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MECÂNICA

DOS SOLOS
APLICADA

Cleber Floriano
F635m Floriano, Cleber.
Mecânica dos solos aplicada / Cleber Floriano. – Porto
Alegre : SAGAH, 2017.
263 p. : il. ; 22,5 cm.

ISBN 978-85-9502-064-1

1. Mecânica do solo. 2. Engenharia. I. Título.

CDU 624.131

Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094

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UNIDADE 4
Coeficientes de empuxo e
sua relação com a interação
solo/estrutura, aspectos
gerais que influenciam na
determinação do empuxo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir o conceito de empuxo lateral de solos.


 Determinar os coeficientes de empuxo do solo.
 Entender o que é o estado ao repouso, empuxo ativo e empuxo
passivo.

Introdução
Neste capítulo, vamos introduzir o assunto sobre empuxos laterais no
solo. Faremos a determinação e o entendimento dos coeficientes de
empuxo em função da avaliação do estado de tensões plano e o círculo
de Mohr. Entenderemos o que é o estado de tensões geostático, bem
como desenvolveremos o raciocínio sobre como ocorre a mobilização
do estado ativo e passivo de Rankine. Por fim, de forma sucinta, cita-se
os possíveis métodos e relata-se a importância do atrito de interface
solo-estrutura.

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Coeficiente de empuxo nos solos e estado de


deformação
O Empuxo corresponde a um vetor força resultante e está relacionado à ação
produzida pelo maciço de solo sobre as obras que estão em contato. Determinar
o valor do empuxo de solo atuante nas estruturas é fundamental para análise
e verificações de projetos de estruturas em contato com solo, como: muros de
arrimo, escavações de subsolo, contenções em encontro de pontes, tubulações
de água ou esgoto, projeto de fundações, entre outros.
Você pode observar que as pressões de solo que atuam sobre as estruturas
abaixo da superfície do terreno são dependentes do estado de deformações
em que se encontram. Neste caso, a relação entre tensões e deformações não
é simplesmente linear, fazendo com que a solução para o problema não seja
trivial, pois são muitas variáveis associadas.
A forma simples de entender o problema é submeter a estrutura a três
tipos de estados de deformações. São estados de referência para o cálculo de
estruturas nas diversas situações que podem existir na presença uma estrutura
enterrada. Os seguintes estados são:

 Estado geostático (ou de repouso).


 Estado ativo.
 Estado passivo.

Vamos entender cada um destes estados e como eles se desenvolvem nas


estruturas!

Estado geostático (ou de repouso)


No estado geostático, há equilíbrio de tensões em todas as direções. A estrutura
não permite que ocorra deformações ou deslocamentos do solo, portanto, neste
caso, ocorre uma situação em que as deformações entre o solo e a estrutura
são praticamente nulas.
Podemos citar diversos exemplos em que se aplica o estado geostático como:
galerias, bueiros, túneis, o fuste de fundações profundas, tanques enterrados,
entre outros, exemplificados na Figura 1.

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Figura 1. Situações de estruturas em que o estado geostático atua.

Nas situações de estado ao repouso, as pressões laterais são calculadas


a partir das pressões verticais de solo, no caso, calcula-se tensões efetivas.
O efeito da água em situações como esta jamais deve ser desprezado. Você
entenderá o motivo no decorrer deste e dos próximos capítulos.
A equação que governa o estado de repouso corresponde ao equilíbrio mecâ-
nico supondo comportamento elástico-linear das tensões efetivas. Não somente
os solos, mas a maior parte dos materiais naturais apresentam propriedades
anisotrópicas, ou seja, diferentes propriedades em diferentes direções. Mas,
existem também materiais isotrópicos, como a água, em que as propriedades
são iguais em qualquer direção.
Como nosso assunto é mecânica dos solos, tratamos de anisotropia e iso-
tropia de comportamento mecânico. Assim, nota-se que os solos apresentam
tensões verticais na sub-superfíce diferentes das tensões horizontais. Eis que
surge neste estado de equilíbrio definido por um coeficiente que relaciona as
tensões verticais efetivas com as tensões horizontais efetivas:

σ’h0 = k0 × σ’v0
Onde:

σ’h0 - é a pressão lateral efetiva.


σ’v0 - é a pressão vertical efetiva.
k0 - é o coeficiente de empuxo ao repouso na teoria da elasticidade, a
expressão mais utilizada é a equação Jaky (1944) que foi simplificada
por este mesmo autor em 1948. Trata-se de uma solução teórica a

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partir da mecânica do contínuo apresentando aproximação com valores


experimentais geralmente obtidos de ensaios triaxiais e ensaios com o
pressiômetro auto-perfurante (ensaio de campo especial). A equação de
Jaky (1944 e 1948) apud Pipatpongsa e Vardhanabhuti (2016) é utilizada
da seguinte forma e compatível com solos granulares:

k0 = 1 - senØ
onde:

Ø - é o ângulo de atrito interno do solo.

A Tabela 1 indica algumas formulações utilizadas para a definição de


k0 incluindo exemplos utilizados em solos argilosos moles. Os valores de k0
varia em torno de 0,5.

Tabela 1. Fórmulas utilizadas para a definição de k0

Equação Origem Autores

Teórica - original de Jaky Jaky (1944)

ko = 1 - senØ’ Simplificação de Jaky Jaky (1948)

ko = 0,95 - senØ’ Para argilas Brooker e


normalmente adensadas Ireland (1965)

ko = (1 - senØ’) . OCRsenØ’ Para argilas Mayne &


pré-adensada Kulhawy (1981)

Quando desejarmos dimensionar qualquer estrutura de concreto que não permite


nenhum tipo de deslocamento ou deformações, devemos utilizar como coeficiente
de empuxo, o valor de ko. Caso aplicarmos o valores de ka estaremos indicando um
valor de empuxo menor do que de fato irá ocorrer, isto acarreta em sérios danos a
estrutura como fissuração, deterioração precoce ou até mesmo a ruína.

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Estados ativos e passivos


Observando a Figura 2 podemos notar como ocorre a mudança de estado
segundo interpretação gráfica pelos círculos de Mohr.

Figura 2. Estado passivo e ativo juntos nos círculos de Mohr.

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Estado ativo de Rankine


O estado ativo representa a situação em que o solo se movimenta contra a
estrutura (ver Figura 3). A massa de solo se plastifica por expansão lateral.
Desta forma, mobiliza-se a máxima resistência ao cisalhamento do solo atrás
da estrutura, num plano definido com ângulo teórico (45° - Ø/2) formando um
prisma, chamado, no estado plano, de cunha ativa. Nesta situação dizemos
que o solo se encontra no Estado “crítico” ativo.
Para efeito de cálculo de empuxo, podemos atribuir esta condição às pres-
sões que atuam no tardoz (atrás) de um muro de arrimo. São as pressões que
empurram o muro.

Figura 3. Situações de estruturas no estado ativo.

Vamos observar o estado de tensões ativo com base no círculo de Mohr.


Primeiro, consideramos o círculo de Mohr no estado de repouso (tracejado
da Figura 4), este representa a condição do solo antes do muro ser construído.
Notamos que nosso ponto de referência se encontra a uma profundidade que
corresponde a uma tensão maior vertical efetiva (σv’). A tensão menor é repre-
sentada pela tensão horizontal ao repouso (σho’). À medida que executamos o
muro e construímos o aterro ao tardoz, passamos a mobilizar as tensões até
que atinja o estado crítico ativo, ou seja, a tensão horizontal desloca-se (há uma
expansão lateral com redução do valor da tensão horizontal efetiva) passando
a ser a tensão horizontal crítica ativa (σha’) naquele estado de tensões, forma-
tando, assim, o círculo ativo. Este círculo ativo tangencia o que chamamos de
envoltória crítica (envoltória de ruptura). Na verdade isto representa o limite
da condição de estabilidade mecânica na expansão lateral. Notamos, portanto,

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que se forma uma reta interceptando o eixo da tensão de cisalhamento, que


corresponde a um intercepto coesivo do solo (c), com um ângulo definido e
conhecido, que corresponde ao ângulo de atrito interno do solo (Ø).
Você vai notar que para qualquer estado de tensões (qualquer profundi-
dade - σv’), teremos na condição crítica ativa um circulo de Mohr que tangencia
a envoltória crítica. Com um pouco de geometria, podemos notar que uma reta
perpendicular na envoltória crítica intercepta o centro do círculo crítico ativo
e seu tamanho corresponde ao raio deste círculo (ver Figura 4).

Uma importante discussão que você deve fazer é se o coeficiente de empuxo é re-
presentativo para o dimensionamento da estrutura uma vez que ele determina a
magnitude dos empuxos laterais. Por exemplo, muros de concreto armado trabalham
a flexão, são dimensionados utilizando empuxos ativos. Mas para que mobilize os
empuxos ativos deve-se deformar a estrutura (sofrer flexão). O nível de deformação
atingido pela estrutura é compatível com o seu estado limite de serviço? Não haverá
abertura de fissuração no concreto?

Figura 4. Círculo de Mohr no estado ativo.

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Segundo o círculo de Mohr o raio ativo pode ser definido geometricamente,


como:

Com um pouco de trigonometria, conseguimos definir a seguinte equação:

Considerando que o coeficiente de empuxo é uma relação entre tensão


horizontal e vertical, agora com um pouco de álgebra, conseguimos obter que
o coeficiente de empuxo ativo depende matematicamente somente do ângulo
de atrito interno do solo.

Portanto, a expressão que define o valor do empuxo ativo em função do


ângulo de atrito interno resume assim:

A expressão do empuxo de forma mais simplificada e aplicável é apre-


sentada a seguir:

Estado passivo de Rankine


O estado passivo representa a situação em que a estrutura se movimenta contra
o solo, ou seja, a estrutura exerce compressão deslocando o solo à sua frente
(no pé do muro), como mostra a Figura 5.
A massa de solo se plastifica por compressão lateral. Desta forma, mobiliza-
-se a máxima resistência ao cisalhamento do solo atrás da estrutura num plano
definido com ângulo teórico (45° + Ø/2) formando um prisma chamado no
estado plano de cunha passiva. A esta situação dizemos que o solo se encontra
no Estado “crítico” passivo.

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Coeficientes de empuxo e sua relação com a interação solo/estrutura, aspectos gerais ... 213

Para efeito de cálculo de empuxo, podemos atribuir esta condição às pres-


sões que atuam no tardoz (atrás) de um muro de arrimo. São as pressões que
empurram o muro.

Figura 5. Situações de estruturas no estado passivo.

Assim como fizemos para o estado ativo, agora vamos observar o estado
de tensões passivas com base no círculo de Mohr. Primeiro, consideramos o
círculo de Mohr no estado de repouso (tracejado), este representa a condição
do solo antes do muro ser construído. Notamos que nosso ponto de referên-
cia se encontra a uma profundidade que corresponde a uma tensão maior
vertical efetiva (σv’). A tensão menor é representada pela tensão horizontal
ao repouso (σho’). À medida que executamos o muro, passamos a mobilizar
as tensões até que atinja o estado crítico passivo, ou seja, a tensão horizontal
desloca-se (há uma compressão lateral com aumento do valor da tensão
horizontal efetiva) passando a ser a tensão horizontal crítica passiva (σhp’)
naquele estado de tensões, formatando, assim, o círculo passivo. Este círculo
tangencia o que chamamos de envoltória crítica (envoltória de ruptura). Em
verdade, isto representa o limite da condição de estabilidade mecânica na
compressão lateral. Notamos, portanto, que se forma uma reta interceptando
o eixo da tensão de cisalhamento, que corresponde a um intercepto coesivo
do solo (c), com ângulo definido e conhecido, que corresponde ao ângulo
de atrito interno do solo (Ø).
Você vai notar que, para qualquer estado de tensões (qualquer profundidade
- σv’), teremos na condição crítica ativa um círculo de Mohr que tangencia a
envoltória crítica, assim como ocorre no estado ativo.

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Com um pouco de geometria, podemos notar que uma reta perpendicular,


a envoltória crítica intercepta o centro do círculo crítico passivo e seu tamanho
corresponde ao raio deste círculo (ver Figura 6).

Figura 6. Círculo de Mohr no estado passivo.

Segundo o círculo de Mohr, o raio passivo pode ser definido geometrica-


mente, como:

Com um pouco de trigonometria, conseguimos definir a seguinte equação:

Considerando que o coeficiente de empuxo é uma relação entre tensão


horizontal e vertical, com um pouco de álgebra, conseguimos obter que o
coeficiente de empuxo passivo depende matematicamente somente do ângulo
de atrito interno do solo.

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Portanto, a expressão que define o valor do empuxo passivo em função do


ângulo de atrito interno resume assim:

A expressão do empuxo de forma mais simplificada e aplicável é apre-


sentada a seguir:

Importante atentar-se ao detalhe de que a expressão do coeficiente de


empuxo ativo diferencia-se do empuxo passivo somente por um sinal de
subtração em vez de adição.
Por fim, podemos notar que o valor de ka é o inverso de k p Portanto:

Aproximadamente, a mobilização de empuxo para causar o estado ativo corresponde


apenas à metade do valor do empuxo passivo. Por isso, na condição de calcular o em-
puxo passivo atuante em uma estrutura, muitas vezes, aplica-se um coeficiente redutor
de 0,5, uma vez que o equilíbrio ocorrerá apenas com a mobilização do empuxo ativo.

Deformações associadas aos estados críticos


Pressões ativas e passivas são condições de plastificação do solo, isto é,
situações teóricas em que as deformações se desenvolvem sem o aumento de
tensões. Atingir um estado (ativo ou passivo) exige deformações na estrutura
ou deslocamento.
A Figura 7 mostra o desenvolvimento de uma parede de contenção no estado
crítico ativo, com deslocamento delta negativo (-δ), e, a situação oposta, onde
mostra-se a contenção no estado passivo, com deslocamento delta positivo
(+δ). Ao lado, apresenta-se o gráfico indicando a mobilização dos dois esta-

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dos, passando pela situação de repouso (intercepto no eixo K). Nota-se que
para mobilizar o estado ativo, a partir do estado de repouso, necessita-se de
deslocamentos muitos menores (δA) do que aqueles exigidos para mobilizar
o estado passivo (δP).
Médias aproximadas indicam que para o solo entrar em plastificação
no estado ativo, as deformações devem atingir valores da ordem de 0,2%
da altura da estrutura. Enquanto que para o solo entrar em plastificação no
estado passivo, as deformações são muito maiores, da ordem de 4% da altura
da estrutura solicitada.

Figura 7. Deformações que mobilizam os estados críticos.

Interferências nos valores dos empuxos passivos


e ativos
Os cálculos dos empuxos podem ser obtidos de diversas formas segundo as
teorias e métodos desenvolvidos. Apenas para citar, os principais métodos de
cálculo avaliados são os de Coulomb, Rankine, Caquot-Kerisel, empírico de
Terzaghi-Peck e o geométrico. No entanto, largamente utiliza-se o método
de Coulomb para definição de empuxos ativos e de Rankine para a definição
de empuxos passivos.

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Coeficientes de empuxo e sua relação com a interação solo/estrutura, aspectos gerais ... 217

Em verdade, o método de Rankine trata-se de uma simplificação do método


de Coulomb. Você estudará especificamente estes dois métodos nos próximos
capítulos. Os demais métodos são tratados nesta unidade como complemen-
tares, não sendo apresentados.
No método de Coulomb, é considerado o atrito entre o solo e o muro.
Este atrito geralmente é posto em função do ângulo de atrito interno do solo.
O ângulo de atrito de interface entre o tardoz da contenção e o solo (δ) de-
pende da rugosidade do muro e da granulometria do solo. Alguns valores de
referência podem ser observados na Tabela 2.

Tabela 2. Valores de ângulo de interface solo-muro.

Característica da face Solo δ

Concreto pré-fabricado Fino 0,6 Ø


Grosso 0,5 Ø

Concreto moldado Fino 0,7 Ø


no local Grosso 0,6 Ø

Gabiões e alvenarias Fino 0,8 Ø


Grosso 0,7 Ø

Crib-wall, solo reforçado Fino Ø


Grosso 0,9 Ø

Neste caso, entende-se por solos finos aqueles com predomínio de siltes ou
argilas, enquanto que os solos grossos são aqueles com predomínio de areias.

Quanto mais rugoso for o contato da estrutura com o solo, melhor será o desempenho
desta estrutura, pois, este atrito de contato é um vetor que aponta para baixo e contribui
com a estabilização ao tombamento e deslizamento do muro.

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218 Mecânica dos solos aplicada

1. Quais dos estados de tensão estrutura de contenção


ocorre relaxação das tensões com altura de 10 m.
horizontais efetivas? a) Ativa: 2 cm, passiva: 40 cm
a) Passivo. b) Ativa: 20 cm, passiva 40 cm
b) Ativo. c) Ativa: 0,2 cm, passiva: 4 cm
c) Repouso. d) Ativa: 0,2 m, passiva: 4 m
d) Ativo e passivo. e) Ativa: 0,02 m, passiva: 0,04 m
e) Ativo passivo e repouso. 5. Ao escavar uma parede de
2. Calcule o coeficiente de empuxo solo sem colocar contenção,
ativo, considerando que no ensaio provocamos em uma determinada
de cisalhamento direto obteve-se profundidade a ruptura desta
ângulo de atrito de 30°. escavação. Esta ruptura é uma
a) 1/3. demonstração física:
b) 0,3. a) Da ação de empuxo passivo,
c) 3. atuante no maciço de solo.
d) 0,23. b) Da ação do empuxo ao repouso,
e) 0,38. atuante na parede escavada.
3. Calcule o coeficiente de empuxo c) Da ação de plastificação,
passivo, considerando que no ensaio criando uma cunha de solo
de cisalhamento direto obteve-se por mobilização passiva
ângulo de atrito de 30°. na frente de escavação.
a) 1/3. d) Da ação de plastificação,
b) 0,3. criando uma cunha de solo
c) 3. por mobilização ativa na
d) 0,23. frente de escavação
e) 0,38. e) Da mobilização de atrito
4. Estime a deformação ativa e ativo, devido ao equipamento
passiva para uma hipotética de escavação.

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Coeficientes de empuxo e sua relação com a interação solo/estrutura, aspectos gerais ... 219

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CAPUTO, H. P.; CAPUTO, A. N. Mecânica dos solos e suas aplicações: fundamentos. Rio
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PIPATPONGSA, T., VARDHANABHUTI, B. Analyses of coefficient of lateral earth pressure
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em: <https://goo.gl/g9SA1V>. Acesso em: 01 mar. 2017.

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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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