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Econômico-Financeiro de Obras
Públicas
Instrutor:
André Pachioni Baeta
Introdução
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O que aconteceu entre janeiro/2020 e abril/2021?
▪ Janeiro de 2020 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre jan/2020 e abril/2021?
▪ Abril de 2021 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre jan/2020 e abril/2021?
▪ Janeiro de 2020 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre jan/2020 e abril/2021?
▪ Abril de 2021 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre jan/2020 e abril/2021?
▪ Janeiro de 2020 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre Jan/2020 e abril/2021?
▪ Abril de 2021 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre jan/2020 e abril/2021?
▪ Janeiro de 2020 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre Jan/2020 e abril/2021?
▪ Abril de 2021 (Sinapi Brasília):
O que aconteceu entre jan/2020 e abril/2021?
▪ Comparativo:
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
1) O ônus da prova é do empreiteiro. Quem alega o
desequilíbrio tem o dever de comprová-lo com todos os
elementos disponíveis, inclusive com notas fiscais de compra
dos materiais.
2) O reequilíbrio econômico-financeiro do contrato tem por
fundamento a Teoria da Imprevisão. Deve ser aplicado:
a) quando ocorrerem fatos imprevisíveis ou previsíveis de
consequências incalculáveis, que retardem ou impeçam a
execução do ajuste;
b) em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe;
c) quando esses fatos provocarem impactos significativos na
equação econômico-financeira do contrato.
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
Não se pode olvidar que a pandemia de coronavírus pegou a
todos de surpresa. Ninguém poderia imaginar que a economia
do País fosse sofrer impactos atualmente vivenciados.
Podem ter ocorrido situações diversas que demandam o
reequilíbrio econômico-financeiro da avença. Tais situações
são exemplificadas a seguir:
a) Alterações nas variáveis macroeconômicas, como taxas de câmbio,
inflação e juros, que podem modificar substancialmente os custos
incorridos pelo particular.
b) Aumento do absenteísmo da mão de obra, em virtude de faltas ao
trabalho ocasionadas por doença ou interrupção do transporte público.
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
c) Elevação do preço de alguns insumos por excesso de demanda ou
por choques na oferta, visto que muitos segmentos da cadeia produtiva
ficaram com o suprimento comprometido com paralisações ocorridas nas
indústrias de países como a China.
d) Dificuldade de mobilização de equipes e equipamentos devido a
problemas na malha aérea e rodoviária.
e) Fato da administração causado por suspensões ou prorrogações dos
contratos, bem como pela indisponibilidade de frentes de serviço ante o
fechamento do órgão contratante.
f) Atrasos nas execuções dos objetos avençados causados por fatos de
terceiro, tais como indisponibilidade de fornecedores, fechamento do
comércio, quarentenas etc.
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
g) Atrasos nos pagamentos devidos pela Administração.
Portanto, pode ser aplicável, em certos casos, a teoria da
imprevisão, cujos requisitos são: (1) imprevisibilidade, (2) fato
alheio à vontade das partes, (3) inevitabilidade e (4)
desequilíbrio com grande impacto no contrato.
Observados os requisitos acima listados e havendo a
demonstração inequívoca da relação de causa (pandemia) e
efeito (desequilíbrio econômico-financeiro) que impeça ou
retarde a execução contratual, a Administração pode promover
a revisão dos preços contratados, com todas as evidências e
justificativas apensas no processo.
Ocorre que a pandemia e seus efeitos já não são novidade!
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
Toda argumentação de imprevisibilidade ocasionada pela
pandemia perde sensivelmente sua força no caso de certames
licitatórios em que as construtoras ofertaram propostas após a
ocorrência da pandemia, notadamente depois de abril/2020 ou
maio/2020, momento em que as medidas restritivas atingiram o
seu ápice no Brasil.
A partir daí, embora o país ainda tenha sofrido com ciclos de
agravamento da pandemia e posterior afrouxamento das
medidas restritivas, o argumento de imprevisibilidade perde
sua força.
Em suma, é necessário diferenciar os pleitos apresentados de
contratos celebrados antes de abril e maio/2020 dos contratos
celebrados a partir desta data. A demonstração da
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imprevisibilidade no primeiro caso é mais natural.
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
3) “A Administração pode recusar o restabelecimento da
equação apenas mediante invocação da ausência dos
pressupostos necessários. Poderá invocar:
- ausência de elevação dos encargos do particular;
- ocorrência do evento antes da formulação das propostas;
- ausência de vínculo de causalidade entre o evento ocorrido e
a majoração dos encargos do contratado;
- culpa do contratado pela majoração dos seus encargos (o que
inclui a previsibilidade da ocorrência do evento).”
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos
4) Analisar a aderência do pleito com as cláusulas contratuais
ou com a matriz de riscos (Lei 14.133/2021):
“Art. 103. O contrato poderá identificar os riscos contratuais
previstos e presumíveis e prever matriz de alocação de riscos,
alocando-os entre contratante e contratado, mediante
indicação daqueles a serem assumidos pelo setor público ou
pelo setor privado ou daqueles a serem compartilhados.
§ 1º A alocação de riscos de que trata o caput deste artigo
considerará, em compatibilidade com as obrigações e os
encargos atribuídos às partes no contrato, a natureza do risco,
o beneficiário das prestações a que se vincula e a capacidade
de cada setor para melhor gerenciá-lo.
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
§ 3º A alocação dos riscos contratuais será quantificada para
fins de projeção dos reflexos de seus custos no valor estimado
da contratação.
§ 4º A matriz de alocação de riscos definirá o equilíbrio
econômico-financeiro inicial do contrato em relação a eventos
supervenientes e deverá ser observada na solução de
eventuais pleitos das partes.
§ 5º Sempre que atendidas as condições do contrato e da
matriz de alocação de riscos, será considerado mantido o
equilíbrio econômico-financeiro, renunciando as partes
aos pedidos de restabelecimento do equilíbrio
relacionados aos riscos assumidos, exceto no que se
refere: 29
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
I – às alterações unilaterais determinadas pela Administração,
nas hipóteses do inciso I do caput do art. 124 desta Lei;
II – ao aumento ou à redução, por legislação superveniente,
dos tributos diretamente pagos pelo contratado em
decorrência do contrato.
§ 6º Na alocação de que trata o caput deste artigo, poderão
ser adotados métodos e padrões usualmente utilizados por
entidades públicas e privadas, e os ministérios e secretarias
supervisores dos órgãos e das entidades da Administração
Pública poderão definir os parâmetros e o detalhamento dos
procedimentos necessários a sua identificação, alocação e
quantificação financeira.”
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
5) De qualquer forma, diante da inusitada situação atual,
sugere-se que o órgão edite ato normativo específico
regulamentando os procedimentos de análise de pleitos de
reequilíbrio, estabelecendo regras acerca:
a) Da documentação a ser apresentada pelo particular.
b) Dos procedimentos e métodos de cálculo da análise (se
possível com exemplos).
c) Prazos para apresentação de pleitos. Sugere-se, em alusão
ao disposto no art. 131, parágrafo único, da nova Lei de
Licitações e Contratos que o pedido de restabelecimento do
equilíbrio econômico-financeiro seja formulado durante a
vigência do contrato.
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
d) Prazos para análise dos pleitos e instrução do requerimento
formulado pelo construtor (sugere-se 30 dias).
e) Prazo para resposta ao particular. Usando por analogia o
disposto no art. 123, parágrafo único, da Lei 14.133/2021,
sugere-se que, salvo disposição legal ou cláusula contratual
que estabeleça prazo específico, concluída a instrução do
requerimento, a Administração terá o prazo de 1 (um) mês para
decidir, admitida a prorrogação motivada por igual período.
f) Áreas encarregadas para instrução do requerimento (sugere-
se obrigatoriamente que o mesmo seja instruído pelo fiscal do
contrato, pelo gestor do contrato e pelo órgão de
assessoramento jurídico), cada qual dentro do seu plexo de
atribuições. 32
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
g) Autoridade encarregada de decidir acerca do reequilíbrio.
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
▪ Dentre os atos lesivos previstos no art. 5º da referida lei, cita-se o disposto
abaixo:
Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou
estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas
jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º , que atentem contra o
patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração
pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil,
assim definidos:
(...)
IV - no tocante a licitações e contratos:
(...)
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de
modificações ou prorrogações de contratos celebrados com a administração
pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública ou
nos respectivos instrumentos contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos
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celebrados com a administração pública;”
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
▪ Finalmente, entendendo-se ao menos parcialmente
procedente o pleito apresentado, há de se verificar se há
disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para
o seu pagamento, realizando o prévio empenho da despesa
(empenho de reforço).
▪ Uma palavra final sobre uma possível negociação com o
particular acerca do pleito. Dentro da máxima jurídica de que
“mais vale um mal acordo do que uma boa causa”,
entende-se que a administração pode negociar com o
particular uma possível redução do valor a ser aditado.
▪ Caso aceita tal negociação, o instrumento de aditamento
deve expressamente conter cláusula em que as partes
renunciam a qualquer outra reivindicação ou pleito, dando-se
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mútua quitação.
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
▪ Por exemplo, um contrato de R$ 10 milhões, em que o
particular apresentou um pleito com pedido inicial de R$ 1
milhão em virtude de suposto aumento dos custos de
aquisição de insumos.
▪ Após ser solicitado a comprovar e demonstrar os custos
incorridos, a administração examinou o pedido com as
ferramentas comentadas a seguir, obtendo um valor “justo”
de R$ 400 mil para o pleito de reequilíbrio.
▪ O gestor do contrato poderia de forma transparente
demonstrar todas as premissas e hipóteses que resultaram
na referida quantia e fazer uma contraoferta de R$ 200 mil.
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
▪ O particular obviamente pode recusar tal oferta, mas terá que
sopesar o caminho espinhoso que terá para recuperar essa
quantia por meio de um processo judicial contra a
administração pública.
▪ Outras questões negociais podem estar envolvidas. Em um
contrato de prestação de serviços continuados, a
administração tem grande poder de barganha em eventual
prorrogação do contrato, que é geralmente de interesse do
particular. Este poderá aceitar um valor menor do que o
devido com a expetativa de continuar com a prestação de
serviços por mais um ano.
▪ É bem verdade que o particular tem os seus mecanismos de
pressão também, como a necessidade de o órgão realizar
nova licitação ou o abandono da obra. 38
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
▪ Lei 13.140/2015 (Dispõe sobre a mediação entre
particulares como meio de solução de controvérsias e sobre
a autocomposição de conflitos no âmbito da administração
pública):
“Art. 32. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de
conflitos, no âmbito dos respectivos órgãos da Advocacia Pública,
onde houver, com competência para:
(...)
II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos,
por meio de composição, no caso de controvérsia entre particular e
pessoa jurídica de direito público;
III - promover, quando couber, a celebração de termo de
ajustamento de conduta. 39
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos jurídicos:
▪ Lei 13.140/2015:
(...)
§ 2º A submissão do conflito às câmaras de que trata o caput é
facultativa e será cabível apenas nos casos previstos no
regulamento do respectivo ente federado.
§ 3º Se houver consenso entre as partes, o acordo será
reduzido a termo e constituirá título executivo extrajudicial.
(...)
§ 5º Compreendem-se na competência das câmaras de que
trata o caput a prevenção e a resolução de conflitos que
envolvam equilíbrio econômico-financeiro de contratos
celebrados pela administração com particulares.”
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
▪ Realizar o exame da equidade global do contrato, verificando
se a variação expressiva de certos itens foram compensadas
por variações negativas ou menos relevantes de outros
insumos.
▪ Exigir a comprovação dos custos efetivamente incorridos
pelo construtor por meio de documentação fiscal idônea,
analisando se a variação realmente é a que foi alegada.
▪ Ainda que a variação de custos seja realmente comprovada
por meio de notas fiscais, é possível que a administração a
conteste por meio da comparação com o aumento nos
valores dos insumos constantes dos sistemas de referência
de custos. Isso porque tais sistemas são mantidos por
instituições que gozam de boa reputação em matéria de
pesquisa de mercado. 41
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
▪ Por exemplo, a pesquisa de preços do Sinapi é realizada
pelo IBGE, ao passo que a pesquisa de mercado do Sicro
fica a cargo da FGV.
▪ O TCU já decidiu que “os sistemas referenciais oficiais da
Administração, como todo documento público, gozam de
presunção de veracidade e de legitimidade, ou seja, refletem
os preços de mercado, razão pela qual podem e devem ser
considerados para a análise de adequação de preços e
apuração de eventual superfaturamento. Compete aos
responsáveis comprovarem alegações em contrário a partir
de elementos fáticos que demonstrem a inadequação ou a
necessidade de adequação dos preços extraídos de
sistemas de referência.” (Acórdão 1.637/2016-Plenário).
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
▪ Então podem haver dois cenários distintos da análise:
a) A variação alegada e comprovada dos custos pelo
empreiteiro está abaixo da verificada nos sistemas oficiais
de custos da Administração Pública. Aqui pode ser aceito o
aumento demonstrado por meio de notas fiscais.
b) A variação de custos comprovada pelo particular é maior do
que a atestada pelos sistemas referenciais da
administração. Nesse caso, é possível limitar o pleito
apenas a parcela de aumento de custos corroborada pelo
sistema de custos. A suposta variação além daquela
observada em tabelas de referência pode decorrer da
ineficiência ou atraso nas aquisições realizadas pelo
particular.
▪ Vejamos um exemplo:
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
▪ O empreiteiro alega elevação no preço do cimento, brita e
areia e solicita reequilíbrio no preço do concreto.
▪ O orçamento base da licitação era datado de abril/2020, e
adotou o Sinapi como referência para orçar o serviço cuja
composição de custo é demonstrada abaixo:
CUSTO
CÓDIGOS DESCRIÇÃO UNIDADE COEFICIENTE VALOR
UNITÁRIO
CONCRETO FCK = 30MPA, TRAÇO 1:2,1:2,5 (CIMENTO/ AREIA
94972 MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. M3 310, 23
AF_07/2016
AREIA MEDIA - POSTO JAZIDA/FORNECEDOR (RETIRADO NA JAZIDA,
370 M3 0,7119 95,00 67,63
SEM TRANSPORTE)
1379 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 KG 391,1663 0,39 152,55
PEDRA BRITADA N. 1 (9,5 a 19 MM) POSTO
4721 M3 0,5927 65,35 38,73
PEDREIRA/FORNECEDOR, SEM FRETE
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 1,9633 15,08 29,61
OPERADOR DE BETONEIRA ESTACIONÁRIA/MISTURADOR COM ENCARGOS
88377 H 1,2400 15,17 18,81
COMPLEMENTARES
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L, CAPACIDADE DE
89225 MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, CHP 0,6382 3,51 2,24
SEM CARREGADOR - CHP DIURNO. AF_11/2014
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L, CAPACIDADE DE
89226 MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, CHI 0,6018 1,09 0,66
SEM CARREGADOR - CHI DIURNO. AF_11/2014
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
▪ A composição de custo apresentada pelo licitante no certame
foi a seguinte, em que se verifica elevado desconto no valor
dos referidos insumos:
CUSTO
COEFICI
DESCRIÇÃO UNIDADE UNITÁRI VALOR
CÓDIGOS ENTE
O
CONCRETO FCK = 30MPA, TRAÇO 1:2,1:2,5
(CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO M3 188, 85
MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
AREIA MEDIA - POSTO JAZIDA/FORNECEDOR
370 M3 0,7119 50,00 35,60
(RETIRADO NA JAZIDA, SEM TRANSPORTE)
1379 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 KG 391,1663 0,20 78,23
PEDRA BRITADA N. 1 (9,5 a 19 MM) POSTO
4721 M3 0,5927 40,00 23,71
PEDREIRA/FORNECEDOR, SEM FRETE
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 1,9633 15,08 29,61
OPERADOR DE BETONEIRA
88377 ESTACIONÁRIA/MISTURADOR COM ENCARGOS H 1,2400 15,17 18,81
COMPLEMENTARES
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L,
CAPACIDADE DE MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO
89225 CHP 0,6382 3,51 2,24
TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, SEM CARREGADOR -
CHP DIURNO. AF_11/2014
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L,
CAPACIDADE DE MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO
89226 CHI 0,6018 1,09 0,66
TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, SEM CARREGADOR -
45
CHI DIURNO. AF_11/2014
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
▪ A empreiteira entregou notas fiscais datadas de junho/2021
demonstrando que incorreu nos seguintes custos:
a) areia: R$ 80,00/m3
b) cimento: R$ 0,58/kg
c) brita: R$ 130/m3
▪ Assim, requer que o valor do serviço seja revisto para R$
415,38, conforme composição a seguir, em que reajustou
também o valor do custo horário dos equipamentos e da mão
de obra empregada no serviço, adotando os valores atuais
do Sinapi:
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
CUSTO
COEFICI
DESCRIÇÃO UNIDADE UNITÁRI VALOR
CÓDIGOS ENTE
O
CONCRETO FCK = 30MPA, TRAÇO 1:2,1:2,5
(CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO M3 415, 38
MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
AREIA MEDIA - POSTO JAZIDA/FORNECEDOR
370 M3 0,7119 80,00 56,95
(RETIRADO NA JAZIDA, SEM TRANSPORTE)
1379 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 KG 391,1663 0,58 226,88
PEDRA BRITADA N. 1 (9,5 a 19 MM) POSTO
4721 M3 0,5927 130,00 77,05
PEDREIRA/FORNECEDOR, SEM FRETE
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 1,9633 15,99 31,39
OPERADOR DE BETONEIRA
88377 ESTACIONÁRIA/MISTURADOR COM ENCARGOS H 1,2400 16,07 19,93
COMPLEMENTARES
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L,
CAPACIDADE DE MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO
89225 CHP 0,6382 3,85 2,46
TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, SEM CARREGADOR -
CHP DIURNO. AF_11/2014
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L,
CAPACIDADE DE MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO
89226 CHI 0,6018 1,21 0,73
TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, SEM CARREGADOR -
CHI DIURNO. AF_11/2014
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As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
▪ Considerados satisfeitos todos os pressupostos jurídicos para a
concessão do reequilíbrio econômico-financeiro já abordados, verifica-se
que o empreiteiro solicitou reequilíbrio além da variação efetiva de custos
do Sinapi e, também, tenta recompor o elevado desconto ofertado na
licitação por intermédio do pleito apresentado. A composição do Sinapi
para o serviço seria a composição abaixo apresentada (junho/2021):
CUSTO
CÓDIGOS DESCRIÇÃO UNIDADE COEFICIENTE VALOR
UNITÁRIO
CONCRETO FCK = 30MPA, TRAÇO 1:2,1:2,5 (CIMENTO/ AREIA
94972 MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. M3 402, 28
AF_07/2016
AREIA MEDIA - POSTO JAZIDA/FORNECEDOR (RETIRADO NA JAZIDA,
370 M3 0,7119 85,50 60,87
SEM TRANSPORTE)
1379 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 KG 391,1663 0,54 211,23
PEDRA BRITADA N. 1 (9,5 a 19 MM) POSTO
4721 M3 0,5927 127,69 75,68
PEDREIRA/FORNECEDOR, SEM FRETE
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 1,9633 15,99 31,39
49
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Aspectos matemáticos:
COEFICI CUSTO
DESCRIÇÃO UNIDADE VALOR
CÓDIGOS ENTE UNITÁRIO
CONCRETO FCK = 30MPA, TRAÇO 1:2,1:2,5
(CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO M3 241, 19
MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
AREIA MEDIA - POSTO JAZIDA/FORNECEDOR
370 M3 0,7119 45,00 32,04
(RETIRADO NA JAZIDA, SEM TRANSPORTE)
1379 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 KG 391,1663 0,28 108,32
PEDRA BRITADA N. 1 (9,5 a 19 MM) POSTO
4721 M3 0,5927 78,16 46,32
PEDREIRA/FORNECEDOR, SEM FRETE
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 1,9633 15,99 31,39
OPERADOR DE BETONEIRA
88377 ESTACIONÁRIA/MISTURADOR COM ENCARGOS H 1,2400 16,07 19,93
COMPLEMENTARES
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L,
CAPACIDADE DE MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO
89225 CHP 0,6382 3,85 2,46
TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, SEM CARREGADOR -
CHP DIURNO. AF_11/2014
BETONEIRA CAPACIDADE NOMINAL DE 600 L,
CAPACIDADE DE MISTURA 360 L, MOTOR ELÉTRICO
89226 CHI 0,6018 1,21 0,73
TRIFÁSICO POTÊNCIA DE 4 CV, SEM CARREGADOR -
CHI DIURNO. AF_11/2014
53
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Certificar-se da imprevisibilidade do aumento de custos ou se
outros pressupostos da Teoria da Imprevisão foram
atendidos.
▪ Analisar se o aumento dos custos não decorre de culpa do
contratado ou se o fato alegado possuir repercussão direta
no preço contratado.
▪ Avaliar a alocação de riscos (matriz de riscos) prevista nas
cláusulas contratuais não imputa ao contratado os efeitos da
variação dos preços dos insumos, o que impossibilita
definitivamente o acolhimento do pleito.
▪ Examinar se, após realizado o cálculo correto do suposto
desequilíbrio, se este constitui efetivamente álea
extraordinária, representando acentuada onerosidade ao
particular. 54
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ “O dólar subiu e houve provimento o pleito de reequilíbrio
econômico financeiro da construtora.... Agora o dólar caiu....
Pergunto se haverá novo reequilíbrio para a empresa
devolver dinheiro ou reduzir os seus preços? (Princípio
jurídico do “pau que dá em Chico dá em Francisco”).
▪ Expurgar o lucro (e possivelmente outras rubricas do BDI) do
valor do reequilíbrio, pois se trata de típica indenização ao
particular, não cabendo o pagamento de remuneração sobre
o valor extraordinário da valorização.
55
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ A matemática para a análise dos pleitos de reequilíbrio não é
uma ciência absolutamente exata. Fazemos aqui três
importantes digressões sobre o cálculo a ser realizado.
▪ A primeira delas é o enorme fator complicador que o cálculo
medição a medição causa na análise. Um único insumo
(cimento, por exemplo) pode ser adquirido em diversas
ocasiões e pode ter sido utilizado em serviços em
praticamente todas as medições mensais do contrato.
▪ Em síntese, há alguma dificuldade de correlacionar as
quantidades de cimento em cada uma das compras do
construtor com o consumo do insumo em cada medição.
Além disso, poderá ocorrer a necessidade de aplicar
percentuais de reequilíbrio diferenciados em cada medição
em função do custo efetivamente incorrido pelo construtor e o
seu descasamento com o índice de reajuste contratual. 56
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Outro complicador matemático do exame dos pleitos envolve
o período abrangido pelo reequilíbrio. Em tese, o reequilíbrio
pode ocorrer tanto sobre os serviços já medidos ou pagos
quanto sobre o saldo dos serviços ainda a executar.
▪ Sugere-se negociar com o particular que o reequilíbrio ocorra
somente aos serviços ainda não executados até a data do
pleito, adotando essa data como aquela que gerará efeitos
financeiros da revisão de preços, de forma que o construtora
renuncie expressamente a qualquer diferença em relação
aos serviços executados.
▪ Recomenda-se que o ato normativo a ser eventualmente
editado sobre a matéria disponha dessa forma sobre o
exame dos pleitos, prevendo sua admissibilidade apenas
para a revisão dos preços dos serviços ainda não 57
executados.
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Após a concessão da revisão, recomenda-se que haja a
publicação e assinatura de nova planilha contratual contendo
os novos preços unitários revisados, cuja data-base será, em
regra, a data do pleito de reequilíbrio da empresas.
▪ O aditivo de reequilíbrio deve fazer menção ao disposto no
art. 2º da Lei 10.192/2001:
“Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por
índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de
produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual
ou superior a um ano.
(...)
§ 2º Em caso de revisão contratual, o termo inicial do período de correção
monetária ou reajuste, ou de nova revisão, será a data em que a anterior
revisão tiver ocorrido.”
58
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ O mens legis do disposto no art. 2º, §2º, da Lei 10.192/2001,
é que havendo recomposição do reequilíbrio econômico-
financeiro do contrato, a nova equação econômico-financeira
se formou na data-base do aditivo, deslocando o marco
inicial para contagem do período de 12 meses a partir do
qual o construtor fará jus aos futuros reajustamentos
ordinários do contrato.
▪ Assim, é recomendável que uma cláusula contratual nesse
sentido seja incluída no aditivo de recomposição de preços.
▪ Outras abordagens são possíveis, mas nos parecem
instrumentalmente mais complexas.
59
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Por exemplo, a Resolução/DNIT Nº 13/2021, prevê que os
valores dos acréscimos serão inseridos na planilha contratual
por meio de termo aditivo, criando-se um item novo de
aquisição do insumo que sofreu reequilíbrio, denominado
entre o mês/ano(x) e o logo abaixo do item original de
contrato, sendo que o preço unitário do novo item é o valor
médio ponderado do acréscimo calculado, e o quantitativo é
aquele medido no período de desequilíbrio. Segue abaixo
exemplo de como deve ser realizada a inclusão dos itens de
reequilíbrio:
60
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Também é possível manter o contrato com os preços iniciais
e pagar o reequilíbrio por meio de uma indenização cujo valor
global foi calculada no processo que analisou o pleito do
empreiteiro. Tal sistemática é mais simples de ser adotada
nos casos de reequilíbrios de contratos que já foram
encerrados ou da incidência do reequilíbrio sobre os serviços
já executados.
▪ Finalmente, a metodologia de análise que ora apresentamos
em linhas gerais é válida para as empreitadas por preço
unitário e para as empreitadas por preço global/integral em
que houve apresentação de propostas em que o particular
discriminou os preços unitários.
▪ Nas contratações integradas ou empreitadas por preço global
em que não houve apresentação de propostas com preço
unitário, o cálculo será tratado em tópico específico. 61
As variações nos preços dos materiais
implicam em reequilíbrio dos contratos?
▪ Via de regra, os exames de reequilíbrio devem tentar
preservar os parâmetros declarados/adotados de taxa de BDI
e de encargos sociais, bem como se ater ao regime de
recolhimento previdenciário que seja utilizado na proposta
contratada (com ou sem desoneração da folha de
pagamento).
62
Alterações contratuais
Necessidade de exame global do contrato
• Trecho do Voto:
22. O laudo do perito judicial trazido pelo (...) em sua defesa (peças 11 e 12)
reitera a inexecução dos serviços de esquadrias de alumínio e de sistemas de ar
condicionado, bem como assinala que a empresa foi remunerada pelos mencionados
itens. No tocante ao desequilíbrio econômico-financeiro na avença, defendido pela
construtora, a peça técnica indica que apenas teriam sido apresentadas evidências de
variação excessiva do preço das esquadrias de alumínio. Além de não terem sido
indicadas oscilações desproporcionais de preços para os equipamentos de ar
condicionado, não foram comprovadas variações excessivas que ofendessem a
justeza do contrato como um todo.
23. Importa destacar que eventual desequilíbrio econômico-financeiro não
pode ser constatado a partir da variação de preços de apenas um serviço ou insumo.
A avaliação da equidade do contrato deve ser resultado de um exame global da
avença, haja vista que outros itens podem ter passado por diminuições de preço.
Diferentemente do alegado pela empresa, em que pese as diversas modificações no
objeto inicialmente licitado, não restou demonstrado desequilíbrio no contrato,
especialmente em face das repactuações procedidas.
Acórdão 1466/2013-Plenário
Alterações contratuais
Mera variação de preços de mercado
• Trecho do Voto:
6. A análise empreendida pela Codevasf para motivar a
celebração do 5º Termo Aditivo, que promoveu o reequilíbrio
econômico-financeiro do contrato, contemplou a comparação entre os
preços unitários contratuais e os preços dos mesmos serviços dois
anos após a contratação, considerando pesquisa de mercado do custo
dos insumos e mantendo o desconto ofertado pela contratada à época
da licitação.
7. A adoção de tal sistemática motivou um incremento de 4,86%
ao valor contratual até então não executado, equivalente a R$
1.399.126,57, que foi incorporado adicionalmente aos percentuais de
reajustamento contratualmente previstos.
Acórdão 3024/2013-Plenário
Alterações contratuais
Mera variação de preços de mercado
• (cont.):
8. A esse respeito, observo que a mera variação de preços, para
mais ou para menos, não é suficiente para determinar a realização de
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, sendo essencial a
presença de uma das hipóteses previstas no art. 65, inciso II, alínea
“d”, da Lei 8.666/1993, a saber: fatos imprevisíveis, ou previsíveis
porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito
ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e
extracontratual.
9. Entendo ser previsível a ocorrência de pequenas variações
entre os preços contratuais reajustados e os preços de mercado, já
que dificilmente os índices contratuais refletem perfeitamente a
variação de preços do mercado.
Acórdão 3024/2013-Plenário
Alterações contratuais
Mera variação de preços de mercado
• (cont.):
10. Além disso, considero que a sistemática adotada pela Codevasf para a
formalização do 5º Termo Aditivo não encontra amparo no art. 65, inciso II, alínea
“d”, da Lei 8.666/1993.
11. Insta destacar que o art. 40, inciso XI, da Lei 8.666/1993 estabelece
que os editais de licitação devem prever o critério de reajuste dos preços
contratuais, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais.
12. Os índices de reajustamento previstos no contrato são calculado pela
Fundação Getúlio Vargas, Colunas 5 e 38 (concreto armado e terraplenagem), e
deveriam ser capazes de recompor os preços unitários contratuais ao longo do
tempo, em especial por retratarem a maior parte do objeto pactuado, o que
restou comprovado diante da pequena variação anual observada.
13.Por fim, ressalto que caso a metodologia adotada pela Codevasf fosse
considerada adequada, o art. 40, inciso XI, da Lei 8.666/1993 restaria inócuo, já
que qualquer variação de preço seria capaz de ensejar a obrigatoriedade da
realização de reequilíbrio econômico-financeiro, o que substituiria o
reajustamento dos contratos.
Acórdão 3024/2013-Plenário
Alterações contratuais
Mera variação de preços de mercado
• A mera variação de preços de mercado não é suficiente
para determinar a realização de reequilíbrio econômico-
financeiro do contrato, sendo essencial a presença de uma
das hipóteses previstas no art. 65, inciso II, alínea d, da
Lei 8.666/1993. Diferença entre os preços contratuais
reajustados e os de mercado é situação previsível, já que
dificilmente os índices contratuais refletem perfeitamente a
evolução do mercado.
Acórdão 1884/2017-Plenário
Necessidade de comprovação dos gastos extraordinários
• 25. Com efeito, a desvalorização da moeda nacional ocorrida no início de 1999
já foi reconhecida pela Justiça e por este Tribunal como evento extracontratual
impactante nos contratos administrativos em vigor na época. Contudo, não pode
ser tida como uma condição suficiente e autônoma para justificar a revisão
contratual.
• 26. Explico melhor, a aplicação da cláusula rebus sic stantibus aos contratos
administrativos também requer demonstração objetiva de que ocorrências
supervenientes tornaram a sua execução excessivamente onerosa para uma
das partes. A simples variação cambial, por si só, não justifica a revisão
contratual por um motivo simples: o particular contratado pode ter adquirido os
insumos ou incorrido nas despesas impactadas pelo câmbio antes da ocorrência
do evento. Em tal situação, ao contrário do alegado, a posterior desvalorização
da moeda favoreceria ao contratado, pois os índices de reajuste contratual
supervenientes captariam em maior ou menor grau o fato ocorrido.
• 27. Assim, o construtor seria beneficiado, pois teria sua remuneração majorada
por índices que foram afetados ao menos parcialmente pelo câmbio, mas não
incorreria em custos adicionais, haja vista que adquiriu os bens importados
antes da depreciação do Real. Em outra circunstância, na qual o contratado
ainda não tivesse incorrido nos gastos atrelados ao câmbio, certamente uma
variação anômala da moeda poderia justificar o reequilíbrio.
Acórdão 1085/2015-Plenário
Necessidade de comprovação dos gastos extraordinários
• 28. Portanto, pleitos do gênero não podem se basear exclusivamente
nos preços contratuais ou na variação de valores extraídos de sistemas
referenciais de custos, sendo indispensável que se apresentem outros
elementos adicionais do impacto cambial, tais como a comprovação
dos custos efetivamente incorridos no contrato, demonstrados mediante
notas fiscais.
• 29. Aferir a quebra do equilíbrio contratual não é uma tarefa simples,
posto que a doutrina explicita a indispensabilidade de que seja
comprovado o prejuízo do particular. Nesse sentido é válido citar o
ensinamento de Bandeira de Mello:
• "Para tanto, o que importa, obviamente, não é a "aparência" de um
respeito ao valor contido na equação econômico-financeira, mas o real
acatamento dele. De nada vale homenagear a forma quando se agrava
o conteúdo. O que as partes colimam em um ajuste não é a satisfação
de fórmulas ou de fantasias, mas um resultado real, uma realidade
efetiva que se determina pelo espírito da avenca; vale dizer, pelo
conteúdo verdadeiro do convencionado" (Celso Antônio Bandeira de
Mello, "Curso de Direito Administrativo", 8ª ed., pág. 393).
Acórdão 1085/2015-Plenário
Necessidade de comprovação dos gastos extraordinários
Acórdão 1431/2017-Plenário
Alterações contratuais
Reequilíbrio de contrato com preços inexequíveis
Questão:
Determinado ajuste foi formalizado com base em planilha orçamentária
contendo preços unitários inexequíveis. Após o início da obra, a construtora
apresenta pleito de reequilíbrio econômico-financeiro solicitando a adequação
dos preços unitários inexequíveis aos valores de mercado.
Existe amparo legal em tal solicitação?
Alterações contratuais
Reequilíbrio de contrato com preços inexequíveis
- Também Marçal Justen Filho, em seu Comentários à lei de Licitações e
Contratos Administrativos, 11ª edição, sustenta que:
A equação econômico-financeira delineia-se a partir da elaboração do ato
convocatório. Porém, a equação se firma no instante em que a proposta é
apresentada. Aceita a proposta pela Administração, está consagrada a
equação econômico-financeira dela constante. A partir de então essa equação
está protegida e assegurada pelo Direito.
(...) O restabelecimento da equação econômico-financeira depende da
concretização de um evento posterior à formulação da proposta,
identificável como causa do agravamento da posição do particular. Não
basta a simples insuficiência da remuneração. Não se caracteriza
rompimento do equilíbrio econômico-financeiro quando a proposta do
particular era inexequível. A tutela à equação econômico-financeira não visa
a que o particular formule proposta exageradamente baixa e, após vitorioso,
pleiteie elevação da remuneração.
Exige-se, ademais, que a elevação dos encargos não derive de conduta
culposa imputável ao particular. Se os encargos tornaram-se mais
elevados porque o particular atuou mal, não fará jus à alteração de sua
remuneração. (grifos acrescidos)
Alterações contratuais
Reequilíbrio de contrato com preços inexequíveis
Acórdão 5886/2010-2ª Câmara (Resumo):
No âmbito da auditoria realizada com vistas a fiscalizar a aplicação de recursos
federais repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) à Prefeitura Municipal de Matão/SP, objetivando a construção de uma
escola de educação infantil na referida municipalidade, foi promovida a oitiva
do Prefeito e do Assessor Jurídico da Prefeitura, bem como da empresa
contratada, em razão de ocorrências verificadas na execução contratual, entre
elas a "revisão de cláusulas financeiras com justificativa irregular de reequilíbrio
econômico-financeiro, por meio do 4º Termo Aditivo ao contrato". Tendo em
vista que "os preços relativos à presente contratação quedaram-se aquém
daqueles praticados no mercado", houve a majoração linear, a título de
reequilíbrio econômico-financeiro, dos preços inicialmente pactuados. Em seu
voto, o relator observou que a matéria é regida pela alínea 'd' do inciso II do art.
65 da Lei n.º 8.666/93, tratando-se de hipótese em que se busca o
reestabelecimento da relação contratual inicialmente ajustada pelas partes, a
qual teria sofrido alteração por álea extraordinária superveniente ao
originalmente contratado. No caso concreto, os responsáveis, "além de não
apontarem nenhum fato superveniente à celebração do contrato,
expressamente afirmam que o suposto problema decorreu de subavaliação dos
preços constantes do orçamento efetuado pela Prefeitura e adotado como
referência para a proposta da empresa.
Alterações contratuais
Reequilíbrio de contrato com preços inexequíveis
97
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO 10/DG/DNIT, DE
16/5/2019
Art. 9º O impacto financeiro a ser considerado no cálculo do reequilíbrio (REF) é a diferença entre “a variação do
preço produtor entre o mês da medição e a data-base, aplicada sobre o valor medido do mês à preços iniciais
excluindo-se o lucro operacional referencial de 5,11% estabelecido pelo Acórdão TCU-Plenário n° 2.622/2013” e
“o reajustamento pago na medição”, calculada mês-a-mês de todos os serviços de aquisições de insumos
asfálticos do período considerado, de acordo com a seguinte equação:
Art. 2º, IV - Preço Produtor - preço médio ponderado semanal praticado pelos produtores e
importadores de derivados de petróleo divulgados pela ANP – Agencia Nacional do Petróleo
em seu sítio eletrônico:
http://www.anp.gov.br/precos-e-defesa-da-concorrencia/precos/precos-de-produtores
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO
10/DG/DNIT, DE 16/5/2019
Constituição
• Art. 37 Federal
XXI – Ressalvados em casos específicos na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública, que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam condições de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá
as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.
Manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro
Repactuação
Art. 12. Será admitida a repactuação de preços dos serviços
continuados sob regime de mão de obra exclusiva, com
vistas à adequação ao preço de mercado, desde que:
I - seja observado o interregno mínimo de um ano das datas
dos orçamentos para os quais a proposta se referir; e
II - seja demonstrada de forma analítica a variação dos
componentes dos custos do contrato, devidamente
justificada.
Reajuste x Repactuação
▪ Decreto 9.507/2018 (continuação):
Reajuste
Art. 13. O reajuste em sentido estrito, espécie de reajuste nos
contratos de serviço continuado sem dedicação exclusiva de
mão de obra, consiste na aplicação de índice de correção
monetária estabelecido no contrato, que retratará a variação
efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices
específicos ou setoriais.
§ 1º É admitida a estipulação de reajuste em sentido estrito
nos contratos de prazo de duração igual ou superior a um
ano, desde que não haja regime de dedicação exclusiva de
mão de obra.
§ 2º Nas hipóteses em que o valor dos contratos de serviços
continuados seja preponderantemente formado pelos custos
dos insumos, poderá ser adotado o reajuste de que trata este
artigo.
Reajuste x Repactuação
▪ Acórdão 1.827/2008-Plenário:
O reajuste de preços é a reposição da perda do
poder aquisitivo da moeda por meio do emprego
de índices de preços prefixados no contrato
administrativo. Por sua vez, a repactuação,
referente a contratos de serviços contínuos,
ocorre a partir da variação dos componentes dos
custos do contrato, devendo ser demonstrada
analiticamente, de acordo com a Planilha de
Custos e Formação de Preços.
Reajuste x Repactuação
▪ Acórdão 1.105/2008-Plenário:
A diferença entre repactuação e reajuste é que este é
automático e realizado periodicamente, mediante
aplicação de índice de preço que, dentro do possível,
deve refletir os custos setoriais. Enquanto que naquela, de
periodicidade anual, não há automatismo, pois é
necessário demonstrar a variação dos custos do serviço.
Para que ocorra a repactuação, com base na variação dos
custos do serviço contratado, deve ser observado o prazo
mínimo de um ano, mediante a demonstração analítica da
variação dos componentes dos custos, devidamente
justificada, não sendo admissível repactuação com base
na variação do IGPM.
Reajuste x Revisão
▪ Acórdão 1.431/2017-Plenário:
9.2.3. o reajuste e a recomposição possuem fundamentos distintos.
O reajuste, previsto no art. 40, XI, e 55, III, da Lei 8.666/1993, visa
remediar os efeitos da inflação. A recomposição, prevista no art. 65,
inciso II, alínea “d”, da Lei 8.666/1993, tem como fim manter
equilibrada a relação jurídica entre o particular e a Administração
Pública quando houver desequilíbrio advindo de fato imprevisível ou
previsível com consequências incalculáveis. Assim, ainda que a
Administração tenha aplicado o reajuste previsto no contrato,
justifica-se a aplicação da recomposição sempre que se verificar a
presença de seus pressupostos;
9.2.4. o reequilíbrio contratual decorrente da recomposição deve
levar em conta os fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, que não se confundem com os critérios de
reajuste previstos contratualmente...
Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
Atualização financeira
Acórdão 2993/2011-Plenário:
Com base no art. 65 § 5º, da Lei 8.666/1993, a Administração deve efetuar a
revisão dos contratos, a fim de expurgar o valor da extinta CPMF de todos os
pagamentos realizados a partir de 1º de janeiro de 2008.
Acórdão 1515/2010-Plenário:
Nos termos do art. 65, § 5º, da Lei 8.666/1993, a Administração deve
formalizar termo aditivo ao contrato, possibilitando à empresa contratada o
prévio contraditório, com vistas a reduzir os percentuais de BDI aplicáveis aos
pagamentos efetuados após 31/12/2007 em decorrência da extinção da
CPMF e adotar medidas para, nas faturas vincendas, compensar eventuais
valores indevidamente pagos.
Execução Contratual no RDC e no Pregão
Lei 12.462/2011:
Lei 10.520/2002:
Lei 13.303/2016:
Acórdão 2622/2013-Plenário
Prorrogação
Pagamentos indevidos
• Trecho do Voto:
Acórdão 3443/2012-Plenário
Prorrogação
Pagamentos indevidos
• Trecho do Voto (cont.):
Acórdão 3443/2012-Plenário
Prorrogação
Pagamentos indevidos
• Trecho do Voto (cont.):
Acórdão 3443/2012-Plenário
Prorrogação
Pagamentos indevidos
• Trecho do Voto (cont.):
Acórdão 3443/2012-Plenário
Prorrogação
Pagamentos indevidos
•93. Embora no caso em discussão a rubrica de
gerenciamento do projeto estivesse inclusa na planilha
orçamentária, tal como preconizado pela jurisprudência do
TCU, a Infraero e o consórcio entenderam que a elevação do
item deveria seguir a proporção existente entre o valor total
aditivado e o valor global contratado. Ocorre que tal medida
confere tratamento análogo à indesejável situação de inclusão
da administração local no BDI, cuja a jurisprudência do TCU
se consolidou no sentido de evitar.
• 94. Do ponto de vista da engenharia de custos é relativamente
simples demonstrar que inexiste a alegada proporção. (...)
Acórdão 2591/2017-Plenário
Prorrogação
Pagamentos indevidos
Acórdão 2591/2017-Plenário
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 2.917/2018-Plenário:
Quanto à outra parcela de débito observada no primeiro termo de
aditamento contratual, no valor de R$ 374.778,06, acompanharei o exame
procedido pela Secex-PA, adotando-o como razões de decidir, sem
prejuízo de tecer algumas considerações adicionais
Com efeito, as manifestações de defesa apresentadas pelos responsáveis
citados por essa parte do dano ao erário não elidiram a irregularidade. O
débito de R$ 374.778,06 é referente a pagamentos indevidos a título de
compensação por paralisações, podendo ser decomposto nos seguintes
fatores:
a) paralisação da equipe de trabalho, durante 48 dias, em face das
operações de carga e descarga de combustíveis, no valor de R$
112.577,28;
b) paralisação da Administração da Obra, durante 1,84 meses, em face
das operações de carga e descarga de combustíveis, no valor de R$
165.651,26;
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 2.917/2018-Plenário:
c) paralisação do equipamento Menck MR-100, durante 8 dias, em face das
operações de descarga de gás, no valor de R$ 96.549,52.
Consoante exposto no relatório que fundamenta esta deliberação, o perito
judicial concluiu que o pagamento indenizatório das paralisações seria
improcedente, visto que haveria duplicidade com o valor provisionado pela
Probase, no percentual de 9,7% do valor orçado, para custear eventuais
prejuízos com paralisações de serviços, conforme consta expediente da
empresa endereçado à comissão de licitação para justificar o preço
ofertado na Concorrência 1/2004.
Para melhor compreensão dos fatos, é indispensável reproduzir o trecho de
interesse do referido ofício (grifos acrescidos) :
“ (...)2) Uma vez atualizado o valor do orçamento da CDP para o mesmo
mês do orçamento da Probase, pode-se então compará-lo com o valor
ofertado por nossa empresa.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 2.917/2018-Plenário:
A diferença entre esses dois valores é de 9,70 % a qual, apesar de não ser
exagerada, deve merecer uma explicação, o que fazemos a seguir:
O Terminal Petroquímico de Miramar opera tanto em seu Pier 1 como no
Pier 2, com diversos tipos de produtos, tais como gasolina automotiva,
gasolina de aviação, querosene comum, querosene de aviação, gás
liquefeito de petróleo, óleo diesel, óleo combustível, álcool anidro.
Trata-se então de área de periculosidade, onde devem ser obedecidas
rigorosamente as normas de segurança.
Ocorre que o Píer 1, objeto da recuperação estrutural pretendida, foi
construído há mais de 50 anos, tendo sofrido todo tipo de intempéries ao
longo dessas décadas, além de choques de embarcações. Por tudo isso,
seu estado geral é hoje bastante precário, exigindo extremo cuidado nos
trabalhos de recuperação a serem nele efetivados sob pena de, numa
operação mais precipitada, causar-lhe dano irreparável de sérias
conseqüências.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 2.917/2018-Plenário:
Não bastasse tudo isso, a recuperação se dará em estacas e regiões da
estrutura junto ao nível d’água, exigindo freqüentes interrupções devido às
oscilações da maré, que em Belém tem amplitude de 4,0 m, uma das mais
altas do Brasil.
Finalmente há que se considerar a freqüência de atracação de navios naquele
Terminal, onde as normas de segurança impedem a execução de serviços nas
proximidades do descarregamento de combustíveis enquanto durar essa
operação.
Todas essas circunstâncias, causadoras de uma produtividade muito baixa na
execução dos serviços, tiveram que ser consideradas na orçamentação de
nossa proposta.”
Assim, entendo de forma diversa ao MP/TCU, pois o teor do expediente acima
demonstra que a empresa ofertou proposta com o total conhecimento da
situação em que seriam prestados os serviços. A sociedade empresária
aparentemente estava ciente da necessidade de interromper os serviços
devido à atracação de embarcações e por conta da alteração do nível da maré.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 2.917/2018-Plenário:
Ademais, o percentual provisionado de 9,7% é bem elevado. Ainda que se
alegue que esteja aquém da razão de 26,67% entre o total de dias
supostamente paralisados (48 dias) e o prazo inicial de execução da obra (180
dias) , observo que não há uma relação diretamente proporcional entre o custo
total da obra e o seu prazo de execução. Existem diversos custos da obra, tais
como gastos com materiais de construção diversos, que independem do prazo
de execução.
A título de exemplo, a prorrogação de um contrato aumentando o prazo em
25% por culpa exclusiva da administração não ensejaria indenização de 25%
do valor do total do ajuste para o contratado, visto que parcela relevante do
contrato é composta pelo fornecimento de materiais de construção e que os
equipamentos mobilizados não são indenizados pelos seus custos operativos,
os quais contemplam gastos com combustíveis, lubrificantes e manutenção.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 2.917/2018-Plenário:
É exatamente tal situação que se observa, visto que o valor acrescido ao
contrato por conta das supostas paralisações, R$ 374.778,06, representa
11,42% do valor total proposto pela empresa, percentual da mesma ordem de
grandeza da contingência inicial de 9,7% apresentada pela Probase.
Concluo, portanto, que não havia imprevisibilidade das paralisações que
justificasse o aditamento contratual. Tampouco, vislumbro a ocorrência de fato
da administração, assim definido como uma ação ou omissão do Poder
Público, especificamente relacionada ao contrato, que impeça ou retarde sua
execução. Ainda que houvesse fato da administração, o valor a ser indenizado
para a empresa deveria ser baseado em robusta comprovação dos prejuízos
sofridos pela construtora.
Como enfatizado pela Secex-PA, os gestores da CDP, à época, simplesmente
pagaram por “paralisações” sem aferição e sem respaldo em documentos que
comprovem essas suspensões e autorizações de reinício da execução das
obras/serviços do Píer 1 do Terminal Petroquímico de Miramar.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 2.917/2018-Plenário:
O valor indenizado para o bate estaca Menck MR-100 previu elevado valor
diário (R$ 12.068,69) muito superior ao custo indicado na composição de custo
3.1.1 elaborada pela própria Probase (R$ 2.008,80/dia) . Mesmo que estivesse
comprovada a necessidade de indenizar a improdutividade do aludido
equipamento, o valor justo a ser pago certamente deveria ser inferior ao valor
constante da proposta da Probase, o qual contempla gastos operativos do
equipamento (combustível, manutenção etc.) . Semelhante linha de raciocínio
se aplica aos valores indenizados de paralisação da equipe de trabalho e
paralisação da administração da obra, não havendo comprovação de que a
empresa incorreu em tais gastos. Ao contrário, existem robustos indícios de
que a administração local da obra estava superestimada.
Com base nessas considerações, rejeito as alegações de defesa da empresa
Probase e dos Srs. [ ], então diretor presidente da CDP, e [ ], na condição de
gerente de infraestrutura da Companhia, pois não foram capazes de elidir a
conduta ilícita de celebrar o primeiro termo aditivo ao Contrato 44/2004 para
ressarcimento dos custos com paralisações.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 508/2018-Plenário:
Dessa forma entendo que, havendo enfraquecimento do ritmo das obras ou
sua paralisação total, ainda que imprevistos, a Valec teria que adotar
providências visando a alteração unilateral quantitativa do objeto com vistas a
suprimir postos de trabalho, com base no art. 65, inciso I, alínea “b”, da Lei
8.666/1993, ou, ainda, buscar repactuar a forma de pagamento avençada (art.
65, inciso II, alínea “c”, da mesma lei) , de forma a manter o equilíbrio
econômico-financeiro do ajuste para diminuir ou suprimir a remuneração da
contratada, de acordo com a mão de obra mínima necessária para prestação
dos serviços.
Alternativamente, a gestão da Valec poderia determinar a interrupção da
execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no
interesse da Administração, nos termos estatuídos no art. 57, §1º, inciso III, da
Lei 8.666/1993, desde que a suspensão dos serviços não ultrapassasse os 120
dias estabelecidos no inciso XIV do artigo 78 da mesma lei. Caso necessária a
paralisação dos serviços por período superior aos citados 120 dias, esta
poderia ser avençada por mútuo acordo entre as partes.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 508/2018-Plenário:
Em caráter preliminar, considero que a simples prorrogação do prazo
contratual não implicaria obrigatoriamente na necessidade de elevar os valores
acordados, pois a empresa contratada para supervisionar a obra poderia ter se
desmobilizado ou reduzido sua equipe, em virtude do atraso observado nas
obras do lote 5S da Ferrovia Norte-Sul.
Tal providência não foi efetivada no empreendimento em apreciação. Ao
contrário, foi observado no relatório de auditoria a ausência de correlação entre
a evolução da obra e os correspondentes serviços de supervisão, conforme o
gráfico elaborado pela equipe de fiscalização que relaciona as medições de
ambos os ajustes: (...)
Como consequência, é forçoso concluir que houve a prática de atos
antieconômicos no âmbito da gestão contratual e das prorrogações realizadas
no Contrato 90/2010, em razão da improdutividade da equipe de supervisão e
dos demais recursos alocados, o que enseja a constituição de processo de
tomada de contas especial e a consequente citação dos responsáveis.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 508/2018-Plenário:
Quanto ao valor do débito, julgo adequado partir da premissa de que a
proporção de 4,19% entre o valor inicialmente avençado do contrato de
supervisão (R$ 18.175.221,67) e o valor inicial do contrato de execução da
obra (R$ 433.993.842,40 - Contrato 68/2010) deveria ter sido preservada. Ou
seja, todos os aditamentos e pagamentos realizados no bojo do Contrato
90/2010 que superaram a referida proporção, caso fosse calculada em relação
ao valor final ao Contrato 68/2010, deveriam ser incluídos no débito de
responsabilidade exclusiva dos gestores da Valec.
Em valores históricos, o Contrato 68/2010 foi elevado para R$ 540.824.417,60
após a celebração dos termos de aditamento. Assim, admitir-se-ia incremento
de igual proporção no contrato de supervisão, cujo valor final deveria restar
limitado a R$ 22.649.177,74. Como o Contrato 90/2010 foi elevado para R$
64.369.093,61 (sem reajuste) , que representa uma razão de 11,90% relação
ao valor final do contrato da obra, o quantum debeatur, em valores originais,
seria de R$ 41.719.915,87. Trata-se de apuração do débito por estimativa,
prevista no art. 210, §1º, inciso II, do Regimento Interno do TCU.
Superfaturamento pela prorrogação
Injustificada do prazo contratual
•Acórdão 508/2018-Plenário:
Com o intuito de evitar ocorrências do gênero em futuros contratos de
supervisão, fiscalização e gerenciamento de obras, proponho determinar à
Valec que faça inserir cláusula contratual ou elemento na matriz de riscos
prevista no inciso X do art. 42 da Lei 13.303/2016, prevendo a diminuição
ou supressão da remuneração da contratada, nos casos, ainda que
imprevistos, de enfraquecimento do ritmo das obras ou de paralisação
total, de forma a se manter o equilíbrio econômico-financeiro dos referidos
contratos durante todo o período de execução do empreendimento.
Prorrogação
Condições para ressarcimento de despesas
- Comprovação da realização das despesas.
- Demonstração da existência de fato da administração (ação ou
omissão do Poder Público, relacionada ao contrato, que impede ou
retarda sua execução).
- Quebra do equilíbrio econômico-financeiro do contrato,
caracterizado, entre outros fatores, pela alteração das condições
inicialmente pactuadas e pela assunção de ônus insuportável à
execução contratual por uma das partes. Por exemplo, que o encargo
adicional a ser suportado pela contratada deve ser superior aos
valores das rubricas “lucro”, “riscos” ou “contingências” declaradas na
composição do BDI.
- Que o eventual desequilíbrio econômico-financeiro não seja
compensado por ganhos/economias obtidas na execução de outros
serviços. A avaliação da equidade do contrato deve ser resultado de
um exame global da avença, haja vista que outros itens podem ter
passado por diminuições de preço.
Prorrogação
Condições para ressarcimento de despesas
• 9.2 assinar prazo de 30 dias para que a Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária, com fulcro no art. 71, inciso IX, da
Constituição Federal c/c art. 45 da Lei 8.443/1992, adote as
medidas necessárias para exigir da empresa RTA - Engenharia
e Construções Ltda., contratada por meio do TC 029-
PS/2011/0002, a devolução dos valores recebidos
indevidamente a título de “administração local da obra” e
“operação e manutenção do canteiro de obra”, que
superaram os originalmente contratados, por não estarem
demonstrados os pressupostos previstos no art. 65, inciso
II, alínea “d”, da Lei 8.666/93;
Acórdão 178/2019-Plenário
Prorrogação
Condições para ressarcimento de despesas
• 9.4. dar ciência à Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária que:
(...)
• 9.4.3. nos casos em que o contrato for prorrogado, a mera
variação no prazo de execução dos serviços não é suficiente
para determinar a realização do reequilíbrio econômico-
financeiro do contrato, sendo essencial a presença simultânea
dos seguintes pressupostos para justificar a majoração dos itens
“administração local” e “manutenção e operação do canteiro de
obras”:
• 9.4.3.1. que o atraso na execução do contrato decorra de
fatores alheios à atuação da contratada;
Acórdão 178/2019-Plenário
Prorrogação
Condições para ressarcimento de despesas
• 9.4.3.2. que os valores a serem acrescidos representem custos
efetivamente incorridos pelo contratado e sejam regularmente
comprovados por documentação fiscal idônea, atestada pela
fiscalização do contrato;
• 9.4.3.3. que os acréscimos pleiteados nos itens “administração
local” e “manutenção e operação do canteiro de obras” não
sejam compensados por outros serviços em que a contratada
teve ganhos e/ou economias, bem como com os valores
declarados como risco, contingência ou imprevistos no BDI da
licitante, devendo a avaliação da equidade do contrato resultar
de um exame global da avença;
• 9.4.3.4. que os demais pressupostos previstos no art. 65, II, “d”,
da Lei 8.666/93 sejam observados;
Acórdão 178/2019-Plenário
Reajustamento Contratual
O problema da correção do orçamento
por índices
Variação acumulada
do INCC maio/2015
a fev/2016: 5,03%
Variação do serviço
90086: 5,06% OK
280
O problema da correção do orçamento por
índices
Problema:
Variação acumulada do INCC maio/2015 a fev/2016: 5,03%
Variação do serviço 73963/044: - 51,2%
281
Então, como tratar o problema da defasagem dos
preços entre a data-base do orçamento e a data da
licitação?
▪ Como visto, mesmo que em curtos períodos, o uso de
índices para atualizar o orçamento pode causar grandes
distorções nos preços unitários e global.
▪ Assim, ou se atualiza todo o orçamento novamente,
utilizando os relatórios do Sinapi da nova data-base e
obtendo cotações de preços atualizadas junto aos
fornecedores (o que é bem trabalhoso)...
▪ Ou mantém-se o orçamento com os seus preços e data-base
originais, ainda que defasados.
▪ Apenas para efeito de critério de aceitabilidade de preços
unitário e global pode-se aplicar índices sobre os valores
orçados para verificar se as propostas das licitantes estão
adequadas.
282
Então, como tratar o problema da defasagem dos
preços entre a data-base do orçamento e a data da
licitação?
▪ Ver o método do edital de Concorrência
014/DALC/SBFL/2008 da Infraero a seguir:
“6.7. O orçamento global estimado para o objeto da
licitação é de R$ 114.568.141,60 (...), referidos a data-base
de Janeiro de 2008;
6.7.1 para fins de atualização dos valores do orçamento de
referência para a data da apresentação das propostas
serão observados os critérios estabelecidos no item
Reajuste de Preços. constante da minuta do Contrato
Anexo V deste Edital;
(...)
6.7.2 o valor máximo que a INFRAERO admite pagar para a
execução dos serviços objeto desta licitação, é o global
estimado no subitem 6.7 devidamente corrigido na forma
presente no subitem 6.7.1; 283
Então, como tratar o problema da defasagem dos
preços entre a data-base do orçamento e a data da
licitação?
284
Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
2. A empresa representante se insurgiu contra os seguintes aspectos no
certame em tela:
a) defasagem entre a data-base do orçamento estimado (janeiro de 2016)
e a data do reajuste, o qual ocorreria após um ano a contar da entrega
da proposta (13/9/2016), o que supostamente resultaria em prejuízo aos
licitantes e ensejaria desequilíbrio contratual, uma vez que o interregno
entre as referidas datas seria de oito meses;
(...)
9. .... No entender da empresa representante, tal defasagem teoricamente
não traria qualquer problema caso a data-base para efeitos de
reajustamento contratual também fosse referenciada a janeiro/2016. Ocorre
que a cláusula 15.1 do edital previu como marco inicial para a realização do
reajuste a data da entrega da proposta, e não a data do orçamento de
referência elaborado pela Administração. Assim, de fato, verificou-se
considerável defasagem, de nove meses, entre o orçamento estimado e a
abertura das propostas.
285
Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
14. ...o transcurso de muito tempo entre a data de elaboração do orçamento
estimativo da licitação e a data de abertura das propostas é um problema
recorrente na licitação de obras públicas.
15. Primeiramente, é forçoso reconhecer que não existe um prazo ou
período máximo que esteja positivado na Lei de Licitações e Contratos
limitando a defasagem temporal entre a data de elaboração do orçamento
estimativo da contratação e a data de divulgação da licitação ou de abertura
das propostas.
16. De acordo com o art. 43, inciso IV, da Lei 8.666/1993, os preços da
proposta vencedora deverão estar de acordo com aqueles praticados pelo
mercado. Desse modo, antes da realização de qualquer procedimento
licitatório cabe ao gestor público realizar pesquisa de mercado com a
finalidade de elaborar orçamento, o qual será utilizado para se definir a
modalidade de licitação, bem como proceder à necessária adequação
orçamentária da despesa.
286
Então, como tratar o problema da defasagem dos preços
entre a data-base do orçamento e a data da licitação?
Acórdão 19/2017-Plenário:
17. Além disso, o aludido orçamento estimativo servirá como parâmetro de
controle da exequibilidade e economicidade das propostas, constituindo-se
instrumento essencial e obrigatório para que a comissão de licitação e a
autoridade superior - que homologa o procedimento licitatório - verifiquem a
pertinência dos preços contratados com aqueles praticados pelo mercado.
18. Embora não seja aplicável à confecção do orçamento estimativo de obras
públicas, a Instrução Normativa SLTI/MPOG 5/2014, que dispõe sobre os
procedimentos administrativos básicos para a realização de pesquisa de
preços para a aquisição de bens e contratação de serviços em geral, pode ser
aplicada por analogia. O citado normativo estabelece que, para serem
utilizadas como fonte de pesquisa de preços, as contratações similares de
outros entes públicos devem estar vigentes ou terem sido concluídos nos 180
dias anteriores à data da pesquisa de preços. A referida IN ainda dispõe que
no caso da pesquisa com fornecedores somente serão admitidos os preços
cujas datas não se diferenciem em mais de 180 dias.
19. Esse prazo de seis meses também já havia sido utilizado em alguns
julgados desta Corte de Contas, a exemplo do Acórdão 3.516/2007-1ª
Câmara, ..., e do Acórdão 1.462/2010-Plenário, o qual apreciou situação287
291
Reajuste de preços
A Lei nº 10.192, de 14/2/2001, admite, para reajustar
os contratos, a utilização de índices de preços
gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos
custos de produção ou dos insumos utilizados.
Para sua aplicação, exige-se o interregno mínimo de
um ano, a contar da data de apresentação da
proposta ou do orçamento a que se referir a proposta
ou da data do último reajustamento.
Reajuste de preços
R = V.[(Ii-Io)/Io]
onde:
Exemplo:
E o seu R será:
R3 = V x IR2
R3 = 1.200.000 x 0,108 = R$ 129.600,00
Exemplo:
R = V.[N1.(Ti–To)/To+N2.(Ei-Eo)/Eo+N3.(CAi-CAo)/CAo+N4.(MPi-MPo)/Mpo+N5.(Fi-Fo)/Fo+N6.(MOi-
MOo)/MÔO+N7.(MEi-Meo)/Meo]
Onde :
R - valor do reajustamento
V - valor a ser reajustado
N1 - percentual de ponderação de serviços de Terraplenagem frente à totalidade dos serviços a executar.
N2 - percentual de ponderação de serviços de Edificações frente a totalidade dos serviços a executar.
N3 - percentual de ponderação de serviços de Concreto Armado frente à totalidade dos serviços a executar.
N4 - percentual de ponderação de serviços de Materiais Plásticos frente à totalidade dos serviços a
executar.
N5 - percentual de ponderação de serviços de Ferro, aço e derivados frente à totalidade dos serviços a
executar.
N6 – percentual de ponderação de serviços de Mão de obra especializada frente à totalidade dos serviços a
executar.
N7 – percentual de ponderação de serviços de Máquinas e equipamentos industriais frente à totalidade dos
serviços a executar.
Ti – Refere-se à coluna 38 da FGV – Terraplenagem, cód. AO157956, correspondente ao mês de
aniversário da proposta.
To – Refere-se à coluna 38 da FGV – Terraplenagem, cód. AO157956, correspondente ao mês de
apresentação da proposta.
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
Ei – Refere-se à coluna 35 da FGV – Edificações Total, cód.AO159428, correspondente ao mês
de aniversário da proposta.
Eo – Refere-se à coluna 35 da FGV – Edificações Total, cód. AO 15948, correspondente ao mês
de apresentação da proposta.
CAi – Refere-se à coluna 5 da FGV – Obras Hidroelétricas – Concreto Armado, cód. AO160116,
correspondente ao mês de aniversário da proposta.
CAo – Refere-se à coluna 5 da FGV – Obras Hidroelétricas – Concreto Armado, cód.
AO160116, correspondente ao mês de apresentação da proposta.
MPi – Refere-se à coluna 56 da FGV – Química materiais Plásticos, cód.AO160752,
correspondente ao mês de aniversário da proposta.
MPo – Refere-se à coluna 56 da FGV – Química materiais Plásticos, cód. AO160752,
correspondente ao mês de apresentação da proposta.
Fi – Refere-se a coluna 32 da FGV – Ferro, aço e derivados, cód. AO160515, correspondente ao
mês de aniversário da proposta.
Fo – Refere-se a coluna 32 da FGV – Ferro, aço e derivados, cód. AO160515, correspondente
ao mês de apresentação da proposta.
MOi – Refere-se a coluna 13 da FGV Mão de obra Especializada, cód. AO159886,
correspondente ao mês de aniversário da proposta.
MOo – Refere-se a coluna 13 da FGV Mão de obra Especializada, cód. AO149886,
correspondente ao Mês de apresentação da proposta.
MEi - Refere-se a coluna 36 da FGV Máquinas e equipamentos industriais, cód. AO160558,
correspondente ao mês de aniversário da proposta
MEo - Refere-se a coluna 36 da FGV Máquinas e equipamentos industriais, cód. AO160558,
correspondente ao mês de apresentação da proposta.
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
Voto:
36. Com relação a ausência de previsão contratual de reajuste a Fiocruz
refutou tal constatação afirmando que o item 3.3 da Minuta do Contrato teria
previsto o critério de reajustamento, in verbis:
“3.3. O valor consignado neste Termo de Contrato é fixo e irreajustável, porém
poderá ser corrigido anualmente mediante requerimento da contratada,
observado o interregno mínimo de um ano, contado a partir da data limite para
a apresentação da proposta, pela variação do índice [em branco] ou outro que
vier a substituí-lo.”
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Omissão do Critério de Reajuste:
▪ Acórdão 1.707/2003-Plenário:
▪ “9.2.1 estabeleça já a partir dos editais de licitação e em seus
contratos, de forma clara, se a periodicidade dos reajustes terá como
base a data-limite para apresentação da proposta ou a data do
orçamento, observando-se o seguinte:
▪ 9.2.1.1 se for adotada a data-limite para apresentação da proposta, o
reajuste será aplicável a partir do mesmo dia e mês do ano seguinte;
▪ 9.2.1.2 se for adotada a data do orçamento, o reajuste será aplicável a
partir do mesmo dia e mês do ano seguinte se o orçamento se referir a
um dia específico, ou do primeiro dia do mesmo mês do ano seguinte
caso o orçamento se refira a determinado mês;
▪ 9.2.2 para o reajustamento dos contratos, observe que a contagem do
período de um ano para a aplicação do reajustamento deve ser feita a
partir da data base completa, na forma descrita no item 9.1.1, de modo
a dar cumprimento ao disposto na Lei nº 10.192/2001, em seus arts. 2º
e 3º, e na Lei nº 8.666/93, em seu art. 40, inciso XI;”
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Contrato celebrado após mais de um ano da data -
base:
▪ Acórdão 474/2005 – Plenário:
▪ “9.1.2. na hipótese de vir a ocorrer o decurso de prazo superior a um ano entre a data da
apresentação da proposta vencedora da licitação e a assinatura do respectivo
instrumento contratual, o procedimento de reajustamento aplicável, em face do disposto
no art. 28, § 1º, da Lei 9.069/95 c/c os arts. 2º e 3º da Lei 10.192/2001, consiste em
firmar o contrato com os valores originais da proposta e, antes do início da execução
contratual, celebrar termo aditivo reajustando os preços de acordo com a variação do
índice previsto no edital relativa ao período de somente um ano, contado a partir da data
da apresentação das propostas ou da data do orçamento a que ela se referir, devendo os
demais reajustes ser efetuados quando se completarem períodos múltiplos de um ano,
contados sempre desse marco inicial, sendo necessário que estejam devidamente
caracterizados tanto o interesse público na contratação quanto a presença de condições
legais para a contratação, em especial: haver autorização orçamentária (incisos II, III e IV
do § 2º do art. 7º da Lei 8.666/93); tratar-se da proposta mais vantajosa para a
Administração (art. 3º da Lei 8.666/93); preços ofertados compatíveis com os de mercado
(art. 43, IV, da Lei 8.666/93); manutenção das condições exigidas para habilitação (art.
55, XIII, da Lei 8.666/93); interesse do licitante vencedor, manifestado formalmente, em
continuar vinculado à proposta (art. 64, § 3º, da Lei 8.666/93);
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Medição de Serviços no Mês de Reajuste
▪ Por ocasião do reajuste anual não se pode admitir a existência serviços
executados, porém, não medidos. Nesse caso, a emissão de boletim de
medição ocorreria posteriormente à data do reajuste. Consequentemente,
haveria uma parcela dos serviços medidos, executados na vigência dos preços
originais, recebendo indevidamente a incidência de reajuste
▪ Para evitar o surgimento desse problema, tendo em vista que desde o início do
contrato se sabe o data em que o mesmo poderá ser reajustado, o Roteiro de
Auditoria de Obras do TCU prescreve que a execução de medição a ser
realizada na data do reajuste, a fim de identificar todos os serviços executados
sob a vigência dos preços originais (ou anteriores, caso não se trate do
primeiro reajuste).
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajuste de serviço novo
▪ Durante a execução do contrato, pode haver inclusão de novos serviços
mediante aditivos contratuais, os quais terão custos com data base distinta
daquela do contrato. Portanto, a aplicação de reajuste a esses serviços
utilizando a data base do contrato acarretaria distorções desfavoráveis à
administração, uma vez que o reajustamento necessariamente ocorreria em
período inferior a um ano.
▪ Uma alternativa prioritária para solução do problema seria a opção por buscar o
preço dos serviços novos nos sistemas de referência de custos (Sicro, Sinapi
etc.) na mesma data-base do contrato. É o que estabelece o Decreto
7983/2013.
▪ Entretanto, essa alternativa as vezes é inviável, pois o novo serviço pode não
estar contemplado pelos sistemas referenciais de custos, exigindo que os
preços dos novos serviços sejam obtidos diretamente por meio de pesquisa de
mercado, realizada em data diferente da data-base do reajuste. Nesses casos,
recomenda-se deflacionar o preço do novo serviço para a data base do
contrato pelo mesmo índice de reajuste contratual.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajuste de serviço executado com atraso
▪ Muitas vezes se observa que o contratado atrasa intencionalmente a execução
de alguns serviços com o intuito de executá-los um ou dois meses depois
recebendo os preços reajustados pela aplicação dos índices cabíveis.
▪ Para evitar tal prática, o Decreto 1.054/1.994 dispõe que, ocorrendo atraso
atribuível ao contratado na execução das obras ou serviços, o reajuste
obedecerá as seguintes condições:
▪ se os índices aumentarem, prevalecerão aqueles vigentes nas datas
previstas para a realização do fornecimento ou execução da obra ou
serviço;
▪ se os índices diminuírem, prevalecerão aqueles vigentes nas datas em que
o fornecimento, obra ou serviço for realizado ou executado.
▪ Obviamente, se houve uma prorrogação regular do contrato, oriunda de
fator alheio à vontade do contratado, exigindo a reformulação do
cronograma físico-financeiro da obra, prevalecerão os índices vigentes nas
novas datas previstas para a realização do fornecimento ou para a
execução da obra ou serviço.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Indisponibilidade do Índice de Reajuste
▪ Durante a execução do contrato pode ocorrer situação em que o índice
adotado no edital tenha sua publicação descontinuada. Dessa forma o
parâmetro originalmente estabelecido para reajuste se torna
inaplicável.
▪ Nesses casos, entende-se que a solução é a formalização de termo
aditivo selecionando novo índice ou reformulando a composição da
cesta de índices, conforme o caso. O índice que substituirá aquele cuja
publicação foi descontinuada deverá ser selecionado com cautela,
refletindo da melhor maneira possível a variação de preços dos
serviços cujos preços irá reajustar, assim como deveria ser o índice
original.
▪ Todavia, costumam surgir litígios entre as partes por conta da escolha
do novo índice. Para evitar tais problemas, os contratos costumam
desde logo indicar índices alternativos a serem utilizados no caso da
descontinuidade da divulgação do índice de reajuste contratual.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajuste em Contratos de Duração Continuada
▪ Deve-se adotar a sistemática de repactuação em contratos de duração
continuada com cessão de mão de obra (terceirização), tomando como base a
variação de custos efetivos de mão de obra, em detrimento da sistemática de
adoção de índices gerais de preço para reajustamento periódico.
▪ Por outro lado, a jurisprudência do TCU, a exemplo dos Acórdãos 54/2012,
2.760/2012 e 3.388/2012, todos do Plenário, também tem admitido o uso do
instituto do reajuste em contratos de duração continuada em que não exista
cessão de mão de obra ou prevalência de custos associados ao pagamento de
pessoal, como no caso de serviços de telefonia, energia elétrica ou transporte.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajustes Subsequentes
▪ A Lei nº 10.192/2001 dispõe em seu art. 2º, § 2º, que, em
caso de revisão contratual, o termo inicial do período de
correção monetária ou reajuste, ou de nova revisão, será a
data em que a anterior revisão tiver ocorrido.”
▪ Ou seja, definida a data do primeiro reajustamento de
preços, os demais reajustes deverão ser realizados
anualmente, na mesma data-base.
▪ Entretanto, pode acontecer de ocorrer alteração do valor
dos serviços em data anterior à data-base do reajuste.
Nesse caso, entende-se que com a formalização do
reequilíbrio econômico-financeiro, há deslocamento da data
base para os próximos reajustes de preço. A nova data
base passa a ser a data da recomposição, com reajustes
anuais a partir de então.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Possível existência de preclusão lógica.
▪ Há uma importante diferenciação a ser feita entre os contratos de
escopo e os contratos de duração continuada.
▪ Nos termos do raciocínio desenvolvido no Acórdão 1828/2008-Plenário,
cada prorrogação contratual de ajuste continuado caracteriza uma nova
contratação, de forma que uma vez assinado o termo aditivo, não é
possível mais ocorrer a repactuação.
▪ Nesse momento, caberia a contratada suscitar o seu direito a
repactuação. Ao assinar o aditivo de prorrogação, houve ratificação de
todas as demais cláusulas da avença originária, inclusive dos preços,
comprometendo-se a executar o objeto por mais 12 meses sem
reajuste.
▪ Houve preclusão lógica quanto ao direito do reajuste.
▪ O mesmo não pode ser dito nos contratos por escopo, reajustado pela
aplicação automática de índices, que difere o tratamento a ser
conferido em relação ao instituto da repactuação.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Possível existência de preclusão lógica.
▪ O requerimento do reajuste por índice pelo contratado não
é uma condição para a fruição do direito e não pode ser
equiparado à aceitação dos preços contratados ou à
renúncia tácita ao direito de reajuste, não se configurando a
preclusão lógica neste caso.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
▪ O reajuste consiste na aplicação automática de índices gerais,
específicos ou setoriais que reflitam as elevações inflacionárias ou as
reduções deflacionárias.
▪ Sua concessão não demanda a prévia comprovação. pelo contratado
da alteração de cada um dos custos envolvidos na execução do
contrato; ao revés a ocorrência da variação de custos é presumida.
▪ O TCU, inclusive, já admitiu o caráter automático do reajuste em
sentido estrito, aduzindo que "A diferença entre repactuação e reajuste
é que este é automático e deve ser realizado periodicamente. mediante
a simples aplicação de um índice de preço, que deve. dentro do
possível. refletir os custos setoriais. Naquela, embora haja
periodicidade anual, não há automatismo. pois é necessária a
demonstração da variação dos custos do serviço" (Acórdão
1374/2006-Plenário).
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
▪ É o mais pura aplicação do princípio do pacta sunt servanda (o
contrato faz lei entre as partes), que também se aplica ao contrato
administrativo, com base no arts. 54 e 66 da Lei 8.666/1993:
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de
acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta lei,
respondendo cada uma das partes pelas consequências de suas
inexecução total ou parcial.
▪ Observando que a previsão de reajuste também é cláusula obrigatória
do edital, compre apresentar o art. 41 da Lei 8.666/1993:
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e
condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
▪ Assim, o reajuste por índices exige sua aplicação de ofício pela
Administração, uma vez atingida a data-base, independentemente de
qualquer solicitação da contratada.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
▪ Assim, o Parecer nº 2/2016/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU conclui:
a) o reajuste em sentido estrito dos preços contratados, previsto em edital
e contrato, deve ser automática e periodicamente realizado, de ofício, pela
Administração contratante;
b) não se fixou em lei, tampouco na regulamentação infra legal do instituto,
a exigência de prévia solicitação formal como condição para a concessão
do reajuste, muito menos se estabeleceu um prazo específico para que o
contratado exercesse esse seu direito, ao contrário do que se passa
quanto à repactuação de preços;
c) se o requerimento do reajuste por índice pelo contratado não é uma
condição para a fruição do direito, o fato de o particular não solicitar o
reajuste previamente à renovação do contrato ou ao seu encerramento
não pode ser equiparado à aceitação dos preços contratados ou à
renúncia tácita ao direito de reajuste, não se configurando a preclusão
lógica neste caso;
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
339
Disposições da IN Seges 5/2017
Da Repactuação e do Reajuste de Preços dos Contratos
Art. 53. O ato convocatório e o contrato de serviço continuado deverão
indicar o critério de reajustamento de preços, que deverá ser sob a forma de
reajuste em sentido estrito, com a previsão de índices específicos ou
setoriais, ou por repactuação, pela demonstração analítica da variação dos
componentes dos custos.
Art. 54. A repactuação de preços, como espécie de reajuste contratual,
deverá ser utilizada nas contratações de serviços continuados com regime de
dedicação exclusiva de mão de obra, desde que seja observado o interregno
mínimo de um ano das datas dos orçamentos aos quais a proposta se referir.
§ 1º A repactuação para fazer face à elevação dos custos da contratação,
respeitada a anualidade disposta no caput, e que vier a ocorrer durante a
vigência do contrato, é direito do contratado e não poderá alterar o equilíbrio
econômico e financeiro dos contratos, conforme estabelece o inciso XXI do
art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, sendo assegurado
ao prestador receber pagamento mantidas as condições efetivas da proposta.
340
Disposições da IN Seges 5/2017
§ 2º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto forem
necessárias, em respeito ao princípio da anualidade do reajuste dos preços
da contratação, podendo ser realizada em momentos distintos para discutir a
variação de custos que tenham sua anualidade resultante em datas
diferenciadas, tais como os custos decorrentes da mão de obra e os custos
decorrentes dos insumos necessários à execução do serviço.
§ 3º Quando a contratação envolver mais de uma categoria profissional, com
datas-bases diferenciadas, a repactuação deverá ser dividida em tantos
quanto forem os Acordos, Convenções ou Dissídios Coletivos de Trabalho
das categorias envolvidas na contratação.
§ 4º A repactuação para reajuste do contrato em razão de novo Acordo,
Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho deve repassar integralmente o
aumento de custos da mão de obra decorrente desses instrumentos.
Art. 55. O interregno mínimo de um ano para a primeira repactuação será
contado a partir:
I - da data limite para apresentação das propostas constante do ato
convocatório, em relação aos custos com a execução do serviço decorrentes
do mercado, tais como o custo dos materiais e equipamentos necessários à
execução do serviço; ou 341
Disposições da IN Seges 5/2017
II - da data do Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho ou
equivalente vigente à época da apresentação da proposta quando a variação
dos custos for decorrente da mão de obra e estiver vinculada às datas-bases
destes instrumentos.
Art. 56. Nas repactuações subsequentes à primeira, a anualidade será
contada a partir da data do fato gerador que deu ensejo à última repactuação.
Art. 57. As repactuações serão precedidas de solicitação da contratada,
acompanhada de demonstração analítica da alteração dos custos, por meio
de apresentação da planilha de custos e formação de preços ou do novo
Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho que fundamenta a
repactuação, conforme for a variação de custos objeto da repactuação.
§ 1º É vedada a inclusão, por ocasião da repactuação, de benefícios não
previstos na proposta inicial, exceto quando se tornarem obrigatórios por
força de instrumento legal, Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de
Trabalho, observado o disposto no art. 6º desta Instrução Normativa.
§ 2º A variação de custos decorrente do mercado somente será concedida
mediante a comprovação pelo contratado do aumento dos custos,
considerando-se:
I - os preços praticados no mercado ou em outros contratos342da
Administração;
Disposições da IN Seges 5/2017
II - as particularidades do contrato em vigência;
III - a nova planilha com variação dos custos apresentada;
IV - indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais de
referência, tarifas públicas ou outros equivalentes; e
V - a disponibilidade orçamentária do órgão ou entidade contratante.
§ 3º A decisão sobre o pedido de repactuação deve ser feita no prazo
máximo de sessenta dias, contados a partir da solicitação e da entrega dos
comprovantes de variação dos custos.
§ 4º As repactuações, como espécie de reajuste, serão formalizadas por meio
de apostilamento, exceto quando coincidirem com a prorrogação contratual,
em que deverão ser formalizadas por aditamento.
§ 5º O prazo referido no § 3º deste artigo ficará suspenso enquanto a
contratada não cumprir os atos ou apresentar a documentação solicitada pela
contratante para a comprovação da variação dos custos.
§ 6º O órgão ou entidade contratante poderá realizar diligências para conferir
a variação de custos alegada pela contratada.
§ 7º As repactuações a que o contratado fizer jus e que não forem solicitadas
durante a vigência do contrato serão objeto de preclusão com a assinatura da
343
prorrogação contratual ou com o encerramento do contrato.
Disposições da IN Seges 5/2017
Art. 58. Os novos valores contratuais decorrentes das repactuações terão
suas vigências iniciadas da seguinte forma:
I - a partir da ocorrência do fato gerador que deu causa à repactuação, como
regra geral;
II - em data futura, desde que acordada entre as partes, sem prejuízo da
contagem de periodicidade e para concessão das próximas repactuações
futuras; ou
III - em data anterior à ocorrência do fato gerador, exclusivamente quando a
repactuação envolver revisão do custo de mão de obra em que o próprio fato
gerador, na forma de Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho,
contemplar data de vigência retroativa, podendo esta ser considerada para
efeito de compensação do pagamento devido, assim como para a contagem
da anualidade em repactuações futuras.
Parágrafo único. Os efeitos financeiros da repactuação deverão ocorrer
exclusivamente para os itens que a motivaram e apenas em relação à
diferença porventura existente.
Art. 59. As repactuações não interferem no direito das partes de solicitar, a
qualquer momento, a manutenção do equilíbrio econômico dos contratos com
base no disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 344
Peças do processo de Repactuação
Recomenda-se a juntada aos autos do processo das seguintes
peças, pela ordem:
1) Requerimento da contratada;
2) Nova planilha apresentada com o pedido;
3) Demais documentos apresentados com o pedido;
4) Edital da licitação;
5) Proposta apresentada na licitação;
6) Termo de Contrato;
7) Termos aditivos e/ou apostilas (na ordem cronológica),
acompanhados das respectivas planilhas de custos e
formação de preços do contrato;
345
Peças do processo de Repactuação
(continuação):
8) Outros documentos julgados pertinentes pelo servidor
encarregado da análise;
9) Instrumento normativo coletivo de trabalho (CCT; ACT;
Sentença Normativa); CNDT e SICAF;
10)Novas planilhas de custos e formação de preços,
elaboradas pelo servidor encarregado da instrução
processual;
11)Minuta da Apostila;
12)Instrução do servidor encarregado da análise do pedido,
com proposta de encaminhamento.
346
Documentos apresentados com o pedido
347
Peças incluídas pelo servidor
O servidor encarregado da instrução do processo de
repactuação pode incluir peças adicionais que visem a
subsidiar a decisão da autoridade competente, bem como
esclarecer pontos específicos que foram objeto de análise.
➢ Exemplos:
▪ normas coletivas do trabalho
▪ pareceres jurídicos emitidos em processos similares
▪ jurisprudência do TCU e Tribunais do Poder Judiciário
▪ notas técnicas do Ministério do Trabalho e Emprego
▪ soluções de consulta da Receita Federal do Brasil
▪ despachos/decisões da autoridade administrativa, tomadas
em outros processos, resolvendo questões similares às
debatidas
▪ séries históricas de índices financeiros 348
Redigindo a Instrução:
Histórico da contratação
➢ Boa Prática: Antes de proceder-se à descrição dos itens
constantes do pedido e da análise de mérito, sugere-se que
se registre na instrução os dados relevantes da contratação e
alterações havidas.
▪ Licitação:
▪ informar número do processo;
▪ mencionar edital, indicando o número da peça no
processo em que se encontra juntado por cópia;
▪ informar dados da proposta vencedora: preço mensal e
anual (empreitada por preço global); ou preços unitários
(empreitada por preço unitário) e total estimado; indicar o
número da peça no processo em que se encontra juntada
por cópia
349
Redigindo a Instrução:
Histórico da contratação
▪ Contratação:
▪ informar número do contrato, indicando o número da peça
no processo em que se encontra juntado por cópia;
▪ informar datas de assinatura e de início e término da
vigência;
▪ consignar a cláusula que prevê o reajuste/repactuação;
▪ indicar a cláusula que prevê a prestação de garantia e
respectivo valor;
▪ informar o nome do fiscal do contrato e/ou da unidade
gestora do contrato.
350
Redigindo a Instrução:
Histórico da contratação
▪ Aditivo de Renovação do Contrato:
▪ informar número do termo aditivo, indicando o número da
peça no processo em que se encontra juntado por cópia;
▪ informar datas de assinatura e de término da vigência
prorrogada;
▪ indicar as planilhas de custos e formação de preços
relacionadas, que normalmente constituem anexo do termo
aditivo.
351
Redigindo a Instrução:
Histórico da contratação
▪ Aditivo de Alteração do Contrato:
▪ informar número do termo aditivo, indicando o número da
peça no processo em que se encontra juntado por cópia;
▪ informar datas de assinatura e de início dos efeitos da
alteração contratual havida (qualitativa ou quantitativa);
▪ informar novos valores contratuais decorrentes da
alteração, se for o caso;
▪ indicar as planilhas de custos e formação de preços
relacionadas, que normalmente constituem anexo do termo
aditivo.
352
Redigindo a Instrução:
Histórico da contratação
▪ Termo Aditivo de Revisão ou Apostila de
Reajuste/Repactuação:
▪ informar número do termo aditivo/apostila, indicando o
número da peça do processo em que se encontra juntado
por cópia;
▪ informar datas de assinatura e de início dos efeitos
financeiros da revisão, do reajuste ou da repactuação;
▪ informar novos valores mensal e anual do contrato;
▪ indicar as planilhas de custos e formação de preços
relacionadas, que normalmente constituem anexo do termo
aditivo/apostila.
353
Redigindo a Instrução:
Histórico da contratação
▪ Minuta da Apostila Objeto da Instrução (Repactuação):
▪ informar número da peça do processo em que se encontra
a minuta da apostila de que trata a instrução;
▪ informar a motivação da repactuação (exemplo: aplicação
da nova CCT);
▪ consignar data prevista para início dos efeitos financeiros;
▪ indicar as planilhas de custos e formação de preços
relacionadas, mencionando o número da peça em que se
encontram no processo;
▪ importante: informar se há processos conexos em
trâmite, cuja apreciação podem repercutir nos novos preços
(exemplo: alteração quantitativa; prorrogação)
➢ ATENÇÃO: a planilha que será adotada como base
para a repactuação é a mais recente, vale dizer, a da
última revisão ou reajuste ou repactuação. 354
Redigindo a Instrução:
Análise motivada do pedido
➢ Análise motivada do pedido: Ao apreciar o pedido de
repactuação, o gestor deve proceder à análise detalhada
de cada item de custo do contrato, para se certificar da
efetiva variação havida no período.
IN 05/2017:
Art. 57.....
[...]
§ 7º As repactuações a que o contratado fizer jus e não
forem solicitadas durante a vigência do contrato, serão
objeto de preclusão com a assinatura da prorrogação
contratual ou com o encerramento do contrato.
356
Aplicabilidade da norma coletiva do trabalho
357
Majoração de salários
360
Benefícios criados ou majorados pela CCT
➢É possível, por ocasião da repactuação, a inclusão no
contrato dos custos relativos a novos direitos ou
benefícios de natureza pecuniária, criados pela CCT?
▪ IN 05/2017:
Art. 6º A Administração não se vincula às disposições contidas
em Acordos, Convenções ou Dissídios Coletivos de Trabalho
que tratem de pagamento de participação dos trabalhadores
nos lucros ou resultados da empresa contratada, de matéria
não trabalhista, ou que estabeleçam direitos não previstos em
lei, tais como valores ou índices obrigatórios de encargos
sociais ou previdenciários, bem como de preços para os
insumos relacionados ao exercício da atividade.
Parágrafo único. É vedado ao órgão e entidade vincular-se às
disposições previstas nos Acordos, Convenções ou Dissídios
Coletivos de Trabalho que tratem de obrigações e direitos que
somente se aplicam aos contratos com a Administração
361
Pública.
Benefícios criados ou majorados pela CCT
➢É possível, por ocasião da repactuação, a inclusão no
contrato dos custos relativos a novos direitos ou
benefícios de natureza pecuniária, criados pela CCT?
▪ IN 05/2017:
Art. 57º ...
§ 1º É vedada a inclusão, por ocasião da repactuação, de
benefícios não previstos na proposta inicial, exceto quando se
tornarem obrigatórios por força de instrumento legal, Acordo,
Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, observado o
disposto no art. 6º desta Instrução Normativa.
362
Observância dos novos valores pela
contratada
➢ Antes de formalizar a repactuação, deve-se
verificar se o contratado efetivamente arca com os
ônus invocados para legitimar o pedido.
➢ O ônus deve ser efetivo e não meramente
potencial, vale dizer, o contratado já tem que, no
momento da repactuação, efetivamente pagar aos
empregados os novos valores de salários e
benefícios.
➢ Tal informação pode ser prestada pelo fiscal do
contrato, dispensando, assim, a apresentação de
documentos comprobatórios pela contratada.
363
Nova planilha
Montagemdedapreços do contrato
Nova Planilha
➢ Entendimento: Só cabe repactuação quando o preço
contratado puder ser discriminado em planilha, na qual se
detalhem os custos unitários – de cada item – de modo a
viabilizar a demonstração analítica da variação de tais custos.
▪ Jurisprudência do TCU:
▪ (Acórdão 161/2012 – Plenário) Repactuação.
A repactuação não se aplica a contrato em que não há
detalhamento, por meio de planilha de custos e formação de
preços, dos custos afetos à mão de obra e aos demais insumos.
Sem planilha, inviável a repactuação. [...] O TCU considerou
que o contrato apreciado em concreto continha previsão ilegal
que estabelecia “a necessidade de reajustes com negociação
entre as partes, após demonstração analítica da variação dos
componentes de custo do contrato, com limitação do reajuste à
variação do IGPDI/FGV ocorrida nos últimos 12 meses”. 364
Nova planilha
Montagemdedapreços do contrato
Nova Planilha
▪ Boa prática: A partir do cotejo da planilha apresentada com o
pedido da repactuação com aquela da proposta, o sevidor
encarregado da análise elabora nova planilha, destacando os
itens de custo cuja majoração entende deva ser deferida, bem
como apontar os itens cuja repactuação deva ser indeferida,
consignando a devida fundamentação.
367
Montagem da Nova Planilha
Houve a perda
de um desconto
contratual
inicialmente
pactuado de
8,49% e o
surgimento de
um sobrepreço
de 13,45%.
Estudo de Caso - Jogo de Planilha
Art. 65 (...)
▪O fator de variação salarial a ser adotado sobre o salário da categoria pode ser obtido
da seguinte forma:
▪Entre maio e outubro de 2013 serão gastos 2.650 homens x mês.
▪Entre novembro/2013 e abril/2014 serão gastos outros 15.000 homens x mês.
▪Como o décimo terceiro salário é calculado com base no salário de dezembro, há um
custo adicional equivalente a 1.900 homens x mês.
▪Sobre o quantitativo total de homens x mês de novembro/2013 a abril/2014, incluindo
décimo terceiro salário (16.900 homens x mês), aplica-se o fator de reajuste de 6%,
obtendo-se um quantitativo de homem x mês corrigido igual a 17.914.
Estudo de Caso – Dissídio Coletivo
▪Análise: (continuação)
▪No período de maio a outubro de 2014 estão previstos um total de 10.800
homens x mês. Aqui os quantitativos de homem x mês não serão reajustados,
pois os preços dos serviços contratuais serão reajustados em virtude do
transcurso do prazo de um ano de vigência contratual. Por simplicidade dos
cálculos, foi suposto que o índice de reajuste contratual seja igual ao índice de
reajuste dos salários.
▪Nos dois últimos meses do contrato são necessários apenas 600 homens x
mês e outros 300 para pagamento do décimo terceiro salário de dezembro.
Estes 900 homens x mês sofrerão um reajuste de 6%. Assim, obtém-se um
quantitativo equivalente de 954 homens x mês.
▪Somando-se os quantitativos equivalentes de homens x mês: 1.900 + 17.914
+ 10.800 + 954 = 32.318 homens x mês.
▪Dividindo-se o quantitativo equivalente de homens x mês pelo quantitativo
nominal de homens mês (31.250, pois foram incluídos os quantitativos
relativos ao décimo terceiro salário), obtém-se o fator de variação salarial de
mão de obra: 1,034176, a ser aplicado linearmente sobre os salários de todos
os profissionais para fins de elaboração do orçamento.
Estudo de Caso – Desvalorização Cambial
▪ Pleito: Um determinado contrato, cujo objeto abrangia a construção de uma usina
termoelétrica, tinha data base no dia 28/8/2012, quando a cotação do dólar
comercial se encontrava em R$ 2,0433.
▪ Cerca de 35% do contrato se referem a equipamentos importados (turbinas a gás,
trocadores de calor, válvulas, gerador, tubulação, instrumentação e sistema de
automação).
▪ O contrato foi iniciado em dezembro/2012 e permaneceu em baixo ritmo de
execução até setembro/2015, devido a problemas no licenciamento ambiental da
obra. No período foram executadas basicamente as obras civis da usina
termoelétrica.
▪ No dia 24/09/2012, com base na Ptax divulgado pelo Banco Central (R$ 4,1949/US$
1,00), a empresa pleiteou a correção de 105,3% ( ( (4,1949/2,0433) – 1 ) x 100%)
sobre o preço contratual de todos os itens importados do contrato.
Estudo de Caso - Desvalorização Cambial
▪ Análise: O pleito, em tese, se enquadra na teoria da imprevisão:
i) fato imprevisível ou previsível, mas de consequências incalculáveis, alheio à vontade
das partes; e
Ii) desequilíbrio econômico ou financeiro elevado no contrato, impondo onerosidade
excessiva a uma das partes.
▪ Ademais, o evento ocorreu após a formulação da proposta, alterando a equação
econômico-financeira do contrato, e há relação causal entre o evento (desvalorização
da moeda) e a majoração dos encargos do contratado.
▪É de se perquirir se existiu culpa do contratado pela majoração dos seus encargos,
pois um administrador de razoável diligência (um homem-médio), ao assumir um
compromisso contratual de centenas de milhões de dólares, deveria buscar proteção
cambial por meio de algum instrumento de hedge, comprando contratos de dólar futuro
na BM&F ou realizando contratos de swap com alguma instituição financeira.
▪Por esse, motivo, o instrutor partilha da opinião de que o pleito não deve ser deferido.
▪ Não obstante, apresenta-se aqui jurisprudência predominante do Poder Judiciário em
sentido inverso, que possui certa razoabilidade, pois sabendo o construtor que o
equilíbrio econômico-financeiro de sua proposta está protegido pela Constituição
Federal, não vê incentivo em realizar o hedge cambial e incorrer no custo associado.
Estudo de Caso – Desvalorização Cambial
▪ Análise: (continuação)
▪ Cita-se o seguinte precedente do STJ:
“CONTRATO ADMINISTRATIVO. EQUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DO
VÍNCULO. DESVALORIZAÇÃO DO REAL. JANEIRO 1999. ALTERAÇÃO DE
CLÁUSULA REFERENTE AO PREÇO. APLICAÇÃO DA TEORIA DA IMPREVISÃO E
FATO DE PRÍNCIPE. (...)
2. O episódio ocorrido em janeiro de 1999, consubstanciado na súbita desvalorização
da moeda nacional (real) frente ao dólar norte-americano, configurou-se causa
excepcional de mutabilidade dos contratos administrativos, com vistas à manutenção
do equilíbrio econômico-financeiro das partes. (...)” (STJ – ROMS 15153 UF: PE – 1ª
Turma – Data da decisão: 19/11/2002 – Min. Relator Luiz Fux).
▪ Obviamente, não é qualquer variação cambial que justifica o ocorrido, pois o dólar
naturalmente oscila diariamente com o real, sem que isso possa ser considerado fato
imprevisível.
▪As demais observações anteriormente feitas também são aplicáveis ao caso, em
particular que o impacto global da desvalorização cambial no saldo contratual seja
elevada a ponto de ser impeditiva ou retardadora da execução do contrato, por
exemplo, em percentual superior à taxa de lucro declarada no BDI.
Estudo de Caso – Desvalorização Cambial
▪ Análise: (continuação)
▪ O TCU já se manifestou no sentido de que oscilações
naturais no câmbio posteriores ao contrato não ensejam a
aplicação da teoria da imprevisão, tampouco haverá a
recomposição do equilíbrio contratual.
Dias H.N. H.N.* H. E. tipo I H. E.* tipo I H. E. tipo II H. E.* tipo II H. E. tipo III H. E.* tipo III
Segunda 8,00
Terça 8,00
Quarta 8,00
Quinta 8,00
Sexta 8,00
Sabádo 4,00 2,00 2,00
Domingo
Total* 44 2 2
Encargos
AD H. E. AD Noturno
Sociais
44,00 H.N. 123,50% 98,34
H.N.*
2,00 H. E. tipo I 123,50% 50,00% 6,71
H. E.* tipo I
2,00 H. E. tipo II 123,50% 50,00% 6,71
H. E.* tipo II
H. E. tipo III
H. E.* tipo III
Dias H.N. H.N.* H. E. tipo I H. E.* tipo I H. E. tipo II H. E.* tipo II H. E. tipo III H. E.* tipo III
Segunda 4,00 4,00
Terça 4,00 4,00
Quarta 4,00 4,00
Quinta 4,00 4,00
Sexta 4,00 4,00
Sabádo 4,00 2,00 2,00
Domingo
Total* 24 20 2 2
Encargos
AD H. E. AD Noturno
Sociais
24,00 H.N. 123,50% 53,64
20,00 H.N.* 123,50% 37,14% 61,30
H. E. tipo I
2,00 H. E.* tipo I 123,50% 50,00% 37,14% 9,20
H. E. tipo II
2,00 H. E.* tipo II 123,50% 50,00% 37,14% 9,20
H. E. tipo III
H. E.* tipo III
Caderno 18 - Ar condicionado
UNID. QUANT. Unitários Totais Geral
Mão de Obra - Material -
Título da Etapa ou Atividade Mão de Obra Material Total
DEFLACIONADO DEFLACIONADO
18.03.158 Niple duplo galvanizado com rosca PEÇA 9 16,97 212,09 152,70 1.908,80 2.061,50
Estudo de Caso
Enc.da Qualidade/Técnico 1,00 18.427,20 12,00 41.882,40
Engenheiro da Qualidade/Coordenador 0,33 6.167,04 3,96 53.909,06
Aux Técnico da Qualidade - 1.617,44 - -
– Acréscimo na
Mão de Obra Suplementar - Meio Ambiente 7.982,62 95.791,46
Administração
Aux Técnico Meio Ambiente - - - -
Local em
Encarregado de S.T (Medição) 1,00 3.490,20 12,00 41.882,40
Técnico de Edificações 2,00 7.700,40 24,00 92.404,80
Auxiliar Técnico 1,00 2.095,20 12,00 25.142,40
Apropiador 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
virtude de
Desenhista / Cadista 1,00 5.031,00 12,00 60.372,00
atraso na
Almoxarife 2,00 3.258,00 24,00 39.096,00
Comprador 1,00 3.490,20 12,00 41.882,40
Recepcionista Ajudante 1,00 1.747,80 12,00 20.973,60
execução da
Motorista 1,00 1.967,40 12,00 23.608,80
Faxineira/copeira/Servente 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
Mensageiro / Ajudante 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
Vigia 4,00 8.316,00 48,00 99.792,00
obra.
Eletricista de Apoio 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
Ajudante de Apoio 2,00 3.258,00 24,00 39.096,00
Estudo de Caso–
Aux Técnico Meio Ambiente - - - -
Acréscimo na
Encarregado de S.T (Medição) 1,00 3.490,20 18,00 62.823,60
Técnico de Edificações 2,00 7.700,40 36,00 138.607,20
Auxiliar Técnico 1,00 2.095,20 18,00 37.713,60
Apropiador 1,00 1.629,00 18,00 29.322,00
Administração
Desenhista / Cadista 1,00 5.031,00 18,00 90.558,00
Local em virtude
Encarregado Pessoal 1,00 3.490,20 18,00 62.823,60
Almoxarife 1,00 1.629,00 18,00 29.322,00
Comprador 1,00 3.490,20 18,00 62.823,60
Recepcionista Ajudante 1,00 1.747,80 18,00 31.460,40
de atraso na
Motorista 1,00 1.967,40 18,00 35.413,20
Faxineira/copeira/Servente - - - -
Mensageiro / Ajudante 1,00 1.629,00 18,00 29.322,00
Vigia 3,00 6.237,00 54,00 112.266,00
execução da obra.
Eletricista de Apoio 1,00 1.629,00 18,00 29.322,00
Ajudante de Apoio 1,00 1.629,00 18,00 29.322,00
Estudo de Caso –
Mão de Obra Suplementar - Meio Ambiente 3.490,20 41.882,40
Acréscimo na
Enc.do Meio Ambiente/Técnico 1,00 3.490,20 12,00 41.882,40
Aux Técnico Meio Ambiente - - - -
Administração
Encarregado de S.T (Medição) 1,00 3.490,20 12,00 41.882,40
Técnico de Edificações 2,00 7.700,40 24,00 92.404,80
Auxiliar Técnico 1,00 2.095,20 12,00 25.142,40
Apropiador 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
Local em virtude
Desenhista / Cadista 1,00 5.031,00 12,00 60.372,00
de atraso na
Encarregado Pessoal 1,00 3.490,20 12,00 41.882,40
Almoxarife 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
Comprador 1,00 3.490,20 12,00 41.882,40
Recepcionista Ajudante 1,00 1.747,80 12,00 20.973,60
execução da obra.
Motorista 1,00 1.967,40 12,00 23.608,80
Faxineira/copeira/Servente - - - -
Mensageiro / Ajudante 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
Vigia 3,00 6.237,00 36,00 74.844,00
Uma outra
Eletricista de Apoio 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
Ajudante de Apoio 1,00 1.629,00 12,00 19.548,00
variante possível
Descrição Quantidade / Mês R$ / Mês Quantidade Total R$ Total
▪Solução:
▪Não foi concedido reequilíbrio para os serviços executados
anteriormente ao pleito. A revisão dos preços ocorreu apenas
para os serviços ainda por executar.
▪Aplicada a variação do Sinapi de setembro/2020 até
junho/2021, expurgando do valor do Sinapi de junho/2021 o
mesmo desconto ofertado pela construtora na licitação (9,31%).
▪O resultado da análise no item “superestrutura” se encontra
detalhado nas tabelas a seguir:
Orçamento-base (abril/2020):
CUSTO UNIT PREÇO UNIT VALOR (R$)
ITEM CÓDIGO FONTE DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNID. QUANTIDADE
(R$) (R$)
5 SUPERESTRUTURA 360.726,37
5.1 PILARES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES
RETANGULARES E ESTRUTURAS SIMILARES COM ÁREA MÉDIA DAS
SEÇÕES MENOR OU IGUAL A 0,25 M², PÉ-DIREITO SIMPLES, EM M2 94,08 60,28 75,73 7.125,03
CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES.
5.1.1 92418 SINAPI AF_12/2015
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA
EM EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL
M3 25,09 360,55 452,98 11.364,43
A 0,25 M² - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO.
5.1.2 92720 SINAPI AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL
DE CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS
KG 4.029,58 6,25 7,85 31.641,43
PAVIMENTOS UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM.
5.1.3 92764 SINAPI AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL
DE CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS
KG 729,90 9,67 12,15 8.867,64
PAVIMENTOS UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM.
5.1.4 92760 SINAPI AF_12/2015
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2
LANCES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 M2 80,28 147,15 184,87 14.841,70
5.3.1 95939 SINAPI UTILIZAÇÕES. AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE KG 535,20 6,66 8,37 4.478,23
5.3.2 95947 SINAPI 12,5 MM - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E
M3 6,69 26,07 32,75 219,12
5.3.3 92874 SINAPI ACABAMENTO DE CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/
M3 6,69 302,10 379,55 2.538,79
BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
5.3.4 94971 SINAPI
Proposta da Construtora (setembro/2020):
CUSTO UNIT (R$) PREÇO UNIT VALOR (R$)
ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNID. QUANTIDADE
(R$)
5 SUPERESTRUTURA 334.709,05
5.1 PILARES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E
ESTRUTURAS SIMILARES COM ÁREA MÉDIA DAS SEÇÕES MENOR OU IGUAL
M2 94,08 60,28 70,53 6.635,23
A 0,25 M², PÉ-DIREITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA
5.1.1 RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_12/2015
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA EM
EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - M3 25,09 360,55 421,84 10.583,20
5.1.2 LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 4.029,58 6,25 7,31 29.466,30
5.1.3 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 729,90 9,67 11,31 8.258,06
5.1.4 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2 LANCES,
EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. M2 80,28 147,15 172,17 13.821,44
5.3.1 AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM KG 535,20 6,66 7,79 4.170,38
5.3.2 - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO DE
M3 6,69 26,07 30,50 204,05
5.3.3 CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1)
M3 6,69 302,10 353,46 2.364,27
Sinapi com desconto da licitação (setembro/2020):
CUSTO UNIT (R$) PREÇO UNIT VALOR (R$)
ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNID. QUANTIDADE
(R$)
5 SUPERESTRUTURA 343.464,78
5.1 PILARES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E
ESTRUTURAS SIMILARES COM ÁREA MÉDIA DAS SEÇÕES MENOR OU IGUAL
M2 94,08 54,93 64,27 6.046,34
A 0,25 M², PÉ-DIREITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA
5.1.1 RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_12/2015
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA EM
EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - M3 25,09 345,13 403,80 10.130,58
5.1.2 LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 4.029,58 6,62 7,75 31.210,71
5.1.3 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 729,90 10,15 11,88 8.667,97
5.1.4 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2 LANCES,
EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. M2 80,28 152,06 177,91 14.282,63
5.3.1 AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM KG 535,20 7,03 8,23 4.402,07
5.3.2 - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO DE
M3 6,69 26,50 31,01 207,42
5.3.3 CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1)
M3 6,69 343,42 401,80 2.687,64
5.3.4 - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
Sinapi, com o desconto da licitação (junho/2021):
SUPERESTRUTURA 475.477,56 (Variação percentual)
PILARES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E
ESTRUTURAS SIMILARES, PÉ-DIREITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA M2 94,08 66,28 77,55 7.295,67 20,66%
COMPENSADA RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_09/2020
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA EM
EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - M3 25,09 393,80 460,75 11.559,19 14,10%
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 4.029,58 10,63 12,44 50.116,29 60,57%
UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 729,90 14,97 17,51 12.784,19 47,49%
UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
VIGAS E LAJES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE VIGA, ESCORAMENTO COM
GARFO DE MADEIRA, PÉ-DIREITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA M2 755,16 122,44 143,25 108.179,57 34,30%
RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_09/2020
CONCRETAGEM DE VIGAS E LAJES, FCK=20 MPA, PARA LAJES MACIÇAS
OU NERVURADAS COM USO DE BOMBA EM EDIFICAÇÃO COM ÁREA MÉDIA
M3 124,14 379,27 443,75 55.086,61 14,17%
DE LAJES MENOR OU IGUAL A 20 M² - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
ACABAMENTO. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 653,87 14,97 17,51 11.452,55 47,49%
UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 3.842,09 11,04 12,92 49.627,54 57,49%
UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE LAJE DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO
ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS UTILIZANDO AÇO CA- KG 7.290,00 13,66 15,98 116.510,23 56,65%
50 DE 8,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE LAJE MACIÇA, PÉ-DIREITO
SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 M2 729,12 33,11 38,74 28.245,19 20,84%
UTILIZAÇÕES. AF_09/2020
ESCADAS
FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2 LANCES EM "U" E LAJE
CASCATA, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA PLASTIFICADA, E=18 MM. M2 80,28 153,43 179,51 14.411,31 0,90%
AF_11/2020
ARMAÇÃO DE ESCADA, DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM - MONTAGEM. KG 535,20 11,06 12,94 6.925,59 57,33%
AF_11/2020
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO DE
M3 6,69 27,69 32,40 216,73 4,49%
CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (EM MASSA SECA DE CIMENTO/
AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. M3 6,69 391,88 458,50 3.066,90 14,11%
AF_05/2021
Cenário 1:
▪Solução:
▪Assim, a empresa fará jus ao reequilíbrio de valor global de R$ 461.675,36
– R$ 334.709,05 = R$ 126.966,31, que será o valor do reforço da nota de
empenho.
▪O aditivo será formalizado com a inclusão da nova planilha com preços
revisados em anexo. Tais preços serão calculados pela variação efetiva do
sinapi item a item, conforme tabela a seguir.
▪Tomar cuidado com mudanças ou descontinuidades nas composições do
Sinapi, o que é uma situação muito comum. Sempre é possível manter a
composição original contratada, apenas alterando o valor dos insumos.
▪Tomar cuidado com o regime de recolhimento previdenciário (obra onerada
ou desonerada) e com mudanças nos percentuais de encargos sociais do
Sinapi. Recomenda-se manter o percentual originalmente declarado pelo
empreiteiro para isolar a variação apenas dos insumos.
▪Se o particular apresentar notas fiscais de compra de materiais e o valor
desses for inferior ao Sinapi (com o desconto da licitação), usar os valores
fornecidos pelo particular.
Planilha contratual com revisão de preços
(junho/2021):
5 SUPERESTRUTURA 461.675,36
5.1 PILARES
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2
LANCES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 M2 80,28 173,72 13.945,97
5.3.1 UTILIZAÇÕES. AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 KG 535,20 12,26 6.561,09
5.3.2 MM - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO
M3 6,69 31,87 213,21
5.3.3 DE CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/
M3 6,69 403,33 2.697,90
5.3.4 BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
Planilha contratual com revisão de preços
(junho/2021):
5 SUPERESTRUTURA 461.675,36
5.1 PILARES
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2
LANCES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 M2 80,28 173,72 13.945,97
5.3.1 UTILIZAÇÕES. AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 KG 535,20 12,26 6.561,09
5.3.2 MM - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO
M3 6,69 31,87 213,21
5.3.3 DE CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/
M3 6,69 403,33 2.697,90
5.3.4 BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
Cenário 1:
▪Solução:
▪A nova data-base para efeito de reajustamento do contrato
será junho/2021 (o contrato terá o próximo reajuste pelo INCC
apenas em junho/2022).
▪Por meio do aditivo, a empresa deve renunciar expressamente
aos efeitos financeiros da variação do INCC no período de
setembro/2020 a junho/2021.
▪A análise exemplificativa ora feita para a superestrutura
poderia ser replicada para toda a planilha contratual.
▪A título de exemplo, a variação do índice de reajuste contratual
no período (INCC-DI) foi de 13,85% (vide slide seguinte).
▪Se tal índice fosse aplicado ao valor contratado, a revisão de
preços seria de R$ 47.559,29, o que demonstra que ocorreu
uma variação de fato acima do INCC nos serviços relacionados
com a estrutura do edifício.
Variação do INCC-DI no período
Cenário 2:
▪Tipo de Obra: Edificação.
▪Orçamento-base da administração: R$ 1.941.789,27.
▪Data-base do orçamento da administração: abril/2020.
▪Data de apresentação da proposta: setembro/2020.
▪Marco inicial para reajustamento do contrato (data do orçamento-base):
abril/2020.
▪Desconto global ofertado na licitação: cerca de 9,31%
▪Índice de reajuste contratual: INCC-DI
▪Data de apresentação do pleito junho/2021.
▪Situação da obra no momento do pleito: Infraestrutura executada (o início da
execução do contrato atrasou e a obra ficou paralisada alguns meses por conta de
medidas restritivas).
▪Pleito apresentado: O empreiteiro alega aumento de 80% no preço do cimento e
100% no preço do aço.
▪ O cenário 2 difere do cenário 1 pelo fato de o contrato já ter sido reajustado
anteriormente (em abril/2021) pelo INCC-DI, que acumulou uma variação de
12,99% no período.
▪Para efeitos didáticos vamos analisar o pleito apenas nos serviços de execução da
estrutura do prédio.
Proposta da Construtora (abril/2020):
5 SUPERESTRUTURA 334.709,05
5.1 PILARES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E
ESTRUTURAS SIMILARES COM ÁREA MÉDIA DAS SEÇÕES MENOR OU IGUAL
M2 94,08 60,28 70,53 6.635,23
A 0,25 M², PÉ-DIREITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA
5.1.1 RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_12/2015
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA EM
EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - M3 25,09 360,55 421,84 10.583,20
5.1.2 LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 4.029,58 6,25 7,31 29.466,30
5.1.3 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 729,90 9,67 11,31 8.258,06
5.1.4 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2 LANCES,
EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. M2 80,28 147,15 172,17 13.821,44
5.3.1 AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM KG 535,20 6,66 7,79 4.170,38
5.3.2 - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO DE
M3 6,69 26,07 30,50 204,05
5.3.3 CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1)
M3 6,69 302,10 353,46 2.364,27
5.3.4 - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
Planilha reajustada INCC (abril/2021):
5 SUPERESTRUTURA 378.187,78
5.1 PILARES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E
ESTRUTURAS SIMILARES COM ÁREA MÉDIA DAS SEÇÕES MENOR OU IGUAL
M2 94,08 60,28 79,69 7.497,15
A 0,25 M², PÉ-DIREITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA
5.1.1 RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_12/2015
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA EM
EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - M3 25,09 360,55 476,64 11.957,96
5.1.2 LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 4.029,58 6,25 8,26 33.293,98
5.1.3 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 729,90 9,67 12,78 9.330,78
5.1.4 UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2 LANCES,
EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. M2 80,28 147,15 194,53 15.616,85
5.3.1 AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM KG 535,20 6,66 8,80 4.712,11
5.3.2 - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO DE
M3 6,69 26,07 34,46 230,56
5.3.3 CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1)
M3 6,69 302,10 399,37 2.671,39
5.3.4 - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
Variação de preços unitários entre abril/2020 e
junho/2021
5 SUPERESTRUTURA 475.477,56 (Variação percentual)
5.1 PILARES
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E
ESTRUTURAS SIMILARES, PÉ-DIREITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA M2 94,08 66,28 77,55 7.295,67 9,95%
5.1.1 92419 SINAPI COMPENSADA RESINADA, 4 UTILIZAÇÕES. AF_09/2020
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BOMBA EM
EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² - M3 25,09 393,80 460,75 11.559,19 9,22%
5.1.2 92720 SINAPI LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 4.029,58 10,63 12,44 50.116,29 70,08%
5.1.3 92764 SINAPI UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO EM UM EDIFÍCIO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS KG 729,90 14,97 17,51 12.784,19 54,81%
5.1.4 92760 SINAPI UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 MM - MONTAGEM. AF_12/2015
5.3 ESCADAS
FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2 LANCES EM "U" E LAJE
CASCATA, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA PLASTIFICADA, E=18 MM. M2 80,28 153,43 179,51 14.411,31 4,27%
5.3.1 101985 SINAPI AF_11/2020
ARMAÇÃO DE ESCADA, DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE
CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM - MONTAGEM. KG 535,20 11,06 12,94 6.925,59 66,07%
5.3.2 95947 SINAPI AF_11/2020
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO DE
M3 6,69 27,69 32,40 216,73 6,21%
5.3.3 92874 SINAPI CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (EM MASSA SECA DE CIMENTO/
AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. M3 6,69 391,88 458,50 3.066,90 29,72%
5.3.4 94971 SINAPI AF_05/2021
Planilha contratual com revisão de preços
(junho/2021)
5 SUPERESTRUTURA 475.477,59
5.1 PILARES
5.3 ESCADAS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA ESCADAS, COM 2
LANCES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 4 M2 80,28 147,15 179,51 14.411,31
5.3.1 UTILIZAÇÕES. AF_01/2017
ARMAÇÃO DE ESCADA, COM 2 LANCES, DE UMA ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 KG 535,20 6,66 12,94 6.925,59
5.3.2 MM - MONTAGEM. AF_01/2017
LANÇAMENTO COM USO DE BOMBA, ADENSAMENTO E ACABAMENTO
M3 6,69 26,07 32,40 216,73
5.3.3 DE CONCRETO EM ESTRUTURAS. AF_12/2015
CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/
M3 6,69 302,10 458,50 3.066,90
5.3.4 BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016
Cenário 2:
▪Solução:
▪A nova data-base para efeito de reajustamento do contrato
será junho/2021 (o contrato terá o próximo reajuste pelo INCC
apenas em junho/2022).
▪Por meio do aditivo, a empresa renuncia expressamente aos
efeitos financeiros da variação do INCC no período de
setembro/2020 a junho/2021.
▪O valor a ser acrescido ao contrato (reforço de empenho)
corresponde à diferença entre o total da planilha revisada (R$
475.477,59) e a planilha com o reajuste ocorrido em abril/2021
(R$ 378.187,78), ou seja R$ 97.289,81.
▪Poderia ter sido mantido o reajuste na data original (abril de
cada ano), mas o efeito da variação do INCC entre abril/2021 e
junho/2021 deveria ser expurgado do valor do reequilíbrio.
Cenário 3:
▪Usando as mesmas premissas do cenário 1, em que se
entendeu cabível o reequilíbrio de R$ 126.966,31, que seria o
valor do reforço da nota de empenho, é possível visualizar a
possibilidade de expurgar da referida quantia a taxa de lucro
declarada pelo construtor.
▪Suponha-se, então, que foi adotada uma taxa de lucro de
8,3%, conforme composição do BDI abaixo:
ITEM DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) TAXA (%) OBSERVAÇÃO SITUAÇÃO DO PARCELAS DO BDI (%)
INTERVALO
1 Quartil Médio 3 Quartil
ADMISSIVEL
1 AC - ADMINISTRAÇÃO CENTRAL R$ 8.250,00 5,50% OK 3% 4% 5,50%
2 SG - SEGUROS e GARANTIA R$ 1.485,00 0,99% OK 0,80% 0,80% 1%
3 R - RISCOS R$ 1.905,00 1,27% OK 0,97% 1,27% 1,27%
4 DF - DESPESAS FINANCEIRAS R$ 1.939,68 1,20% OK 0,59% 1,23% 1,39%
5 L - LUCRO BRUTO R$ 13.577,11 8,30% OK 6,16% 7,40% 8,96%
6 I - IMPOSTOS R$ 17.842,43 9,15%
6.1 PIS 0,65%
6.2 COFINS 3,00%
6.3 ISS (CONFORME LEGISLAÇÃO MUNICIPAL) 1,00%
6.4 CONTRIB.PREV. SOBRE REC. BRUTA - CPRB 4,50% Equação Acordão TCU 2.622/2013 - Plenário
TOTAL DO BDI (R$) R$ 44.999,22 Parâmetros do Acórdão 2.622/2013 - Plenário
PREÇO DE VENDA (R$) R$ 194.999,22 Sem CPRB 20,34% 22,12% 25,00%
BDI (%) 30,00% OK Com CPRB 26,01% 27,87% 30,89%
Cenário 3:
▪Caberia expurgar algumas rubricas do BDI a ser adotado no
reequilíbrio, conforme abaixo.
▪O valor do reequilíbrio seria de R$ 126.966,31 / 1,30 x 1,1281
= R$ 110.177,46.
ITEM DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) TAXA (%) OBSERVAÇÃO SITUAÇÃO DO PARCELAS DO BDI (%)
INTERVALO
1 Quartil Médio 3 Quartil
ADMISSIVEL
1 AC - ADMINISTRAÇÃO CENTRAL R$ - 0,00% DIFERE 3% 4% 5,50%
2 SG - SEGUROS e GARANTIA R$ - 0,00% DIFERE 0,80% 0,80% 1%
3 R - RISCOS R$ 1.905,00 1,27% OK 0,97% 1,27% 1,27%
4 DF - DESPESAS FINANCEIRAS R$ 1.822,86 1,20% OK 0,59% 1,23% 1,39%
5 L - LUCRO BRUTO R$ - 0,00% DIFERE 6,16% 7,40% 8,96%
6 I - IMPOSTOS R$ 15.482,77 9,15%
6.1 PIS 0,65%
6.2 COFINS 3,00%
6.3 ISS (CONFORME LEGISLAÇÃO MUNICIPAL) 1,00%
6.4 CONTRIB.PREV. SOBRE REC. BRUTA - CPRB 4,50% Equação Acordão TCU 2.622/2013 - Plenário
TOTAL DO BDI (R$) R$ 19.210,63 Parâmetros do Acórdão 2.622/2013 - Plenário
PREÇO DE VENDA (R$) R$ 169.210,63 Sem CPRB 20,34% 22,12% 25,00%
BDI (%) 12,81% DIFERE Com CPRB 26,01% 27,87% 30,89%
Cenário 3:
▪O lucro foi expurgado, pois não é razoável que o particular
aufira lucro sobre o valor a ser indenizado pelo poder público.
Seria um verdadeiro enriquecimento seu causa do empreiteiro
em face de fatos imprevisíveis que ensejaram o aumento do
valor avençado.
▪A administração central foi zerada, pois a taxa de rateio
prevista no BDI do construtor remunera as despesas da sede
da empresa de acordo com divisão proporcional ao custo direto
de cada contrato em execução. O aumento superveniente do
custo de uma obra por conta do reequilíbrio ensejaria o
reembolso da administração central em valor superior ao
montante que foi utilizado para a taxa de rateio.
▪A rubrica seguros e garantia foi zerada com a premissa que
não se exigirá o reforço das garantias e/ou a emissão de
endossos do seguro exigido em face do aumento do valor do
contrato.
Cenário 3:
▪Mas há de se ressaltar que o art. 56, §2º, da Lei 8.666/1993,
prevê que o valor da garantia terá o seu valor atualizado nas
mesmas condições do contrato. Se este for o caso, a rubrica
garantia deve ser mantida no BDI, pois haverá sua elevação e
custos adicionais para o particular.
▪A rubrica riscos foi mantida, pois os serviços ainda não foram
executados. Então, é razoável que diante do aumento relativo
do valor dos serviço há igual aumento do nível de risco.
▪Pelo mesmo raciocínio, foi mantido o valor das despesas
financeiras no BDI.
▪Se o reequilíbrio fosse pago por indenização, relativo a
serviços já executados, caberia o expurgo do risco, seguros,
garantias e despesas financeiras do BDI.
Comentários finais
▪Em ambos os exemplos, está havendo um exame da
equidade global do contrato, considerando outros insumos
além dos que foram pleiteados pelo particular (madeira, areia,
brita, prego, servente, pedreiro, carpinteiro etc.)
▪Em ambos os exemplos, caberia negociação para expurgar o
lucro declarado pelo empreiteiro do valor do reequilíbrio (vide
cenário 3).
▪Nos dois cenários, o desconto ofertado na licitação foi
expurgado para efeito da apuração do desequilíbrio.
▪A análise ora proposta poderia ser realizada medição a
medição, considerando a variação efetiva do Sinapi mês a
mês.
▪Os mesmos critérios de análise seriam possíveis para os
serviços já medidos antes de a empresa apresentar pleito de
reequilíbrio (no caso de este se referir a serviços já liquidados).
Comentários finais