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PROFESSOR: JEFFERSON SOUSA ROCHA

DISCIPLINA: SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO

DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA


CIDADE DE GROAÍRAS – CE

JOSÉ EDSON RODRIGUES SOUSA FILHO

ARLON PRADO PAIVA

EXPEDITO BOA SORTE NETO

SOBRAL – CEARÁ

2023
SUMÁRIO
1. RESUMO ..................................................................................................... 6

1.1 ABSTRACT ............................................................................................................................................ 6


1.2 FUNÇÃO DE CADA MEMBRO ........................................................................................................ 6
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO ........................................... 7

2.1 CONTEXTO HISTÓRICO.......................................................................................................................... 7


2.2 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................................ 9
2.3 Aspectos Fisiográficos .......................................................................................................................... 10
2.4 Aspectos Demográficos ........................................................................................................................ 11
2.5 Aspectos Sociais e Econômicos ......................................................................................................... 11
3. PROJEÇÃO POPULACIONAL .................................................................. 12

3.1 Método Aritmético ................................................................................................................................. 12


3.2 Método Geométrico ............................................................................................................................... 13
3.3 Método da Curva Logística ................................................................................................................. 14
3.4 Método Taxa de Decrescimento ....................................................................................................... 15
3.5 Método da Extrapolação Gráfica ...................................................................................................... 16
3.6 População estimada ............................................................................................................................... 19
3.7 População Flutuante e População Total de Projeto .................................................................. 20
4. VAZÃO....................................................................................................... 22

4.1 Consumo de esgoto ................................................................................................................................ 22


4.2 Coeficiente de retorno .......................................................................................................................... 23
4.4 Comprimento de Rede .......................................................................................................................... 23
4.5 Vazão de infiltração ............................................................................................................................... 24
4.6Dimensionamento da vazão ................................................................................................................ 24
4.6.1 Vazão média .......................................................................................................................................... 24
4.6.2 Vazão máxima ...................................................................................................................................... 25
4.6.3 Vazão mínima ....................................................................................................................................... 25
5. TRATAMENTO PRELIMINAR ................................................................... 27

5.1.1 Escolha da Calha Pashall .................................................................................................................. 27


5.1.2 Altura da Lâmina d’água .................................................................................................................. 28
5.1.2.1 Encontrando os valores de Hmáx, Hméd e Hmín............................................................... 28
5.1.3 Rebaixamento da garganta ............................................................................................................. 28
5.1.4 Encontrando altura da lâmina d’água: ....................................................................................... 29
5.2 Gradeamento ............................................................................................................................................ 29

2
5.2.1 Cálculo da área útil e eficiência da grade .................................................................................. 30
5.2.2 Cálculo da Área da seção do canal da grade, Largura teórica do canal: ....................... 30
5.2.3 Comprimento do canal de acesso a grade................................................................................. 31
5.2.4 Verificação das Velocidades ........................................................................................................... 31
5.2.5 Perda de carga na grade e número de barras.......................................................................... 32
5.3 Desarenador ............................................................................................................................................. 33
5.3.1 Calculo da largura da caixa de areia e verificação das velocidades ............................... 33
5.3.2 Área transversal útil da caixa de areia (máxima), comprimento da caixa de areia,
área superficial da caixa de areia. ........................................................................................................... 34
5.3.3 Quantidade de material retido, volume acumulado e profundidade acumulada. .... 36
5.3.4 Taxa de escoamento superficial, leito de secagem e dimensões do desarenador.... 37
6. Temperatura .............................................................................................. 37

7. Alternativas de tratamento de esgoto ........................................................ 40


7.1. Reator UASB ................................................................................................................................. 40

7.1.1. Volume do reator ....................................................................................................................... 42

7.1.2. Volume unitário, correspondente a cada módulo ...................................................................... 42

7.1.3. Vazões unitárias, referentes a um módulo ................................................................................ 42

7.1.4. Dimensões do reator UASB ...................................................................................................... 43

7.1.5. Volume unitário e o TDH corrigidos ........................................................................................... 43

7.1.6. Cargas hidráulicas volumétricas ................................................................................................ 43

7.1.7. Velocidades superficiais ............................................................................................................ 43

7.1.8. Área de influência dos tubos de distribuição ............................................................................. 44

7.1.9. Velocidade descendente do esgoto nos tubos .......................................................................... 44

7.1.10. Estimativas de eficiência de redução de DBO e DQO .......................................................... 44

7.1.11. Estimativas das concentrações efluentes ............................................................................. 44

7.1.12. Produção de metano ............................................................................................................. 45

7.1.13. Produção de Biogás .............................................................................................................. 45

7.1.14. Decantadores do UASB ........................................................................................................ 45

7.1.15. Produção de lodo .................................................................................................................. 46

7.1.16. Vazão de lodo ....................................................................................................................... 46

7.1.17. TABELA EXCEL UASB ......................................................................................................... 46

7.2. Lagoa aerada de mistura completa seguida por lagoa de decantação .. 47


7.2.1. Lagoa Aerada de mistura completa ........................................................................................... 49

7.2.2. Volume Requerido ..................................................................................................................... 49

3
7.2.3. Área Requerida ......................................................................................................................... 49

7.2.4. Estimativa de Sólidos Suspensos Voláteis (Xv) ........................................................................ 49

7.2.5. Correção do coeficiente de remoção (K’) .................................................................................. 49

7.2.6. Estimativa de DBO solúvel efluente (S)..................................................................................... 50

7.2.7. Estimativa de DBO particulada efluente (Xvd) .......................................................................... 50

7.2.8. DBO total Efluente (DBOt,e)...................................................................................................... 50

7.2.9. Eficiência do Sistema ................................................................................................................ 50

7.2.10. Requisitos de Oxigênio (RO) ................................................................................................ 50

7.2.11. Eficiência de oxigenação em campo (E0campo) .................................................................. 50

7.2.12. Potencia Requerida (RE) ...................................................................................................... 50

7.2.13. Aeradores ............................................................................................................................. 51

7.2.14. Verificação da densidade de potencia .................................................................................. 51

7.3. Lagoa de decantação ............................................................................. 52


7.3.1. Zona de clarificação .................................................................................................................. 52

7.3.2. Área requerida – para decantação ............................................................................................ 52

7.3.3. Tempo de detenção................................................................................................................... 52

7.3.4. Área total do sistema ................................................................................................................. 52

7.3.5. Resultados para lagoa aerada de mistura completa ................................................................. 53

7.4. Lagoa anaeróbia seguida por lagoas facultativas................................... 54


7.4.1. Lagoa anaeróbia ....................................................................................................................... 55

7.4.2. Carga efluente (L) ..................................................................................................................... 55

7.4.3. Volume ...................................................................................................................................... 55

7.4.4. Áreas e dimensões .................................................................................................................... 55

7.4.5. Tempo de detenção................................................................................................................... 56

7.4.6. Eficiência de remoção de DBO ................................................................................................. 56

7.4.7. DBO Efluente DBOe .................................................................................................................. 56

7.4.8. Acumulo de lodo ........................................................................................................................ 56

7.4.9. Espessura de lodo (para 1 ano) ................................................................................................ 56

7.4.10. Tempo para atingir 1/3 da altura ........................................................................................... 56

7.4.11. Volume de lodo acumulado para t1/3.................................................................................... 57

7.4.12. Volume para 1 ano – para caso seja limpo todo ano ............................................................ 57

7.5. Lagoa Facultativa ................................................................................... 57


7.5.1. Carga afluente – carga antes da lagoa...................................................................................... 57

4
7.5.2. Area e Dimensões ..................................................................................................................... 57

7.5.3. Volume total .............................................................................................................................. 57

7.5.4. Tempo de detenção resultante .................................................................................................. 58

7.5.5. Correção do coeficiente de remoção ......................................................................................... 58

7.5.6. DBO Efluente Solúvel ................................................................................................................ 58

7.5.7. DBO Efluente particulada .......................................................................................................... 58

7.5.8. DBO Efluente total ..................................................................................................................... 58

7.5.9. Eficiência na remoção de DBO ................................................................................................. 58

7.5.10. Eficiência total ....................................................................................................................... 58

7.5.11. Área total do sistema ............................................................................................................ 58

7.5.12. Resultados Excel lagoa anaeróbia seguida de facultativa .................................................... 59

8. Lagoa de maturação .................................................................................. 60


8.1.1. Lagoa de dispersão ................................................................................................................... 61

8.1.2. Número de dispersão (D) .......................................................................................................... 61

8.1.3. Coeficiente de decaimento bacteriano para fluxo disperso ....................................................... 61

8.1.4. Correção de Kd ......................................................................................................................... 61

8.1.5. Concentração efluente de coliformes ........................................................................................ 61

8.1.6. Eficiência de remoção na lagoa ................................................................................................ 62

8.1.7. Remoção de ovos de helmintos (Lodos) ................................................................................... 62

8.1.8. Concentração de ovos de helmintos no efluente ....................................................................... 62

8.1.9. Excel para fluxo disperso .......................................................................................................... 62

8.2. Três lagoas de maturação em série ....................................................... 63

9. Conclusão .................................................................................................. 64
9.1. QUADRO DE RESUMO UASB ...................................................................................................... 65

10. Detalhamento reator UASB para possível projeto .................................. 66


10.1. Plantas baixa ............................................................................................................................. 67

10.2. Croqui ........................................................................................................................................ 69

11. REFERÊNCIAS ...................................................................................... 70

5
1. RESUMO

O objetivo deste trabalho é dimensionar uma Estação de Tratamento de


Esgoto (ETE) para a cidade de Groaíras, localizada no estado do Ceará. Para
alcançar este objetivo, foram coletados informações e parâmetros de entidades
competentes. Com o processamento desses dados e parâmetros, foi possível
dimensionar a ETE para atender à demanda da população no período
determinado.

1.1 ABSTRACT

The objective of this work is to design a Sewage Treatment Station (STS)


for the city of Groaíras, located in the state of Ceará. To achieve this objective,
information and parameters were collected from competent authorities. With
the processing of these data and parameters, it was possible to scale the STS
to meet the demand of the population in the determined period.

1.2 FUNÇÃO DE CADA MEMBRO

A divisão do trabalho foi definida através de um acordo entre os membros,


considerando o que seria melhor para cada um, a descrição de funções foi dada:

Participante Função

Realização da pesquisa e obtenção de


Arlon Prado Paiva
dados do município de Groaíras – CE

Expedito Boa Sorte Neto Revisão geral

Elaboração de gráficos e tabelas, revisão


José Edson Rodrigues Sousa Filho
de formatação

6
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO

2.1 CONTEXTO HISTÓRICO

Segundo o site Cidade Brasil, Groaíras é uma cidade do Estado do Ceará,


seus habitantes são denominados groairenses, possui extensão territorial de 156
km² e contava com 10 228 habitantes no último censo. A densidade demográfica
é de 71 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de
Forquilha, Cariré e Alcântaras, Groaíras se situa a 18 km a Sul-Oeste de
Forquilha a maior cidade nos arredores. Situado a 81 metros de altitude, de
Groaíras tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 3° 55' 2'' Sul,
Longitude: 40° 22' 36'' Oeste. O prefeito de Groaíras se chama Adail
Albuquerque Melo.”

Groaíras é um município localizado no estado do Ceará, no nordeste


brasileiro. A região que hoje é ocupada pelo município começou a ser habitada
por volta do ano de 1700, quando a família de Lourenço Guimarães se
estabeleceu na área e fundou a fazenda Riacho do Guimarães. Porém, quando
perceberam a extensão do rio que passava pela região, passaram a chamar a
localidade de Vila Groaíras, em homenagem ao rio.

O nome Groaíras significa "mel que os passarinhos gostam", segundo a


tradição popular. Em 1956, um vereador que representava a vila no município de
Cariré apresentou um requerimento pedindo o desmembramento do distrito de
Groaíras para ser elevado à categoria de município. O pedido foi aceito e, no dia
23 de maio de 1957, Groaíras se tornou um município independente.

7
Figura 1-Vista panorâmica do Vila Groaíras na década de 50. Fonte: IBGE

O município foi constituído inicialmente como distrito de Riacho do


Guimarães, subordinado ao município de Sobral, e passou por diversas
mudanças administrativas ao longo dos anos. Em 1938, o distrito passou a ser
chamado de Guimarães e foi anexado ao município de Cariré. Em 1943, o distrito
mudou novamente de nome, passando a se chamar Groaíras. Finalmente, em
1957, o município de Groaíras foi criado, com sede no antigo distrito de Groaíras,
que havia sido desmembrado de Cariré.

8
Figura 2:Vista panorâmica da cidade de Groaíras-CE em 2017. Fonte: foto reprodução internet.

Atualmente, o município de Groaíras é constituído pelos distritos de Groaíras


e Itamaracá.

2.2 LOCALIZAÇÃO

O projeto da estação de tratamento de esgoto será realizado para suprir as


necessidades do município de Groaíras-CE, localizado na região norte do estado
do Ceará. A cidade encontra-se a aproximadamente 250,67 km da capital
Fortaleza, situando-se na microrregião de Sobral e na mesorregião Norte
Cearense.

Na tabela 1, estão apresentadas as principais informações do município de


Groaíras no que se refere a sua situação geográfica.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS
UTM (E) UTM (N)
540.329 9.552.988

Tabela 1:Tabela de Coordenadas Geográficas da cidade de Groaíras-CE. Fonte: site IPECE

9
Figura 3:Localização geográfica no mapa do município de Groaíras-CE. Fonte: Google maps.

2.3 Aspectos Fisiográficos

O clima da região de Groaíras é classificado como tropical quente semiárido


ao tropical sub quente úmido, com temperaturas médias entre 26° a 28°C e
pluviosidade média de 904,5 mm, com período chuvoso concentrado nos meses
de janeiro a abril (FUNCEME, 2021).

Os componentes ambientais do município de Groaíras podem ser verificados


na Tabela 2.

BACIA HIDROGRÁFICA RELEVO SOLOS VEGETAÇÃO


CAATINGA ARBUSTIVA
ABERTA, FLORESTA
CADUCIFÓLIA
LUVISSOLOS, ESPINHOSA
PLANÍCIE RIBEIRINHA,
BACIA DO ACARAÚ NEOSSOLOS, (CAATINGA ARBÓREA),
SERRAS SECAS, SERTÕES
PLANOSSOLOS FLORESTA MISTA
DICOTILO-PALMACEAE
(MATA CILIAR COM
CARNAÚBA)

Tabela 2:Componetes ambientais característicos da região do município de Groaíras-CE.


Fonte: Site IPECE

10
2.4 Aspectos Demográficos

Os dados da população de Groaíras também surgem a partir do Censo de


1970, devido à sua não existência como município nos Censos anteriores. De
acordo com o IBGE, a população total de Groaíras em 2010 era de 10.228
habitantes, sendo 7.076 residentes na zona urbana e 3.152 habitantes na zona
rural.

Entre os Censos de 1991 e 2000, a população urbana de Groaíras


apresentou crescimento de 14,7%, enquanto a população rural apresentou
decréscimo de 20,2%. No período de 2000 a 2010, a população urbana cresceu
9,7%, enquanto a população rural apresentou decréscimo de 8,6%.

No geral, o município de Groaíras apresentou um crescimento populacional


de 0,8% no período de 1991 a 2010. A participação da população urbana em
relação à população total aumentou de 24,7% em 1991 para 38,4% em 2010. Já
a participação da população rural diminuiu de 75,3% em 1991 para 61,6% em
2010.

2.5 Aspectos Sociais e Econômicos

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) consiste em informações sobre


longevidade, educação e renda. A avaliação do índice indicará maior
desenvolvimento quanto mais próximo estiver de 1, conforme critérios do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os índices do
município de Groaíras podem ser verificados na tabela 3 abaixo:

Ano IDH Longevidade Educação


1991 0.355 0.177 0.594
2000 0.451 0.275 0.690
2010 0.633 0.598 0.724

Tabela 3: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (IPECE, 2018)

Segue abaixo a tabela referente ao Produto Interno Bruto (PIB) do município


de Groaíras, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) referentes aos anos de 2010 a 2020 tabela 4:

11
ANO PIB (R$ mil) ANO PIB (R$ mil)

2010 38.000 2016 70.042,48


2011 42.029 2017 77.899,77
2012 44.675 2018 80.714,61
2013 52.723 2019 87.569,18
2014 64.077,01 2020 96.576,39
2015 67.259,82

Tabela 4: Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Fonte: IBGE.

3. PROJEÇÃO POPULACIONAL

Com base nos dados dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE – Tabela 5), foram realizados estudos de
estimativa da população total do município de Groaíras. Para determinação da
população total, foram utilizados como base de dados os censos de 1991, 2000
e 2010.

População total no município de


Groaíras/CE
ANO POPULAÇÃO
1991 8.079 hab.
2000 8.741 hab.
2010 10.228 hab.

Tabela 5: Censo demográfico pelo IBGE.

Com base nessas informações, pode-se utilizar diversas metodologias de


projeção populacional, como o método aritmético, método geométrico, curva
logística, taxa de crescimento e extrapolação gráfica, para estimar a população
para períodos futuros.

3.1 Método Aritmético

O método aritmético é utilizado para analisar o crescimento populacional de


uma localidade com base em uma taxa constante (Ka), que representa a

12
variação da população (P) por unidade de tempo (t). Essa taxa é calculada a
partir dos dados censitários disponíveis utilizando a fórmula:

𝑃2 − 𝑃1
𝐾𝑎 =
𝑡2 − 𝑡1

Para obter o valor de Ka, foi utilizada a ferramenta Solver do Microsoft


Excel, que utiliza testes de hipóteses para encontrar um valor ideal de uma
determinada variável. No caso deste estudo, o valor de Ka calculado para
Groaíras foi de 105,85.

Com base na variação populacional de Groaíras, foi utilizada a fórmula do


método aritmético para determinar a população estimada para os anos de 2023
a 2043, conforme segue tabela 6:

Projeção populacional Projeção populacional


Ano Censo Estimado Ano Censo Estimado
1991 8079 8079,00 2032 12419,16
2000 8741 9031,72 2033 12525,01
2010 10228 10090,29 2034 12630,87
2023 11466,44 2035 12736,73
2024 11572,30 2036 12842,59
2025 11678,15 2037 12948,44
2026 11784,01 2038 13054,30
2027 11889,87 2039 13160,16
2028 11995,73 2040 13266,02
2029 12101,58 2041 13371,87
2030 12207,44 2042 13477,73
2031 12313,30 2043 13583,59

Tabela 6:Projeção Populacional pelo método Aritmético.

3.2 Método Geométrico

O método geométrico pressupõe que o crescimento populacional e o


crescimento da taxa são proporcionais em todos os intervalos de tempo e
proporcionais à população existente em um determinado período. Para aplicar o

13
método, é necessário encontrar o valor da taxa de crescimento geométrico (Kg),
que pode ser obtido através da seguinte fórmula:

𝐿𝑛(𝑃2) − 𝐿𝑛(𝑃1)
𝐾𝐺 =
𝑡2 − 𝑡1

Assim como foi realizado para o cálculo do Ka, também se utilizou a


ferramenta solver para determinar o valor de Kg, chegando-se a um valor de
0,011872. Com a taxa de crescimento geométrico da cidade de Groaíras em
mãos, aplicou-se a fórmula característica do método geométrico para determinar
a população estimada dos anos de 2023 a 2043, como representado na tabela
7.

𝐾𝐺 = 𝑃0 × 𝑒 𝑘𝑔(𝑡+𝑡0)

Projeção populacional Projeção populacional


ano censo estimado ano censo estimado
1991 8079 8079,00 2032 13144,67
2000 8741 8990,02 2033 13301,65
2010 10228 10123,25 2034 13460,51
2023 11812,63 2035 13621,27
2024 11953,70 2036 13783,94
2025 12096,46 2037 13948,56
2026 12240,93 2038 14115,14
2027 12387,12 2039 14283,71
2028 12535,05 2040 14454,30
2029 12684,75 2041 14626,92
2030 12836,24 2042 14801,60
2031 12989,54 2043 14978,38

Tabela 7:Projeção Populacional geométrico.

3.3 Método da Curva Logística

O método da curva logística descreve o crescimento populacional em


relação ao tempo até alcançar um limite de saturação. Para aplicar esse método,

14
é necessário calcular a População de Saturação (Ps), a Taxa de Crescimento
Logístico (Kl) e C, que possuem fórmulas específicas.

2𝑥𝑃0𝑥𝑃1𝑥𝑃2 − 𝑃12 𝑥(𝑃0 + 𝑃2)


𝑃𝑠 =
𝑃0𝑥𝑃2 − 𝑃12

1 𝑃0𝑥(𝑃𝑠 − 𝑃1)
𝐾𝑙 = 𝑥 ln [ ]
𝑡2 − 𝑡1 𝑃1𝑥(𝑃𝑠 − 𝑃0)

𝑃𝑠 − 𝑃0
𝐶=
𝑃0

Utilizou-se a ferramenta solver para Ps, Kl e C, obtendo valores de


454.061, -0,013 e 56, respectivamente. Com base nesses parâmetros, a fórmula
característica do método da curva logística foi utilizada para estimar a população
de 2023 a 2043, conforme mostrado na Tabela 8.

Projeção populacional Projeção populacional


ano censo estimado ano censo estimado
1991 8079 7965,092 2032 13407,97
2000 8741 8934,372 2033 13578,19
2010 10228 10147,14 2034 13750,49
2023 11966,4 2035 13924,92
2024 12118,82 2036 14101,48
2025 12273,12 2037 14280,22
2026 12429,34 2038 14461,14
2027 12587,48 2039 14644,28
2028 12747,58 2040 14829,66
2029 12909,66 2041 15017,31
2030 13073,73 2042 15207,25
2031 13239,83 2043 15399,5

Tabela 8:Projeção Populacional logística.

3.4 Método Taxa de Decrescimento

Nesse método, a população projetada é baseada na suposição de que, à


medida que a área urbana se expande, a taxa de crescimento anual diminui

15
gradualmente. É estimada uma população de saturação e, em seguida, a taxa
de decréscimo (Kd) é calculada utilizando a fórmula abaixo:

1 (𝑃𝑠 − 𝑃2)
𝐾𝑑 = 𝑥 ln [ ]
𝑡1 − 𝑡0 (𝑃𝑠 − 𝑃0)

Assim como nos métodos anteriores, pôde-se utilizar a ferramenta Solver


do Microsoft Excel para calcular o valor de Kd. Utilizando o valor para a
população de saturação (Ps) já encontrado no método anterior de 454.061, foi
possível adquirir o valor de 0,000237811 para Kd, através da fórmula citada para
estimar a população dos anos de 2023 a 2043 apresentadas a seguir:

Projeção populacional Projeção populacional


ano censo estimado ano censo estimado
1991 8079 8079 2032 12406,31
2000 8741 9032,515 2033 12511,33
2010 10228 10089,59 2034 12616,32
2023 11460,02 2035 12721,29
2024 11565,27 2036 12826,23
2025 11670,48 2037 12931,15
2026 11775,68 2038 13036,04
2027 11880,85 2039 13140,91
2028 11985,99 2040 13245,75
2029 12091,11 2041 13350,57
2030 12196,2 2042 13455,37
2031 12301,27 2043 13560,13

Tabela 9:Projeção Populacional decrescimento.

3.5 Método da Extrapolação Gráfica

O método de extrapolação gráfica, também conhecido como método do


prolongamento manual, envolve a criação de uma curva que se ajuste aos dados
populacionais já observados em um censo. Para aplicar esse método no
município de Groaíras, foram utilizados os dados populacionais dos anos de
1991, 2000 e 2010, e foram traçados gráficos com diferentes linhas de tendência,

16
como linear, exponencial, logarítmica e polinomial, que estão representados a
seguir.

LINEAR
12000
10000
8000
6000
4000
y = 113,7620x - 218.545,9059
2000 R² = 0,9652
0
1990 1995 2000 2005 2010 2015

Gráfico 1 – Extrapolação gráfica linear (Fonte: Autores)

EXPONENCIAL
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0 y = 0,0000001306e 0,0124745594x

R² = 0,9765268893
1990 1995 2000 2005 2010 2015

Gráfico 2 – Extrapolação gráfica Exponencial (Fonte: Autores)

LOGARITMICA
12000

10000

8000

6000

4000
y = 227.529,1123ln(x) - 1.720.446,7954
2000 R² = 0,9647

0
1990 1995 2000 2005 2010 2015

17
Gráfico 3 – Extrapolação gráfica logarítmica (Fonte: Autores)

POLINOMIAL
12000

10000

8000

6000

4000

2000 y = 3,9549707602x2 - 15.710,7327485379x +


15.610.323,4561402000
0 R² = 1,0000000000
1990 1995 2000 2005 2010 2015

Gráfico 4 – Extrapolação gráfica polinomial (Fonte: Autores)

Por meio da aplicação do método de extrapolação gráfica, foi obtida uma


equação matemática que procura representar de forma mais precisa possível o
crescimento populacional com base nos dados disponíveis. Utilizando essa
equação, foi feita uma projeção da população para os anos de 2023 a 2043, e
os resultados estão apresentados na tabela 10.

ANO LINEAR LOGARITMICA EXPONENCIAL POLINOMIAL


2023 11595 11581 11907 13344
2024 11708 11694 12057 13639
2025 11822 11806 12208 13942
2026 11936 11919 12361 14252
2027 12050 12031 12517 14571
2028 12163 12143 12674 14898
2029 12277 12255 12833 15232
2030 12391 12367 12994 15575
2031 12505 12479 13157 15925
2032 12618 12591 13322 16284
2033 12732 12703 13489 16650
2034 12846 12815 13659 17024
2035 12960 12927 13830 17406
2036 13074 13039 14004 17796
2037 13187 13151 14179 18194
2038 13301 13262 14357 18600

18
2039 13415 13374 14538 19013
2040 13529 13485 14720 19435
2041 13642 13597 14905 19864
2042 13756 13708 15092 20302
2043 13870 13820 15282 20747

Tabela 10: projeção da população para os anos de 2023 a 2043 para todos os
métodos(autores).

COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS


25000

20000

15000

10000

5000

0
2025
2023
2024

2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
2036
2037
2038
2039
2040
2041
2042
2043
LINEAR LOGARITMICA EXPONENCIAL POLINOMIAL

Gráfico 5: Comparativo dos métodos (autores).

3.6 População estimada

Ao analisar e comparar os resultados apresentados para a estimativa


populacional utilizando os métodos anteriores, foi possível observar que o
Método de Extrapolação Gráfica Polinomial, descrito no item 3.5 conforme o
gráfico 5, apresentou o maior valor de crescimento no período de 2023 a 2043,
sendo assim a escolha mais adequada, dado que o dimensionamento da
Estação de Tratamento de Esgoto possa atender as situações de maior vazão
provável para a cidade de Groaíras-CE.

POPULAÇÃO PARA 2043


MÉTODO POPULAÇÃO GRÁFICO EXTRAPOLÇÃO GRÁFICA
ARITIMÉTICO 13584 LINEAR 13870
GEOMÉTRICO 14978 LOGARÍTMICA 13820

19
CURVA LOGÍSTICA 15400 EXPONENCIAL 15282
DECRESCIMENTO 13560 POLINOMIAL 20747

Tabela 11: população para 2043 fonte (autores).

Foi necessário escolher a calha de 6 polegadas devido à Qmáx da calha


de 3 polegadas ser insuficiente para a vazão máxima calculada no projeto,
conforme tabela 11 e teste na tabela 12. Optou-se por uma calha de 6 polegadas
por ser uma opção mais econômica do que uma calha de 9 polegadas ou
superior.

ESCOLHA DA CALHA
W(pol.) W (cm) λ n Qmín (L/s) Qmáx (L/s)
3'' 7,6 0,177 1,547 0,85 53,8
6'' 15,2 0,381 1,58 1,52 110,4
9'' 22,9 0,535 1,53 2,55 251,9
1'' 30,5 0,691 1,52 3,11 455,6

Tabela 11: escolha da calha parshal. fonte (autores).

TESTE
3'' aprovado Reprovado
6'' aprovado aprovado
9'' aprovado aprovado
1'' aprovado aprovado

Tabela 12: calha de 3 polegada reprovada na vazão máxima. fonte (autores).

3.7 População Flutuante e População Total de Projeto

A população flutuante é composta por pessoas que se estabelecem em


uma determinada área por um período de tempo limitado, sem terem a intenção
de se tornarem residentes permanentes. Esses indivíduos não são
contabilizados nos censos demográficos, pois ocupam domicílios ocasionais e
coletivos, tais como hotéis, acampamentos, alojamentos temporários, entre
outros.

20
Para realizar projeções populacionais precisas, é importante considerar a
população flutuante, uma vez que ela pode ter um impacto significativo na
demanda por serviços públicos e privados, como transporte, saúde, educação,
alimentação e segurança, por exemplo. No entanto, como a população flutuante
não é contabilizada nos censos demográficos, sua estimativa pode ser difícil.

Algumas metodologias têm sido utilizadas para estimar a população


flutuante, como o uso de projeções do número de domicílios segundo tipo de
ocupação, a utilização de movimento de veículos nas estradas, o consumo
mensal de água e energia elétrica e a ocupação hoteleira. No entanto, a
determinação precisa da população flutuante pode ser inviável em muitos casos,
devido à falta de dados e à complexidade dos métodos necessários.

Para superar essa dificuldade, algumas projeções populacionais adotam


um percentual fixo de população flutuante sobre a população total estimada.
Esse percentual pode variar de acordo com o contexto local e o tipo de atividades
econômicas presentes na área em questão. Para o corrente projeto foi adotado
o percentual de 33,33% sobre a população estimada pelo método escolhido,
resultando na população resultante a seguir na tabela 13.

População População +
Ano População
flutuante flutuante
2023 13344 4447,879 17791,515
2024 13639 4546,223 18184,893
2025 13942 4647,205 18588,819
2026 14252 4750,823 19003,290
2027 14571 4857,077 19428,309
2028 14898 4965,968 19863,873
2029 15232 5077,496 20309,985
2030 15575 5191,661 20766,643
2031 15925 5308,462 21233,848
2032 16284 5427,900 21711,599
2033 16650 5549,974 22199,897
2034 17024 5674,685 22698,741

21
2035 17406 5802,033 23208,132
2036 17796 5932,017 23728,070
2037 18194 6064,639 24258,554
2038 18600 6199,896 24799,585
2039 19013 6337,791 25351,162
2040 19435 6478,322 25913,286
2041 19864 6621,489 26485,957
2042 20302 6767,294 27069,174
2043 20747 6915,734 27662,938

Tabela 13: Calculo de população flutuante. fonte (autores).

4. VAZÃO

4.1 Consumo de esgoto

Para estimar o consumo de esgoto, é utilizado o consumo per capita de


água, que é uma medida da quantidade de água consumida por pessoa em um
determinado período de tempo. Nesse caso, adotou-se a premissa de que o
consumo de água é aproximadamente igual ao consumo de esgoto, uma vez
que a quantidade de água que entra para ser consumida é a mesma que sai no
esgoto. Assim, o valor de 150 litros por habitante (tabela 13) por dia foi adotado
como o consumo de esgoto para o município em estudo, considerando um
padrão médio de residência. Vale ressaltar que no sistema de tratamento de
esgoto, não são levados em consideração as perdas de carga, ou seja, as perdas
de pressão causadas pelo fluxo do líquido em um meio poroso ou tubular.

22
4.2 Coeficiente de retorno

Utilizou-se o coeficiente de retorno, que é a relação média entre o volume


de esgoto produzido e o volume de água consumido. A NBR 9649 define esse
coeficiente como 0,8, ou seja, 80%. Isso significa que, em média, 80% da água
consumida em um determinado local é convertida em esgoto.

As variações no consumo de esgoto são influenciadas por diversos


fatores, como as condições climáticas, as atividades diárias da população e
outros fatores externos. Portanto, são utilizados coeficientes de variação de
vazão para levar em consideração essas variações no dimensionamento do
sistema de tratamento de esgoto.

Existem três coeficientes de variação de vazão, que são o K1 (coeficiente


de máxima vazão diária), o K2 (coeficiente de máxima vazão horária) e o K3
(coeficiente de mínima vazão horária). O K1 é a relação entre a maior vazão
diária observada em um ano e a vazão média diária anual, enquanto o K2 é a
relação entre a maior vazão observada em um dia e a vazão média horária do
mesmo dia. O K3 é a relação entre a vazão mínima e a vazão média anual. Para
o desenvolvimento deste projeto a NBR 9649 recomenda os valores para K1 =
1,20, K2 = 1,50 e K3 = 0,50.

4.4 Comprimento de Rede

Para calcular o comprimento da rede de esgoto, é utilizado a tabela 14,


que é baseada na densidade populacional. Esse comprimento é importante para
determinar a quantidade de material necessário para a construção da rede de
esgoto em um determinado local.

Tabela 14: Fonte: Van Sperling

23
A população do município estudado pode ser caracterizada como baixa
densidade populacional, então aplica-se na equação:

𝐿𝑟𝑒𝑑𝑒 = 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑥 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜

Utilizando a população do último dado censitário, é possível obter:

Censo População Lrede (Km)


2010 10228 25,57

Tabela 15: fonte (autores).

4.5 Vazão de infiltração

A vazão de infiltração é calculada através da formula:

𝑄𝑖 = 𝐿𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑥 𝑇𝑖𝑛𝑓

Onde:
Qi – Vazão de Infiltração;
Lrede – Comprimento da Rede;
Tinf – Taxa de Infiltração.

Sendo assim, como foi informado que a Taxa de Infiltração é de 0,00025


L/s.m, convertendo para quilômetros, iremos obter 0,25 L/s.km, logo podemos
calcular as vazões de infiltração para o horizonte de projeto ilustrado na tabela
16.

𝑄𝑖 = 𝐿𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑥 𝑇𝑖𝑛𝑓

𝑄𝑖 = 25,57 𝑥 0,25

𝑄𝑖 = 6, 3925 𝐿/𝑠

4.6Dimensionamento da vazão
4.6.1 Vazão média

A vazão média é determinada por:

24
𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅
𝑄𝑚é𝑑 = + 𝑄𝑖
86400

Onde:
Pop – População contribuinte (habitantes);
QPC– Quota per capita de água (l/hab. Dia);
R – Coeficiente de retorno esgoto/água.
Qi – Vazão de infiltração (L/s)

4.6.2 Vazão máxima

A vazão máxima é determinada por:

𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 𝑥 𝐾1 𝑥 𝐾2
𝑄𝑚á𝑥 = + 𝑄𝑖
86400

Onde:

Pop- População contribuinte (habitantes);


QPC - Quota per capita de água (l/hab. Dia);
R - Coeficiente de retorno esgoto/água;
K1 - o coeficiente de dia de maior consumo, é igual a 1,20;
K2 - o coeficiente de hora de maior consumo é igual a 1,50.

4.6.3 Vazão mínima

A vazão mínima é determinada por:

𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 𝑥 𝐾3
𝑄𝑚í𝑛 = + 𝑄𝑖
86400

Onde:

Pop- População contribuinte (habitantes);


QPC-Quota per capita de água (l/hab. Dia);
R- Coeficiente de retorno esgoto/água;
K3- o coeficiente da hora de menor consumo é adotado como sendo 0,5

25
A partir das equações apresentadas, obtiveram-se as vazões Média,
Máxima e Mínima de acordo com seus respectivos anos, onde para a vazões
média e máxima são referentes ao último ano do horizonte de projeto, e a vazão
mínima referente ao primeiro ano do horizonte de projeto, apresentando a menor
vazão mínima.
Q méd (l/s) Q máx (l/s) Q min (l/s)
ANO POPULAÇÃO+FLUT.
s/inf. c/inf. s/inf. c/inf. s/inf. c/inf.
2023 17791,515 24,710 31,103 44,479 50,871 12,355 18,74772
2024 18184,893 25,257 31,649 45,462 51,855 12,628 19,021
2025 18588,819 25,818 32,210 46,472 52,865 12,909 19,301
2026 19003,290 26,393 32,786 47,508 53,901 13,197 19,589
2027 19428,309 26,984 33,376 48,571 54,963 13,492 19,884
2028 19863,873 27,589 33,981 49,660 56,052 13,794 20,187
2029 20309,985 28,208 34,601 50,775 57,167 14,104 20,497
2030 20766,643 28,843 35,235 51,917 58,309 14,421 20,814
2031 21233,848 29,491 35,884 53,085 59,477 14,746 21,138
2032 21711,599 30,155 36,547 54,279 60,671 15,077 21,470
2033 22199,897 30,833 37,226 55,500 61,892 15,417 21,809
2034 22698,741 31,526 37,919 56,747 63,139 15,763 22,156
2035 23208,132 32,234 38,626 58,020 64,413 16,117 22,509
2036 23728,070 32,956 39,348 59,320 65,713 16,478 22,870
2037 24258,554 33,692 40,085 60,646 67,039 16,846 23,239
2038 24799,585 34,444 40,836 61,999 68,391 17,222 23,614
2039 25351,162 35,210 41,602 63,378 69,770 17,605 23,997
2040 25913,286 35,991 42,383 64,783 71,176 17,995 24,388
2041 26485,957 36,786 43,179 66,215 72,607 18,393 24,786
2042 27069,174 37,596 43,989 67,673 74,065 18,798 25,191
2043 27662,938 38,421 44,81325 69,157 75,54984 19,210 25,603

Tabela 16: fonte (autores).

Vazão Média com infiltração referente ao ano de 2043 = 75,55 L/s;


Vazão Máxima com infiltração referente ao ano de 2043 = 44,81 L/s;
Vazão Mínima com infiltração referente ao ano de 2023 = 18,75 L/s

26
5. TRATAMENTO PRELIMINAR

O tratamento preliminar é a primeira etapa do processo de tratamento de


esgoto em uma estação de tratamento de esgoto (ETE). É responsável pela
remoção dos sólidos grosseiros e materiais que podem obstruir ou danificar as
tubulações, bombas e equipamentos da estação, além de reduzir a carga
orgânica e sólidos sedimentáveis. O tratamento preliminar geralmente consiste
na aplicação de processos físicos, como grades, peneiras, caixas de areia e
desarenadores, que retêm os sólidos e permitem que o esgoto líquido passe
para as próximas etapas do tratamento. O objetivo principal do tratamento
preliminar é proteger as unidades de tratamento subsequentes da sobrecarga de
sólidos, aumentando a eficiência e vida útil do sistema como um todo.5.1.
Calculo da Calha Pashall
A Calha Pashall é um medidor de vazão, que serve para medir com
relativa facilidade e de forma contínua, as vazões de entrada e saída de água do
sistema. Esse tipo de sistema é bastante utilizado em estações de tratamento de
água não apenas para a realização de medições de vazões, mas atuando
também como misturador rápido, facilitando a dispersão dos coagulantes na
água, durante o processo de coagulação. Ela é capaz de medir líquidos na
presença de sólidos suspensos tais como os despejos industriais e domésticos.
Para dimensionamento da Calha Parshall, serão usadas as vazões
Máxima, Média e Mínima de projeto.
Esgoto doméstico
Qmin. c/ inf. 18,75 L/s 0,019 m³/s
Qmed. c/ inf. 44,81 L/s 0,045 m³/s
Qmax. c/ inf. 75,55 L/s 0,076 m³/s

Tabela 17: fonte (autores).

5.1.1 Escolha da Calha Pashall

Para 𝑄𝑚í𝑛 = 18,75 𝐿/𝑠 𝑒 𝑄𝑚á𝑥 = 75,55 𝐿/𝑠, será adotado:


W = 6” (1,52 𝐿/𝑠 e 110,4 𝐿/𝑠)
Logo, os valores de W, n e ʎ serão:

27
ESCOLHA DA CALHA w(pol.) 6''
n 1,58
ʎ 0,381

Tabela 18: fonte (autores).

5.1.2 Altura da Lâmina d’água

Para encontrar a altura da lâmina d’água, encontra-se os valores de


Hmáx, Hméd, Hmín e o rebaixamento da garganta.

5.1.2.1 Encontrando os valores de Hmáx, Hméd e Hmín

𝑄𝑚á𝑥 1
𝐻𝑚á𝑥 = ( )𝑛
ʎ
0,076 1
𝐻𝑚á𝑥 = ( )1,58
0,381
𝐻𝑚á𝑥 = 0,359𝑚
𝑄𝑚𝑒𝑑 1
𝐻𝑚𝑒𝑑 = ( )𝑛
ʎ
0,045 1
𝐻𝑚𝑒𝑑 = ( )1,58
0,381
𝐻𝑚𝑒𝑑 = 0,258𝑚
𝑄𝑚𝑖𝑛 1
𝐻𝑚𝑖𝑛 = ( )𝑛
ʎ
0,019 1
𝐻𝑚𝑖𝑛 = ( )1,58
0,381
𝐻𝑚𝑖𝑛 = 0,149𝑚

5.1.3 Rebaixamento da garganta

𝑄𝑚á𝑥. 𝐻𝑚í𝑛 − 𝑄𝑚í𝑛. 𝐻𝑚á𝑥


𝑍 =
𝑄𝑚á𝑥 − 𝑄𝑚í𝑛
0,076𝑥0,149 − 0,019𝑥0,359
𝑍 =
0,076 − 0,019
𝑍 = 0, 079 𝑚
𝑍𝑎𝑑𝑜𝑡. = 0, 080 𝑚

28
5.1.4 Encontrando altura da lâmina d’água:

ℎ𝑚á𝑥 = 𝐻𝑚á𝑥 − 𝑍
ℎ𝑚á𝑥 = 0,359 − 0,080
ℎ𝑚á𝑥 = 0,279𝑚
ℎ𝑚𝑒𝑑 = 𝐻𝑚𝑒𝑑 − 𝑍
ℎ𝑚𝑒𝑑 = 0,258 − 0,080
ℎ𝑚𝑒𝑑 = 0,178𝑚
ℎ𝑚í𝑛 = 𝐻𝑚𝑖𝑛 − 𝑍
ℎ𝑚í𝑛 = 0,149 − 0,080
ℎ𝑚í𝑛 = 0,069𝑚

5.2 Gradeamento

A etapa de gradeamento é uma das principais etapas do tratamento


preliminar. Ela consiste na separação de sólidos grosseiros, como pedras,
galhos, folhas, plásticos, latas e outros objetos que possam comprometer o
processo de tratamento. Esses materiais podem causar obstrução nas
tubulações e equipamentos, reduzindo a eficiência do tratamento e aumentando
os custos operacionais.
A concepção do gradeamento no processo de dimensionamento de uma
ETE leva em consideração o volume de esgoto a ser tratado, a vazão de entrada,
o tipo de sólidos presentes no esgoto, o grau de obstrução esperado, a
frequência de limpeza da grade, entre outros fatores. É importante que a grade
seja dimensionada de forma a garantir a eficiência do processo de tratamento e
minimizar o risco de obstrução das tubulações e equipamentos subsequentes.
DADOS DE ENTRADA GRADEAMENTO
Qmin 0,019 m³/s
Qmed 0,045 m³/s
Qmax 0,076 m³/s
Limpeza Manual
velocidade entre grades --- V0 0,60 m/s
abertura ---- a 0,020 m

29
espessura da barra ----- t 0,0095 m
Profundidade da barra 3,81 cm
inclinação 45 º
tempo de detenção hidráulico - td 3 s

Tabela 19: fonte (autores).

5.2.1 Cálculo da área útil e eficiência da grade

𝑄𝑚á𝑥
𝐴𝑢 =
𝑉0
0,076
𝐴𝑢 =
0,6
𝐴𝑢 = 0, 126𝑚²
𝑎
𝐸 =
𝑎 + 𝑡
0,02
𝐸 =
0,02 + 0,0095
𝐸 = 0, 678

5.2.2 Cálculo da Área da seção do canal da grade, Largura teórica do


canal:

𝐴𝑢
𝐴𝑡 =
𝐸
0,126
𝐴𝑡 =
0,678
𝐴𝑡 = 0,186𝑚²
𝐴𝑡
𝑏𝑔 =
ℎ𝑚á𝑥
0,186
𝑏𝑔 =
0,289
𝑏𝑔 = 0,642𝑚
𝑏𝑔 𝑎𝑑𝑜𝑡. = 0,70𝑚
A largura teórica precisa obedecer às recomendações da norma, sendo
um valor maior ou igual a 0,3m, logo, como deu abaixo, será adotado o valor
limite e será recalculada a área da seção do canal da grade.

30
𝐴𝑡 = 𝑏𝑔 𝑎𝑑𝑜𝑡. 𝑥 ℎ𝑚á𝑥
𝐴𝑡 = 0,70𝑥 0,279
𝐴𝑡 = 0,195𝑚²

5.2.3 Comprimento do canal de acesso a grade

𝑄𝑚á𝑥. 𝑡𝑑
𝐿𝑔 =
𝐴𝑡
0,076𝑥3
𝐿𝑔 =
0,202
𝐿𝑔 = 1,200𝑚

5.2.4 Verificação das Velocidades

• Área da seção do canal da grade


𝐴𝑡 𝑚á𝑥 = 𝑏𝑔 𝑎𝑑𝑜𝑡. 𝑥 ℎ𝑚á𝑥
𝐴𝑡 𝑚á𝑥 = 0,70𝑥0,279
𝐴𝑡 𝑚á𝑥 = 0,195𝑚²
𝐴𝑡 𝑚é𝑑 = 𝑏𝑔 𝑎𝑑𝑜𝑡. 𝑥 ℎ𝑚é𝑑
𝐴𝑡 𝑚é𝑑 = 0,70𝑥 0,178
𝐴𝑡 𝑚é𝑑 = 0, 125𝑚²
𝐴𝑡 𝑚𝑖𝑛 = 𝑏𝑔_𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑥 ℎ𝑚í𝑛
𝐴𝑡 𝑚𝑖𝑛 = 0,70 𝑥 0,069
𝐴𝑡 𝑚𝑖𝑛 = 0, 048𝑚²
• Área útil da grade
𝐴𝑢 𝑚á𝑥 = 𝐴𝑡 𝑚á𝑥 𝑥 𝐸
𝐴𝑢 𝑚á𝑥 = 0,195 𝑥 0,678
𝐴𝑢 𝑚á𝑥 = 0, 132𝑚²
𝐴𝑢 𝑚é𝑑 = 𝐴𝑡 𝑚é𝑑 𝑥 𝐸
𝐴𝑢 𝑚é𝑑 = 0,125 𝑥 0,678
𝐴𝑢 𝑚é𝑑 = 0,084𝑚²
𝐴𝑢 𝑚í𝑛 = 𝐴𝑡 𝑚í𝑛 𝑥 𝐸
𝐴𝑢 𝑚í𝑛 = 0,048 𝑥 0,678
𝐴𝑢 𝑚í𝑛 = 0,033𝑚²

31
• Velocidades
𝑄𝑚á𝑥
𝑉𝑚á𝑥 =
𝐴𝑢 𝑚á𝑥
0,076
𝑉𝑚á𝑥 =
0,132
𝑉𝑚á𝑥 = 0,570 𝑚/𝑠
𝑄𝑚é𝑑
𝑉𝑚é𝑑 =
𝐴𝑢 𝑚é𝑑
0,045
𝑉𝑚é𝑑 =
0,084
𝑉𝑚é𝑑 = 0, 0,530 𝑚/𝑠
𝑄𝑚í𝑛
𝑉𝑚í𝑛 =
𝐴𝑢 𝑚í𝑛
0,019
𝑉𝑚í𝑛 =
0,033
𝑉𝑚í𝑛 = 0, 575 𝑚/𝑠
De acordo com a norma, as velocidades precisam estar no intervalo de
0,4 a 1,2 m/s, logo, todas as velocidades calculadas passaram na verificação.

5.2.5 Perda de carga na grade e número de barras

𝑉 = 2 𝑥 𝑉𝑚á𝑥
𝑉 = 2 𝑥 0,570
𝑉 = 1,41 𝑚/𝑠

𝑣0 = 𝑉𝑚á𝑥 𝑥 𝐸
𝑣0 = 0,570 𝑥 0,678
𝑣0 = 0,387 𝑚/𝑠

1,43 𝑥 (𝑉 2 𝑥 𝑣0²)
ℎ𝑓 =
2𝑥𝑔
1,43 𝑥 (1,41 𝑥 0,387)
ℎ𝑓 =
2 𝑥 9,81
ℎ𝑓 = 0, 084𝑚 ≥ 0,15𝑚
ℎ𝑓 𝑎𝑑𝑜𝑡. = 0,15𝑚

32
𝑏𝑔_𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑁 =
𝑎 + 𝑡
0,70
𝑁 =
0,02 + 0,0095
𝑁 = 23,73 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑁𝑎𝑑𝑜𝑡. = 24 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠

5.3 Desarenador

A etapa de desarenação é uma das etapas preliminares do tratamento de


esgoto em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). O objetivo dessa etapa
é remover os sólidos sedimentáveis presentes no esgoto, como areia, cascalho
e pedras, que possam prejudicar o funcionamento dos equipamentos que virão
a seguir no processo de tratamento.
O dimensionamento do desarenador é feito com base em alguns
parâmetros, tais como vazão de projeto, velocidade superficial, altura útil do
tanque e tempo de detenção no qual já foram adquiridos anteriormente. Ao
definir os dados de entrada, obtemos a seguinte tabela:
DADOS DE ENTRADA DESANERADOR
VELOCIDADE DO FLUXO NA CAIXA (v0) 0,3 m/s
FATOR DE SEGURANÇA 22,5
VOLUME DE AREIA REMOVIDA/ESGOTO 0,00004
FREQUENCIA DE LIMPEZA 7,0000

Tabela 20: fonte (autores).

5.3.1 Calculo da largura da caixa de areia e verificação das velocidades

• Largura da caixa de areia


𝑄𝑚á𝑥
𝑏 =
𝑣0 𝑥 ℎ𝑚á𝑥
0,076
𝑏 =
0,3 𝑥 0,279
𝑏 = 0,90𝑚
• Área útil transversal da caixa de areia

33
𝐴𝑚á𝑥 = ℎ𝑚á𝑥 𝑥 𝑏_𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
𝐴𝑚á𝑥 = 0,279 𝑥 0,9
𝐴𝑚á𝑥 = 0, 251𝑚²
𝐴𝑚é𝑑 = ℎ𝑚é𝑑 𝑥 𝑏𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
𝐴𝑚é𝑑 = 0,178 𝑥 0,9
𝐴𝑚é𝑑 = 0, 160𝑚²
𝐴𝑚𝑖𝑛 = ℎ𝑚𝑖𝑛 𝑥 𝑏_𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
𝐴𝑚𝑖𝑛 = 0,069 𝑥 0,9
𝐴𝑚𝑖𝑛 = 0, 062𝑚²
• Velocidades
𝑄𝑚á𝑥
𝑉𝑚á𝑥 =
𝐴𝑚á𝑥
0,076
𝑉𝑚á𝑥 =
0,251
𝑉𝑚á𝑥 = 0,301 𝑚/𝑠
𝑄𝑚é𝑑
𝑉𝑚é𝑑 =
𝐴𝑚é𝑑
0,045
𝑉𝑚é𝑑 =
0,160
𝑉𝑚é𝑑 = 0, 280 𝑚/𝑠
𝑄𝑚𝑖𝑛
𝑉𝑚í𝑛 =
𝐴𝑚í𝑛
0,019
𝑉𝑚í𝑛 =
0,062
𝑉𝑚í𝑛 = 0, 303 𝑚/𝑠

5.3.2 Área transversal útil da caixa de areia (máxima), comprimento da


caixa de areia, área superficial da caixa de areia.

• Area transversal útil da caída de areia


𝑆 = 𝐴𝑚á𝑥 = ℎ𝑚á𝑥 𝑥 𝑏_𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑆 = 𝐴𝑚á𝑥 = 0,359 𝑥 0,7
𝑆 = 𝐴𝑚á𝑥 = 0, 202 𝑚²
• Comprimento da caixa de areia
𝐿 = 𝐹 𝑥 ℎ𝑚á𝑥

34
𝐿 = 22,5 𝑥 0,279
𝐿 = 6,281𝑚
𝐿 𝑎𝑑𝑜𝑡. = 6 𝑚
• Área superficial da caixa de areia
𝐴𝑠𝑢𝑝 = 𝐿_𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑥 𝑏_𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
𝐴𝑠𝑢𝑝 = 6 𝑥 0,9
𝐴𝑠𝑢𝑝 = 5,40 𝑚²

35
5.3.3 Quantidade de material retido, volume acumulado e profundidade
acumulada.

• Quantidade de material retido


𝑀 = (𝑄𝑚é𝑑 𝑥 86400)𝑥 𝑅
𝑀 = (0,045 𝑥 86400)𝑥 0,00004
𝑀 = 0,155 𝑚³/𝑑𝑖𝑎
• Volume de acumulação
𝑉𝑎𝑐𝑢𝑚 = 𝑀 𝑥 𝑖
𝑉𝑎𝑐𝑢𝑚 = 0,155 𝑥 7
𝑉𝑎𝑐𝑢𝑚 = 1,08 𝑚³/𝑑𝑖𝑎
• Profundidade de acumulação
𝑉𝑎𝑐𝑢𝑚
𝐻𝑎𝑐𝑢𝑚 =
𝐴𝑠𝑢𝑝
1,08
𝐻𝑎𝑐𝑢𝑚 =
5,40
𝐻𝑎𝑐𝑢𝑚 = 0,20 𝑚 ≥ 0,20𝑚 − 𝑜𝑘!
𝐻𝑎𝑐𝑢𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡. = 0,20𝑚
De acordo com o manual técnico do Programa Nacional de Conservação
do Solo e da Água (PROCONSERVAÇÃO, 2006), a profundidade de
acumulação de solo deve ser maior que 0,2 metros. Isso porque essa camada
de acumulação é fundamental para a fertilidade do solo e a capacidade de
retenção de água e nutrientes, além de proteger o solo contra a erosão. Quando
a profundidade de acumulação é menor que 0,2 metros, pode ocorrer
degradação do solo, com perda de nutrientes e de matéria orgânica, afetando
negativamente a produtividade das culturas e a saúde do ecossistema em geral.
Por isso, é importante preservar a camada de acumulação e evitar práticas que
possam causar sua degradação (PROCONSERVAÇÃO, 2006).

36
5.3.4 Taxa de escoamento superficial, leito de secagem e dimensões do
desarenador

• Taxa de escoamento superficial


𝑇. 𝐸. 𝑆 = (𝑄𝑚é𝑑 𝑥 86400)𝐴𝑠𝑢𝑝
𝑇. 𝐸. 𝑆 = (0,045𝑥 86400)𝑥5,40
𝑇. 𝐸. 𝑆 = 717,012𝑚3/𝑚2. 𝑑 (𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 600 𝑒 1300 𝑚3 /𝑚². 𝑑𝑖𝑎)
De acordo com o Manual Técnico do Programa Nacional de Conservação
do Solo e da Água (PROCONSERVAÇÃO, 2006), a taxa de escoamento
superficial ideal está entre 600 e 1300, visando a recarga do lençol freático e o
controle da erosão do solo. No entanto, essa recomendação pode variar
dependendo das condições locais e da finalidade da área em questão. É
importante salientar que taxas de escoamento muito baixas podem não permitir
a recarga adequada do lençol freático, enquanto taxas muito altas podem causar
erosão do solo e perda de nutrientes. Por isso, é necessário avaliar cada caso
específico para determinar a melhor estratégia de manejo do escoamento
superficial.
• Leito de secagem (retangular)
𝑀𝑥𝑖
𝐴𝑟𝑒𝑞 =
𝐻𝑎𝑐𝑢𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡.
0,155 𝑥 7
𝐴𝑟𝑒𝑞 =
0,2
𝐴𝑟𝑒𝑞 = 5,40 𝑚²
• Dimensões do desarenador
𝐿 𝑥 𝐵 = 𝐴𝑟𝑒𝑞 = 6 𝑥 0,9 = 5,40 𝑚²

6. Temperatura

Ao analisarmos o período de junho a dezembro de 2022, observamos que os


meses mais frios, às 6 horas da manhã, de acordo com a média registrada, são
junho, julho e agosto, com uma temperatura de 21 graus Celsius. Os demais
meses apresentam temperaturas ligeiramente mais elevadas, variando entre 22
e 23 graus Celsius.

37
2022 JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
1 21 20 21 22 22 23 24
2 21 24 19 22 23 23 23
3 22 23 24 23 22 24 22
4 23 22 21 20 22 24 22
5 23 22 22 24 20 22 22
6 21 22 21 23 24 24 22
7 21 24 20 23 22 24 21
8 22 20 20 22 22 23 21
9 20 24 20 23 23 22 23
10 21 22 20 21 24 24 22
11 21 20 19 22 24 22 22
12 21 21 20 23 23 23 24
13 21 21 23 24 24 23 22
14 20 22 21 23 23 24 23
15 18 22 20 23 22 24 23
16 20 21 21 23 24 22 22
17 20 21 21 22 23 22 23
18 20 22 21 24 23 25 23
19 19 18 22 23 23 23 22
20 21 22 22 23 23 21 22
21 22 19 20 24 23 23 22
22 21 21 21 23 23 21 24
23 20 20 21 22 25 23 24
24 21 20 23 24 25 22 23
25 23 22 23 23 25 23 23
26 21 20 19 21 23 23 22
27 23 20 18 21 21 23 23
28 22 20 19 23 23 23 22
29 23 20 23 22 23 24 22
30 21 22 20 24 23 24 21
31 23 21 22 22
MEDIA 21 21 21 23 23 23 22
Tabela 21 - Tabela temperatura para o ano de 2022 (Fonte: Própria)

Considerando o período de 2023 até a data atual, verificamos que a média


de temperatura para todos os meses é de 22 graus Celsius. Isso indica que, até
o momento, não houve grandes variações térmicas ao longo do ano, mantendo
uma temperatura média estável.

38
JUNHO
2023 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO (Atualmente)
1 22 23 22 22 22 21
2 23 22 21 23 22 22
3 23 23 23 22 20 22
4 21 21 21 21 22 22
5 22 22 23 22 21 22
6 21 22 23 23 19 22
7 22 22 22 22 21 23
8 21 22 20 22 20 23
9 23 21 22 23 22 23
10 24 22 23 22 21 22
11 23 22 21 23 22 21
12 23 20 22 21 20 22
13 22 23 23 22 23 21
14 22 22 22 22 22 21
15 24 22 22 23 22 22
16 23 23 22 24 22 22
17 21 21 22 23 22 21
18 22 23 22 23 22 21
19 21 23 22 22 23
20 22 23 22 23 21
21 21 21 21 21 23
22 22 21 22 20 22
23 21 23 23 20 23
24 22 22 22 21 22
25 22 22 20 22 21
26 21 22 23 23 23
27 21 21 22 23 21
28 23 22 21 20 22
29 21 22 22 21
30 21 22 21 22
31 23 23 21
MEDIA 22 22 22 22 22 22 (variável)
Tabela 22 – Tabela temperatura para o ano de 2023 (Fonte: Própria)

Com base na análise anterior, temperatura média de 21 graus Celsius às


6 horas da manhã, podemos concluir que esses meses seriam os mais
adequados para considerar como os mais frios até o momento.

39
7. Alternativas de tratamento de esgoto

7.1. Reator UASB

O Reator UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket) é uma tecnologia


eficiente para o tratamento biológico de esgoto. Trata-se de um reator
anaeróbico de fluxo ascendente, no qual colônias de microrganismos anaeróbios
degradam a matéria orgânica presente no esgoto. Ao contrário dos métodos
convencionais de tratamento aeróbico, os reatores UASB são mais compactos,
acessíveis financeiramente e exigem áreas menores para operação.

De modo geral, o reator UASB consiste em um tanque alimentado com


entrada inferior e saída superior, o que lhe confere o nome de reator de fluxo
ascendente. Após a entrada do esgoto, colônias de microrganismos inoculados
se desenvolvem no interior do reator, formando grânulos de alta atividade
microbiológica que ficam suspensos no líquido. Esses grânulos, conhecidos
como manta de lodo, são responsáveis pela degradação da matéria orgânica
presente no esgoto. O fluxo ascendente promove a mistura dos resíduos
orgânicos com os grânulos, promovendo a estabilização da matéria orgânica ao
longo do leito e da manta de lodo.

Durante o processo de digestão anaeróbia, ocorre a formação de gases,


como metano e dióxido de carbono. O reator UASB coleta esses gases por meio
de um defletor de gases, localizado abaixo do decantador. Esse defletor realiza
a separação entre o líquido e os gases, evitando o arraste de partículas de lodo
para fora do sistema. Os gases resultantes são direcionados para um separador
trifásico, onde são coletados.

Após a separação dos gases, o efluente tratado é direcionado para o


decantador. Esse decantador possui um fundo inclinado para a decantação das
partículas presentes no efluente, as quais retornam ao reator por ação da
gravidade. Por fim, o efluente tratado é liberado do reator pela parte superior.

Com o uso do Reator UASB, é possível obter um tratamento eficiente do


esgoto, promovendo a degradação da matéria orgânica e a produção de gases
úteis. Essa tecnologia se destaca por sua eficiência, menor área ocupada e

40
menor custo em comparação com os sistemas convencionais de tratamento de
esgoto.

• Obtenção do dado de Concentração de DBO afluente

Levando em consideração um padrão médio para as residências e de


acordo com a tabela abaixo chegou-se ao seguinte valor de DBO.

Tabela 23 - Tabela para determinação de carga per capita de DBO e DQO (Fonte: CAGECE)

Formula: Carga = Conc. x Vazão precisamos converter para mg/L


1327,82 ∗ 1000000 15368,29879 342,94mg
𝐶𝑜𝑛𝑐. = = 15368,29879 ; = de DBO
86400 44,81 L
2655,64 ∗ 1000000 30736,59758 685,88mg
𝐶𝑜𝑛𝑐. = = 30736,59758 ; = de DQO
86400 44,81 L
Esgoto doméstico
Coeficiente de produção de sólidos –Y 0,15 kgSS/kgDQOapl
Qmáx de projeto 0,08 m³/s
Qméd de projeto 0,044813 m³/s
Qmín de projeto 0,02 m³/s
Carga per capita DBO5 48,00 gDBO5/hab.d
Carga de afluente DBO 1327,82 kg/dia
concentração DBO5 342,94 mg/L
carga afluente de DQO 2655,64 kg/dia
concentração DQO 685,88 mg/L
concrentração afluente coliformes 3000000 NMP/100mL
Percentual de metano no biogás - Pch4 75,00 %
Coeficiente de produção de sólidos Y 0,15 kgSS/kgDQOapl
Tabela 24 - Tabela esgoto doméstico (Fonte: Própria)

41
CARACTERISTICAS UASB
Formato QUADRADO
Tempo de detenção hidraulico - TDH 8,00 h
Número de módulos - N 3,00
altura útil - H 5,00 m
número de distribuidores - Ndist 35,00
Diâmetro dos tubos de distribuição 100,00 mm
temperatura de operação - t 21,00 ºC
número de coletores de gás - Ng 1,00
Comprimento do coletor de gás - Cg 5,00 m
Largura do coletor de gás - Lg 0,40 m
número de decantadores - Nd 3,00
altura útil dos decantadores - Hd 2,00 m
largura de abertura dos decantadores - La 1,00 m
Largura dos decantadotes - Ld 3,00 m
Tabela 25 - Tabela características UASB (Fonte: Própria)

7.1.1. Volume do reator

V = (QMéd. x 3600) x TDH


V = (0,044813 x 3600) x 8 = 1290,62 m³

7.1.2. Volume unitário, correspondente a cada módulo

𝑉
Vu =
𝑁
Vu = 1290,62/3 = 430,21 m³

7.1.3. Vazões unitárias, referentes a um módulo

• Vazão máxima
𝑄𝑚á𝑥
Qmáx, u =
𝑁
Qmáx, u = (0,08*3600) /3 = 90,66 m³/h
• Vazão média

𝑄𝑚𝑒𝑑
Qméd, u =
𝑁
Qmed, u = (0,044813*3600) /3 = 53,78 m³/h

42
7.1.4. Dimensões do reator UASB

• Área total
𝑉𝑢 430,21
A = ;𝐴 = = 𝟖𝟔, 𝟎𝟒𝒎²
𝐻 5
• Largura do reator
𝐿 = √𝐴 = √86,04 L=9,28m; Ladotado =9,30m

• Área corrigida
Acorrig. = Ladotado²
Acorrig. = 9,30² = 86,49m²

7.1.5. Volume unitário e o TDH corrigidos

• Volume unitário corrigido


Vu, corrig. = Acorrig. x h
Vu, corrig. = 86,49 x 5 = 432,45 m³
• TDH corrigido
𝑉𝑢,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔 432,45
TDHcorrig, Qméd = = = 𝟖, 𝟎𝟒𝒉
𝑄𝑚𝑎𝑥,𝑢 53,78
432,45
TDHcorrig, Qmax = = 𝟒, 𝟕𝟕 𝐡
90,66

7.1.6. Cargas hidráulicas volumétricas

53,78 𝟐, 𝟗𝟖𝒎𝟑 4𝑚3


CHVméd = ∗ 24 = 𝑎𝑡é 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐𝒖!
432,45 𝒎𝟑 ∗ 𝒅 𝑚3 ∗ 𝑑
90,66 𝟓, 𝟎𝟑𝒎𝟑 6𝑚3
CHVmáx = ∗ 24 = 𝑎𝑡é 3 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐𝒖!
432,45 𝒎𝟑 ∗ 𝒅 𝑚 ∗𝑑

7.1.7. Velocidades superficiais

Qméd, u 53,78 𝟎, 𝟔𝟐𝒎


Vméd = = = 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐𝒖! 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 0,7
Acorrig 86,49 𝒉
Qmáx, u 90,66 𝟏, 𝟎𝟓𝒎
Vmáx = = = 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐𝒖! 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 1,2
Acorrig 86,49 𝒉

43
7.1.8. Área de influência dos tubos de distribuição

Acorrig 86,49
Ai = = = 𝟐, 𝟒𝟕𝒎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 2 𝑒 3 𝑚 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼!
Ndist. 35

7.1.9. Velocidade descendente do esgoto nos tubos

Q 𝑄𝑢 ∗ 4
Vtd = =
Atubo 3600 ∗ 𝑁𝑑𝑖𝑠𝑡 ∗ 𝜋 ∗ 𝐷2
90,66 ∗ 4 𝒎 0,2𝑚
Vtd = = 𝟎, 𝟎𝟗 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼 ! 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙
3600 ∗ 35 ∗ 3,14 ∗ 0,1² 𝒔 𝑠

7.1.10. Estimativas de eficiência de redução de DBO e DQO

• DBO
EDBO = 100x(1 − 0,7xTDHméd−0,5 ) = 100x(1 − 0,7x8,04−0,5 ) = 𝟕𝟓, 𝟑𝟐%
• DQO
EDQO = 100x(1 − 0,68xTDHméd−0,5 ) = 100x(1 − 0,68x8,04−3,5 ) = 𝟔𝟕, 𝟐𝟐%
• COLIFORMES Será adotado o valor de 90%

7.1.11. Estimativas das concentrações efluentes

• DBO
𝐸 ∗ 𝑆0𝐷𝐵𝑂
𝑆0𝐷𝐵𝑂 = 𝑆0𝐷𝐵𝑂 −
100
75,32 ∗ 342,94 𝟖𝟒, 𝟔𝟒𝒎𝒈
𝑆0𝐷𝐵𝑂 = 342,94 − =
100 𝑳
• DQO
𝐸 ∗ 𝑆0𝐷𝑄𝑂
𝑆0𝐷𝑄𝑂 = 𝑆0𝐷𝑄𝑂 −
100
67,22 ∗ 685,88
𝑆0𝐷𝑄𝑂 = 685,88 − = 𝟐𝟐𝟒, 𝟖𝟑 𝒎𝒈/𝑳
100
• Coliformes
𝐸 ∗ 𝑁𝑜
𝑁 = 𝑁𝑜 −
100
90 ∗ 3000000
𝑁 = 3000000 − = 𝟑 ∗ 𝟏𝟎𝟓 𝐍𝐌𝐏/𝟏𝟎𝟎𝐦𝐥
100

44
7.1.12. Produção de metano

• DQO convertida em metano


DQOCH4 = 0,024 x [Qméd, u x (SO − S) − Yobs x Qméd, u x SO
DQOCH4 = 0,024 x [53,78 x (685,88 − 224,83) − 0,15 x 53,78x 685,88
𝐤𝐠
= 𝟒𝟔𝟐, 𝟐𝟔
𝐝
• Fator de correção para a temperatura do reator
P∗K 1 ∗ 64 𝟐, 𝟔𝟓𝑲𝒈
K(A) = = =
Rx(273 + t) 0,08206 ∗ (273 + 21) 𝒎𝟑
• Produção Volumétrica de QCH4
𝑄𝑐ℎ4𝐷𝑞𝑄𝑐ℎ4 462,26 𝟏𝟕𝟒, 𝟐𝟓𝒎𝟑
= =
𝑃𝑐ℎ4 2,65 𝒅

7.1.13. Produção de Biogás

Qch4 174,25 232,34𝑚3 𝑚3 𝟐𝟑𝟐, 𝟑𝟒 𝟗, 𝟔𝟖𝟎𝟖𝒎𝟑


Qg = = = 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑎 , =
Pch4 75 𝑑 ℎ 𝟐𝟒 𝒉
(100)

• Coletor de gás
𝐴𝑔 = 𝑁𝑔 ∗ 𝐶𝑔 ∗ 𝐿𝑔 = 1 ∗ 5 ∗ 0,4 = 2𝑚2
• Taxa de liberação de biogás
𝑄𝑔 9,6808 𝟒, 𝟖𝟒𝒎𝟑 𝑚3
𝑉= = = 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 1 𝑒 5 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼 !
𝐴𝑔 2 𝒎𝟐 ∗ 𝒉 𝑚2 ∗ ℎ

7.1.14. Decantadores do UASB

• Velocidade através das aberturas


𝑄𝑚é𝑑, 𝑢 53,78 𝒎 2,5𝑚
𝑉𝑎𝑚é𝑑 = = = 𝟏, 𝟗𝟑 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼!
𝑁𝑑 ∗ 𝐿𝑎𝑑𝑜𝑡.∗ 𝐿𝑎 3 ∗ 9,3 ∗ 1 𝒉 ℎ
𝑄𝑚𝑎𝑥, 𝑢 90,66 𝒎 4𝑚
𝑉𝑎𝑚𝑎𝑥 = = = 𝟑, 𝟐𝟓 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼!
𝑁𝑑 ∗ 𝐿𝑎𝑑𝑜𝑡.∗ 𝐿𝑎 3 ∗ 9,3 ∗ 1 𝒉 ℎ
• Taxa de aplicação superficial
𝑄𝑚é𝑑, 𝑢 53,78 𝒎 0,8𝑚
𝑉𝑑𝑚é𝑑 = = = 𝟎, 𝟔𝟒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0,6 𝑎 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼!
𝑁𝑑 ∗ 𝐿𝑎𝑑𝑜𝑡.∗ 𝐿 3 ∗ 9,3 ∗ 3 𝒉 ℎ
𝑄𝑚𝑎𝑥, 𝑢 90,66 𝒎
𝑉𝑑𝑚á𝑥 = = = 𝟏, 𝟎𝟖 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 1,2 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼!
𝑁𝑑 ∗ 𝐿𝑎𝑑𝑜𝑡.∗ 𝐿𝑑 3 ∗ 9,3 ∗ 3 𝒉
• Tempo de detenção hidráulicas nos decantadores

45
𝑁𝑑 ∗ (𝐿𝑎𝑑𝑜𝑡.∗ 𝐿𝑑 ∗ 𝐻𝑑) 3 ∗ (9,3 ∗ 3 ∗ 2)
𝑇𝐷𝐻𝑚é𝑑 = =
𝑄𝑚é𝑑, 𝑢 53,78
= 𝟑, 𝟏𝟏 𝒉 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 1,5ℎ 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼!
𝑁𝑑 ∗ (𝐿𝑎𝑑𝑜𝑡.∗ 𝐿𝑑 ∗ 𝐻𝑑) 3 ∗ (9,3 ∗ 3 ∗ 2)
𝑇𝐷𝐻𝑚á𝑥 = =
𝑄𝑚á𝑥, 𝑢 90,66
= 𝟏, 𝟖𝟓 𝒉 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝟏𝒉 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒐𝒖!

7.1.15. Produção de lodo

𝑃𝑙𝑜𝑑𝑜 = 𝑌 ∗ 𝐷𝑄𝑂𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 0,15 ∗ 2655,64 = 𝟑𝟗𝟖, 𝟑𝟓 𝐤𝐠𝐒𝐒/𝐝𝒊𝒂

7.1.16. Vazão de lodo

𝑃𝑙𝑜𝑑𝑜 398,35
𝑄𝑙𝑜𝑑𝑜 = = = 𝟗, 𝟕𝟔𝟑𝟑𝒎𝟑 /𝒅
𝑒𝑙𝑜𝑑𝑜 ∗ 𝐶𝑙𝑜𝑑𝑜 1020 ∗ 0,04

7.1.17. TABELA EXCEL UASB

UASB
Volume do reator - V 1290,62 m³
volume unitário, correspondendo a cada módulo - Vu 430,21 m³
Vazões unitárias referente a um módulo
Qmáx,u 90,66 m³/h
Qméd,u 53,78 m³/h
Dimensão do reator UASB
área 86,04 m²
Ladot 9,30 m
área corrigida 86,49 m²
volume unitário corrigido - vu,corrig 432,45 m³
tempo de detenção corrigido - TDHméd 8,04 h
tempo de detenção corrigido - TDHmáx 4,77 h
Cargas hidráulicas volumétricas
CHVméd 2,98 m³(m³.dia)
CHVmáx 5,03 m³(m³.dia)
Velocidades superficiais
vméd 0,62 m/h
vmáx 1,05 m/h
Área de influência dos tubos de distribuição do esgoto - A 2,47 m²
velocidade descendente nos tubos de distribuição 0,09 m/s
estimativas das eficiências do efluente
Eficiência do DBO 75,32 %
Eficiência do DQO 67,22 %
coliformes - adotado 90,00 %

46
estimativa concentração do efluente
estimativa concentração DBO 84,64 mg/L
estimativa concentração DQO 224,83 mg/L
Coliformes 3,00E+05 NMP/100mL
produção de metano
Parcela de DQO convertida para metano - DQOch4 462,26 kg/dia
Fator de correção para a temperatura do reator - K(t) 2,65 kg/m³
produção volumétrica de metano - Qch4 174,25 m³/dia
Produção do biogás
Qg 232,34 m³/dia
coletor de gás - ag 2,00 m²
taxa de liberação do biogás - vg 4,84 m³/(m².h)
Decantadores do UASB
Velocidades através das aberturas para os decantadores
va,med 1,93 m/h
va,max 3,25 m/h
Taxa de aplicação superficial
vd,méd 0,64 m/h
vd,máx 1,08 m/h
Tempo de detenção hidráulico nos decantadores - TDHd
TDHd,méd 3,11 h
TDHd,máx 1,85 h
Produção de lodo - Plodo 398,35 KgSS/dia
vazão de lodo - Qlodo 9,76 m³/dia
Tabela 27 - Tabela feita no Excel UASB (Fonte: Própria)

7.2. Lagoa aerada de mistura completa seguida por lagoa de


decantação

A Lagoa aerada é um tipo de sistema de tratamento de águas residuais


que utiliza aeradores mecânicos para fornecer o oxigênio necessário ao
processo de purificação. Diferentemente das Lagoas Facultativas, onde o
oxigênio é fornecido por trocas gasosas e pela fotossíntese das algas, na Lagoa
aerada são utilizados equipamentos com turbinas rotativas de eixo vertical, que
agitam o meio para facilitar a penetração e dissolução do oxigênio.
A presença dos aeradores permite que as Lagoas aeradas ocupem
menos área em comparação às Lagoas Facultativas. Portanto, esse tipo de
lagoa pode ser uma opção viável quando se deseja um sistema
predominantemente aeróbio, mas a disponibilidade de espaço é limitada para a
implantação de uma Lagoa Facultativa.

47
É importante destacar que a energia fornecida pelos aeradores na lagoa
é suficiente apenas para suprir a demanda de oxigênio, não sendo adequada
para a remoção dos sólidos orgânicos em suspensão. Por essa razão, o efluente
da Lagoa aerada não pode ser descartado diretamente em corpos hídricos,
sendo necessária a implantação de uma unidade de tratamento complementar,
como as Lagoas de Decantação. Essas lagoas têm a função de promover a
sedimentação e estabilização desses sólidos antes do efluente ser finalmente
lançado no meio ambiente.

Dados Gerais
população (hab) 27663
Q media (m3/d) 3871,864539
DBO afluente (mg/l) 342,94
temperatura (ºc) 21
lagoa de decantação
eficiência de remoção (%) 85
tempo de detenção (dia) 1
profundidade (h) 1,5
nº de lagoas 2
relação L/B 1,6
profundidade de armazenamento de lodo (m) 1,5
Relação entre Xv/X 0,75
Numero de lagoas em serie 1
Lagoa aerada de mistura completa
nº de lagoas 1
tempo de detenção (dia) 3
profundidade adotada (m) 2,5
coeficiente adotado (a) (kg/kg) 1,2
eficiência de oxigênio padrão (EO) (kg/kwh) 1,8
eficiência de oxigênio no campo (60%) 0,6
coeficiente de remoção adotado a 20 cg (kº20) (L/mgd) 0,015
estimativa inicial de de (S) (mg/L) 115,598
DBO particulada (mg DBO/mg) 0,6
relação L/B 1
Tabela 30 - Tabela feita no Excel lagoa aerada de mistura completa: Própria)

48
7.2.1. Lagoa Aerada de mistura completa

7.2.2. Volume Requerido

𝑉 = 𝑄 ∗ 𝑡 = 3871,864539 ∗ 3 = 𝟏𝟏𝟔𝟏𝟓, 𝟓𝟗𝟒 𝐦³

7.2.3. Área Requerida

• Área Total
𝑉 11615,594
𝐴= = = 𝟒𝟔𝟒𝟔, 𝟐𝟑𝟕𝒎²
ℎ 2,5
• Área de cada Lagoa (AC/l)
𝐴𝑐 𝐴 4646,237
= = = 𝟒𝟔𝟒𝟔, 𝟐𝟑𝟕𝒎²
𝑙 𝑛° 𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 1
• Largura (B)
𝐴
𝐵=√ =
𝐿
(𝐵 )

4646,237
√ = 𝟔𝟖, 𝟏𝟔𝟑 𝑚 𝑎𝑟𝑟𝑒𝑑𝑜𝑛𝑑𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝟔𝟖, 𝟐𝟎𝒎 𝒎é𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒓𝒖𝒕𝒊𝒕𝒗𝒂
1

• Comprimento (L)
𝑙
𝐿= ∗ 𝐵 = 1 ∗ 68,20 = 𝟔𝟖, 𝟐𝟎𝒎
𝑏
• Valores adotados
𝑩 𝒂𝒅𝒐𝒕. = 𝑳𝒂𝒅𝒐𝒕. = 𝟔𝟖, 𝟐𝟎𝒎

7.2.4. Estimativa de Sólidos Suspensos Voláteis (Xv)

𝑦 ∗ (𝑆0 − 𝑆) 0,6 ∗ (342,94 − 115,598)


𝑋𝑣 = = = 𝟏𝟏𝟓, 𝟓𝟗𝟖 𝒎𝒈/𝒍
1 + (𝐾𝑑 ∗ 𝑡) 1 + (0,06 ∗ 3)
OBS.: Adotou-se primeiramente uma estimativa inicial de 50mg/l depois foi
aumentando até chegar a igualar, estimativa inicial S= 115,5980 e Xv= 115,59812.
através da opção “Atingir Meta”.

7.2.5. Correção do coeficiente de remoção (K’)

𝐾𝑡 = 𝐾20 ∗ 1,035(𝑇−20) = 0,015 ∗ 1,035(21−20) = 𝟎, 𝟎𝟏𝟔 𝒅−𝟏

49
7.2.6. Estimativa de DBO solúvel efluente (S)

𝑆0 342,94
𝑆= = = 𝟓𝟑, 𝟕𝟐𝒎𝒈/𝒍
(𝑘 ′ ∗ 𝑋𝑣) ∗ 𝑡 𝑛 (0,016 ∗ 115,598) ∗ 3 1
(1 + ) (1 + )
𝑛 1

7.2.7. Estimativa de DBO particulada efluente (Xvd)

𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡. = 𝑋𝑣 ∗ 𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙. ; 0,6 ∗ 115,598 = 𝟔𝟗, 𝟑𝟔 𝒎𝒈𝑫𝑩𝑶𝟓 /𝒍


• Valor de Xv para a Lagoa de Decantação
100 − 𝐸 100 − 85
𝑋𝑣𝑑 = ∗ 𝑋𝑣 ; ∗ 115,598 = 𝟏𝟕, 𝟑𝟒𝒎𝒈/𝒍
100 100
𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡. , 𝑑 = 𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡.∗ 𝑋𝑣𝑑 = 0,6 ∗ 17,34 = 𝟏𝟎, 𝟒𝟎𝟒𝒎𝒈𝑫𝑩𝑶𝟓 /𝒍

7.2.8. DBO total Efluente (DBOt,e)

𝐷𝐵𝑂𝑡, 𝑒 = 𝑆 + 𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡, 𝑑 = 53,72 + 10,404 = 𝟔𝟒, 𝟏𝟐𝒎𝒈/𝒍

7.2.9. Eficiência do Sistema

𝑆0 − 𝐷𝐵𝑂𝑡, 𝑒 342,94 − 64,12


𝐸= ∗ 100 = ∗ 100 = 𝟖𝟏, 𝟑𝟎%
𝑆0 342,94

7.2.10. Requisitos de Oxigênio (RO)

𝑎 ∗ 𝑄 ∗ (𝑆0 − 𝑆) 1,2 ∗ 3871,86(342,94 − 53,72) 1343,79𝐾𝑔𝑂2


𝑅𝑂 = = =
1000 1000 𝑑
𝟏𝟑𝟒𝟑, 𝟕𝟗𝑲𝒈𝑶𝟐 1343,79
𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑎 = 𝟓𝟓, 𝟗𝟗𝑲𝒈𝑶𝟐/𝒉
𝒅 24

7.2.11. Eficiência de oxigenação em campo (E0campo)

𝐸𝑂𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 = 60% ∗ 𝐸𝑂𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = 0,6 ∗ 1,8 = 𝟏, 𝟎𝟖𝑲𝒈𝑶𝟐/𝑲𝑾𝒉

7.2.12. Potencia Requerida (RE)

𝑅𝑂 55,99
𝑅𝐸 = = = 𝟓𝟏, 𝟖𝟒𝑲𝑾
𝐸𝑂𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 1,08
𝟓𝟏, 𝟖𝟒𝑲𝑾 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝐻𝑃 𝑑á 51,84 ∗ 1,34102 = 𝟔𝟗, 𝟓𝟐𝑯𝑷

50
7.2.13. Aeradores

• Valor de X
𝐵 68,20
𝑋= = = 𝟑𝟒, 𝟏𝟎 𝒎
2 2
• Número de aeradores
𝐵 68,20 𝐿 68,20
𝑁= = = 𝟐 𝑪𝒐𝒍𝒖𝒏𝒂𝒔 ; = = 𝟐 𝑳𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔
𝑋 34,10 𝑋 34,10
• Número total de aeradores
𝑁 𝑡𝑜𝑡. = 𝑁 ∗ 𝑛 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 ∗ 𝑛𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 ; 1 ∗ 2 ∗ 2 = 𝟒 𝒂𝒆𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔
• Potência de cada aerador
𝑃𝑐 𝑅𝐸 51,84
= = = 12,96 ∗ 1,34102 = 𝟏𝟕, 𝟑𝟖𝑯𝑷
𝑎 𝑁𝑡𝑜𝑡. 4
Ou já usar o que foi convertido
𝑃𝑐 𝑅𝐸 69,52
= = = 𝟏𝟕, 𝟑𝟖𝑯𝑷
𝑎 𝑁𝑡𝑜𝑡. 4
Adotou – se aerador de 25 HP para que seja um número comercial
• Verificação dos diâmetros de influência
𝐷 = 𝑋 ∗ √2 = 34,1 ∗ √2 = 𝟒𝟖, 𝟐𝟐𝒎
𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼! 𝒋𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒔𝒕á 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝟐𝟒 𝒆 𝟖𝟎𝒎
tabela de aeradores
potência (HP) D oxig. (m) D mistura (m)
5 – 10 45 -- 50 14 -- 16
15 – 25 60 -- 80 19 -- 24
30 – 50 85 -- 100 27 -- 32

7.2.14. Verificação da densidade de potencia

𝑃𝑐
𝑁𝑡𝑜𝑡.∗ 𝑎
𝐷𝑝 =
𝑛𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 ∗ 𝐵 ∗ 𝐿 ∗ 𝐻
4 ∗ 25 0,0086𝐻𝑃/𝑚³ 𝑾
𝐷𝑝 = = = 0,0064𝐾𝑊/𝑚3 ∗ 1000 = 𝟔, 𝟒𝟏 𝟑
1 ∗ 68,2 ∗ 68,2 ∗ 2,5 1,34102 𝒎
Passou ≥ 𝟑 𝑾/𝒎𝟑

51
7.3. Lagoa de decantação

7.3.1. Zona de clarificação

𝑉 = 𝑄 ∗ 𝑡 = 3871,86 ∗ 1 = 𝟑𝟖𝟕𝟏, 𝟖𝟔𝒎³

7.3.2. Área requerida – para decantação

• Área total
𝑉 3871,86
𝐴= = = 𝟐𝟓𝟖𝟏, 𝟐𝟒𝒎²
𝐻 1,5
• Área de cada lagoa (Ac/l)
𝐴 2581,24
𝐴𝑐/𝑙 = = = 𝟏𝟐𝟗𝟎, 𝟔𝟐𝒎²
𝑛𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 2
• Largura (B)

𝐴 1290,62
𝐵=√ =√ = 28,401𝑚 , 𝐿𝑂𝐺𝑂, 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑜𝑢 − 𝑠𝑒 𝟐𝟖, 𝟓𝟎𝒎
𝐿 1,60
𝐵
• Comprimento (L)
𝐿 = 1,60 ∗ 𝐵 = 1,60 ∗ 28,5 = 𝟒𝟓, 𝟔𝟎𝒎
• Valores adotados
B=28,50m e L =45,60m
Depois de errar muito deu certo, adotou – se esses valores para a
dimensão das lagoas.
• Altura total (Htot.)
𝐻𝑡𝑜𝑡. = 𝐻ú𝑡𝑖𝑙 + 𝐻𝑙𝑜𝑑𝑜 ; 𝐻𝑡𝑜𝑡. = 1,5 + 1,5 = 𝟑, 𝟎𝟎𝒎
7.3.3. Tempo de detenção
𝑉𝑡𝑜𝑡. 𝑛𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 ∗ 𝐵 ∗ 𝐿 ∗ 𝐻𝑡𝑜𝑡 2 ∗ 28,5 ∗ 45,6 ∗ 3
𝑇= = = = 𝟐, 𝟎 𝒅𝒊𝒂𝒔
𝑄 𝑄 3871,86

7.3.4. Área total do sistema

𝐴𝑡 = (1,25 𝑎 1,33) ∗ 𝐴𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 = 1,33 ∗ (1 ∗ 68,2 ∗ 68,2) + (2 ∗ 28,5 ∗ 45,6)


= 𝟗𝟒𝟐𝟓, 𝟓𝟕𝒎²
• Área per capita
𝐴𝑡 9425,57 𝟎, 𝟑𝟒𝒎²
𝐴= = = 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼! 𝟎, 𝟐 𝒂 𝟎, 𝟒
ℎ𝑎𝑏 27662,94 𝒉𝒂𝒃

52
7.3.5. Resultados para lagoa aerada de mistura completa
lagoa aerada de mistura completa
volume requerido (m3) 11615,59
área requerida (m2) 4646,24
área em cada lagoa (m2) 4646,24
dimensão B (m) 68,16
dimensão l (m) 68,20
estimativa de sólidos suspensos (XV) (mg/l) 115,60
correção do coeficiente de remoção K` (d^-1) 0,02
estimativa de DBO solúvel efluente (mg/l) 53,72
estimativa de DBO particulada (mg/l) 69,36
valor de XV após a lagoa de decantação (mg/l) 17,34
DBO particulada (mg/L) 10,40
DBO total efluente (mg/l) 64,12
eficiência do sistema (%) 81,30
requisito de oxigênio (kgO2/d) 1343,79
requisito de oxigênio (kgO2/h) 55,99
eficiência de oxigênio (kg o2/kWh) 1,08
potência requerida (kw) 51,84
x (m) 34,10
nº de colunas 2,00
nº de linhas 2,00
total de aeradores 4,00
potência para cada aerador (HP) 25,00
verificação do diâmetro de influencia
D (m) 48,22
verificação da densidade de potencia
θ (HP) 0,0086
θ (KW) 0,0064
θ (W) 6,41
lagoa de decantação
volume (m3) 3871,86
área requerida (m2) 2581,24
área em cada lagoa (m2) 1290,62
B (m) 28,40
L (L) 45,60
altura total (m) 3,00
tempo de detenção (dia) 2,01
área total do sistema (m2) 9425,57
verificação da área percepta
área per capita (m2) 0,34

53
7.4. Lagoa anaeróbia seguida por lagoas facultativas

As Lagoas Facultativas são unidades de tratamento de esgoto que se


destacam por sua simplicidade. Essas lagoas operam por meio de processos
naturais, onde o esgoto é tratado principalmente por autodepuração. A lagoa é
dividida em três zonas distintas: zona anaeróbia, zona facultativa e zona aeróbia.
Após a entrada do efluente na lagoa, a matéria orgânica solúvel (DBO
solúvel) passa por um processo de tratamento pela ação de bactérias aeróbias
presentes na zona aeróbia. Essas bactérias, responsáveis pela decomposição
da matéria orgânica, requerem oxigênio para realizar sua função. Portanto, as
lagoas facultativas precisam de exposição adequada à radiação solar (para a
fotossíntese das algas) e contato com a atmosfera (para trocas gasosas), o que
resulta na necessidade de ocupação de grandes áreas.
Já a matéria orgânica em suspensão (DBO particulada) sedimenta no
fundo da lagoa, onde é decomposta por bactérias anaeróbias presentes na zona
anaeróbia, resultando na formação de lodo. A zona facultativa é caracterizada
pela presença ou ausência de oxigênio, e é nessa região que predominam as
bactérias facultativas.
Por outro lado, as Lagoas Anaeróbias são caracterizadas por suas
maiores profundidades, que têm o propósito de evitar a penetração de oxigênio
das camadas superficiais em direção às camadas mais profundas. Isso permite
que o tratamento dos efluentes seja realizado principalmente pelas bactérias
anaeróbias. Devido à sua profundidade e à ausência de necessidade de
oxigênio, as lagoas anaeróbias ocupam áreas menores, uma vez que não
requerem exposição à superfície ou à radiação solar.
Para manter as condições anaeróbias, é necessário adicionar grandes
volumes de efluente em relação ao volume da lagoa nas lagoas anaeróbias. A
eficiência desse tipo de lagoa geralmente varia de 50% a 60%, o que resulta em
uma DBO ainda elevada após o tratamento, tornando-se necessária a utilização
de outra unidade de tratamento, como uma Lagoa Facultativa.
O sistema de lagoa anaeróbia seguida de lagoa facultativa, também
conhecido como Sistema Australiano, proporciona uma economia de
aproximadamente 1/3 da área ocupada por uma lagoa facultativa que funcione
como unidade única de tratamento para a mesma quantidade de efluente.

54
DADOS GERAIS
População 27663
Vazão média afluente final(Q) 3871,86
DBO afluente(So) 342,94
Temperatura(T)- mês mais frio 21
LAGOA ANAÉROBIA
N° de lagoas adotado 3
Taxa de aplicação volumétrica adotado (Lv) 0,17
profundidade adotada(H) 3,5
Coeficiente de remoção adotado a 20°C(K20) 0,35
Relação L/B 1,5
Taxa de acumulo de Lodo adotado 0,04
LAGOA FACULTATIVA
N° de lagoas adotado 3
Taxa de aplicação Sup. Adotado (Ls) 200
profundidade adotada(H) 1,8
Coeficiente de remoção adotado a 20°C(K20) 0,27
Relação L/B 1,5
Concentração de SS efluente adotado 80
Admitindo em cada 1mgSS/L 0,35
N° de lagoas em série 1

7.4.1. Lagoa anaeróbia

7.4.2. Carga efluente (L)

𝐿 = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ∗ 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 = 342,94 ∗ 3871,86 ∗ (10−6 ∗ 1000) = 𝟏𝟑𝟐𝟕, 𝟖𝟐𝑲𝒈/𝒅

7.4.3. Volume

𝐿 1327,82
𝑉= = = 𝟕𝟖𝟏𝟎, 𝟐𝟕𝟏𝒎³
𝐿𝑣 0,17

7.4.4. Áreas e dimensões

• Area total
𝑉 7810,271
𝐴= = = 𝟐𝟐𝟑𝟏, 𝟔𝟑𝒎𝟐
𝐻 3,5
• Área de cada lagoa (Ac/l)
𝐴𝑐 𝐴𝑡 2231,63
= = = 𝟕𝟒𝟑, 𝟖𝟖𝒎²
𝑙 𝑛𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 3

55
• Largura
𝐴𝑐/𝑙 743,88
𝐵=√ = √ = 𝟐𝟐, 𝟐𝟔𝒎
𝐿 1,5
𝐵
• Comprimento
𝐿 = 1,5 ∗ 𝐵 = 1,5 ∗ 22,26 = 𝟑𝟑, 𝟒𝟎𝟒𝒎
• Valores adotados
Badotado = 22,30 metros e o Ladotado = 35,50 valores construtivas.

7.4.5. Tempo de detenção

𝑣 𝑛𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 ∗ 𝐵 ∗ 𝐿 ∗ 𝐻 3 ∗ 22,3 ∗ 33,5 ∗ 3,5


𝑡= = = = 𝟐, 𝟎𝟐 𝒅𝒊𝒂𝒔
𝑄 𝑄 3871,86
Já que é maior que 2 a entrada será pelo fundo

7.4.6. Eficiência de remoção de DBO

𝐸 = (2 ∗ 𝑇) + 20 = (2 ∗ 21) + 20 = 𝟔𝟐%

7.4.7. DBO Efluente DBOe

𝐸 62
𝐷𝐵𝑂𝑒 = (1 − ) ∗ 𝑆𝑂 = (1 − ) ∗ 342,94 = 𝟏𝟑𝟎, 𝟑𝟐𝒎𝒈/𝒍
100 100

7.4.8. Acumulo de lodo

AC anual = Tal*Pop = 0,04*276623= 1106,52m³/ano

7.4.9. Espessura de lodo (para 1 ano)

𝐴𝐶𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝐴𝐶 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 1106,52


𝐸𝑠𝑝. = = = = 𝟎, 𝟒𝟗𝟑𝟕𝒎/𝒂𝒏𝒐
𝐴 𝑡𝑜𝑡. 𝑛 𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 ∗ 𝐿 ∗ 𝐵 3 ∗ 23,3 ∗ 33,5

7.4.10. Tempo para atingir 1/3 da altura

𝐻 3,5
𝑡= 3 = 3 = 𝟐, 𝟑𝟔 𝒂𝒏𝒐𝒔
𝐸𝑆𝑃 0,4937

56
7.4.11. Volume de lodo acumulado para t1/3

𝐻 3,5
𝑉 = 𝑛 𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 ∗ 𝐿 ∗ 𝑏 ∗ = 3 ∗ 22,3 ∗ 33,5 ∗ ( ) = 𝟐𝟔𝟏𝟒, 𝟔𝟕 𝒎𝟑
3 3

7.4.12. Volume para 1 ano – para caso seja limpo todo ano

1
𝑣 (3) 2614,67
𝑉= = = 𝟏𝟏𝟎𝟔, 𝟓𝟐 𝒎𝟑
1 2,36
𝑡(3)

7.5. Lagoa Facultativa

7.5.1. Carga afluente – carga antes da lagoa

100 − 𝐸 100 − 62
𝐿𝑓 = ∗ 𝐿0 = ∗ 1327,821 = 𝟓𝟎𝟒, 𝟓𝟕𝟐𝑲𝒈𝑫𝑩𝑶/𝒅
100 100

7.5.2. Area e Dimensões

• Área total
𝐿 504,572
𝐴𝑡 = = ∗ 10000 = 𝟐𝟓𝟐𝟐𝟖, 𝟔𝒎²
𝐿𝑠 200
• Área de cada lagoa (Ac/l)
𝐴𝑐 𝐴 25228,6
= = = 𝟖𝟒𝟎𝟗, 𝟓𝟑𝒎²
𝑙 𝑛𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 3
• Largura

𝐴 8409,53
𝐵=√ =√ = 𝟕𝟒, 𝟖𝟕𝟔 𝒎
𝐿 1,5
𝐵
• Comprimento
𝐿 = 1,5 ∗ 74,876 = 𝟏𝟏𝟐, 𝟑𝟏𝟑 𝒎
• Valores adotados
𝑩 = 𝟕𝟒, 𝟗𝒎 𝒐𝒖 𝑳 = 𝟏𝟏𝟐, 𝟒 𝒎

7.5.3. Volume total

𝑉𝑡 = 𝑛𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎𝑠 ∗ 𝐿 ∗ 𝐵 ∗ 𝐻 = 3 ∗ 112,4 ∗ 74,9 ∗ 1,8 = 𝟒𝟓𝟒𝟔𝟏, 𝟑𝒎³

57
7.5.4. Tempo de detenção resultante

𝑉 45461,3
𝑡= = = 𝟏𝟏, 𝟕𝟒𝟏𝒅𝒊𝒂𝒔
𝑄 3871,86

7.5.5. Correção do coeficiente de remoção

𝑘𝑡 = 𝐾20 ∗ 1,05𝑇−20 = 0,27 ∗ 1,0521−20 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟒 𝒅−𝟏

7.5.6. DBO Efluente Solúvel

𝑆0 130,318
𝑆= 𝑛 = 1 = 𝟑𝟎, 𝟏𝟎𝒎𝒈/𝒍
𝑘∗𝑡 0,284 ∗ 11,75
1+( 𝑛 ) 1+( )
1

7.5.7. DBO Efluente particulada

𝟐𝟖𝒎𝒈𝑫𝑩𝑶
𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡. = 80 ∗ 0,35 =
𝒍

7.5.8. DBO Efluente total

𝐷𝐵𝑂𝑒𝑡 = 𝑆 + 𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡 = 30,10 + 28 = 𝟓𝟖, 𝟏𝟎𝒎𝒈/𝒍

7.5.9. Eficiência na remoção de DBO

𝑆𝑂 − 𝐷𝐵𝑂𝑒𝑇 130,318 − 58,10


𝐸= ∗ 100 = ∗ 100 = 𝟓𝟓, 𝟒𝟏%
𝑆𝑂 130,318

7.5.10. Eficiência total

𝑆𝑂 − 𝐷𝐵𝑂𝑒𝑇 342,94 − 58,10


𝐸𝑡 = ∗ 100 = ∗ 100 = 𝟖𝟑, 𝟎𝟔%
𝑆𝑂 342,94

7.5.11. Área total do sistema

𝐴𝑡 = 1,33 ∗ (𝐴𝑎𝑛𝑎𝑒𝑟. +𝐴𝑓𝑎𝑐𝑢𝑙. ) = 1,33 ∗ (3 ∗ 22,3 ∗ 33,5) + (3 ∗ 74,9 ∗ 112,4)


= 𝟑𝟔𝟓𝟕𝟏, 𝟓𝟖𝒎²
• Área per capita
𝐴𝑡 36571,58 𝟏, 𝟑𝟐𝒎𝟐
𝐴= = = 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑼! (𝟏, 𝟐 𝑨 𝟑)
ℎ𝑎𝑏 27663 𝒉𝒂𝒃

58
7.5.12. Resultados Excel lagoa anaeróbia seguida de facultativa

Lagoa anaeróbia
Carga efluente(L) kg/d 1327,821
Volume(V) m³ 7810,71
Áreas e dimensões
Área total(A) m³ 2231,632
Área de cada lagoa(Ac/l) m² 743,877
Largura(B) m 22,269
Comprimento(L) 33,404
Tempo de detenção(T) dias 2,026
Eficiência de nremoção de DBO % 62,00
DBO efluente(DBOe) mg/l 130,318
Acumulo de lodo m³/ano 1106,52
Espessura de lodo para 1 ano(esp) m/ano 0,493729
Tempo p/ atingir 1/3 da altura em anos 2,36
Volume de lodo acumulado para t1/3 2614,68

Lagoa Facultativa
Carga afluente (LF) 504,572
Áreas e dimensões
Área total(A) m³ 25228,60
Área de cada lagoa(Ac/l) m² 8409,53
Largura(B) m 74,876
Comprimento(L) 112,313
Volume total m³ 45461,30
Tempo de detenção resultante 11,741
Correção do coeficientede remoção 0,284
DBO efluente solúvel 30,10547
DBO efluenre particulada 28
DBO efluente total 58,10547
Eficiência na remoção de DBO 55,41241
Eficiência total 83,05671
Área total do sistema 36571,58
área per capita 1,32204

59
8. Lagoa de maturação

Uma lagoa de maturação é uma etapa final comumente utilizada em


sistemas de tratamento de esgoto. Ela tem como objetivo principal promover a
estabilização adicional dos efluentes tratados, permitindo a remoção de
microrganismos patogênicos remanescentes e a redução dos níveis de
nutrientes, como nitrogênio e fósforo.

Nessa etapa, o efluente pré-tratado, proveniente de processos anteriores,


é direcionado para uma lagoa de maturação, onde ocorre um processo natural
de autodepuração. Durante esse período, geralmente mais longo em
comparação com outras etapas do tratamento, os microrganismos
remanescentes continuam a degradar a matéria orgânica presente no efluente,
resultando em uma redução adicional da demanda bioquímica de oxigênio
(DBO) e da demanda química de oxigênio (DQO).

A lagoa de maturação é projetada para fornecer condições ideais para a


ação dos microrganismos, incluindo tempo de residência prolongado, pouca ou
nenhuma agitação mecânica e exposição à luz solar. A luz solar auxilia na
fotossíntese de algas presentes na lagoa, promovendo a produção de oxigênio
dissolvido e contribuindo para a melhoria da qualidade da água.

Essa etapa final de maturação é crucial para garantir a remoção eficiente


de microrganismos patogênicos e a obtenção de um efluente final de melhor
qualidade, adequado para descarte seguro no meio ambiente ou reúso em
determinadas aplicações. A lagoa de maturação complementa os processos
anteriores do sistema de tratamento, oferecendo uma última etapa de purificação
antes da liberação do efluente tratado.

Observação: A adoção da lagoa de maturação não será viável devido à


sua área, que, em conjunto com as outras estruturas, se tornaria muito
extensa, apesar de sua eficiência. É importante ressaltar que essa informação
é apenas para fins de demonstração e não será adotada no projeto.

60
Dados Gerais
População 27663,00 habit.
Vazão média afluente final (Q) 3871,86 m3/d
DBO afluente (S0) 342,94 mg/L
Temperatura (T) – mês mais frio 21,00 °C
Coliformes fecais no esgoto bruto (No) 50000000,00 CF/100ml
Concentração de helmintos no esg. bruto – Co 200,00 ovos/L
Lagoas Facultativas (já dimensionada)
N° de lagoas em paralelo 3,00
Taxa de aplicação superficial adotado (Ls) 200,00 kgDBO/ha.d
Profundidade adotado (H) 1,80 m
Comprimento de cada lagoa – L (m) 112,40 m
Largura de cada lagoa – B (m) 74,90 m
Tempo de detenção – t (dias) 11,74 dias
Lagoas de Maturação
N° de lagoas adotado 3,00
Tempo de detenção total (dias) - t 20,00 dias
Profundidade adotado(H) 1,20 m
Relação L/B adotada 1,00

8.1.1. Lagoa de dispersão

8.1.2. Número de dispersão (D)

1 1
𝐷= = = 𝟎, 𝟔𝟕
𝐿 112,4
𝐵 74,9

8.1.3. Coeficiente de decaimento bacteriano para fluxo disperso

𝐾𝑏 = 0,542 ∗ 𝐻 − 1,259 = 0,542 ∗ 1,8 − 1,259 = 𝟎, 𝟐𝟔 𝒅−𝟏


𝑎𝑟𝑟𝑒𝑛𝑑𝑜𝑛𝑑𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑎 0,26 𝑑 −1 (20°𝐶)

8.1.4. Correção de Kd

𝐾𝑏, 1 𝐾𝑏, 20 ∗ 1,07(𝑇−20) = 0,26 ∗ 1,07(21−20) = 𝟎, 𝟐𝟖 𝒅−𝟏

8.1.5. Concentração efluente de coliformes

𝑎 = √1 + 4 ∗ 𝐾𝑏, 20 ∗ 𝑡 ∗ 𝑑 = √1 + 4 ∗ 0,28 ∗ 11,74 ∗ 0,67 = 𝟑, 𝟏𝟏

61
𝑒1
4∗𝑎∗ 𝟕, 𝟔𝟓 ∗ 𝟏𝟎𝟔 𝑪𝑭
𝑁 = 𝑁0 ∗ 2∗𝑑 =
𝑒𝑎 𝑒−𝑎 𝟏𝟎𝟎𝒎𝒍
(1 + 𝑎)2 ∗ ∗
2 ∗ 𝑑 − + 𝑎) ∗ 2 2 ∗ 𝑑
(1

8.1.6. Eficiência de remoção na lagoa

𝑁0 − 𝑁 5 ∗ 107 − 7,65 ∗ 106


𝐸= ∗ 100 = ∗ 100 = 𝟖𝟒, 𝟕𝟏%
𝑁0 5 ∗ 107

8.1.7. Remoção de ovos de helmintos (Lodos)

𝐸 = 100 ∗ (1 − 0,41 ∗ 𝑒(−0,49 ∗ 𝑡 + 0,0085 ∗ 𝑡 2 )) =


2
100 ∗ (1 − 0,41 ∗ 𝑒 (−0,49∗11,74+0,0085∗11,74 ) = 𝟗𝟗, 𝟓𝟖%

8.1.8. Concentração de ovos de helmintos no efluente

𝐸 99,58
𝑐𝑓, 𝑒 = 𝑐𝑜 ∗ (1 − ( )) = 200 ∗ (1 − ( )) = 0,84𝑜𝑣𝑜𝑠/𝑙
100 100

8.1.9. Excel para fluxo disperso

NÚMERO DE DISPERSÃO (d)


d= 0,67
COEFICIENTE DE DECAIMENTO BACTERIANO
PARA FLUXO DISPERSO
kb= 0,26 d^-1 (20ºC)
CORREÇÃO DO Kd
kb,t= 0,28 d^-1
CONCENTRAÇÃO EFLUETE DE COLIFORMES
a= 3,11
N= 7,65E+06 CF/100ml
EFICIENCIA DE REMOÇÃO NA LAGOA
FACULTATIVA
E= 84,71 %
REMOÇÃO DE OVOS DE HELMINTOS (LODOS)
EFICIENCIA DE REMOÇÃO DE HELMINTOS
E= 99,58 %
Ce,f= 0,84 ovos/L

62
8.2. Três lagoas de maturação em série

TRÊS LAGOAS DE MATURAÇÃO EM SÉRIE


VOL. CADA LAGOA
tc,l= 6,67 dias
Vc,l= 25812,43 m³
Ac,l= 21510,36 m²
A= 64531,08 m²
B= 146,66 m Adot= 146,70m
L= 146,70 m
ÁREA REQUERIDA TOTAL
Atotal= 80703,34 m²
Aper cap. 2,92 m²/hab
NÚMERO DE DISPERSÃO
d= 1,00
COEF. DE DEC. BACT. P/ FLUXO DISPERSO
Kdisp (Kb) 0,43 d^-1 (20ºC)
CORREÇÃO Kdisp. P/ 21ªC
Kdisp (Kb,21) 0,46 d^-1
CONCENTRAÇÃO EFLUENTE DE COLIFORMES
a= 2,53
N= 1973706,27 CF/100ml
EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DA 1º LAGOA DE MATURAÇÃO
E= 74,19 %
EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE TODAS AS LAGOAS
E= 0,98 ou 98,28 %
CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES NO EFLUENTE FINAL
N= 1,32E+05 CF/100ml
REMOÇÃO DE OVOS DE HELMINTOS
E= 99,58 %
CONCENTRAÇÃO DE OVOS NO EFLUENTE
Ce,m 3,53E-03 ovos/L

63
9. Conclusão

Realizamos um estudo comparativo entre o reator UASB, a lagoa aerada


mistura completa e a lagoa anaeróbia seguida de facultativa, levando em
consideração critérios como eficiência, área e custo para a elaboração e
execução do projeto. Observamos que as demais lagoas têm uma área
consideravelmente maior em relação ao reator UASB, que possui
aproximadamente 87m², enquanto a lagoa aerada mistura completa abrange
uma área de 9.425,57 m² e a lagoa anaeróbia seguida de facultativa ocupa
36.571,58m². A etapa de maturação também tem uma área de 8.133m².
Com base nisso, optamos por escolher o método de implantação do reator
UASB para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Groaíras - Ceará,
devido à sua área de implantação significativamente menor em comparação aos
outros métodos. Embora o reator UASB apresente uma eficiência ligeiramente
inferior (75%) em comparação à lagoa aerada mistura completa (81%) e à lagoa
anaeróbia seguida de facultativa (83%), é importante ressaltar que a diferença
não é considerada significativa, especialmente considerando a etapa de
maturação com eficiência de (99,58%).
Após uma análise global, levando em consideração o custo-benefício,
concluímos que o método do reator UASB é o mais viável para o projeto da ETE
de Groaíras - Ceará.

64
9.1. QUADRO DE RESUMO UASB

UASB
Volume do reator - V 1290,62 m³
volume unitário, correspondendo a cada módulo - Vu 430,21 m³
Vazões unitárias referente a um módulo
Qmáx,u 90,66 m³/h
Qméd,u 53,78 m³/h
Dimensão do reator UASB
área 86,04 m²
Ladot 9,30 m
área corrigida 86,49 m²
volume unitário corrigido - vu,corrig 432,45 m³
tempo de detenção corrigido - TDHméd 8,04 h
tempo de detenção corrigido - TDHmáx 4,77 h
Cargas hidráulicas volumétricas
CHVméd 2,98 m³(m³.dia)
CHVmáx 5,03 m³(m³.dia)
Velocidades superficiais
vméd 0,62 m/h
vmáx 1,05 m/h
Área de influência dos tubos de distribuição do esgoto - A 2,47 m²
velocidade descendente nos tubos de distribuição 0,09 m/s
estimativas das eficiências do efluente
Eficiência do DBO 75,32 %
Eficiência do DQO 67,22 %
coliformes - adotado 90,00 %
estimativa concentração do efluente
estimativa concentração DBO 84,64 mg/L
estimativa concentração DQO 224,83 mg/L
Coliformes 3,00E+05 NMP/100mL
produção de metano
Parcela de DQO convertida para metano - DQOch4 462,26 kg/dia
Fator de correção para a temperatura do reator - K(t) 2,65 kg/m³
produção volumétrica de metano - Qch4 174,25 m³/dia
Produção do biogás
Qg 232,34 m³/dia
coletor de gás - ag 2,00 m²
taxa de liberação do biogás - vg 4,84 m³/(m².h)
Decantadores do UASB
Velocidades através das aberturas para os decantadores
va,med 1,93 m/h
va,max 3,25 m/h
Taxa de aplicação superficial
vd,méd 0,64 m/h
vd,máx 1,08 m/h

65
Tempo de detenção hidráulico nos decantadores - TDHd
TDHd,méd 3,11 h
TDHd,máx 1,85 h
Produção de lodo - Plodo 398,35 KgSS/dia
vazão de lodo - Qlodo 9,76 m³/dia

10. Detalhamento reator UASB para possível projeto

Corte do croqui, onde seria optado no primeiro momento duas grades,


onde a primeira seria para retenção das sujeiras com um maior diâmetro,
seguindo para a segunda onde seria menor para realmente remoção dos
menores

Cortes da caixa de gordura e do Desvio

66
Detalhamentos construtivos

10.1. Plantas baixa

Iniciando no desvio onde vai para o gradeamento e calha Parshall

67
Depois possivelmente para a caixa de gordura, UASB e seus reatores

Enfim ir até o secador

68
10.2. Croqui

Possível modelo de construção


Observação: A adoção da lagoa de maturação não será viável devido à sua área,
que, em conjunto com as outras estruturas, se tornaria muito extensa, apesar de
sua eficiência. É importante ressaltar que essa informação é apenas para fins de
demonstração e não será adotada no projeto.

69
11. REFERÊNCIAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Groaíras.


Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/groairas/historico. Acesso
em 07 de março de 2023.

PREFEITURA MUNICIPAL DE GROAÍRAS. Histórico. Disponível em:


https://groairas.ce.gov.br/historico/. Acesso em 07 de março de 2023.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades@: Groaíras.


Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/groairas/historico. Acesso
em: 07 mar. 2023.

FUNCEME. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos.


Disponível em: https://www.funceme.br/. Acesso em: 07 mar. 2023.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2021.


Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ce/groairas.html.
Acesso em 07 de março de 2023.

PONTES, P. P. (2003). Reatores UASB aplicados ao tratamento combinado de


esgotos sanitários e lodo excedente de filtro biológico percolador. Belo
Horizonte.

MATTOS, Olivia de Souza. Avaliação de Desempenho da Lagoa Aerada do


CETE Poli/UFRJ. 2005. Dissertação (Engenharia Civil) - Universidade Federal
do Rio de Janeiro.

FONSECA, Patrícia Weibert. Avaliação do Desempenho e Caracterização de


Parâmetros em Lagoas Facultativa e de Maturação. 2005. Dissertação de
Mestrado (Engenharia Civil) - Universidade Federal do Rio de Janeiro.

SANTOS, Ana Silvia Pereira. Aspectos Técnicos e Econômicos do Tratamento


Combinado de Lixiviado de Aterro Sanitário com Esgoto Doméstico em Lagoas
de Estabilização. 2010. Tese de Doutorado (Engenharia Civil) - Universidade
Federal do Rio de Janeiro.

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