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TCC 2022/2
Resumo
As empresas da construção civil sempre têm a necessidade de buscar maior eficiência em seus
investimentos, de forma a viabilizar mais empreendimentos, e é neste âmbito que o presente
estudo se torna importante. Com o enfoque no estaqueamento, a presente pesquisa explora a
possibilidade, permitida pela NBR 6122 (ABNT, 2022), de redução do fator de segurança de
2,0 quando calculado por estimativas semi-empíricas, para 1,6, quando definido por Prova de
Carga Estática (PCE). Este ensaio consiste na verificação da carga de ruptura, bem como o
comportamento carga recalque da estaca, quando comprimido ou tracionado mecanicamente,
sendo um dos principais métodos de verificação do comportamento real da estaca. Foram
analisados três projetos já realizados, de porte médio, com quantidades de estacas próximo ao
limite em que a norma brasileira indica ser necessária a realização de PCE. Os exemplos
observados resultaram numa economia de, em média, 28% quando realizada PCE. Todavia
quando incluído o custo do ensaio, esta economia não foi suficiente, sendo concluído que para
os casos analisados, o ensaio se torna inviabilizado. Porém foi observado que para obras
verticais, com cargas maiores e menos pontos de sondagens, a adoção do ensaio PCE na fase
de projeto, pode trazer vantagens econômicas além da assertividade técnica.
1 INTRODUÇÃO
O momento pós-pandêmico no Brasil e no mundo é um cenário desafiador para diversos setores
da economia, e a construção civil está incluída. O aumento da inflação e da taxa de juros é um
fenômeno que impacta diretamente o acesso ao crédito e a demanda da construção civil.
Segundo Araújo (2018), a inflação afeta a taxa de juros real, e, consequentemente a taxa de
retorno real, pois para um investimento ser considerado viável, seu rendimento deverá ser pelo
menos maior que a inflação.
Considerado este cenário, as empresas da indústria da construção civil, especificamente as que
atuam no mercado habitacional, estão vendo suas margens de lucro ficarem menores e precisam
focar sua energia em aumentar a eficiência de seus investimentos, de forma a viabilizar
empreendimentos na atual conjuntura econômica. Busca-se sempre formas de economizar
custos em todas as etapas da obra, especialmente nas fundações, onde muitos estudos são
realizados e, segundo Xavier (2008), entre 3% e 7% dos recursos da obra são gastos.
Para que os projetos de fundação se tornem mais econômicos, é necessário domínio das técnicas
de dimensionamento, assim como entendimento das capacidades do solo em que será
construído. Uma das formas existentes de investigação geotécnica, para entender o
comportamento do solo, é a Prova de Carga Estática (PCE), que tem sua execução descriminada
na norma NBR 16903 (ABNT, 2020). Outra norma que trata da prova de carga é a norma NBR
6122 (ABNT, 2022) , que além de especificar o número de estacas que devem ser ensaiadas,
também permite a possibilidade de redução do fator de segurança da carga admissível de
projeto, de 2,0 quando calculada usando métodos semi-empíricos, para 1,6 quando definida a
partir de ensaio de prova de carga.
A redução no fator de segurança gerado pelo ensaio de prova de carga, permite uma maior
assertividade do projetista na determinação das capacidades de carga do solo, podendo gerar
uma grande economia no custo das fundações. Neste contexto, a presente pesquisa tem como
objetivo mensurar o impacto que esta redução tem no custo global do estaqueamento, bem como
entender se a otimização da geometria da estaca interfere no valor economizado. Outro
parâmetro analisado concerne em distinguir se há significativa economia em relação ao tipo de
estaca.
O presente estudo está restrito à análise de três projetos de fundações, com diferentes tipos de
estacas, porém todos com porte inferior do que seria, do ponto de vista normativo, obrigatória
a realização do ensaio. Todas as obras estudadas já foram executadas, portanto será mensurado
o impacto que a prova de carga poderia gerar ao projeto, comparando aos resultados obtidos
por métodos semi-empíricos de dimensionamento.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão abordados temas referentes ao contexto do trabalho, buscando a citação
bibliográfica básica e de autores responsáveis por embasar o entendimento teórico para o estudo
em questão.
Figura 1: Índice Nacional do Custo da Construção (INCC): a) Ano de 2020; b) Ano de 2021
Esse aumento do preço dos insumos acaba sendo repassado para o cliente final, que se não
ocorrer um aumento da renda, acaba vendo seu poder de compra diminuir, freando o consumo.
Para amenizar este fenômeno, governos do mundo inteiro decidiram por imprimir mais moeda
e injetá-las na economia, o que aumenta o poder de compra e o consumo, mas acaba por gerar
inflação. Segundo Albuquerque (2022), inflação é o nome que se dá ao aumento dos preços de
produtos e serviços e especialmente na construção civil, a inflação tem papel importante pois o
setor atua com ativos de alto valor agregado e que dependem, na grande maioria das vezes, de
financiamentos, o que, consequentemente, fica mais caro com os juros maiores.
Com estas dificuldades, as construtoras veem suas margens de lucro diminuir, e necessitam
buscar formas de melhorar seu produto e tornar o processo cada vez mais eficiente. Segundo
González (2008), o projeto define uma significativa parte dos custos, com influência mais forte
nas fases iniciais do projeto (Figura 2). Assim, percebe-se que maior esforço deve ser dedicado
nas fases de planejamento e estudos preliminares, pois a eficiência nas etapas iniciais gera
economia em etapas posteriores.
Figura 2: Relacionamento entre custo e possibilidade de influência no processo de projeto
O assunto desta pesquisa está inserido no contexto das fundações, que segundo Xavier (2008),
é responsável por 3% a 7% do custo total da edificação. É um percentual alto que fica associado
a uma etapa inicial do projeto, ressaltando a importância que o planejamento prévio nesta área
tem.
2.2 Fundações
Fundação é um conjunto de elementos estruturais, geralmente construídos abaixo do nível final
do terreno, por meio dos quais as ações atuantes na edificação são transmitidas ao solo
(BASTOS, 2016 apud BORBA, 2020). A norma que regulamenta e especifica os projetos de
fundações no Brasil é a NBR 6122 (ABNT, 2022), e segundo ela existem dois tipos principais
de fundações, as superficiais e as profundas.
Exemplos de fundações rasas são sapatas, blocos, radiers, sapata associadas, vigas de fundação
e sapatas corridas.
No início do carregamento, a carga é absorvida totalmente pelo atrito lateral (A), até atingir a
capacidade de carga (B). Qualquer carga superior a esta, começa a ser absorvido também pelo
atrito da base (C), até ser atingido a capacidade de carga da estaca (D), então ela se rompe (E).
Obtido o valor da carga admissível, é dimensionada estruturalmente uma estaca com geometria
que possa transmitir esta carga ao solo de forma eficiente e com segurança. As próximas seções
do presente trabalho se aterão ao tópico da capacidade de carga do solo, que, como já
mencionado, é parte fundamental de um projeto de fundações. Ao longo da pesquisa também
serão abordadas mais informações a respeito do fator de segurança global.
A norma NBR 16903 – Prova de carga estática em fundação profunda (ABNT, 2020) define
quatro tipos diferentes de carregamento para o ensaio: lento, rápido, misto e cíclico. Para
Rodrigues et al. (2022), o tipo de carregamento mais usual no Brasil é do tipo lento, e será
priorizado na presente pesquisa. O carregamento lento é caracterizado pela aplicação do
próximo estágio de carga somente após a estabilização da deformação do estágio anterior, este
processo pode demorar horas ou até dias (ALLEDI, 2013).
Para Hachich et. al. (1998) a prova de carga estática é o que mais aproxima a estaca das
condições as quais está será solicitada pela estrutura, constituindo-se num importante
mecanismo para a compreensão real do comportamento de uma estaca submetida a um
carregamento em meio físico.
Velloso e Lopes (2012) afirmam que a prova de carga estática tem como finalidade verificar o
comportamento previsto em projeto quanto a capacidade de carga e recalques, como também
definir a carga de serviço em situações em que não se consegue realizar uma previsão de
comportamento.
A coluna A apresenta a tensão admissível máxima, em MPa, abaixo da qual não serão
obrigatórias provas de carga, desde que o número de estacas da obra seja inferior à coluna B. A
coluna B mostra o número de estacas a partir do qual serão obrigatórias provas de carga.
Imaginando um exemplo hipotético de uma obra com 150 estacas escavadas sem fluido com
diâmetro inferior a 70 cm, seria necessárias duas provas de carga no mínimo.
Outra seção da NBR 6122 (ABNT, 2022), a mais importante para esta pesquisa, fala sobre a
possibilidade de redução do fator de segurança global para determinação da carga admissível.
A norma especifica que se a carga admissível for determinada por método de cálculo semi-
empírico, o fator de segurança deve ser 2,0, porém se a carga admissível for obtida por prova
de carga, este fator pode ser diminuído para 1,6, desde que alguns requisitos sejam alcançados.
É necessário que todas as provas de cargas sejam estáticas, que sejam levadas até no mínimo
duas vezes a carga admissível prevista em projeto e que os ensaios sejam feitos no início da
obra, possibilitando a adequação do projeto de fundações.
A norma ainda permite reduzir mais o fator de segurança, e consequentemente o valor de carga
admissível, quando em uma mesma região representativa for realizado um número maior de
provas de carga. Para calcular a carga admissível, é utilizada a equação 3 mostrada
anteriormente, com o fato de segurança (FSg) alterado para 1,4 e o valor da carga de ruptura
(Qult) definido pela equação 6, conforme evidencia a norma NBR 6122 (ABNT, 2022).
(𝑅<= )𝑚é𝑑./𝜉>
𝑄#$% = 𝑚í𝑛 3 (equação 6)
(𝑅<= )𝑚í𝑛./𝜉?
Sendo (Rpc)méd. a resistência média dos resultados da prova de carga, (Rpc)mín. o menor valor
entre os resultados da prova de carga, e os fatores 𝜉> e 𝜉? são coeficientes de minoração
especificados no quadro 2:
Figura 9: Prova de carga com cargueira nas fundações do edifício Martinelli. São Paulo, 1928.
Outra possibilidade para aplicação da carga é utilizando cilindros hidráulicos alimentados por
bombas, desde que o sistema tenha capacidade de aplicação de carga 10% superior à carga
máxima prevista para o ensaio, além de possuir embolo no mínimo igual a 10% do diâmetro da
seção transversal da estaca e não inferior a 50mm (ABNT, 2020). O sistema com aplicação de
carga por cilindros hidráulicos opera com o emprego de estacas de reação, geralmente verticais
e armadas à tração, que são instalados ao redor da estaca de ensaio e fixadas com barras de aço
Dywidag em viga metálica (CINTRA et al., 2013). A figura 10 mostra um corte esquemático
deste método de ensaio:
1
Disponível em: < http://www.prediomartinelli.com.br/curiosidades-sobre-o-edificio-martinelli/1928-prova-de-
carga-2/>. Acesso em: 24 set. 2022.
Há também a possibilidade de realizar o ensaio com a substituição das estacas de reação por
tirantes, geralmente inclinados, presos em uma carapaça e ancorados no maciço de solo ou
rocha. Este sistema de tirantes possibilita cargas mais elevadas, superiores a 5.000 kN,
especialmente se houver ancoragem em rocha (CINTRA et al., 2013).
Para a estaca teste, deve ser respeitado o intervalo de 3 dias para solos não coesivos e 10 dias
para solos coesivos, entre a instalação da estaca e o início do carregamento. Caso a estaca seja
moldada in loco, também deve-se assegurar o tempo necessário para que o elemento estrutural
atinja a resistência característica (ABNT, 2020).
A proximidade das estacas de reação em relação à estaca teste pode afetar o resultado da prova
de carga (AOKI et al., 2013). Por isso, a NBR 16903 (ABNT, 2020) exige que a distância
mínima entre eles deve ser de três vezes o diâmetro equivalente da estaca teste e no mínimo 1,5
m.
A medição dos deslocamentos verticais é feita com a utilização de vigas de referência, que
podem ser de madeira ou metálicas, e deflectômetros fixos na estaca ou bloco de coroamento
(ABNT, 2020).
Conforme a NBR 16903 (ABNT, 2020), o carregamento lento da carga é executado com a carga
sendo aplicada em estágios sucessivos não superiores a 20% da carga de trabalho prevista, e
mantida no mínimo por 30 min ou até estabilização dos deslocamentos. O critério para
estabilização ocorre quando duas leituras consecutivas diferem ao valor máximo de 5%. O
ensaio termina quando há uma ruptura nítida do solo testado ou após o término dos
carregamentos previstos.
O produto do ensaio é uma curva carga x recalque, em que a carga (P) é representada no eixo
das abscissas, e o recalque no topo da estaca (r) é representado no eixo das ordenadas voltado
para baixo, tradição dos ensaios de fundações (CINTRA et al., 2013). A figura 11 mostra
exemplos destas curvas:
Figura 11: Curvas carga x deslocamento: a) com ruptura aparente; b) sem ruptura
Nos casos em que não ocorre a ruptura do solo durante o ensaio, métodos matemáticos são
adotados para ajustar a curva, um dos mais adotados, segundo Rodrigues et al. (2020) é o
método Van der Veen (1953). O método constitui-se em uma equação exponencial a qual
determina em uma curva assintótica, a carga de ruptura da estaca.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A presente pesquisa objetiva mensurar os impactos financeiros que a adoção da prova de carga
estática, e posterior ajuste no projeto, pode gerar. Para isto, serão analisados três projetos de
fundações, onde primeiramente será definido o valor de carga admissível para as estacas
escolhidas pelo projetista, utilizando métodos semi-empíricos de cálculo. Posteriormente será
considerado o cenário de adoção da PCE na mesma geometria de estaca, que terá carga
admissível aumentada, devido a diminuição do fator de segurança e o conservadorismo dos
métodos semi-empíricos. Assim, ambos cenários terão os custos do estaqueamento estimados
e comparados. Por fim, o custo de execução da PCE será comparado com a economia gerada,
de forma a analisar a viabilidade de sua adoção.
Por objetivar a geração de conhecimentos para aplicação prática, a pesquisa é classificada,
quanto a sua natureza, como uma pesquisa aplicada. Quanto à abordagem do problema, o
presente trabalho é classificado como quantitativo, pois segundo Matias-Pereira (2019) a
pesquisa quantitativa está sob o enfoque de que tudo pode ser mensurado numericamente, ou
seja, pode ser traduzido em números e analisado, sendo este o produto objetivado para este
estudo.
O método de pesquisa será exploratório, que por Gil (2008) apud Matias-Pereira (2019) é o tipo
de pesquisa que visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com intuito de torná-
lo explícito ou construir hipóteses. Para alcançar os objetivos, o procedimento técnico adotado
consistirá em aplicar os conceitos da bibliografia existente e analisar os resultados obtidos.
De forma a alcançar os objetivos propostos para a pesquisa, a metodologia de trabalho é
evidenciada pelo fluxograma da figura 12.
Figura 12: Fluxograma com a metodologia de trabalho adotada
4 RESULTADOS E ANÁLISE
Nesta seção, serão abordadas as metodologias e considerações adotadas para dimensionamento
de três projetos de fundações diferentes, cada um em três cenários diferentes.
Primeiramente cada fundação foi dimensionada de acordo com a geometria definida pelo
projetista original do projeto, valendo-se dos métodos semi-empíricos de Aoki-Velloso e
Décourt-Quaresma. Sob a hipótese de que os métodos semi-empíricos possuem certo grau de
conservadorismo em relação a valores obtidos por prova de carga estática, os projetos foram
então redimensionados com valores maiores de carga admissível, mas mantendo a geometria
definida pelo projetista.
Novamente considerando o conservadorismo dos métodos de cálculo, as fundações foram
dimensionadas mais uma vez, de modo que tivessem esse aumento de carga admissível, pela
prova de carga, considerado desde a definição da geometria da estaca.
Como forma de mensurar a economia de cada método, cada projeto de fundação teve seu custo
estimado de acordo com as composições definidas pelo sistema SINAPI (Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) da Caixa Econômica Federal, em conjunto
dos preços de insumos coletados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no
período de setembro de 2022.
Nas próximas seções serão apresentados os exemplos com a seguinte aplicação:
• Interpretação das sondagens SPT disponibilizadas;
• Verificação da carga admissível na geometria definida pelo projetista;
• Estimativa da carga admissível por suposta prova de carga estática;
• Identificação da geometria mais eficiente supondo a realização do ensaio de prova de
carga estática;
• Comparação entre as estimativas de custo com e sem prova de carga estática.
A exemplificação dos procedimentos será apresentada para o projeto A nas seções 4.1 a 4.3. Os
demais projetos, B e C, terão o resumo de seus resultados mostrado na seção 4.4, enquanto as
planilhas de cálculo estarão reservadas aos apêndices I e II, respectivamente.
Na tabela 6 estão listados os 23 blocos estudados e o ensaio SPT relativo àquela região, bem
como a carga para qual cada bloco deve ser projetado.
Tabela 6: Relação de cargas e sondagem dos blocos
Ensaio SPT Carga do bloco
Bloco
representativo [kN]
BL36 SPT 1 1.812,40
BL35 SPT 2 1.450,41
BL23 SPT 2 1.559,69
BL32 SPT 3 2.530,39
BL33 SPT 3 1.692,62
BL34 SPT 3 1.381,15
BL22 SPT 3 394,66
BL30 SPT 3 2.163,99
BL31 SPT 3 2.226,28
BL20 SPT 3 168,54
BL29 SPT 1 1.627,38
BL18 SPT 2 376,70
BL16 SPT 3 1.833,98
BL27 SPT 1 1.668,48
BL40 SPT 2 2.233,05
BL10 SPT 3 2.369,61
BL14 SPT 3 2.072,17
BL25 SPT 3 1.913,54
BL15 SPT 4 664,24
BL24 SPT 4 1.545,57
BL3 SPT 2 219,84
BL26 SPT 3 6.329,22
BL28 SPT 4 2.959,58
BL17 SPT 2 2.879,04
(fonte: AUTOR, 2022)
Após obter a carga admissível de projeto para a estaca, foi verificada a quantidade mínima de
estacas por bloco necessárias para resistir às cargas solicitadas. Os resultados estão
representados na tabela 8 abaixo:
Tabela 8: Relação de número de estacas por bloco, quando dimensionadas por métodos semi-empíricos
Ensaio SPT Carga do bloco Núm. de estacas com
Bloco D=50cm e L=15m
representativo [kN]
BL36 SPT 1 1.812,40 2
BL35 SPT 2 1.450,41 2
BL23 SPT 2 1.559,69 2
BL32 SPT 3 2.530,39 3
BL33 SPT 3 1.692,62 2
BL34 SPT 3 1.381,15 2
BL22 SPT 3 394,66 1
BL30 SPT 3 2.163,99 3
BL31 SPT 3 2.226,28 3
BL20 SPT 3 168,54 1
BL29 SPT 1 1.627,38 1
BL18 SPT 2 376,70 1
BL16 SPT 3 1.833,98 2
BL27 SPT 1 1.668,48 1
BL40 SPT 2 2.233,05 2
BL10 SPT 3 2.369,61 3
BL14 SPT 3 2.072,17 3
BL25 SPT 3 1.913,54 3
BL15 SPT 4 664,24 1
BL24 SPT 4 1.545,57 2
BL3 SPT 2 219,84 1
BL26 SPT 3 6.329,22 7
BL28 SPT 4 2.959,58 3
BL17 SPT 2 2.879,04 3
Total 54
(fonte: AUTOR, 2022)
Ao todo, são necessárias 54 estacas do tipo hélice contínua com diâmetro de 50cm e
comprimento 15m para as cargas que os blocos de fundação recebem.
Como forma de mensurar para posterior comparação, foi utilizada a composição do SINAPI
que afere o custo do metro de estaca hélice contínua de 50cm de diâmetro, com concreto,
mobilização, desmobilização e armadura mínima (01.FUES.EHCM.004/01.100652). Também
foram utilizados os custos dos insumos e composições aferidos pelo IBGE em setembro de
2022. Deste modo, o custo por metro da estaca dimensionada foi de R$ 265,06.
Portanto, o custo das 54 estacas calculadas por métodos semi-empíricos totaliza R$ 214.689,24.
A norma NBR 6122 (ABNT, 2022) possibilita a alteração do fator de segurança (FSg), de 2,0
nos métodos semi-empíricos, para 1,6 quando a carga de ruptura for determinada por prova de
carga. Esta alteração, em conjunto do aumento da carga admissível, gera os resultados
apresentados na tabela 10, onde é possível verificar o aumento de 53% da carga admissível de
projeto.
Tabela 10: Diferença dos resultados das cargas admissíveis
Padm por métodos Padm por prova de Diferença
Sondagem
semi-empíricos [kN] carga [kN] percentual
SPT 1 1.734,54 2.660,48 53,4%
SPT 2 1.221,00 1.869,84 53,1%
SPT 3 952,56 1.452,93 52,5%
SPT 4 1.255,98 1.927,00 53,4%
(fonte: AUTOR, 2022)
Valendo-se da carga admissível de projeto, agora determinada por prova de carga, foi definida
a quantidade de estacas necessárias por bloco, conforme mostra a tabela 11.
Tabela 11: Relação de número de estacas por bloco, quando dimensionadas por prova de carga
Núm. de estacas com
Ensaio SPT Carga do bloco D=50cm e L=15m
Bloco
representativo [kN]
BL36 SPT 1 1.812,40 1
BL35 SPT 2 1.450,41 1
BL23 SPT 2 1.559,69 1
BL32 SPT 3 2.530,39 2
BL33 SPT 3 1.692,62 2
BL34 SPT 3 1.381,15 1
BL22 SPT 3 394,66 1
BL30 SPT 3 2.163,99 2
BL31 SPT 3 2.226,28 2
BL20 SPT 3 168,54 1
BL29 SPT 1 1.627,38 1
BL18 SPT 2 376,70 1
BL16 SPT 3 1.833,98 2
BL27 SPT 1 1.668,48 1
BL40 SPT 2 2.233,05 2
BL10 SPT 3 2.369,61 2
BL14 SPT 3 2.072,17 2
BL25 SPT 3 1.913,54 2
BL15 SPT 4 664,24 1
BL24 SPT 4 1.545,57 1
BL3 SPT 2 219,84 1
BL26 SPT 3 6.329,22 5
BL28 SPT 4 2.959,58 2
BL17 SPT 2 2.879,04 2
Total 39
(fonte: AUTOR, 2022)
Utilizando o mesmo custo por metro definido na seção anterior desta pesquisa, o custo total das
estacas passa a ser R$ 155.059,84, uma economia de 28%.
4.4 Dimensionamento otimizado considerando realização de PCE
Observando os resultados obtidos na seção anterior, verifica-se que a capacidade de carga de
projeto da estaca aumentou em 53%, e este aumento possibilitou a economia de 28%. Esta
economia não é maior pois mesmo que as estacas passem a resistir mais carga, em alguns blocos
o número de estacas não pode ser reduzido na mesma proporção, o que gera esta ineficiência.
É o caso do bloco BL32, que deve ser dimensionado para a carga atuante de 2.530kN, enquanto
pelos métodos semi-empíricos são necessárias três estacas com carga admissível de 953kN
cada, totalizando 2.859kN no bloco, pela prova de carga apenas duas estacas seriam necessárias,
reduzindo o número de estacas em 33%.
Para que o projeto seja otimizado, deve-se levar em conta o fenômeno supracitado, porém outras
variáveis são importantes também. Se fosse projetado estacas menores, com menos carga
admissível, poder-se-ia esperar uma eficiência maior na distribuição das cargas às estacas,
porém grandes quantidades de estacas por bloco acabam sendo fisicamente impossíveis. A
figura 14 evidencia este fato, pela figura 14(a) a geometria mais eficiente na quantificação de
estacas, é a de 30cm de diâmetro e 3m de comprimento, porém se procurar esta mesma
geometria na figura 14(b), verifica-se que seriam necessárias 397 estacas, o que além inviável
financeiramente, seria impossível fisicamente.
Figura 14: Relação das geometrias possíveis (a) quanto a eficiência da distribuição de cargas; (b) quanto ao
número de estacas
Para a realização destas tabelas, foi utilizado o software MS Excel, mais precisamente a
ferramenta tabela de dados, onde o programa calcula os resultados para cada possibilidade pré-
definida, neste caso os parâmetros escolhidos foram as dimensões das estacas.
De forma a qualificar os dados para definição da melhor geometria, foi estimado o custo por
metro de cada diâmetro de estaca, de acordo com as composições do SINAPI e os valores do
IBGE, conforme mostrado na tabela 12.
Tabela 12: Custo por metro estimado para cada diâmetro de estaca hélice contínua
Diâmetro Custo por metro de
[cm] estaca (SINAPI)
30 R$ 141,77
50 R$ 265,06
70 R$ 437,05
80 R$ 593,60
90 R$ 684,44
(fonte: AUTOR, 2022)
Com a inserção dos custos por metro de cada geometria, foi desenvolvida a tabela de dados que
mostra o custo total das estacas (Figura 15), de acordo com a quantidade necessária para o
projeto. Para melhorar a análise, foram excluídos os valores das geometrias que gerariam um
aumento maior de 20% do número de estacas, como forma de eliminar alguns resultados
inviáveis.
Figura 15: Custo total das estacas para cada geometria viável
Comprimento Diâmetro [cm]
[m] 30 50 70 80 90
1 - - - - -
2 - - - - -
3 - - - - -
4 - - - - -
5 - - - - 212.176
6 - - - - 242.291
7 - - - - 292.255
8 - - - 284.926 279.250
9 - - 177.007 192.325 184.798
10 - 135.180 139.857 172.143 177.954
11 87.328 87.470 120.190 156.709 180.691
12 - 120.867 131.116 178.079 205.331
13 105.048 106.819 142.042 192.919 213.544
14 - 215.228 281.462 340.724 354.539
15 - 155.060 183.562 231.502 256.664
16 140.631 165.397 181.814 246.936 273.775
(fonte: AUTOR, 2022)
4.4.1 Projeto B
Este projeto é formado por 31 blocos dimensionados com estacas escavadas de diâmetro 50cm
e comprimento de 6m. Trata-se de uma edificação comercial com estrutura pré-moldada, que
acaba gerando carregamentos inferiores ao exemplo tratado anteriormente, 463 kN por bloco,
ante 1.836 kN por bloco.
Foram realizados seis furos de sondagem, onde três deles foram encerrados após 1,5m por terem
atingido rocha ou matacão. Os demais furos definiram o solo como formado majoritariamente
por argila siltosa e silte argiloso.
Após a realização do mesmo procedimento introduzido nas seções anteriores, agora para estacas
tipo escavadas, os resultados obtidos são mostrados no quadro 3.
4.4.2 Projeto C
O terceiro e último projeto estudado, é referente a uma edificação multifamiliar de 10
pavimentos, que atinge o valor de carregamento médio de 1.414 kN por bloco, intermediário
em relação aos outros projetos. Foram realizados três furos de sondagem, que atestaram que o
solo do local é composto por silte argiloso e areia siltosa.
Desta forma, o projetista optou pela utilização de estacas do tipo raíz, mais precisamente 51
estacas, onde 25 delas possuem 25cm de diâmetro e 26 possuem 31cm, todas com 12m de
comprimento. Todavia, foi concluído que o projeto mais econômico seria composto de 19
estacas com diâmetro 25cm e comprimento 11m, e 14 estacas de diâmetro 40cm e com
comprimento 11m, totalizando 33 estacas ao total. O quadro 4 traz um resumo dos resultados
obtidos.
Figura 16: Custo do estaqueamento a partir do qual se torna viável a realização do ensaio de prova de carga
600.000 564.286
Custo mínimo do estaqueamernto
492.857
500.000
421.429
400.000 350.000
300.000 278.571
207.143
200.000
100.000
-
2 3 4 5 6 7
Número de sondagens
(fonte: AUTOR, 2022)
Com a contribuição analítica da figura 16, é possível entender que o ensaio faz mais sentido
quando aplicado em obras verticais, onde as cargas por bloco serão superiores e o número de
sondagens menor, ocasionando a necessidade de menos ensaios.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa, em seu primórdio, objetivou mensurar o impacto que a adoção do ensaio
de prova de carga estática gera para o custo do estaqueamento. Para alcançar este objetivo,
foram analisados três projetos de fundação executados com diferentes tipos de estaca, projetos
estes que margeiam a obrigatoriedade de execução do ensaio segundo a NBR 6122 (ABNT,
2022), também foi adotada a premissa que a realização do ensaio, necessariamente aumenta a
carga admissível da estaca, como evidenciam os autores mencionados.
De forma a dimensionar as fundações, foram utilizados os métodos semi-empíricos de Décourt-
Quaresma e Aoki-Velloso, os mais usuais no país. Posteriormente, os resultados obtidos foram
acrescidos segundo a hipótese de que possuem certo grau de conservadorismo, que, em
conjunto da redução do fator de segurança, acarretou um aumento da carga admissível de
projeto na casa dos 50%. Porém este aumento traduziu-se, em média, em uma economia de
cerca de 28%, um percentual bastante significativo. Foi observado que o tipo de estaca não
gerou diferença significativa deste percentual.
Em um segundo momento, foi analisada a possibilidade que a geometria interferiria na
economia gerada pela prova de carga, porém esta hipótese não pôde ser confirmada, uma vez
que, no projeto A, a geometria otimizada acarretou em grande variação de custo, que estão
relacionados a intercalações abruptas do perfil de solo. O projeto B não apresentou variação
pois a geometria definida pelo projetista é de fato a mais econômica. Entretanto, o projeto C
apresentou uma economia de 34,4% quando teve sua geometria alterada, ante 25,3% na
geometria original.
Deste modo, o que pôde ser confirmado é que sim, a adoção da prova de carga estática no
período incipiente da obra, com possibilidade de ajuste do projeto, permite economia de cerca
de 28% no custo do estaqueamento. Entretanto, quando incluído o custo para realização do
ensaio, nenhum dos três projetos apresentou-se financeiramente viável, por possuírem porte do
estaqueamento inferior ao mínimo calculado. Estes limites para viabilidade do ensaio foram
elucidados com a apresentação de um gráfico, onde é mostrado o custo mínimo do
estaqueamento para que seja viável a realização da PCE, para cada quantidade de furos de
sondagem. Com a ajuda do gráfico, fica evidente que a prova de carga estática é mais facilmente
viável para obras verticais, onde as cargas por bloco são superiores e o número de sondagens é
menor.
Assim, pesquisas futuras podem analisar a realização do ensaio e impacto no custo desde o
início do estaqueamento, como forma de melhor quantificar as economias ou gastos extras
gerados. Outro enfoque que merece atenção é na busca de formas para baratear a realização do
ensaio, para que deste modo torne economicamente mais atraente para construtores adotarem
este método.
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE I – Planilhas de dimensionamento do projeto B
Figura 21: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por PCE, para as sondagens
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Capacidade de Carga
Sondagem Média FS
(+26%) (+17%) de Projeto por PCE (kN)
SP3 881,74 1.324,92 1.103,33 1,60 689,58
SP4 858,51 1.285,72 1.072,11 1,60 670,07
SP8 1.111,85 1.745,33 1.428,59 1,60 892,87
Figura 25: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 25cm e comprimento 12m, para a
sondagem SPT1
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 191,93 478,68 670,62 335,31
2
Diâmetro (cm): 25,00 Área da Ponta (m²): 0,05 Décourt-Quaresma 200,28 1.358,74 1.559,02 779,51
Comprimento (m): 12,00 Perímetro da Ponta (m): 0,79 média 1.114,82
Figura 26: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 25cm e comprimento 12m, para a
sondagem SPT2
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 310,48 692,50 1.002,98 501,49
2
Diâmetro (cm): 25,00 Área da Ponta (m²): 0,05 Décourt-Quaresma 323,98 1.904,59 2.228,57 1.114,28
Comprimento (m): 12,00 Perímetro da Ponta (m): 0,79 média 1.615,77
Figura 27: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 25cm e comprimento 12m, para a
sondagem SPT3
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 824,67 1.219,72 2.044,39 1.022,20
2
Diâmetro (cm): 25,00 Área da Ponta (m²): 0,05 Décourt-Quaresma 412,33 1.833,90 2.246,24 1.123,12
Comprimento (m): 12,00 Perímetro da Ponta (m): 0,79 média 2.145,32
Figura 29: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 31cm e comprimento 12m, para a
sondagem SPT2
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 477,39 858,70 1.336,09 668,04
2
Diâmetro (cm): 31,00 Área da Ponta (m²): 0,08 Décourt-Quaresma 498,15 2.361,69 2.859,84 1.429,92
Comprimento (m): 12,00 Perímetro da Ponta (m): 0,97 média 2.097,96
Figura 30: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 31cm e comprimento 12m, para a
sondagem SPT3
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 1.268,01 1.512,46 2.780,47 1.390,23
2
Diâmetro (cm): 31,00 Área da Ponta (m²): 0,08 Décourt-Quaresma 634,00 2.274,04 2.908,05 1.454,02
Comprimento (m): 12,00 Perímetro da Ponta (m): 0,97 média 2.844,26
Figura 32: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por PCE, para estaca de 25cm de diâmetro e 12m de
comprimento
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Capacidade de Carga
Sondagem Média FS
(+26%) (+17%) de Projeto por PCE (kN)
SP1 844,98 1.824,05 1.334,51 1,60 834,07
SP2 1.263,75 2.607,42 1.935,59 1,60 1.209,74
SP3 2.575,93 2.628,10 2.602,02 1,60 1.626,26
(fonte: AUTOR, 2022)
Figura 33: Quantidade de estacas por método de dimensionamento, para estaca de 25cm de diâmetro e
comprimento de 12m
Diâmetro (cm) Comprimento
25 12,00
DN25 L=12m
Número de Estacas Número de
Pilar SPT Representativo Carga Máxima (tf) Carga Máxima (kN)
(Métodos Semi-empíricos) Estacas (PCE)
P1 SP2 167,00 1.638,27 3 2
P8 SP2 232,00 2.275,92 3 2
P9 SP2 216,00 2.118,96 3 2
P14 SP1 134,00 1.314,54 3 2
P16 SP2 191,00 1.873,71 3 2
P20 SP2 71,00 696,51 1 1
P23 SP3 41,00 402,21 1 1
P24 SP3 46,00 451,26 1 1
P29 SP3 48,00 470,88 1 1
P35 SP2 104,00 1.020,24 2 1
P36 SP2 98,00 961,38 2 1
P40 SP2 54,00 529,74 1 1
P44 SP2 76,00 745,56 1 1
Total 25 18
Figura 34: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por métodos semi-empíricos, para estaca de 31cm de
diâmetro e 12m de comprimento
Capacidade de Carga
Sondagem Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Média FS
de Projeto (kN)
SP1 888,68 1.992,78 1.440,73 2,00 720,37
SP2 1.336,09 2.859,84 2.097,96 2,00 1.048,98
SP3 2.780,47 2.908,05 2.844,26 2,00 1.422,13
(fonte: AUTOR, 2022)
Figura 35: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por PCE, para estaca de 31cm de diâmetro e 12m de
comprimento
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Capacidade de Carga
Sondagem Média FS
(+26%) (+17%) de Projeto por PCE (kN)
SP1 1.119,74 2.331,55 1.725,65 1,60 1.078,53
SP2 1.683,47 3.346,01 2.514,74 1,60 1.571,71
SP3 3.503,39 3.402,41 3.452,90 1,60 2.158,06
(fonte: AUTOR, 2022)
Figura 36: Quantidade de estacas por método de dimensionamento, para estaca de 31cm de diâmetro e
comprimento de 12m
Diâmetro (cm) Comprimento
31 12,00
DN31 L=12m
Número de Estacas Número de
Pilar SPT Representativo Carga Máxima (tf) Carga Máxima (kN)
(Métodos Semi-empíricos) Estacas (PCE)
P5 SP2 198,00 1.942,38 2 2
P6 SP2 230,00 2.256,30 3 2
P7 SP1 124,00 1.216,44 2 2
P15 SP2 153,00 1.500,93 2 1
P26 SP2 159,00 1.559,79 2 1
P27 SP3 166,00 1.628,46 2 1
P28 SP3 222,00 2.177,82 2 2
P31 SP2 165,00 1.618,65 2 2
P32 SP2 265,00 2.599,65 3 2
P33 SP2 170,00 1.667,70 2 2
P34 SP1 94,00 922,14 2 1
P45 SP2 178,00 1.746,18 2 2
Total 26 20
Figura 37: Estimativa da composição para cada diâmetro de estaca raíz, segundo SINAPI e IBGE
Diâmetro (cm) Custo/m (SINAPI)
20 R$ 251,48
25 R$ 306,56
31 R$ 372,66
40 R$ 471,83
45 R$ 644,95
(fonte: AUTOR, 2022)
Figura 39: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 25cm e comprimento 11m, para a
sondagem SPT1
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 191,93 426,48 618,41 309,21
2
Diâmetro (cm): 25,00 Área da Ponta (m²): 0,05 Décourt-Quaresma 200,28 1.213,44 1.413,72 706,86
Comprimento (m): 11,00 Perímetro da Ponta (m): 0,79 média 1.016,06
Figura 41: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 25cm e comprimento 11m, para a
sondagem SPT3
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 824,67 1.087,78 1.912,44 956,22
2
Diâmetro (cm): 25,00 Área da Ponta (m²): 0,05 Décourt-Quaresma 412,33 1.657,19 2.069,52 1.034,76
Comprimento (m): 11,00 Perímetro da Ponta (m): 0,79 média 1.990,98
Figura 42: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 40cm e comprimento 11m, para a
sondagem SPT1
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 491,35 682,37 1.173,71 586,86
2
Diâmetro (cm): 40,00 Área da Ponta (m²): 0,13 Décourt-Quaresma 512,71 1.941,50 2.454,21 1.227,11
Comprimento (m): 11,00 Perímetro da Ponta (m): 1,26 média 1.813,96
Figura 44: Cálculo por métodos semi-empíricos para estaca de diâmetro 40cm e comprimento 11m, para a
sondagem SPT3
Insira os dados! F1: 2,00 Método Qp (kN) Qs (kN) Qtotal (kN) FS Q Projeto
Tipo de Estaca: Raíz F2: 4,00 Aoki-Velloso 2.111,15 1.740,44 3.851,59 1.925,80
2
Diâmetro (cm): 40,00 Área da Ponta (m²): 0,13 Décourt-Quaresma 1.055,58 2.651,50 3.707,08 1.853,54
Comprimento (m): 11,00 Perímetro da Ponta (m): 1,26 média 3.779,34
Figura 45: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por métodos semi-empíricos, para estaca de 25cm de
diâmetro e 11m de comprimento
Capacidade de Carga
Sondagem Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Média FS
de Projeto (kN)
SP1 618,41 1.413,72 1.016,06 2,00 508,03
SP2 918,53 2.000,80 1.459,66 2,00 729,83
SP3 1.912,44 2.069,52 1.990,98 2,00 995,49
(fonte: AUTOR, 2022)
Figura 46: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por PCE, para estaca de 25cm de diâmetro e 11m de
comprimento
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Capacidade de Carga
Sondagem Média FS
(+26%) (+17%) de Projeto por PCE (kN)
SP1 779,20 1.654,05 1.216,62 1,60 760,39
SP2 1.157,34 2.340,94 1.749,14 1,60 1.093,21
SP3 2.409,68 2.421,34 2.415,51 1,60 1.509,69
Figura 48: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por métodos semi-empíricos, para estaca de 40cm de
diâmetro e 11m de comprimento
Capacidade de Carga
Sondagem Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Média FS
de Projeto (kN)
SP1 1.173,71 2.454,21 1.813,96 2,00 906,98
SP2 1.767,70 3.512,30 2.640,00 2,00 1.320,00
SP3 3.851,59 3.707,08 3.779,34 2,00 1.889,67
(fonte: AUTOR, 2022)
Figura 49: Capacidade de carga de projeto, dimensionado por PCE, para estaca de 40cm de diâmetro e 11m de
comprimento
Aoki-Velloso Décourt-Quaresma Capacidade de Carga
Sondagem Média FS
(+26%) (+17%) de Projeto por PCE (kN)
SP1 1.478,88 2.871,43 2.175,15 1,60 1.359,47
SP2 2.227,30 4.109,39 3.168,35 1,60 1.980,22
SP3 4.853,01 4.337,28 4.595,14 1,60 2.871,97
(fonte: AUTOR, 2022)
Figura 50: Quantidade de estacas por método de dimensionamento, para estaca de 40cm de diâmetro e
comprimento de 11m
Diâmetro (cm) Comprimento
40 11,00
DN40 L=11m
Número de Estacas Número de
Pilar SPT Representativo Carga Máxima (tf) Carga Máxima (kN)
(Métodos Semi-empíricos) Estacas (PCE)
P5 SP2 198,00 1.942,38 2 1
P6 SP2 230,00 2.256,30 2 2
P7 SP1 124,00 1.216,44 2 1
P15 SP2 153,00 1.500,93 2 1
P26 SP2 159,00 1.559,79 2 1
P27 SP3 166,00 1.628,46 1 1
P28 SP3 222,00 2.177,82 2 1
P31 SP2 165,00 1.618,65 2 1
P32 SP2 265,00 2.599,65 2 2
P33 SP2 170,00 1.667,70 2 1
P34 SP1 94,00 922,14 2 1
P45 SP2 178,00 1.746,18 2 1
Total 23 14