Logo:

NSPT_medio = (NSPT(1m) + NSPT(2m) + NSPT(3m))/3

NSPT_medio = (4 + 5 + 6)/3
NSPT_medio = 5
s = NSPT_medio/5
s = 5/5

s = 1 kgf/cm²

Após estimar a tensão admissível do solo pode-se configurar o seu valor no Eberick através do menu “Configurações –
Dimensionamento – Sapatas”, conforme visto abaixo:

Figura 5 – Menu “Configurações – Dimensionamento - Sapatas”


Através de uma correlação empírica entre a tensão admissível do solo e o coeficiente de recalque (Kv), podemos estimar Kv para um
solo com tensão admissível de 1 kgf/cm²:

Figura 6 – Correlação empírica entre Kv e tensão admissível (Fonte: Safe, Morrison – 1993)

Para obter mais informações sobre os coeficientes de recalque em solos, é recomendável que leia o artigo Coeficientes de recalque
horizontal e vertical do solo.
Inicialmente, o vínculo de apoio das 4 fundações do projeto exemplo foi definido como “Engastado”, sendo obtidas as dimensões em
planta (em destaque na figura abaixo) para as sapatas da estrutura:

Figura 7 – Dimensões em planta (B e H) para as sapatas S1, S2, S3 e S4

Com os valore de Kv e com as dimensões das sapatas, é possível estimar os coeficientes de mola da cada sapata da estrutura.

Os valores de Kz (coeficiente de mola vertical), Krx (coeficiente de mola de rotação em X) e Kry (coeficiente de mola de rotação em Y)
podem ser obtidos por relações entre o Kv do solo e as propriedades geométricas da sapata:

Figura 8 – Propriedades geométricas das sapatas e obtenção dos coeficientes de mola para
sapatas

Segundo Souza (2008), normalmente costuma-se assumir que Kv = Kx(coeficiente de mola horizontal em X) = Ky(coeficiente de mola
horizontal em Y), ou seja, que o coeficiente de mola vertical é igual aos coeficientes de mola horizontal. No entanto, vários ensaios têm
demonstrado que esses coeficientes podem ser diferentes. Neste artigo iremos supor que os valores de Kx e Ky são iguais à Kz.

Na tabela abaixo estão os valores dos coeficientes de mola obtidos para as dimensões iniciais das sapatas:
Tabela 1 – Coeficientes de mola das sapatas

Para aplicar os coeficientes de mola nas fundações do projeto, deve-se seguir as etapas abaixo:

 Clicar duas vezes sobre a fundação no croqui no qual ela foi lançada para abrir a sua janela de edição;
 Modificar o vínculo de apoio da fundação para “Personalizado”;
 Clicar no botão com sinal de reticências;
 Na janela "Vínculos" preencher os valores dos coeficientes de mola obtidos.

Estas etapas podem ser vistas na figura abaixo:

Figura 9 – Edição dos coeficientes de mola para a fundação S1

Após definir os coeficientes de mola de todas as sapatas do exemplo, a estrutura deve ser processada. Fazendo isto, obtemos novas
dimensões para as sapatas S1 à S4 deste exemplo:
Figura 10 – Novas dimensões em planta (B e H) para as sapatas S1, S2, S3 e S4

Como as dimensões em planta das sapatas S1 à S4 reduziram, os seus coeficientes de mola consequentemente também devem
reduzir.

A obtenção dos coeficientes de mola em sapatas é um processo iterativo.

Com as novas dimensões das sapatas são obtidos os seguintes coeficientes de mola:

Tabela 2 – Coeficientes de mola das sapatas (1º iteração)

Aplicando estes coeficientes de mola nas sapatas e reprocessando a estrutura, suas dimensões não mudam mais, ou seja, há a
convergência dos coeficientes de mola aplicados nas fundações:

Figura 11 – Dimensões em planta (B e H) para as sapatas S1, S2, S3 e S4

Para obter mais informações sobre os processos através dos quais é possível analisar a interação solo – estrutura em sapatas, é
recomendável que leia o tutorial Vínculos elásticos para as fundações.
É importante ressaltar que através da consideração da interação solo – estrutura, obtêm-se análises estruturais mais realistas na
verificação dos estados limites, uma melhor avaliação dos recalques diferenciais e absolutos das fundações e da redistribuição dos
esforços na estrutura.

Por exemplo, através do pórtico unifilar da estrutura, podemos verificar o recalque vertical (em cm) em cada uma das fundações do
projeto (através do modelo “Elástico – Deslocamentos”):
Figura 12 – Recalques nas fundações da estrutura

É importante ressaltar que existem diferentes critérios e/ou formulações das quais pode-se obter os coeficientes de recalque vertical e
horizontal de solos, o que pode ser visto com mais detalhes no artigo Coeficientes de recalque horizontal e vertical do solo, porém o método
mais indicado para a obtenção destes coeficientes é através de ensaios efetuados com o solo disponível, como por exemplo o ensaio de
placa. Através desse ensaio, obtêm-se valores que poderão ser utilizados para simular, com maior confiabilidade, o comportamento da
estrutura.
Exemplo: obtendo coeficientes de mola para
sapatas

LUIS FILIPE LONGO

 há 7 meses

 Atualizado

Seguir

A interação entre superestrutura, fundações e o solo no qual apoiam-se estas fundações,


comumente chamada interação solo-estrutura, permite uma avaliação mais precisa do
comportamento de uma estrutura, podendo-se desta forma avaliar a intensidade dos
recalques que ocorrem nas fundações e a redistribuição de esforços nos elementos
estruturais.

Você pode simular a interação solo estrutura adotando coeficientes de mola (vínculos
elásticos) para as fundações do projeto. Estes coeficientes podem ser determinados com
base em valores padronizados (tabelas e ábacos), ensaio de prova de carga em placa ou
através do deslocamento da fundação (recalque). Como exemplo, será analisada a
estrutura abaixo, a qual é composta por seis sapatas centradas. Além disso, foi
considerada uma pressão admissível de 1.0kgf/cm² para o solo.
Através de uma correlação empírica entre a tensão admissível do solo e o coeficiente de
recalque K , podemos estimar K para um solo com tensão admissível de 1 kgf/cm²,
v v

equivalente à 2.20kgf/cm³. Você pode tomar como referência os valores


disponibilizados na série de artigos Como determinar o coeficiente de recalque
vertical?.

Inicialmente, o vínculo de apoio das 4 fundações do projeto exemplo foi definido


como engastado, sendo que as sapatas foram dimensionadas de acordo com as
dimensões abaixo:

Com os valore de K e com as dimensões das sapatas, é possível estimar os coeficientes


v

de mola da cada sapata da estrutura. Os valores de K (coeficiente de mola vertical),


z

K (coeficiente de mola de rotação em X) e K (coeficiente de mola de rotação em Y)


rx ry

podem ser obtidos por relações entre o K do solo e as propriedades geométricas da


v

sapata:
Segundo Souza (2008), normalmente costuma-se assumir que K = K (coeficiente de
v x

mola horizontal em X) = K (coeficiente de mola horizontal em Y), ou seja, que o


y

coeficiente de mola vertical é igual aos coeficientes de mola horizontal. No entanto,


vários ensaios têm demonstrado que esses coeficientes podem ser diferentes. Neste
artigo iremos supor que os valores de K e K são iguais à K . Na tabela abaixo estão os
x y z

valores dos coeficientes de mola obtidos para as dimensões iniciais das sapatas:

Havendo determinado os valores dos coeficientes de mola, estes deverão ser inseridos
no modelo. Isto pode ser feito por meio da janela de lançamento da própria sapata, no
botão Vínculo do apoio - ..., como mostrado abaixo. Feito isto, a estrutura deve ser
reprocessada para que as molas sejam adicionadas ao modelo
Feito isto, os esforços serão distribuídos de maneira distinta entre os elementos
estruturais, de modo que também serão alteradas as dimensões das sapatas. Novas
dimensões irão alterar também os coeficientes de mola, uma vez que estes dependem
das características geométricas da sapata.

Os valores deverão ser portanto recalculados para uma nova iteração. Após quatro
iterações, já é possível chegar a um valor mais próximo do final. É importante notar que
as dimensões das sapatas apresentam uma precisão de centímetro, de modo que a
convergência total dos esforços pode não ser alcançada, apesar de os resultados obtidos
pelo projetista estarem muito próximos dos valores finais.
É importante ressaltar que através da consideração da interação solo – estrutura, obtêm-
se análises estruturais mais realistas na verificação dos estados limites, uma melhor
avaliação dos recalques diferenciais e absolutos das fundações e da redistribuição dos
esforços na estrutura. Por exemplo, através do pórtico unifilar da estrutura, podemos
verificar que as fundações da região mais alta se deslocaram mais verticalmente, uma
vez que os esforços axiais são maiores. As fundações da região mais baixa, em
contrapartida, rotacionaram mais, uma vez que os momentos fletores nestes elementos
são preponderantes.

Colaborador: André Kirsten


Como obter a pressão
admissível a partir do SPT

LUIS FILIPE LONGO

 há 2 meses

 Atualizado

Seguir

Para o dimensionamento de sapatas, é necessário que o projetista defina uma pressão


admissível de solo. Este valor será utilizado para determinar as dimensões da sapata, de
modo que os esforços solicitantes não ultrapassem o valor da pressão admissível na
interface solo-sapata. Neste artigo, mostrarei uma forma de estimar a pressão admissível
do solo por meio do ensaio de SPT.

Para determinar este valor, usarei como base o perfil representativo do solo mostrado no
relatório de sondagem abaixo:
Supondo que a cota de assentamento das sapatas está 1 metro abaixo do nível do solo e
que a menor dimensão em planta destes elementos é 1 metro, podemos estimar a tensão
admissível do solo através da seguinte correlação empírica:

σa é a tensão admissível do solo em kgf/cm² e N é o SPT médio no bulbo de tensões


(duas vezes a largura da sapata). Como estimamos a largura da sapata como 1 metro o
bulbo de tensões deve ir de 1 metro até 3 metros de profundidade, conforme visto
abaixo:
Logo:

Após estimar a tensão admissível do solo pode-se configurar o seu valor no Eberick
através do menu Estrutura - Configurações – Projeto - Dimensionamento – Sapatas.

Colaborador: André Kirsten


Como configurar as camadas de solo das fundações

LUCAS FRANCESCHI

 há 6 meses

 Atualizado

Seguir

Para o lançamento de tubulão ou de bloco com a estaca considerada no modelo


estrutural, é necessário informar ao Eberick quais são as camadas de solo nas quais o
tubulão ou a estaca estão inseridos. Estas informações serão utilizadas pelo Eberick para
construir um modelo estrutural no qual as barras que representam a estaca/tubulão
estarão apoiadas em molas, com a rigidez calculada de acordo com os dados informados
pelo usuário.

Neste artigo, veremos como configurar estas camadas de solo tanto para o caso de
blocos de geometria fixa (com estacas incluídas no modelo) como para tubulões
(lançados como pilar de fundação).

 Como incluir as estacas no modelo de análise estrutural


 Como configurar as camadas de solo das fundações (este artigo)
 Configurações de análise das fundações no modelo estrutural
 Impacto da consideração das estacas na análise estrutural

Configurando as camadas de solo


No lançamento de estacas ou de tubulões, serão disponibilizadas as configurações das
camadas de solo:
A região indicada em verde na janela indica as camadas já inseridas, e possui três botões
à direita: inserir, remover e editar camada. Abaixo da lista é exibido o comprimento
total da estaca/tubulão lançado.

Importante: o comprimento total da estaca será determinado de acordo com a soma das espessuras das
camadas informadas. Portanto, caso a estaca morra dentro de uma camada de solo, deve-se informar
apenas a espessura da camada que está em contato com o elemento.

A inserção das camadas deve ser realizada de cima para baixo, inserindo primeiro a
camada mais alta de solo, depois as camadas abaixo, em sequência. A ordem das
camadas na lista determina a ordem na análise, portanto é importante inserir as camadas
na ordem correta.

Os coeficientes informados nesta configuração são o coeficiente de recalque vertical e


o coeficiente de Poisson, que será utilizado para obtenção do coeficiente horizontal. A
determinação dos coeficientes de recalque pode ser realizada com base nos parâmetros
do solo, conforme explicado nos artigos Como determinar o coeficiente de recalque
vertical? e Como determinar o coeficiente de recalque horizontal?.
Exemplo: lançamento das camadas de solo
Para exemplificar a inserção das camadas de solo no Eberick, suponhamos que se deseja
inserir no programa a seguinte situação de solo (os coeficientes de recalque para estas
camadas já foram calculados com base no SPT e no tipo do solo):

Acessamos a janela de lançamento da fundação e, na configuração de camadas de solo,


configuramos a primeira camada de solo acessando o botão "..." para editar. Nesta
janela, vamos inserir os seguintes dados: altura de 200 cm, coeficiente de recalque
vertical de 2,83 kgf/cm³ e coeficiente de Poisson de 0,29:

Após configurar a camada e clicar em OK, acessamos o botão "+" para inserir
a segunda camada. Esta camada terá altura de 500 cm, coeficiente de recalque vertical
de 3,37 kgf/cm³, e coeficiente de Poisson de 0,40:
Repetimos este passo para a terceira camada, que possui altura de 300 cm, coeficiente
de recalque vertical de 1,75 kgf/cm³, e coeficiente de Poisson de 0,29:

Após isso, informamos a última camada de solo. Note que esta camada possui 7
metros de profundidade, porém a estaca/tubulão penetra a camada apenas em 2 metros
de sua altura. Por este motivo, informamos ao programa apenas a altura da camada que
é atingida pelo elemento. Neste caso, portanto, a camada de solo possui altura de 200
cm, coeficiente de recalque vertical de 5,15 kgf/cm³, e coeficiente de Poisson de 0,40:

Note que, ao confirmar a inserção da última camada, o Eberick irá exibir todas as
camadas de solo, na ordem em que elas existem no solo, informando qual é o
coeficiente de recalque vertical informado e o coeficiente de recalque horizontal
calculado. Abaixo da tabela, também poderá ser verificado o comprimento total da
estaca, que neste caso é de 12 metros.
Com isto, estarão informadas corretamente as camadas de solo, que serão consideradas
de acordo com o informado para a análise da estaca/tubulão.

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