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INDUSTRIAL
Beatris Mendonça¹
Aline Castelaci Pelissari²
RESUMO
No decorrer do trabalho iremos explicar o que é metrologia e sua importância, além de
descrever os tipos mais usados de ferramentas de medição. Também serão tratados os
tipos de erros de medição e como evitá-los, além de descrever o que é controle de
qualidade e seus tipos de processos. Com o intuito de aprofundar os conhecimentos
sobre o tema, realizamos uma visita a uma empresa de metalurgia, onde podemos ver
como funciona o setor de controle de qualidade. Ao final, aplicamos o método R&R,
onde dois operadores fazem medições, e com base nisso, analisamos se o método
funciona e seus resultados.
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A legislação referente ao uso das unidades de medida é definida por cada país,
mas existe a Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML), que é responsável
por prover uma concordância global desenvolvendo uma estrutura técnica que oferece,
aos seus países membros, diretrizes para a criação de regulamentos na sua área de
atuação. No Brasil existem várias instituições que são responsáveis pela área da
metrologia, a principal é o INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia.
Segundo Soar (2019) “entre as principais funções do INMETRO está a atuação
na área de Metrologia Legal, que é a área relacionada a exigências metrológicas que
devem ser cumpridas pro empresas, órgãos e demais. Assim, esta função é exercida
através da criação de regulamentos e normas, verificação periódica dos instrumentos de
medidas, inspeções e possível aplicação de multas para aqueles que descumprem estas
normas”.
graduada limita os tipos de objetos que ela pode medir, sendo estes comprimentos retos
em objetos que possuem uma superfície plana.
2.2.1.2 Trena
2.2.1.3 Paquímetro
Essa ferramenta possui maior precisão em relação a régua e a trena, pois ele
possui o nônio, que é um elemento com escala auxiliar que possibilita a leitura de
medidas menores que as divisões de escala fixa no paquímetro. Basicamente o
paquímetro é usado para medir dimensões lineares internas, externas e de profundidade
de uma peça.
FIGURA 03 – PAQUÍMETRO
FIGURA 04 – BALANÇAS
FIGURA 06 – BARÔMETRO
FONTE: <https://pt.differbetween.com/article/difference_between_aneroid_and_mercury_barometer>.
Acesso em: 10 nov. 23
FIGURA 08 – GONIÔMETRO
Existem dois tipos de erro: erro aleatório e erro sistemático. O erro aleatório é
aquele imprevisível, se originando de variações temporais ou espaciais, surgindo
também, de valores medidos que são difíceis de identificar a causa. Sua característica
mais importante é que ele não gera tendencias para direção alguma, possuindo baixa
amplitude. Um exemplo de erro aleatório seria a mão tremula do operador, que se
fossemos medir várias vezes, teríamos várias medições variando poucos milímetros, e
que consequentemente, poderíamos utilizar sua média para obter o resultado correto.
O erro sistemático é um erro que se mantem igual, indiferente da quantidade de
medições. É a parcela previsível do erro e que não pode ser eliminado ou corrigido. É
aquele erro que é gerado por uma balança incorretamente calibrada, por exemplo,
existindo várias causas possíveis para este tipo de erro.
Segundo Soar, (2019) erros aleatórios e sistemáticos estão ligados aos conceitos
de precisão e exatidão, que classificam um sistema de medição, ou seja, operador,
instrumento de medição, método e corpo de prova.
Para entender melhor a diferença, vamos pegar o exemplo de 4 canhões que
precisam ser avaliados quanto a sua precisão e exatidão. O teste consiste em mirar o
canhão e disparar várias vezes (Figura 9).
FIGURA 09 – TESTE
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processo, porem pode gerar um alto custo de retrabalho ou descarte, já que, o produto já
está finalizado, não podendo acertar o que já está feito.
A segunda opção é implementar o controle de qualidade entre as etapas. Por
exemplo, uma peça passa por três setores de produção diferentes para estar pronta,
assim, quando ela finalizar em um setor, automaticamente ela irá para o setor de
controle de qualidade, e somente após o controle de qualidade verificar a peça, ela irá
para o próximo setor de fabricação. Este método de controle de qualidade tem a
vantagem de detectar o erro com antecedência, gerando assim, um melhor controle
sobre o processo e um alto custo de investimento inicial.
Já o controle de qualidade durante o processo, consiste na premissa que o
próprio operador irá verificar a qualidade do produto que ele mesmo fez. Por exemplo,
um torneiro que irá colocar a peça nas medidas especificadas pelo engenheiro, ele além
de fazer o trabalho, ele também deve verificar se está com as medidas corretar e em
conformidade ao projeto. Esse tipo de controle leva a uma preocupação, já que o
operador deve sempre ter os instrumentos corretos e calibrados para que possa ocorrer a
qualidade. Claro que o custo irá ser extremamente alto, pois o operador devera
primeiramente ser treinado para poder fazer as verificações, mas por outro lado, gera
baixo índice de retrabalho, gerando um baixo custo de qualidade.
3. METODOLOGIA
FONTE: O AUTOR
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Operador 1
Peça 1 Peça 2
Ciclo de Medida Medida Medida Medida Medida Medida
Medição Externa Interna Largura Externa Interna Largura
1 55,01 38,20 20,00 55,02 38,19 20,01
2 55,01 38,21 20,00 55,01 38,20 20,00
3 55,00 38,20 20,00 55,02 38,19 20,01
Média 55,00 38,20 20,00 55,01 38,19 20,00
Amplitude 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01
FONTE: O Autor
FONTE: O Autor
5. CONCLUSÃO
Após os aspectos observados, podemos concluir que a metrologia é utilizada
amplamente na empresa visitada e que seus equipamentos estão em conformidade com
base no cuidado e calibração dos mesmos.
Podemos notar também que o setor de controle de qualidade está apto a realizar
o seu trabalho, pois apesar de um dos operadores não estar acostumado com o
paquímetro analógico, ele conseguiu realizar seu trabalho com exatidão.
Ao final podemos conferir a importância de um setor de controle de qualidade
bem treinado e organizado, seguindo as normas definidas, e realizando um trabalho
serie e competente. A empresa está de parabéns pelo seu trabalho exercido perante o
consumidor.
REFERÊNCIAS
FILHO, Paulo Narciso. O que é ReR e por que você precisa dele. Blog Harbor, 2017.
Disponível em:
<https://www.harbor.com.br/harbor-blog/2017/08/07/o-que-e-rr/#:~:text=Repetibilidade
%3A%20varia%C3%A7%C3%A3o%20observada%20quando%20o,devido%20ao
%20m%C3%A9todo%20de%20medi%C3%A7%C3%A3o.>. Acesso em: 22 nov. 2023.
LIRA, Francisco Adval de. Metrologia na Industria. 10. ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2016.