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RESUMO
O processo construtivo tem passado por inúmeras mudanças ao longo dos anos, os
materiais, as técnicas e métodos foram evoluindo conforme as necessidades
humanas se apresentavam mais constantes, mais fluídas e distintas, até chegar nos
métodos estruturais conhecidos e aplicados atualmente.
O motivo dessa monografia é salientar que muitas dessas mudanças foram
ocasionadas pela influência climática de cada região, dos materiais disponíveis, dos
métodos utilizados por cada povoação, a alvenaria estrutural teve diversos
mecanismos para ser executada e conforme o passar do tempo, vimos países se
tornarem referência nos avanços construtivos deste sistema, países como Alemanha,
Inglaterra, Suíça e Estados Unidos são os precursores de métodos como estrutura
metálica junto a alvenaria estrutural, uso de grautes e etc. No Brasil, as evoluções
dentro da alvenaria são, em grande parte, por influência dos europeus e da própria
geografia do país.
A análise de artigos e estudos sobre esses avanços e as formas aplicáveis das novas
técnicas foi cuidadosamente elaborado, com fontes confiáveis e materiais de estudo
atualizados.
Ao observar a evolução da alvenaria estrutural na história da construção civil, está
claro como sua importância tem crescido ainda mais dentro desse setor, ganhando
ainda mais relevância e sendo cada vez mais utilizado nos projetos de edifícios,
utilizando-se de recursos que aumentem e garantam sua qualidade e eficiência, como
o graute e materiais de qualidade ímpar.
Palavras-chave: Graute, Alvenaria Estrutural, Materiais, Grauteamento, Tecnologia.
1. INTRODUÇÃO
Um dos pontos evolutivos onde podemos encontrar mais avanços no decorrer
dos anos na história da humanidade, é a construção. O ato de abandonar o
nomadismo e se fixar em pontos estratégicos, levou o homem a adaptar sua nova
moradia de acordo com a sua necessidade, que foi se transformando e ganhando
mais peso conforme o passar do tempo. A habitação deixou de ser apenas o local
onde se protege dos animais e da chuva, tão logo a demanda de tornar aquele lugar
mais confortável e mais resistente ao tempo começou a surgir e com isso, o
surgimento dos métodos construtivos que foram se alterando com a evolução
humana.
A incidência de materiais, dos métodos empíricos, da geografia e clima
também influenciaram essas mudanças, enquanto egípcios e romanos dispunham de
pedras grandes e resistentes que compunham a estrutura de suas edificações, os
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persas usavam tijolos de adobe que eram secos ao sol, para construírem casas e
templos, visto que não se encontravam em áreas que possuíam grandes quantidades
de pedras nobres para a construção. Fenômenos climáticos como chuvas intensas,
alagamentos, ventos e terremotos também são fatores determinantes para que a
alvenaria estrutural ganhasse novos rumos e novos elementos dentro de seu sistema,
como a estrutura metálica e o graute.
A alvenaria estrutural tem ganhado cada vez mais relevância dentro da
construção civil, se tornando um dos métodos construtivos mais utilizados nesse
meio, seja por sua qualidade e resistência, permitindo que as edificações
permaneçam intactos — tal como as pirâmides no Egito ou o Coliseu na Itália —,
quanto pela economia que a aplicação deste método gera no orçamento geral
daquela obra. Os estudos acerca da alvenaria estrutural vêm garantido que mais
inovações e técnicas de qualidade sejam aplicadas ao método, dando mais
visibilidade à alvenaria estrutural.
Atualmente, a alvenaria estrutural tem se tornado um sistema cada vez mais
presente e marcante no cenário da construção civil, a resistência, eficiência, o menor
custo e a facilidade para sua execução tem feito esse sistema ainda mais atrativo
para as construtoras e ganhando mais espaço no canteiro de obras, garantindo mais
resistência para a edificação que será construída ali.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Metodologia
Este artigo foi elaborado a partir da pesquisa e revisão bibliográfica de artigos,
revistas, livros e estudos de casos acadêmicos nas bases de dados Scholar e SciElo,
entre os anos de 2002 e 2022.
Os métodos utilizados neste artigo foi a pesquisa descritiva e qualitativa e a
análise da bibliografia selecionada.
Graute, alvenaria estrutural, materiais, grauteamento e processos construtivos
foram as palavras-chave para definir quais foram os conteúdos que fomentaram essa
pesquisa.
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Programa de projeto Escopo de projeto
O programa de projeto fornece as
Fornece ao cliente e a toda equipe
necessidades de cada cliente, focadas
no produto desejado e direciona o técnica a hierarquização das ações no
profissional sobre o que e como o
contexto macro das atividades técnicas.
cliente deseja alcançar seu objetivo.
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incluindo as disciplinas, estruturas,
instalações, projeto de arredores e
demais.
Projeto legal Projeto legal e diretrizes
Projeto que garante a aprovação da
Projeto onde o foco é garantir a
edificação no município e outras esferas
aprovação para edificação perante o do governo para a expedição de
diretrizes construtivas do próprio
município.
empreendimento e/ou arredores. Nesta
fase, é possível realizar o
desenvolvimento modulado.
Anteprojeto Pré-executivo
Aqui, depois de discutir previamente as
Etapa que as atividades de
compatibilizações entre o anteprojeto e
desenvolvimento alteram a escala e há o projeto legal, dá-se início ao
dimensionamento definitivo para os
o acréscimo da coordenação e
projetos de estrutura, instalações e
compatibilização às demais disciplinas. afins, momento em que a maculação
está fechada, o desenvolvimento
acontece em outra escala, e o zoom se
fecha acerca das interferências
construtivas e os diversos
componentes.
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2.3. Processos construtivos
Sabbatini (2002) afirma que os processos construtivos de alvenaria estrutural
(PCAE) são modos específicos de construir os edifícios, caracterizados por empregar
suporte paredes de alvenaria e lajes enrijecedoras como estrutura, ser dimensionada
por meio de cálculos racionais e de confiança determinada e ter alto nível de
organização e produção, como um meio de possibilitar projetos e construções
racionais.
Ainda analisando o PCAE, encontra-se o PCAE não armado (PCAE-NA)
presente na figura 1, também conhecido como alto suporte, que emprega a estrutura
sem armação, composta por reforços metálicos localizados em finalidades
construtivas como cintas, vergas e contravergas, em amarrações entre as paredes e
nas juntas horizontais, com o intuito de evitar fissuras.
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Fonte: Núcleo do Conhecimento (2018)
A alvenaria protendida, segundo Tauil e Nesse (2010) é o tipo de alvenaria
reforçada por uma armadura ativa, que expugna a alvenaria a esforços de
compressão; este tipo de alvenaria é raramente utilizada devido ao custo elevado
para o padrão da construção.
2.4. Graute
O graute é um elemento construtivo formado por agregados e possui alta
plasticidade, com o slump preciso para preencher os vãos e se acomodar nos vazios
próprios da alvenaria estrutural. Utilizado no interior dos blocos para aumentar a área
de seção do bloco e assim dando mais resistência para o ponto de alvenaria
grauteado, elevando a resistência de sobrecarga naquele ponto.
Para que isso ocorra com sucesso, é preciso ter um concreto com um bom
nível de trabalhabilidade, já as condições para lançamento nem sempre são
favoráveis e as armaduras internas não colaboram, por este motivo o cuidado com o
graute precisa ser maior.
Focando no graute com boa resistência e uma peça uniforme, é necessário
que bloco, argamassa de assentamento, aço e graute estejam bem integrados entre
si, conforma a figura 3 apresenta a seguir:
Figura 3 — Graute
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Fonte: Chalé de Madeira (2018)
Tauil e Nese (2010) dizem que o processo de grauteamento será em diferentes
pontos de concentração de carga, como vergas, contravergas, canaletas, cintas de
amarração e em pontos verticais, que são definidos por um projetista estrutural,
elevando a resistência na alvenaria. É preciso recordar que o ato que movimenta o
concreto é feito manualmente com o auxílio de uma barra de ferro, sem a
necessidade de usar um vibrador, para que não aconteça a destruição da aderência
dos blocos.
Enquanto se realiza sua aplicação, precisa haver dedicação redobrada,
garantindo que tome cuidado nos lugares corretos, tratando de espalhar e preencher
todo o vão disponível; devido a fluidez do graute, o correto é despejar o material de
maneira contínua no local pretendido, indo de acordo com o processo de ação e
evitando o aparecimento de bolhas, desta forma facilitando a compactação deste
material. É um elemento que se executa rapidamente e não deve ser aplicado com a
ajuda de uma colher de pedreiro, pois pode influenciar negativamente no desperdício
de insumo e o uso da ferramenta pode contribuir para o desempeno da massa, já que
pode forçar sua acomodação, que deve ser feita naturalmente. A recomendação é
alisar a superfície para torná-la plana e regular, garantindo a continuidade plena da
obra.
De acordo com Pastro (2007), é necessário se atentar a alguns cuidados como
a abertura de nichos nos blcoos da primeira fiada, para garantir que a área esteja
limpa e aderente. Também é preciso ter cuidados mais diretos com a argamassa para
o assentamento, evitando que tenha contato com outros materiais e acabe
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interferindo na união dos blocos. O local que será grauteado precisa estar em
condições limpas de qualquer empecilho que possa interferir no processo,
recomenda-se que limpe o local a cada seis fileiras de tijolos, para conseguir acessar
a sujeira.
A NBR 8798-RJ abrange todos os processos de execução e controle de obras
em alvenaria estrutural de blocos vazados.
3. RESULTADO E DISCUSSÃO
A fim de elevar a resistência da alvenaria estrutural, processos como a
alvenaria armada, não armada e protendida foram incluídas na execução deste
sistema, cada uma com características muito singulares que determinam à sua
maneira como a alvenaria vai se comportar conforme o tempo, também afetam
diretamente o custo da construção, seja com materiais, insumos e o tempo disposto
para tal.
Segundo Pastro (2007), a racionalização que ocorre após a definição do
processo construtivo, trabalhará diretamente no impacto dos custos da obra, uma
vez que se define se haverá vergas e contravergas ou grautes naquela
construção, desta forma, limita-se o tipo insumo necessário, o tempo gasto nas
atividades feitas e na execução final no projeto de obra.
Tauil e Nese (2010) expõem que o processo construtivo deve ser definido após
a elaboração da coordenação modular, onde são organizadas as “peças” que irão
compor o edifício a ser construído, analisando tudo baseado em medidas
pré-definidas. Dentro da alvenaria estrutural, se tratando da coordenação modular,
muitos autores concordam com a medida de M=100 como a menor unidade de
medida modular inteira da quadrícula, de referência igual a 100 x 100 mm. Os autores
salientam que ao projetar modularmente, permite que exista perfeita organização dos
espaços e a compatibilização dos elementos construtivos, aliando a flexibilidade de
atender o escopo, proposta técnica e o partido arquitetônico, delimitado pelo
arquiteto. O módulo é definido a partir do bloco de concreto que está disponível em
mercado e assim todo o processo da organização modular ocorre de forma
automática, servindo de referência para as medidas internas e externas de todos os
ambientes daquele projeto.
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Tauil e Nese (2010) também apresentam três tipos de modulações: a
modulação de 20, onde as paredes possuem espessura de 10, 15 ou 20 cm. Nesta
modulação, todas as dimensões de 1 cm estão referidas aos ajustes necessários de
coordenação entre os elementos modulares, de modo que atendam o projeto
arquitetônico e aos outros projetos de demais disciplinas.
A seguir os autores apresentam a modulação de 30, que as paredes possuem
espessura de 15 cm, aqui as combinações feitas com blocos de 15, 30 e 45 cm
possibilitam atender a uma diversidade grande de vãos modulares usando-se de
peças da mesma família de blocos de concreto.
Por último, Tauil e Nese (2010) finalizam com a modulação vertical, que é um
multimódulo 2M (20 cm) que atende a norma de coordenação modular e a norma de
especificação de blocos de concreto NBR-6163.
Segundo Tauil e Nese (2010) sendo um componente importante dentro da
alvenaria estrutural, o graute aparece como um adendo na resistência daquela obra,
principalmente se o processo usado for a alvenaria armada ou parcialmente armada.
O graute é formado por polímeros que garantem que o material possua plasticidade
para se acomodar naturalmente nos vãos dos blocos e não quebrar após o
endurecimento.
4. CONCLUSÃO
A alvenaria estrutural tem apresentado continuamente resultados que impactam
positivamente em na qualidade, resistência e economia da obra onde está sendo
executada. Conforme estudos e experimentos foram sendo realizados dentro deste
método construtivo, a humanidade tem se deparado com números positivos que
influenciaram para que a alvenaria estrutural fosse aplicada com mais frequência na
construção civil; muito proveniente da longevidade de grandes construções da
Antiguidade que foram erguidas com a alvenaria estrutural como as Pirâmides de
Gizé no Egito e o Coliseu na Itália. A diminuição no tempo de execução, a baixa nos
gastos com insumo e mão de obras se tornaram um fator determinante para que a
alvenaria estrutural se popularizasse com o passar dos anos.
Seus processos construtivos também exercem papéis interessantes quando o
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estudo preliminar no projeto se inicia, alvenaria armada, não armada e protendida
aparecem como influentes para entender que tipo de material, obra e outros
elementos processuais vão demandar mais atenção durante a execução, assim
como o graute ganha mais protagonismo nesse sistema, afetando também a
resistência e acabamento da obra, com detalhes específicos que demandam
atenção para obter o sucesso pretendido na obra.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ARTIGO - Atividade 2
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