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AULA 2
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os padrões de qualidade aceitos internacionalmente. Dessa forma, cada vez
mais a metrologia é considerada um ponto estratégico para o desenvolvimento.
Nesse contexto, a metrologia é vital para os fabricantes, fornecedores e
consumidores de produtos e serviços.
Salientamos que manter um nível elevado de satisfação do cliente é um
desafio significativo para todas as organizações. Uma maneira de vencer tal
desafio é estabelecer e usar um código de conduta voltado para a satisfação do
cliente.
Indiscutivelmente, a metrologia é a base para o estabelecimento de
qualquer sistema de qualidade. Ela, como conhecemos hoje, facilita a
harmonização internacional das terminologias e definições utilizadas. Tal
padronização está fundamentada em três grandes instituições que creditam o
sistema:
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Por meio dos exemplos expostos até agora, fica óbvia a importância da
metrologia. Nessa linha, é interessante verificar a origem, assim como conhecer
as grandes áreas relacionadas à metrologia (trataremos sobre ele no Tópico 2).
Há o dito popular de que “o cliente sempre tem razão”; atentemo-nos a
ele e aos sinais oriundos do mercado.
A NBR ISO 10001 – Gestão da qualidade: satisfação do cliente trata das
diretrizes para códigos de conduta para organizações, fornecendo orientações
para planejar, projetar, desenvolver, implementar, manter e melhorar os códigos
de conduta voltados à satisfação do cliente. Essa norma é aplicável a códigos
relacionados a produtos e serviços que contenham promessas feitas aos clientes
por uma organização por meio de validação da confiabilidade de seus produtos
e serviços. Uma breve conclusão sobre o tema: a metrologia tem papel
preponderante e estratégico, ferramenta indispensável no apoio à
competitividade, em especial do setor produtivo das organizações.
Considerando a metrologia como pilar essencial de sustentação para o
crescimento e inovação tecnológica, promoção da competitividade e criação de
um ambiente favorável ao desenvolvimento científico e industrial em todo o país
entre 2008 e 2012, foi disponibilizado esse documento, que estabelece as
diretrizes estratégicas para a metrologia brasileira. Por meio da NBR ISO 10001,
notamos situações de atualização de conceitos e estratégias, além de explicitar
alguns dos desafios e orientações relacionadas às novas e constantes
necessidades da metrologia para as organizações.
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Crédito: jannoon028/Shutterstock.
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Cabe ao Inmetro a responsabilidade de manter as unidades fundamentais
de medida no Brasil, garantindo assim a rastreabilidade conforme os padrões
internacionais e disseminá-las, com seus múltiplos e submúltiplos, até as
indústrias.
A RBC conta com uma rede de aproximadamente 500 laboratórios de
calibração acreditados pelo Inmetro.
A metrologia legal, é a área de destaque nesse caso, por estar atrelada
às exigências legais, técnicas e administrativas relativas às unidades de
medidas, aos instrumentos de medir e às medidas materializadas. Ela objetiva,
fundamentalmente, as transações comerciais nas quais as medições são
extremamente relevantes quanto à exatidão e lealdade.
A variabilidade dimensional é item intrínseco ao processo de fabricação.
Diante desse fato, é fundamental a aplicação da calibração e a avaliação da
incerteza dos instrumentos, situação que garante a qualidade metrológica e
padrões do processo de produção.
Por meio dela, observamos de 1 para 5 o grau de qualidade dos
instrumentos e sistemas. Quanto mais próximo ao topo da pirâmide, maiores
serão os custos envolvidos, devido a exigências específicas envolvendo mão de
obra qualificada, instrumentos e ambiente.
No caso desta etapa, destacamos os laboratórios de chão de fábrica, por
estarem estes ligados à metrologia industrial.
Porém, é fundamental observar sempre a relação com as demais
instâncias citadas na pirâmide solicitando trabalhos a empresas acreditadas. A
Figura 1 ilustra a hierarquia do sistema de rastreabilidade utilizado para acreditar
instrumentos e sistemas de medição.
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Figura 1 – Hierarquia do sistema de rastreabilidade
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insatisfação do cliente. A somatória desses pontos, sim, resultam no aumento de
custos, onerando departamentos, podendo levar a organização como um todo a
situações, às vezes, irreversíveis.
De acordo com Juran (1999), se uma empresa, por decisão própria, não
planejar oferecer a qualidade dos produtos e serviços, consequentemente, a
baixa qualidade resultante do processo interno trará como resultado a
insatisfação externa (do cliente).
Especialmente em empresas ligadas à produção de peças, estima-se que
entre 10% e 15% dos custos estejam relacionados de modo direto ou indireto, à
medição. Esses custos se distribuem nos valores dos instrumentos, adequação
de ambientes, qualificação da mão de obra, auditorias e as consequentes
certificações.
De acordo como o CONMETRO, estima-se que cerca de 4 a 6% do PIB
dos países industrializados sejam dedicados aos processos de medição. Esses
consideráveis valores são cada vez mais imprescindíveis, uma vez que são
responsáveis pela produção exigida de bens com considerável precisão de
produtos, abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos, sobre a qualidade.
Isso é fundamental, diante da competitividade das organizações em todo o
mundo.
Reconhecendo a metrologia como a ciência da medição, considerando-a
como base para a manufatura de todo conjunto de peças, independentemente
se lote unitário (como uma turbina hidrelétrica ou um satélite), ou de milhares de
peças (como a indústria automotiva, ou a linha branca – eletrodomésticos, e a
linha amarela – de máquinas e implementos agrícolas). Outra forma de definição
para a produção é a produção seriada (ou em massa).
Observe que, independentemente do número de peças a serem
fabricadas, é grande a responsabilidade sobre o controle dimensional,
considerando sempre a obediência às medidas e considerações de projeto.
Essa situação está intrinsecamente ligada à filosofia da organização;
nesse caso, mais relacionada aos valores que ela preza manter diante do
mercado, local, nacional ou internacional.
O sistema metrológico industrial assegurado por entidades, como Inmetro,
ABNT e NRs, sustenta a organização em termos de confiabilidade do cliente,
tornando-a diferenciada em relação à concorrência, situação favorável a sua
manutenibilidade orçamentária.
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A metrologia está diretamente ligada à qualidade, sendo primordial para
o sucesso da organização, independentemente da área de atuação e volume de
produção.
Somando-se aos pontos tratados aqui e ao Recall, considerado
anteriormente, a metrologia também é responsável direta por resguardar os
princípios éticos e morais da organização, item também relacionado aos valores
da empresa.
A Figura 2 ilustra fases distintas da revolução industrial. Observe as
seguinte perguntas para reflexão:
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TEMA 2 – CONCEITUAÇÃO DE METROLOGIA E SISTEMA DE MEDIÇÃO
O conceito de medir traz, em si, uma ideia de comparação, sendo que tal
comparação sempre é realizada tomando por referência um padrão idoneamente
reconhecido e aceitável. No caso da indústria de fabricação por usinagem, por
exemplo, utiliza-se o paquímetro quadrimensional para a verificação de
diâmetros e comprimentos. De modo geral, a dimensão de uma determinada
característica de um produto, é obtida por meio de:
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4. Leitura e registro dos dados obtidos por meio das medições realizadas
pelos instrumentos de medição.
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3. Mensurando – Grandeza que se pretende medir.
4. Princípio de medição – Fenômeno que serve como base para uma
medição.
5. Método de medição – Descrição genérica de uma organização lógica
de operações utilizadas na realização de uma medição.
6. Procedimento de medição – Descrição detalhada de uma medição de
acordo com um ou mais princípios de medição e com um dado método
de medição, baseada em um modelo de medição e incluindo todo cálculo
destinado à obtenção de um resultado de medição.
7. Procedimento de medição de referência – Procedimento de medição
considerado capaz de fornecer resultados de medição adequados para
a avaliação da veracidade de medição de valores medidos obtidos a
partir de outros procedimentos de medição para grandezas de mesma
natureza, em calibração, ou em caracterização de materiais de
referência.
8. Procedimento de medição primário – Procedimento de medição de
referência utilizado para obter um resultado de medição sem relação
com um padrão de uma grandeza de mesma natureza.
9. Exatidão de medição – Grau de concordância entre um valor medido e
um valor verdadeiro de um mensurando.
10. Precisão de medição – Grau de concordância entre indicações ou
valores medidos, obtidos por medições repetidas do mesmo objeto ou
em objetos similares, sob condições especificadas.
11. Erro de medição – Diferença entre o valor medido de uma grandeza e
um valor de referência.
12. Erro sistemático – Componente do erro de medição que, em medições
repetidas, permanece constante ou varia de maneira previsível.
13. Tendência de medição – Estimativa de um erro sistemático.
14. Erro aleatório – Componente do erro de medição que, em medições
repetidas, varia de maneira imprevisível.
15. Condição de repetibilidade de medição – Condição de medição em
um conjunto de condições, as quais incluem o mesmo procedimento de
medição, os mesmos operadores, o mesmo sistema de medição, as
mesmas condições de operação e o mesmo local, assim como medições
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repetidas no mesmo objeto ou em objetos similares durante um curto
período de tempo.
16. Repetibilidade de medição – Precisão de medição sob um conjunto de
condições de repetibilidade.
17. Condição de reprodutibilidade – Condição de medição em um
conjunto de condições, as quais incluem diferentes locais, diferentes
operadores, diferentes sistemas de medição e medições repetidas no
mesmo objeto ou em objetos similares.
18. Incerteza de medição – Parâmetro não negativo que caracteriza a
dispersão dos valores atribuídos a um mensurando, com base nas
informações utilizadas.
19. Hierarquia de calibração – Sequência de calibrações desde uma
referência até o sistema de medição final, em que o resultado de cada
calibração depende do resultado da calibração precedente.
20. Rastreabilidade metrológica – Propriedade de um resultado de
medição pela qual tal resultado pode ser relacionado a uma referência
por uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma
contribuindo para a incerteza de medição.
21. Rastreabilidade metrológica a uma unidade medida – rastreabilidade
metrológica em que a referência é a definição de uma unidade de medida
através da sua realização prática.
22. Verificação – Fornecimento de evidência objetiva de que um dado item
satisfaz requisitos especificados
23. Validação – Verificação na qual os requisitos especificados são
adequados para um uso pretendido.
24. Padrão – Materialização da unidade. Como exemplo, citamos o metro,
unidade de referência para o Sistema Internacional (SI). O metro
considerado padrão tem o comprimento de um metro, considerando, no
momento da mensuração, uma determinada temperatura, a uma
determinada pressão e devidamente postado sobre dispositivo de
fixação. É importante também considerar que a alteração de qualquer
um desses parâmetros influenciará no comprimento original do metro-
padrão.
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Os pontos acima citados correspondem ao resumo de algumas
atribuições para o alcance e manutenção da almejada difusão da metrologia e
consequente grau de qualidade.
De acordo com Albertazzi e Souza (2008), a manutenção da
confiabilidade metrológica de sistemas de medição é a principal motivação para
a realização periódica da calibração dos instrumentos empregados para a
medição.
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Figura 3 – Calibração de instrumento (I)
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Ainda sobre a calibração, ressaltamos a importância da rastreabilidade
dos padrões – instrumentos, equipamentos e sistemas – utilizados como
referência quando da realização.
A Norma ISO 8402 define rastreabilidade como sendo a capacidade de
traçar o histórico, a aplicação e a consequente localização de uma peça,
(produto) por meio de informações previamente registradas. Essa situação é
fundamental, por exemplo, quando da necessidade de um recall (como
estudamos anteriormente).
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Figura 5 – Indicação de exatidão
Crédito: Chuenmanuse/Shutterstock.
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Observando as duas figuras anteriores e os conceitos verificados no VIM,
podemos concluir que:
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1. A exatidão se preocupa com erros causados por instrumentos defeituosos
ou sistemas inadequados, medindo o viés estatístico.
2. A precisão foca nos erros aleatórios, medindo a variação estatística.
Área Atuação
Utiliza instrumentos laboratoriais, pesquisas e metodologias científicas, que têm por
Científica
ao consumidor.
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2. Calibração dos instrumentos de medição na faixa adequada e com níveis
de incerteza conhecidos.
3. Análise dos certificados de calibração, relatórios de ensaio e definição dos
erros máximos permitidos, requisitos de resolução, faixa de medição e
precisão.
4. Implementação de um sistema de gestão de medição em acordo a norma
ABNT NBR ISO 10012 – Sistemas de gestão de medição.
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Sugestão:
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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