Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OPERADORES DE MÁQUINAS DE
EMBALAGENS PLÁSTICAS
METROLOGIA BÁSICA
Bom estudo.
SENAI GO
2
SUMÁRIO
PARTE 1: METROLOGIA
1.2 NORMAS
1.2.1 ABNT
1.2.2 INMETRO
1.2.3 DIN
1.2.4 ISO
1.4.1 PAQUÍMETRO
1.4.3 MICRÔMETRO
3
1. METROLOGIA
O termo metrologia vem do grego 'metron' que significa 'medida', e logos que
significa 'estudo'. Segundo a definição que consta no VIM 2012, metrologia é o estudo
das medições e suas aplicações.
A metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer
que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação. Medições e metrologia são
essenciais a quase todos os aspectos dos empreendimentos humanos, pois são utilizados
em atividades que incluem o controle da produção, a avaliação da qualidade do meio
ambiente, da saúde e da segurança, e da qualidade de materiais, comida e outros produtos
para garantir práticas seguras de comércio e a proteção ao consumidor, para citar alguns
exemplos.
A necessidade de medir as coisas é muito antiga e remete à origem das primeiras
civilizações. Por um longo período de tempo cada povo teve o seu próprio sistema de
medidas, que era estabelecido a partir de unidades arbitrárias e imprecisas como, por
exemplo, as baseadas no corpo humano (palmo, pé, polegada, braça, côvado, etc.), o que
acabava criando muitos problemas para o comércio, porque as pessoas de uma
determinada região não estavam familiarizadas com o sistema de medidas das outras
regiões.
Os processos modernos de produção são caracterizados pela montagem de
sistemas e equipamentos com peças e componentes comprados no mundo inteiro. Tal
montagem só é possível se todos os agentes envolvidos na cadeia de produção seguirem
padrões rígidos, onde as grandezas e medições envolvidas estiverem amparadas por um
bom sistema metrológico, de modo a permitir condições de perfeita aceitabilidade na
montagem e encaixe de partes de produtos finais, independente de onde sejam
produzidas.
1.1 INTRODUÇÃO
4
de contar, isto é, de descrever alguns fatos por meio de números, foi sendo, aos poucos,
desenvolvida. A contagem de animais, os membros das famílias, armas e alimentos
(Figura 1) são alguns exemplos. Com o passar do tempo, o contínuo aprimoramento
tornou a vida em sociedade mais sofisticada. A descrição de certas quantidades apenas
por números tornou-se insuficiente para algumas necessidades cotidianas. Era necessário
acrescentar um elemento adicional aos números para descrever de forma mais clara e
precisa certas quantidades. O número dos passos que caracterizam uma distância, o
número de sacas que correspondem a certa produção de cereais ou o número de barris
de vinho (Figura 2) são alguns exemplos de unidades que passaram a ser usadas com os
números para deixar a comunicação e as transações comerciais mais claras. Foram essas
as primeiras medições rudimentares.
5
Certamente, o desenvolvimento do comércio interno e entre grupos e tribos
vizinhas fortaleceu a necessidade de estabelecer um processo de medição mais elaborado
e aceito pelas partes envolvidas. À medida que as civilizações floresceram, as técnicas e
unidades de medição foram sendo aperfeiçoadas para satisfazer as demandas de cada
época. Inicialmente, medições baseadas em partes da anatomia humana como jarda, pé
e polegada, por exemplo (Figura 3), se mostraram suficientes para medir comprimentos e
volumes, porém instáveis e confusos por questões comerciais entre as civilizações. Com
o desenvolvimento tecnológico, unidades de medição mais estáveis e bens definidas
mostraram-se necessárias.
Figura 3 – Medições feitas com base das partes anatômicas do ser humano.
Para que transações comerciais possam ser efetuadas de forma justa e pacífica, é
necessário descrever as quantidades envolvidas em termos de uma base comum, isto é, de
unidades de medição conhecidas e aceitas pelas partes envolvidas. O volume de petróleo,
a massa de grãos ou minérios, o volume de produto contido em uma embalagem são
exemplos. O percentual de enxofre no petróleo, os teores de umidade dos grãos, o teor
de pureza do minério ou a composição química do produto embalado são exemplos de
outras quantidades que influenciam transações comerciais. É muito importante que quem
vende e quem compras saibam, claramente, com que e com quanto estão lidando.
Na era da globalização, produtos devem ser projetados para funcionar além das
6
fronteiras dos países. Mecanismos de precisão produzidos na Suíça devem ser integrados
a um periférico de computador montado na China que comporá um sistema alemão para
medição de peças produzidas por uma companhia de aviação americana. As partes devem
se encaixar precisamente para que funções do componente, do mecanismo e do produto
sejam cumpridas com a qualidade necessária. Não há mais espaço para o artesão que,
com paciência e habilidade manual, consegue ajustar individualmente peças de forma
magistral. Peças são hoje produzidas para encaixarem-se umas com as outras da forma
prevista pelo projetista, sem exceções. Essa garantia é possível graças à adoção
internacional de um sistema de metrologia maduro e estável.
1.2 NORMAS
Norma é um termo que vem do latim e significa “esquadro”. Uma norma é uma
regra que deve ser respeitada e que permite ajustar determinadas condutas ou atividades.
No âmbito do direito, uma norma é um preceito jurídico.
Por exemplo: “Cometi uma infracção ao conduzir a 120 quilómetros à hora quando a
norma estabelece uma velocidade máxima permitida de 110 quilómetros/hora”,
“Desculpe, mas aqui não é permitido fumar, é uma norma deste estabelecimento”, “Esta
instituição tem normas que devem ser respeitadas por todos os seus integrantes, sem
exceções”.
1.2.1 ABNT
7
A ABNT teve início em 1937, na 1ª Reunião de Laboratórios de Ensaios de
Materiais, e nos dois anos subsequentes a ideia de fazer um órgão de normalização
começou a ser discutida com muito mais força. Após sua criação, em 1949, a Associação
começou a ganhar reconhecimento, difundindo e criando normas no âmbito nacional.
Em 1947, a ABNT foi um fator importante para a criação da ISO, e por isso foi
convidada a representar o Brasil na Organização. Sua história internacional vai além da
ISO, pois a Associação também auxiliou na fundação do Comitê Panamericano de
Normas Técnicas e da Associação Mercosul de Normalização, e atualmente continua
sendo um membro muito ativo destas instituições.
1.2.1 INMETRO
Sua missão é prover confiança à sociedade brasileira nas medições e nos produtos,
através da metrologia e da avaliação da conformidade, promovendo a harmonização das
relações de consumo, a inovação e a competitividade do País.·.
8
medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição e
produtos pré-médicos;
9
Fonte: site INMETRO
10
A partir da acreditação de laboratórios e organismos de certificação, inspeção,
treinamento e outros são instalados a infraestrutura necessária para a emissão e
gerenciamento dos PACs – Programas de Avaliação da Conformidade.
11
envolvem a aprovação de regulamentos- realizada pela Diretoria da Qualidade do Inmetro
- Dqual.
Acompanhamento no mercado
12
Promoção da Atividade de Avaliação da Conformidade.
1.2.3 DIN
Estas normas são classificadas com diversos números e regulam todos os aspectos
da vida econômica e produtiva na Alemanha. Por exemplo, a norma DIN 476 define os
formatos e tamanhos de papéis que devem ser adotados oficialmente. O uso das normas
DIN pode ser vista, por exemplo, na fabricação de ferramentas. Um caso é o
desenvolvimento de peças como uma chave, onde as DIN regulam as voltagens,
tolerâncias e especificações sobre o produto final. O cumprimento das normas DIN em
um produto é garantia de confiança, segurança e qualidade para o comprador e usuário do
mesmo.·.
13
1.2.4 ISO
INTRODUÇÃO
14
Apesar de se chegar ao metro como unidade de medida, ainda são usadas outras
unidades. Na Mecânica, por exemplo, é comum usar o milímetro e a polegada. O sistema
inglês ainda é muito utilizado na Inglaterra e nos Estados Unidos, e é também no Brasil
devido ao grande número de empresas procedentes desses países. Porém esse sistema
está, aos poucos, sendo substituído pelo sistema métrico. Mas ainda permanece a
necessidade de se converter o sistema inglês em sistema métrico e vice-versa.
SISTEMA INGLÊS
O sistema inglês tem como padrão a jarda. A jarda também tem sua história. Esse
termo vem da palavra inglesa yard que significa “vara”, em referência a uso de varas nas
medições. Esse padrão foi criado por alfaiates ingleses. No século XII, em consequência
da sua grande utilização, esse padrão foi oficializado pelo rei Henrique I. A jarda teria
sido definida, então, como a distância entre a ponta do nariz do rei e a de seu polegar,
com o braço esticado. A exemplo dos antigos bastões de um cúbito foram construídas e
distribuídas barras metálicas para facilitar as medições. Apesar da tentativa de
uniformização da jarda na vida prática, não se conseguiu evitar que o padrão sofresse
modificações.
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés
1milha terrestre = 1.760 jardas
15
Sistema Internacional de Medidas
Unidades de Base
16
cuja abreviação é o mm.
17
Um exemplo disso são as conexões e tubos, que são fabricadas com os dois
sistemas de medida. Por essa razão, mesmo que o sistema adotado no Brasil seja o
sistema métrico decimal, é necessário conhecer a polegada e aprender a fazer as
conversões para o nosso sistema. A polegada, que pode ser fracionária ou decimal, é uma
unidade de medida que corresponde a 25,4 mm.
18
Multiplicar o numerador da fração pelo valor de uma polegada em milímetros (25,4 mm);
Dividir o resultado encontrado pelo denominador.
Exemplo: Transformar ½ ” e 2 ¾ ” para milímetros
a ) x = ½ ” . 25,4 x = 12,7 mm
b) 2 ¾ ” = 2,75 . 25,4 x = 69,85 mm
x = 23,8/ 25,4
x = 0,937”
Reescrever o valor como numerador de uma fração que tem o 128 como
denominador;
Exemplo:
19
Exemplo: Transformar 37,3 mm em polegadas na forma de fração ordinal
1.4.1 PAQUÍMETRO
Paquímetro universal
A INTERNO
20
B RESALTO
C EXTERNO
D FROFUNDIDADE
Paquímetro de profundidade
Serve para medir a profundidade de furos n„o vazados, rasgos, rebaixos etc. Esse tipo de
paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho.
Paquímetro duplo
Paquímetro digital
Utilizado para leitura rápida, livre de erro de paralaxe, e ideal para controle estatístico.
21
PAQUIMETRO DIGITAL
Traçador de altura
Esse instrumento baseia-se no mesmo princípio de funcionamento do paquímetro,
apresentando a escala fixa com cursor na vertical. Empregado na traçagem de peças, para
facilitar o processo de fabricação e, com auxílio de acessórios, no controle dimensional.
Micrômetros
A figura seguinte mostra os componentes de um micrômetro.
22
O arco é constituído de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar
as tensões internas.
O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a transmissão de
calor das mãos para o instrumento.
O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico.
Portanto, a cada volta, seu deslocamento È igual ao passo do fuso micrométrico.
Características
Capacidade;
Resolução;
Aplicação.
Tipos de micrômetros
De profundidade
23
Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão, que fornecidas
juntamente com o micrômetro.
24
Para medição de roscas
Este micrômetro È dotado de arco especial e possui o contato a 90º com a haste móvel, o
que permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.
25
Digital eletrônico
Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle
estatístico de processos, juntamente com microprocessadores.
O relógio comparador
26
Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua
finalidade È possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies
verticais, de profundidade, de espessuras de chapas etc. As próximas figuras mostram
esses dispositivos destinados à medição de profundidade e de espessuras de chapas.
Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das vantagens
de seu emprego é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro ou
de defeitos, como conicidade, ovalização etc.
27
Aplicações dos relógios comparadores
28
Tolerâncias
29
Medida nominal: é a medida representada no desenho.
Medida com tolerância: é a medida com afastamento para mais ou para menos da medida
nominal.
30
Exemplo:
Campo de tolerância
Furos
A, B, C, CD, D, E, EF, F, FG, G, H, J, JS, K, M, N, P, R, S, T, U, V, X, Y, Z, ZA, ZB,
31
ZC
Eixos
a, b, c, cd, d, e, ef, f, fg, g, h, j, js, k,,m, n, p, r, s, t, u, v, x, y, z, za, zb,
zc.
Qualidade de trabalho
A qualidade de trabalho (grau de tolerância e acabamento das peças) varia de acordo com
a função que as peças desempenham nos conjuntos. O sistema ISO estabelece dezoito
qualidades de trabalho, que podem ser adaptadas a qualquer tipo de produção mecânica.
Essas qualidades são designadas por IT 01, IT 0,IT 1, IT 2... IT 1.6 (I = ISO e T =
tolerância).
Grupos de dimensões
O sistema de tolerância ISO foi criado para produção de peças intercambiáveis com
dimensões compreendidas entre 1 e 500mm. Para simplificar o sistema e facilitar sua
utilização, esses valores foram reunidos em treze grupos de dimensões em milímetros.
Ajustes
O ajuste é a condição ideal para fixação ou funcionamento entre peças executadas dentro
de um limite. São determinados de acordo com a posição do campo de tolerância.
32
Para não haver uma diversificação exagerada de tipos de ajustes, a tolerância do furo ou
do eixo é padronizada. Geralmente, padroniza-se o furo em H7. A origem dos termos furo
e eixo provêm da importância que as peças cilíndricas têm nas construções mecânicas. Na
prática, porém, os termos furo e eixo são entendidos como medida interna e medida
externa, respectivamente.
33
Desvios geométricos, Tolerância de FORMA, e POSIÇÃO.
34
Forma de indicação dos desvios geométricos
35