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Abstract
According to the Brazilian Standard ABNT NBR 15823 (2017), unlike Conventional Pumped Concrete (CCB),
Self-compacting Concrete (SCC) consists in a material capable of flowing, self-densing, filling the molds and
passing through embedded only by its weight. own. Thus, due to its advantages such as reduced labor and
increased structural durability, it has been gradually more used, being used in works such as residential
buildings in Fortaleza, Ceará, and Shopping Flamboyant, in Goiânia, Goiás. Therefore, this article aims to
analyze the technical and economic feasibility of replacing Conventional Concrete with Self-Compacting
Concrete in a building in the metropolitan region of Goiânia, Goiás. For the comparative effect of this
analysis, economic data were collected for executions in both types of concrete referring to materials,
equipment, labor and technological control, which showed an overall savings of 8.13% for executions in CAA
due, above all, to the reduction in the amount of labor by 42.9%, as well as a lower cost of material for the
Self-compacting Concrete acquired by the construction company, which corresponded to a difference of
R$33.00/m³ of the concrete. Furthermore, the results of the technological control tests carried out on site
using the Statistica 7 program were analyzed, which showed higher compressive strength results for the
SCC, 23.9% higher, with a confidence level of 95%. Furthermore, higher productivity was determined after
replacing the material in the enterprise, given the Production Unit Ratio (RUP) values of 0.53 Mh/m³ and 0.31
Mh/m³ for the CCB and CAA, respectively. Thus, concrete efficiency values of R$11.68/MPa were obtained
for the CCB and R$9.13/MPa for the CAA, concluding technical and economic advantages for the Self-
compacting Concrete.
Keywords: Self-compacting concrete, Conventional pumped concrete, Technical feasibility, Economic feasibility.
Visto que o Módulo de Elasticidade especificado no projeto é 34 GPa, conclui-se que 40%
do espaço amostral tem resultados iguais ou superiores ao especificado, sendo assim,
conformes. Os resultados não conformes foram enviados para análise do projetista da
estrutura, conforme determina o plano de qualidade da empresa.
4.4 Comparativo de custos
Para a composição de custos, inicialmente efetuou-se comparativo de mão de obra, para
o qual coletou-se o dimensionamento das equipes executoras das concretagens. O
quantitativo de mão de obra foi fornecido pela construtora e apresenta-se na Tabela 14.
Tabela 14 – Quantitativo de mão de obra
CCB CAA
Função
MO Própria Terceiro MO Própria Terceiro
Estagiário 1 0 1 0
Encarregado 1 1 1 1
Mestre de Obras 1 0 1 0
Pedreiro 0 4 0 1
Ajudante 2 4 1 2
Parte do serviço de concretagem foi executado por equipe terceirizada, para a qual cada
funcionário foi contabilizado como componente assalariado de forma similar aos
colaborados da construtora de mesmo cargo e função (mão de obra própria). As fichas
salariais para cada uma das funções apresentadas, com encargos trabalhistas, foram
disponibilizadas pela construtora. Dessa forma, calculou-se o custo com mão de obra de
cada hora de concretagem para os concretos CCB e CAA, apresentado na Tabela 15.
Tabela 15 – Custo de mão de obra por hora de concretagem (R$/h)
Indicador CCB CAA
Custo MO (R$/h) 290,95 195,47
Complementarmente, calculou-se o tempo de cada concretagem e o respectivo volume de
concreto executado nesse tempo, conforme disposto na Tabela 16. Com essas
informações, calculou-se o custo médio com mão de obra gasto para a execução de cada
m³ de concreto CCB e CAA (R$/m³), conforme apresentado na Tabela 16.
Tabela 16 – Custo da mão de obra por tipo de concreto
Pavimento Tempo (h) Volume (m³) Custo MO (R$/m³)
T 9,63 232,00 12,08
G1 9,73 288,00 9,83
G2 9,42 291,00 9,41
CCB G3 8,58 236,00 10,58
G4 8,62 192,00 13,06
L 9,80 253,00 11,27
Média CCB 11,04
1º Tipo 7,83 208,00 7,36
4º Tipo 5,82 133,00 8,55
5º Tipo 4,62 128,00 7,05
CAA 6º Tipo 4,63 138,00 6,56
7º Tipo 4,88 135,00 7,07
8º Tipo 5,13 135,00 7,43
10º Tipo 5,13 140,00 7,17
Observa-se, assim, que execuções em CCB possuem valor médio de RUP 70,9%
superior ao apresentado pelo CAA. Portanto, considerando-se que quanto maior a Razão
Unitária de Produção, menos produtivo é o sistema analisado, os resultados evidenciam
que concretagens em CAA são notoriamente mais produtivas. O resultado apresentado
confirma padrões estabelecidos em estudos como Costa e Cabral (2019), que apresentou
uma razão até 164,17% maior para o CCB.
5 Conclusões
Considerando as particularidades do estudo de caso apresentado, no que tange a
arquitetura, tipologia, projeto estrutural, características mecânicas do concreto,
localização, logística de obra, preços de materiais, ferramentas e equipamentos de
Goiânia; pode-se tecer as seguintes conclusões.
Conclui-se da classificação de consistência dos concretos analisados que 100% do CCB
era de classe S100. Já para o CAA, 15% dos resultados apresentaram consistência
reduzida devido às complexidades estruturais, sendo, portanto, classificados em S220,
53% tiveram classe SF1 e 32% classe SF2.
Já, a respeito da resistência à compressão, a análise estatística deixa claro que há
diferença significativa em relação aos dois tipos de concreto e nas mesmas idades
analisadas (3 dias, 7 dias e 28 dias). Os valores de resistência à compressão do CAA são
superiores aos do CCB. Além disso, para o módulo de elasticidade aos 28 dias de idade,
foram apenas 10 concretagens analisadas, e destas, apenas 40% dos resultados estavam
conforme especificados em projeto.
Quanto a viabilidade econômica, o CAA proporcionou uma redução em 7,67% dos custos
em relação ao CCB considerando-se valores relativos à mão de obra, equipamentos,
material e controle tecnológico. A substituição do CCB pelo CAA gerou uma economia
para o empreendimento de R$ 207.397,29.
Conclui-se também que, os sistemas de concretagens realizados em CAA revelam-se
como mais produtivos. A RUP para execuções em CCB foi 70,9% superior à do CAA, e
retrata, portanto, a melhor trabalhabilidade e agilidade da execução do sistema estrutural
em CAA.
6 Referências
COSTA, Ada Catarina Soares de Sena; CABRAL, Antonio Eduardo Bezerra. Estudo
comparativo entre o concreto autoadensável e o concreto convencional vibrado em
obra vertical. Ambiente Construído, v. 19, n. 4, p. 289-301, 2019.
COUTO, José Antônio Santos et al. O concreto como material de construção. Caderno
de Graduação-Ciências Exatas e Tecnológicas-UNIT-SERGIPE, v. 1, 2013.
FARIA, R. Solução fluida. Revista Téchne n° 132, 2008. Disponível em:
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/132/artigo286483-2.aspx>. Acesso em: 4 set.
2014.