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Professor Orientador: Elker Lucas Garroni

Dirceu Bueno Matias¹; Rafael da Silva Guimarães¹; Thais Barbosa Leandro¹; Thaissa de Carvalho Barra 1

(juninho1018@hotmail.com, rafaelguisilva@outlook.com, thais.eng@outlook.com e tcbarra90@gmail.com)

Paredes de concreto moldadas in loco: estudo do método executivo em edificações


residenciais

Resumo:
Este trabalho acadêmico apresenta o método executivo de paredes de concretos moldadas no local, com
objetivo de demonstrar a utilização dessa técnica por construtoras que buscam a industrialização da construção
civil. As paredes são construídas através do processo de fôrmas e lançamento de um concreto do tipo
autoadensável. Esta técnica possui vantagens tais como, a velocidade na execução da obra e o maior controle
de qualidade por ser um processo industrializado e menos artesanal. Com o crescimento da demanda na
utilização deste modelo construtivo, em 2012 foi lançada a norma que expõe os requisitos e procedimentos
deste sistema. Vale ressaltar que para a utilização deste método ser viável, são necessárias as premissas de
prazos reduzidos, alta repetitividade das edificações e uma construção em larga escala. Concluiu-se então que
a utilização das paredes de concreto moldadas in loco possui vantagens e já está sendo aplicada no Brasil,
porém devem ser estabelecidas algumas asserções acerca da sua viabilidade, e na escolha de quais projetos
implementar.

Palavras chave: Concreto autoadensável; método construtivo; paredes de concreto;

1. Introdução

O aumento na demanda da construção civil no Brasil é expressivo, sendo registrado em 2021, o maior
crescimento da década, mesmo com os altos custos devido a pandemia (VASCONCELOS, 2022).
Entretanto, no Brasil, são utilizadas ainda hoje, técnicas que demandam maior tempo de execução,
resultando em menor produtividade, sendo a mais utilizada, a alvenaria de vedação com estrutura em concreto
armado (CASTRO, 2021).
Além disso, observa-se o problema da carência de moradias e o crescimento das habitações precárias.
Segundo o relatório de Déficit Habitacional no Brasil – 2016-2019, da Fundação João Pinheiro (2021), existe
um déficit de quase 6 milhões de domicílios, representando 8,0% de todas as residências particulares
permanentes e improvisadas do Brasil.
Com a implementação de programas de habitação social, o impulsionamento das moradias de qualidade
para a população de baixa renda ganhou ênfase, tornando o déficit habitacional uma das grandes prioridades
do país, conforme cita o Ministério do Desenvolvimento Regional (2021). As construtoras que se interessam a
engajar nesse processo, devem seguir os regulamentos e prazos, conforme as instruções normativas.

1 Graduação em Engenharia Civil – Centro Universitário UNA


Para essas demandas, de alta produtividade em período reduzido de tempo no canteiro de obras,
observou a necessidade de um método construtivo que seja compatível com tais exigências. A técnica de
construir paredes de concreto moldadas no local, é a melhor solução para tais requisitos.
Portanto, este trabalho tem como foco, processo executivo da utilização do método construtivo de
fôrmas e preenchimento com concreto para a construção de paredes. Outro objetivo desta pesquisa, é
demonstrar as vantagens deste sistema: alta velocidade na realização em grande escala, industrialização do
processo construtivo acarretando em maior qualidade da obra, entre outras vantagens que serão apresentadas.
(NAKAMURA, 2019).

2. Metodologia

O presente trabalho tem como base metodológica, por meio da revisão bibliográfica, a pesquisa
descritiva. O método descritivo explora sobre as características de um fenômeno específico, sendo capaz
também de realizar conexões entre variáveis e sua origem. Já a revisão bibliográfica, é um trabalho realizado
através de materiais já publicados, normalmente acessíveis ao público de modo geral; podendo igualmente ser
utilizada de forma a fornecer conteúdo analítico para qualquer outro modelo de pesquisa (MORESI, 2003).
Neste trabalho serão apresentadas as paredes de concreto moldadas in loco, analisando
principalmente, os métodos de execução e as normas técnicas vigentes no atual momento, além de apresentar
as características fundamentais e as vantagens na sua utilização.
Por se tratar de um método construtivo pouco usual na região de Pouso Alegre, Minas Gerais, não há
informações suficientes para um estudo de caso, portanto, a pesquisa bibliográfica é o que trará o conteúdo
específico sobre o tema, através de textos em revistas científicas, sites com credibilidade, jornais científicos,
livros e artigos. Além destes, supracitados, as normas técnicas, sobretudo, a norma NBR 16.055 (2012), que
detalha os processos e condições para a utilização do método construtivo de paredes de concreto moldadas
no local.

3. Paredes de Concreto

O termo “in loco” é originário do latim, cuja o significado é “no próprio local” ou “no lugar”. Pode-se dizer
então, segundo essa definição, que esse sistema se baseia na moldagem de paredes de concreto armado com
telas metálicas, fabricadas no local onde está sendo executada a obra. Neste sistema, as paredes já são
prontamente executadas na espessura final desejada, eliminando a necessidade da utilização de reboco.
(TECNOSIL, 2017).
De acordo com Misurelli e Massuda (2009) as etapas básicas para a execução de uma edificação com
o sistema de paredes de concreto in loco são: preparação do terreno; fundação (radier); instalações de
marcadores; colocação das telas para armação das paredes; instalação da parte hidráulica e elétrica;
montagens das formas conforme marcações no projeto e travamento das mesmas; logo em seguida é feito a
concretagem, e por fim o desmolde.
Figura 1 – Paredes Prontas

Fonte: Jornal da Cidade, 2019.

Devem também ser apresentados os seguintes dados: resultado da sondagem da área em que vai se
construir; grandezas das cargas que serão transmitidas para fundação; planta arquitetônica da edificação com
elevações e cortes para conferência de medidas; limitações dos edifícios vizinhos, bem como o tipo e estado
das fundações dos mesmos; disponibilidade de equipamentos, mão de obra, entre outros (2014, p. 5,
PARANHOS e FARIAS apud SILVA, 2016, p. 5).
O aspecto dos elementos finais após a desforma, é de uma estrutura interrupta, sem juntas aparentes,
e que distribui todos os esforços solicitantes de maneira uniforme, caracterizando – se como uma estrutura
monolítica (GÓES apud MACÊDO, 2016, p. 22).
A tecnologia vem se destacando por ser uma opção econômica, devido ao fato de ser moldada in loco
colaborando para diminuição de gastos e mão de obra. Sendo também um dos métodos mais sustentáveis da
construção civil, por gerar poucos resíduos devido a exigência de um rigoroso padrão de qualidade (TECNOSIL,
2017).

Figura 2 – Montagem das Paredes

Fonte: Silva, 2021


3.1 Habitação Social

Um assunto que é extremamente relevante é de edificações para habitação social, que exigem
construções rápidas e seguras. Para isso elas devem atender os requisitos e critérios para edificações
habitacionais de acordo com a Norma de Desempenho, a NBR 15.575 (2021).
Em 1946, a primeira política de habitação social, Casas Populares, não teve sucesso e tornou-se
ineficaz, devido à falta de recursos e as regras impostas para financiamentos, que no momento, comprometeu
a demanda, tornando a produção unitária pouco significativa para alguns estados do país (2004, MINISTÉRIO
DAS CIDADES apud SILVA, 2016, p. 3).

Figura 3 – Casas Populares

Fonte: Neo Formas, s.d.

Em 2009, foi implementado pelo governo federal o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), tendo
como principal objetivo abrigar as famílias de baixa renda. Esse programa foi elaborado para financiar em até
90% a compra do imóvel para famílias com renda mensal de até 1,8 mil reais (MACÊDO, 2016).
Nesse mesmo ano, o sistema construtivo de paredes de concreto ganhou força e destaque nesse
programa federal, devido à sua agilidade nas entregas das obras, levando um tempo estimado entre a
concretagem e o desmolde de aproximadamente 12 horas, resultando na redução do tempo total da obra em
até 50%, se comparado a construção convencional. (TECNOSIL, 2017).
De acordo com Oliveira (2020), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de Estado de São Paulo, os
sistemas construtivos industrializados possuem maior produtividade e racionalidade, porém os projetos
precisam atender aos requisitos necessários para se enquadrarem em construções vantajosas, uma vez que o
método depende diretamente de várias variáveis, entre elas, o custo e fornecimento de materiais, condições
climáticas, entre outros fatores que influenciam na execução e resultado final da obra.
O sistema construtivo paredes de concreto é um dos sistemas mais utilizados na construção de larga
escala, como as de habitações populares, devido à agilidade na construção. Esse sistema possui normatização
específica, o que garante a qualidade e segurança do sistema construtivo (MAYOR, 2012).

3.2 Normatização

O trabalho para normatização do sistema de paredes de concreto, que até então era considerado
inovador no Brasil, foi iniciado em 2007, reunindo entidades setoriais, órgãos de pesquisa e empresas
interessadas na implementação desse sistema no país. O texto normativo, consumiu oito meses de trabalho,
até a sua aprovação, a partir de estudos pesquisas, e debates. O sistema já vinha sendo implantado com certa
frequência por algumas construtoras, que se auxiliavam através de diretrizes do SINAT (COMUNIDADE DA
CONSTRUÇÃO, 2012).
Após certa de 30 anos de utilização desse sistema no Brasil, em maio de 2012, a Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), aprovou e publicou a NBR 16.055 (2012), nomeada de “Paredes de Concreto
Moldadas no Local para Construção de Edificações”. O texto normativo aborda requisitos gerais para a
qualidade das paredes, validando o dimensionamento e a execução (MACÊDO, 2016).
A criação da norma possibilitou aos construtores e empreendedores, inúmeros benefícios, dentre eles,
a possibilidade de utilização do sistema em programas federais, como Minha Casa, Minha Vida, pois viabiliza
a construção de edifícios de qualquer altura (WENDLER, 2012).
No momento atual, o texto normativo está passando pela sua primeira revisão, realizada pela Comissão
de Estudo de Parede de Concreto (CE-002:123:005) e coordenada pelo Engenheiro Arnoldo Wendler.
(NÚCLEO PAREDE DE CONCRETO, 2020).

3.3 Estrutura
3.3.1 Fundação

A partir da afirmação, de que as paredes de concreto são elementos estruturais do edifício, ela deve ser
calculada por um engenheiro estrutural. A estrutura de fundação deve ser dimensionada juntamente com as
paredes de concreto, em uma forma estrutural única, obedecendo as deformações relativas entre um e outro
(WENDLER, 2012).
Para facilitar a montagem correta do sistema de fôrmas, a fundação deve ser elaborada com perfeito
nivelamento. Recomenda-se que seja executada uma laje radier (Figura 4) no nível do solo, para servir como
apoio para as paredes de concreto. É importante que essa laje, seja construída ultrapassando os limites dos
painéis externos das fôrmas, para facilitar a montagem das mesmas e contribuir para o apoio dos
escoramentos. (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2011).
Figura 4 - Radier

Fonte: APL Engenharia, 2019

3.3.2 Projeto Estrutural

Segundo a NBR 16.055 (2012), as paredes totais de cada ciclo devem ser concretadas em uma única
etapa, o que permitirá, que após a remoção das fôrmas, as paredes já possuam vãos para portas e esquadrias,
tubulações e eletrodutos de porte reduzido, entre outros elementos caso se faça necessário. As instalações
com tubos de maiores diâmetro, não devem ser embutidas na parede: deverão ser realizados shafts, onde
estarão tais tubos, anteriormente previsto em projeto. A decisão de acoplar tubos de diâmetros maiores dentro
da parede deve ser exclusivamente do engenheiro estrutural, levando em consideração a importância da
manutenção de tais instalações ao decorrer da vida útil da edificação.

3.4 Fôrmas

De acordo com a NBR 15.969 (2009) as fôrmas podem ser definidas em estruturas provisórias utilizadas
para moldar o concreto fresco, garantindo resistência às cargas variáveis resultantes do lançamento do
concreto, até que o mesmo se transforme em autoportante. Um sistema de fôrmas é composto, além das
próprias fôrmas, pelo escoramento, pelo cimbramento, por aprumadores e pelos andaimes.
Para a realização de um bom sistema de fôrmas, segundo a NBR 16.055 (2012), a escolha do tipo
adequado de fôrma e a elaboração de um projeto de fôrmas de qualidade, é indispensável para um bom
resultado final. Portanto esta norma estabelece alguns requisitos para as fôrmas:
• Deve ter resistência a ações de cargas variáveis e ações de intempéries;
• Possuir rigidez suficiente para manter a qualidade dos elementos estruturais;
• Manter-se estanque e com um padrão adotado em todas as fôrmas;
O projeto de fôrmas deve especificar: os materiais utilizados, definir a posição dos elementos a serem
utilizados, expressar os critérios que foram adotados para o cálculo de dimensionamento e um detalhamento
com plantas, cortes e elevações; todos de maneira inteligível e objetiva (NBR:15.696, 2009).
3.4.1 Cuidados Precedentes

Como cita a norma NBR 16.055 (2012), após a finalização do projeto de fôrmas, o responsável pela
obra deve analisar e verificar possíveis equívocos e sanar quaisquer dúvidas, antes de iniciar a montagem.
Com o projeto verificado, inicia-se o processo de montagem das fôrmas. Em seguida, antecedendo o
lançamento do concreto, devem ser conferidos os tamanhos e posicionamento das fôrmas; a parte interna de
todas deve estar limpa e com as juntas vedadas, para evitar vazamentos de concreto ou argamassa. Entretanto,
fôrmas que absorvem água, devem ser molhadas até o saturamento máximo da mesma, reduzindo a perda de
água do concreto. Além disso, devem ser realizadas nas fôrmas as devidas precauções perante o risco à
incêndios.

3.4.2 Tipos de Fôrmas

A técnica construtiva de paredes de concreto moldadas no local, segundo a Norma NBR 16.055 (2012),
aceita a utilização de três tipos de fôrmas, sendo elas as metálicas, plásticas e de madeira.
De acordo com NBR 15.699 (2009), além dos mais usuais, há outros tipos de materiais que podem ser
utilizados como fôrmas, entre eles: papelão, placas de madeira, porém devem seguir as normatizações do
fabricante, sendo necessário a comprovação da sua eficácia em testes controlados.
Segundo a Comunidade da Construção (2011), para a realização das paredes de concreto moldadas
no local, os tipos de fôrmas mais comum nas obras são as seguintes:
• Fôrmas metálicas: Neste tipo de fôrma são aplicados quadros de metal para o escoramento e chapas
metálicas para o acabamento final das paredes (Figura 5).

Figura 5 - Fôrmas metálicas

Fonte: NeoFormas, s.d.


• Fôrmas de madeira e metal: as partes metálicas são utilizadas como a estrutura das fôrmas e para o
fechamento é usado o compensado de madeira;
Figura 6 - Fôrmas de madeira

Fonte: Comunidade da Construção, 2011.

• Fôrmas plásticas: são compostas de plástico reciclado, tanto para a parte de travamento, quanto para
a contenção do concreto.

Figura 7 – Fôrmas Plásticas

Fonte: Entenda Antes, 2020

3.4.3 Escoramentos

O projeto de escoramento deve prever em seu respectivo dimensionamento, a resistência às


deformações que possam ser prejudiciais a aparência do concreto ou provocar esforços que não foram
presumidos. Devem ser considerados, em um projeto de escoramento, a deformação, a flambagem das escoras
e aos movimentos que estarão sujeitos, como por exemplo, a vibração do concreto. Além disso é necessário
precauções com o solo, para evitar recalques que sejam danosos, utiliza-se de alguns materiais para uma
regularização do piso e uma melhor distribuição dos esforços, como por exemplo chapas de madeira. (NBR
16.055, 2012).

3.4.4 Retirada das Fôrmas e Escoramento

A remoção das escoras e fôrmas, como cita a NBR 14.931 (2004), deve ocorrer de acordo com o plano
de desforma previsto, para que não haja nenhuma avaria no desempenho da estrutura, mantendo-se a
segurança. Portanto, não devem ser removidas as fôrmas e escoras até que o concreto tenha resistência
suficiente para resistir a carga estrutural exigida ao elemento estrutural em questão; não permitir deformações
que excedam os limites toleráveis normativos; não causar danos a superfície do mesmo. Para atender estes
requisitos o projetista deve informar aos responsáveis pela execução, os valores necessários de resistência a
compressão e módulo de elasticidade que devem ser seguidos.
Na remoção das fôrmas, do escoramento e dos aprumadores, não deve haver qualquer dano as paredes
de concreto que comprometam a durabilidade ou a estética. Quando forem necessários agentes desmoldantes,
devem ser aplicados diretamente nas fôrmas, antecedendo a montagem da armação. (NBR 14.931, 2004)

Figura 8 - Tirantes metálicos

Fonte: SIENGE, 2019.

3.5 Armação

De acordo com a NBR 16.055 (2012), para que a estrutura seja armada com qualidade e de forma
correta, é necessário que o executor se atente a alguns cuidados citados em seu item 18.3, tais como: não se
deve alterar a qualidade do aço especificada no projeto, em parte alguma da estrutura, sem a aprovação prévia
do projetista; é necessária a verificação da integridade das armaduras quando são entregues no canteiro de
obras; devem ser estocadas em local limpo, coberto e livre do contato com o solo, para que se evite a oxidação
das mesmas; as peças devem ser organizadas, de modo a prevenir uma troca involuntária no momento da
armação; armaduras que apresentarem sinais de corrosão, devem passar por limpeza e, posteriormente, a uma
análise de sua condição de utilização.
Ainda conforme cita a NBR 16.055 (2012), no item 8.2, podem ser utilizadas nas paredes de concreto,
três tipos de armaduras distintas, sendo elas: tela de aço soldada; barras e fio de aço; e treliças eletro soldadas.
Segundo Associação Brasileira de Cimento Portland (2007), a armação mais utilizada no sistema de
paredes de concreto é a tela de aço soldada, posicionada no eixo vertical da parede. Reforços de telas ou
barras são utilizados em pontos estratégicos da estrutura, como bordas, vãos de portas e janelas. Em edifícios
mais altos, são necessárias duas camadas de telas soldadas, posicionadas verticalmente, acompanhadas de
reforços verticais em suas extremidades.
As armaduras devem atender a três requisitos básicos: resistir a esforços de flexo torção nas paredes,
controlar a retração do concreto e estruturar e fixar as tubulações de elétrica, hidráulica e gás (MISURELLI e
MASSUDA, 2008).

Figura 9 - Armação com tela soldada

Fonte: Wendler, 2018.

3.6 Concreto
3.6.1 Tipos de Concreto

Segundo Misurelli e Massuda (2009), existem no Brasil, quatro tipos de concretos recomendados para
esse sistema construtivo: concreto celular; concreto com elevado teor de ar incorporado – até 9%; concreto
com agregados leves ou com baixa massa específica; e o concreto convencional ou autoadensável.
De acordo com a ABCP (2007), o concreto celular (Tipo L1), tem como suas principais características a
baixa massa específica e o bom desempenho térmico e acústico. Esse tipo de concreto é usualmente utilizado
em estruturas de até dois pavimentos, desde que atenda a resistência mínima de 4MPa. O concreto com alto
teor de ar incorporado – até 9% (Tipo M), possui características semelhantes ao concreto celular, obtendo bons
desempenhos mecânicos e termoacústicos e indicado para casa térreas e sobrados, exigindo uma resistência
mínima de 6MPa.
Já o concreto com agregados leves ou com baixa massa específica (Tipo L2), também pela ABCP
(2007), apresenta uma leve inferioridade aos anteriores, quando suas características térmicas e acústicas são
comparadas. Esse tipo de concreto atende a qualquer tipo de estrutura que necessite de uma resistência de
até 25 MPa.
Por último, ainda de acordo com a ABCP (2007), o concreto autoadensável se apresenta como uma
ótima alternativa para esse sistema construtivo, possuindo atributos relevantes como: aplicação rápida, feita
por bombeamento, mistura extremamente plástica, que despensa o uso de vibradores.

Figura 10 - Concreto autoadensável

Fonte: Portal do Concreto, 2021.

3.6.2 Concretagem

O sistema construtivo de paredes de concreto, apresenta a moldagem in loco dos elementos estruturais,
como sua principal característica. Essa condição, faz com que o acompanhamento e controle do concreto seja
de extrema importância. A necessidade de uma boa trabalhabilidade do concreto adotado, também é levada
em consideração, para que o preenchimento das formas ocorra de forma homogênea e sem segregações.
(COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2011).
De acordo com a NBR 16.055 (2012), o concreto destinado aos elementos estruturais, pode ser
preparado pelo executor ou por uma empresa de concretagem, sendo que ambos devem cumprir as etapas de
preparo e assumir a responsabilidade pelo serviço prestado.
Para que o insumo apresente boas condições no momento da concretagem, a NBR 7.212 (2021), cita
que os processos de recebimento, liberação e amostragem para controle do projeto devem atender ao
estabelecido na NBR 14.931 (2004), no item 5.3.
O tempo decorrido de transporte do concreto, com início na primeira adição de água, até a entrega no
canteiro de obra é um fator muito importante para a qualidade do mesmo. Esse tempo deve ser fixado, de
forma a evitar a formação de junta fria, sendo inferior a 90 minutos, e considerando que a descarga não
ultrapasse 150 minutos. No caso do concreto autoadensável, deve-se reduzir o tempo de aplicação em até 40
minutos (ABCP, 2007).
A Associação Brasileira de Cimento Portland (2007) ainda descreve que, o lançamento do concreto
deve ser o mais próximo possível da sua posição final desejada, de modo a evitar incrustações de argamassa
nas faces internas das fôrmas e nas armaduras, devendo garantir a homogeneidade do concreto. Em peças
altas e estreitas, o concreto deve ser lançado por aberturas nas laterais das fôrmas ou por meio de funis e
trombas.
Imediatamente após a etapa de lançamento, o concreto deve ser vibrado, de forma cuidadosa e com
equipamento apropriado, até que o mesmo preencha todos os espaços vazios da fôrma. Deve-se tomar as
precauções necessárias nessa etapa, para que se evite a formação de ninhos ou segregações dos materiais.
É de extrema importância que se evite a vibração de armaduras, para que não formem vazios ao seu redor,
evitando prejuízos de aderência entre concreto e aço. (MISURELLI e MASSUDA, 2009).

Figura 11 - Concretagem de Parede de Concreto

Fonte: Mapa da Obra, 2016.

3.7 Instalações Prediais

Uma das mais importantes características do sistema de paredes de concreto é permitir que sejam
embutidos em seu interior, todas as instalações previstas em projeto, tais como tubulações elétricas e
hidráulicas, entre outros (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2010).
O processo se inicia logo após a armação da estrutura, fixando os elementos nas telas de aço de
paredes e lajes. É importante respeitar os espaçamentos solicitados no projeto, para isso utiliza-se espaçadores
específicos para cada tipo de componente (VIEIRA, 2019).
A NBR 16.055 (2012), prega que as tubulações verticais podem ser embutidas nas paredes de concreto,
desde que atenda a todas condições do item 13.3. Não são admitidas tubulações horizontais, exceto em trechos
não estruturais, de até um terço do comprimento da parede, e que não ultrapasse um metro. Tubulações em
encontros de paredes, em qualquer sentido, não são permitidas.
3.7.1 Instalações Hidráulicas

As tubulações que serão instaladas sob a estrutura, devem ser demarcadas no terreno, a partir de
pontos locados pela topografia, dentro de valas escavadas, antes da armação e concretagem do radier. Deve-
se vedar as extremidades para evitar a entrada de concreto nas tubulações. (GÓES, 2013).
No interior das paredes as tubulações são fixadas nas armaduras, com arame recozido. É necessário o
uso de espaçadores entre a tubulação e as faces das telas de aço, para garantir o cobrimento e a passagem
de concreto entre os elementos (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2011).

3.7.2 Instalações Elétricas

Na montagem da rede elétrica, as caixas de interruptores, tomadas, luzes, e eletrodutos, são fixadas
nos painéis através de gabaritos, de acordo com o projeto, para que seja evitado deslocamento. Os orifícios
das caixas de passagem e tubulações, devem ser tampados, de modo a impedir a passagem do concreto.
Como nas instalações hidráulicas, é de extrema importância o uso de espaçadores entre aço e a rede de dutos
(COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2011).

Figura 12 - Instalações hidráulicas e elétricas fixadas às armaduras

Fonte: Ecopore, 2020.


4. Vantagens

A utilização das paredes de concreto moldadas no local é relevante em casos onde haverá grande
repetição e exista uma padronização das edificações (Figura 13), normalmente sendo utilizada por construtoras
que necessitam realizar obras em um período reduzido de tempo (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2011).
Além disso, neste método construtivo, a industrialização da obra gera muitas vantagens, principalmente
na diminuição de itens a serem controlados, direcionando o foco aos principais: a elaboração das fôrmas, a
montagem da armadura, a realização das instalações e a concretagem (LORENCETO, 2018).
Outra vantagem encontrada é o controle de qualidade gerado pelas atividades programadas e não
artesanais, além da utilização de materiais que possuem uma fabricação controlada, garantindo uma melhor
qualidade do produto final (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2011).
A velocidade de execução é uma das principais vantagens na utilização desta técnica de construir:
devido a utilização do concreto autoadensável, consegue-se produzir uma unidade habitacional de 60 metros
quadrados completa, em apenas um dia. Porém o processo se torna viável apenas a partir de certa quantidade
de unidades, onde requer uma alta repetição (MAYOR, 2012).

Figura 13 – Padronização das Edificações

Fonte: Ecopore, 2020.

Para Wendler e Junior (2019) as paredes de concreto apresentam um dos melhores desempenhos em
quesitos estruturais, mecânicos e de durabilidade. Entretanto, quando se aborda sobre os desempenhos
térmicos e acústicos, cria-se uma inconstância, dependendo de vários fatores que influenciam: o bom
desempenho térmico está diretamente relacionado ao projeto arquitetônico; e para um bom resultado acústico,
dependerá da espessura da parede entre outros fatores.
Todo o processo da execução é normatizado, seguindo no atual momento, a NBR 16.055 (2012). Esta
norma descreve o processo executivo das paredes de concreto, abordando todos os procedimentos, além de
detalhar todos os requisitos para a utilização do mesmo.

5. Desvantagens
Apesar das vantagens citadas anteriormente, existem também algumas desvantagens desse método
construtivo, tais como, um alto custo de investimento em fôrmas; viável financeiramente apenas quando se trata
de construções padronizadas em grande quantidade (como os conjuntos habitacionais, por exemplo), pois se
tem uma maior reutilização das fôrmas; casas de alta complexidade arquitetônica possuem um alto custo
elevado nas fôrmas e a sua reutilização é mais restrita. A logística também é uma das desvantagens, pois há
a complexidade de transportar as fôrmas, já que são grandes e pesadas, além de que o transporte constante
pode causar danificações nas mesmas. O concreto também pode se tornar uma desvantagem na logística
devido à exigência com tempo de fabricação até a utilização final. (2016, MACÊDO apud BRUNING e
TEIXEIRA, 2021, p. 36-37)
Outra característica que não favorece as paredes de concreto, é a respeito de possíveis erros de
execução ou futuras patologias, que caso ocorra, há um grau elevado de dificuldade para manutenção. Também
é necessário reduzir a quantidade de tubulações elétricas e hidráulicas que passem por paredes, além de que
há um limite de paredes sem travamento, o que acarretará em maior espessura da parede e maior esbeltez
(SGOBBI, 2021).

6. Considerações Finais

A pesquisa abordou, como objetivo geral, a apresentação do processo executivo do método de paredes
de concreto moldadas in loco para a realização de edificações residenciais, haja visto a necessidade das
construtoras em buscar uma industrialização da construção civil, através de técnicas mais rápidas e eficazes.
Com a apresentação do processo executivo das paredes de concreto foi possível verificar as principais
vantagens da utilização deste método: a velocidade na construção das edificações; e o maior controle de
qualidade, gerado pela diminuição de etapas da obra e pela utilização de materiais industrializados, como o
aço e o concreto.
Além disso, esta técnica construtiva possui uma normatização específica, a NBR 16.055 (2012), que
no momento está sendo revisada, para uma possível atualização. Para a realização das fôrmas pode-se levar
em consideração também, a utilização da norma NBR 15.696 (2009), que detalha os tipos e a execução das
mesmas.
Entretanto, o método construtivo das paredes de concreto torna-se viável a partir de algumas premissas,
sendo as principais delas: a repetitividade que existe na construção de edificações semelhantes, como por
exemplo em projetos de habitação social, e a construção em larga escala com tempo limitado de prazo.
Portanto, com a alta demanda da construção civil, partindo do pressuposto de construir edificações
padronizadas em larga escala e em períodos reduzidos de tempo, a utilização do método das paredes de
concreto moldadas no local, se torna uma grande aliada das construtoras que desejam concentrar-se neste
âmbito.
7. Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). COLETÂNEA DE ATIVOS: PAREDE DE


CONCRETO, 2007/2008. Disponível em: <https://abcp.org.br/wp-
content/uploads/2016/02/Coletanea_PC2007-2008.pdf>. Acessado em: 17 de abril

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (Brasil). NBR 16.055:2012: Paredes de concreto


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