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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

1- METROLOGIA 4

2- TIPOS DE MOTORES 11

3- PAQUÍMETRO 21

4- MICRÔMETRO 28

5- RELÓGIO COMPARADOR E SÚBITO 34

6- TORQUIMETRO E ESPECIFICAÇÕES DE APERTO DE

PARAFUSOS PADRÃO 39

7- NOMENCLATURAS E COMPONENTES DA EMPILHADEIRA 48

8- CONHECENDO A EMPILHADEIRA 51

REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO

Realiza manutenção preventiva e corretiva em empilhadeiras, montagem,


desmontagem, ajustes e regulagens dos componentes dos sistemas mecânicos e
elétricos.

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1- METROLOGIA

O termo metrologia vem do grego 'metron' que significa 'medida', e logos que
significa 'estudo'. Segundo a definição que consta no VIM 2012, metrologia é o
estudo das medições e suas aplicações.

A metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer


que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação[1]. Medições e metrologia
são essenciais a quase todos os aspectos dos empreendimentos humanos, pois são
utilizados em atividades que incluem o controle da produção, a avaliação da
qualidade do meio ambiente, da saúde e da segurança, e da qualidade de materiais,
comida e outros produtos para garantir práticas seguras de comércio e a proteção
ao consumidor, para citar alguns exemplos.

A necessidade de medir as coisas é muito antiga e remete à origem das primeiras


civilizações. Por um longo período de tempo cada povo teve o seu próprio sistema
de medidas, que era estabelecido a partir de unidades arbitrárias e imprecisas como,
por exemplo, as baseadas no corpo humano (palmo, pé, polegada, braça, côvado,
etc.), o que acabava criando muitos problemas para o comércio, porque as pessoas
de uma determinada região não estavam familiarizadas com o sistema de medidas
das outras regiões.

Os processos modernos de produção são caracterizados pela montagem de


sistemas e equipamentos com peças e componentes comprados no mundo inteiro.
Tal montagem só é possível se todos os agentes envolvidos na cadeia de produção
seguirem padrões rígidos, onde as grandezas e medições envolvidas estiverem
amparadas por um bom sistema metrológico, de modo a permitir condições de
perfeita aceitabilidade na montagem e encaixe de partes de produtos finais,
independente de onde sejam produzidas.

Medições confiáveis em um país dependem de um sistema de metrologia nacional


organizado de tal modo que possa prover os meios para a transferência de seus
valores para instrumentos de medição comuns de acordo com procedimentos
aceitos internacionalmente.

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As medições estão presentes em quase todas as operações comerciais, desde o


comércio em larga escala (como o petróleo, o gás natural e a mineração) até a
venda de produtos para o público em geral. Com isso, a metrologia também é crucial
para o comércio internacional porque fornece os meios técnicos necessários para
garantir que as transações comerciais sejam mais justas, transparentes e confiáveis.
Para tanto, é necessário a implementação de sistemas harmônicos de medição, que
incluem a adoção do Sistema Internacional de Unidades (SI), instrumentos exatos
de medição que seguem normas internacionais (por exemplo, as recomendações da
OIML) e métodos e procedimentos aprovados. Por fim, outra expressão importante é
a de ‗infraestrutura metrológica‘, que é usada para as unidades metrológicas de um
país ou região referindo-se aos serviços de calibração e de verificação, seus
institutos e laboratórios de metrologia, e a organização e administração de seu
sistema de metrologia.

Basicamente, a Metrologia é dividida em três grandes áreas de atuação: científica,


industrial e legal:

A Metrologia Científica trata, fundamentalmente, dos padrões de medição


internacionais e nacionais, dos instrumentos laboratoriais e das pesquisas e
metodologias científicas relacionadas ao mais alto nível de qualidade metrológica. A
metrologia científica realiza as unidades de medida a partir da definição, recorrendo
à ciência (física e outras), bem como as constantes físicas fundamentais,
desenvolvendo, mantendo e conservando os padrões de referência. Atua no nível da
mais alta exatidão e incerteza, sendo independente de outras entidades em termos
de rastreabilidade. A garantia dos valores obtidos assenta fortemente em exercícios
de comparação interlaboratorial com outros laboratórios primários. Exemplos: a) a
realização da Escala Internacional de Temperatura para a disseminação da
grandeza temperatura através dos mais variados tipos de termômetros empregados
em laboratórios e indústrias; b) a realização da unidade de resistência elétrica, o
ohm, utilizando a constante de von Klitzing para exprimir o valor de um padrão de
resistência elétrica de referência em função do efeito Hall quântico, com uma
incerteza relativa de 10-7 em relação ao ohm, através do que se obtém a definição
desta grandeza.

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A Metrologia Industrial abrange aos sistemas de medição responsáveis pelo controle


dos processos produtivos e pela garantia da qualidade e segurança dos produtos
finais. A metrologia industrial atua no âmbito das medições da produção e
transformação de bens para a demonstração da qualidade metrológica em
organizações com sistemas de qualidade certificados. As medições na indústria
viabilizam a quantificação das grandezas determinantes à geração de um bem ou
serviço, subsidiando com informações o planejamento, a produção e o
gerenciamento dos processos que o produzem. A metrologia industrial baseia-se
numa cadeia hierarquizada de padrões existentes em laboratórios e empresas,
padrões estes rastreáveis a padrões primários (internacionais ou nacionais).
Exemplos: a) Medidas de comprimento utilizando equipamentos a laser; b) Ensaios
em produtos certificados, tais como brinquedos, extintores de incêndio, fios e cabos
elétricos, entre outros.

A Metrologia Legal é parte da metrologia relacionada às atividades resultantes de


exigências obrigatórias, referentes às medições, unidades de medida, instrumentos
e métodos de medição, que são desenvolvidas por organismos competentes. Tem
como objetivo principal proteger o consumidor tratando das unidades de medida,
métodos e instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais
obrigatórias. Com a supervisão do Governo, o controle metrológico estabelece
adequada transparência e confiança com base em ensaios imparciais. A exatidão
dos instrumentos de medição garante a credibilidade nos sistemas de medição
utilizados nas transações comerciais e pelos sistemas relacionados às áreas de
saúde, segurança e meio ambiente. Exemplos: Elaboração de regulamentos,
aprovação de modelo e verificação de instrumentos de medição que serão utilizados
em atividades econômicas, ou que envolvam a saúde ou segurança das pessoas,
como por exemplo: - Comércio: balanças, pesos-padrão, hidrômetros, taxímetros,
bombas medidoras de combustíveis; - Saúde: termômetros clínicos, medidores de
pressão sanguínea (esfigmomanômetros); - Segurança: cronotacógrafos, medidores
de velocidade de veículos, etilômetros; - Meio Ambiente: analisadores de gases
veiculares, opacímetros, módulos de inspeção veicular; - Efeito Fiscal: medidores de
velocidade de veículos, analisador de gases veiculares. Os instrumentos de medição
sujeitos ao controle metrológico apresentam selos que impedem seu uso indevido e

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etiqueta identificando a validade da última verificação metrológica na forma


―VERIFICADO‖. A metrologia legal abrange ainda a verificação do conteúdo líquido
de produtos pré-medidos (embalados e medidos sem a presença do consumidor),
como por exemplo: produtos alimentícios vendidos nos supermercados, produtos de
limpeza e higiene, etc.

A importância da metrologia para as empresas

A busca da metrologia como um diferenciador tecnológico e comercial para as


empresas é, na verdade, uma questão de sobrevivência. No mundo competitivo em
que estamos não há mais espaço para medições sem qualidade, e as empresas
deverão investir recursos (humanos, materiais e financeiros) para incorporar e
harmonizar as funções básicas da competitividade: normalização, metrologia e
avaliação de conformidade. Numa empresa pode acontecer que um determinado
produto seja produzido na fábrica com base em medições efetuadas por um
Instrumento-1 e o mesmo produto seja verificado no departamento de controle da
qualidade, ou pelo cliente, por meio de medições com um Instrumento-2.
Imaginemos que os resultados sejam divergentes: qual dos dois é o correto? É
natural que cada parte defenda o seu resultado, mas também é possível que
nenhuma delas possa assegurar que o seu resultado é o correto. Esta situação,
além do aspecto econômico que poderá levar à rejeição do produto, poderá ainda
conduzir ao confronto cliente x fornecedor, refletindo-se em um desgaste neste
relacionamento e podendo repercutir na sua participação no mercado.

Sistema metrológico brasileiro

Sinmetro

O Sinmetro é um sistema brasileiro, composto tanto por entidades privadas quanto


por órgãos públicos, que tem o papel de exercer serviços relacionados com
metrologia, normalização, qualidade industrial e certificação de conformidade. O
Sistema foi instituído em 11 de dezembro de 1973 e é composto por um órgão
normativo (Conmetro) e outro executivo (Inmetro). Esse Sistema Nacional tem uma
estrutura capaz de avaliar e certificar a qualidade dos produtos, dos processos e dos
serviços, por meio de uma rede de laboratórios de ensaio e de calibração e de

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organismos liderados pelo Inmetro. Essa estrutura atende às necessidades do


governo, da indústria, do comércio e da população em geral. Na área da Metrologia
Legal, o sistema de defesa do consumidor é largamente difundido, ou seja, o
trabalho de fiscalização é considerado de utilidade pública já que atinge mais de 5
mil municípios do Brasil. Dentre as organizações que compõem o Sinmetro, as
seguintes podem ser relacionadas como principais: - Conmetro e seus Comitês
Técnicos - Inmetro - Organismos de Certificação Acreditados, (Sistemas da
Qualidade, Sistemas de Gestão Ambiental, Produtos e Pessoal) - Organismos de
Inspeção Acreditados - Organismos de Treinamento Acreditados - Organismos
Provedores de Ensaios de Proficiência Credenciados - Laboratórios Acreditados –
Calibrações e Ensaios (RBC/RBLE) - Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) - Institutos Estaduais de Pesos e Medidas (IPEM) - Redes Metrológicas
Estaduais

Conmetro

O Conmetro é o órgão normativo do Sinmetro e tem como sua secretaria executiva o


Inmetro. O Conselho é responsável por garantir a uniformidade e a racionalização
das unidades de medida utilizadas no Brasil, fixar critérios e procedimentos para
certificação de qualidade de produtos industriais e também por aplicar penalidades
nos casos de infração às leis referentes à metrologia, à normalização industrial e à
certificação da qualidade de produtos industriais. Cabe ao Conmetro, também, a
formulação, coordenação e supervisão da política nacional de metrologia, prevendo
mecanismos de consulta que harmonizem os interesses públicos, das empresas e
dos consumidores, além da coordenação da participação nacional nas atividades
internacionais de metrologia. Compete ao Conmetro: - Formular, coordenar e
supervisionar a política nacional de metrologia, normalização industrial e certificação
da qualidade de produtos, serviços e pessoal, prevendo mecanismos de consulta
que harmonizem os interesses públicos, das empresas industriais e dos
consumidores; - Assegurar a uniformidade e a racionalização das unidades de
medida utilizadas em todo o território nacional; - Estimular as atividades de
normalização voluntária no país; - Estabelecer regulamentos técnicos referentes a
materiais e produtos industriais; - Fixar critérios e procedimentos para certificação
da qualidade de materiais e produtos industriais; - Fixar critérios e procedimentos
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para aplicação das penalidades nos casos de infração a dispositivo da legislação


referente à metrologia, à normalização industrial, à certificação da qualidade de
produtos industriais e aos atos normativos dela decorrentes; - Coordenar a
participação nacional nas atividades internacionais de metrologia, normalização e
certificação da qualidade. O Conmetro atua por meio de seus comitês técnicos
assessores, que são abertos à sociedade, pela participação de entidades
representativas das áreas acadêmica, indústria, comércio e outras atividades
interessadas na questão da metrologia, da normalização e da qualidade no Brasil.
Os comitês técnicos assessores do Conmetro são: - Comitê Brasileiro de
Normalização (CBN) - Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade (CBAC) -
Comitê Brasileiro de Metrologia (CBM) - Comitê do Codex Alimentarius do Brasil
(CCAB) - Comitê de Coordenação de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC) -
Comitê Brasileiro de Regulamentação (CBR) Adicionalmente, o Conmetro conta com
os seguintes órgãos de assessoramento: - Comissão Permanente dos
Consumidores (CPCon) - Comitê Gestor do Programa Brasileiro de Avaliação do
Ciclo de Vida

Inmetro

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), autarquia


federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), é o órgão executivo do Sinmetro. O Instituto tem, dentre suas competências,
a) manter e conservar os padrões das unidades de medida, de forma a torná-las
harmônicas internamente e compatíveis no plano internacional, visando à sua
utilização como suporte ao setor produtivo, com vistas à qualidade de bens e
serviços; b) verificar e fiscalizar a observância das normas técnicas e legais, no que
se refere às unidades de medida, métodos de medição, medidas materializadas,
instrumentos de medição e produtos pré-medidos; c) executar as atividades de
acreditação de laboratórios de calibração e de ensaios, de provedores de ensaios de
proficiência, de organismos de avaliação da conformidade e de outros necessários
ao desenvolvimento da infraestrutura de serviços tecnológicos no País; d)
coordenar, no âmbito do SINMETRO, a atividade de avaliação da conformidade,
voluntária ou compulsória, de produtos, serviços, processos e pessoas. As grandes
áreas de atuação do INMETRO são: a) Metrologia Científica e Industrial, b)
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Metrologia Legal c) Acreditação d) Avaliação da Conformidade e) Superação de


Barreiras Técnicas atuando como Ponto Focal do Acordo sobre Barreiras Técnicas
da Organização Mundial do Comércio. Para acessar os serviços de calibração e
ensaio, a empresa pode procurar o Inmetro e a rede de laboratórios acreditados em
todo país.

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2- TIPOS DE MOTORES

Os motores elétricos são máquinas elétricas que de alguma forma estão no nosso
dia-a-dia, pois existem infinidades de aplicações para os motores elétrico. Eles
podem ser usados em furadeiras, tornos, esteiras rolantes, máquinas de cortar
cabelo, micro-ondas, geladeiras, computadores, impressoras, drones, robôs,
aspiradores de pó, elevadores e etc.

Devido à importância e enorme variedade de motores elétricos disponíveis,o Mundo


da Elétrica criou este artigo para falar sobre os principais tipos de motores elétricos.
Abordamos o que são os motores de corrente contínua (CC) e motores de corrente
alternada (CA), as suas principais características e principalmente apresentamos os
principais tipos de motores como por exemplo, motor dahlander, motor de passo,
servo motor, motor brushless, entre outros. Vamos lá pessoal!

Motores elétricos:

Os motores elétricos são máquinas elétricas que possuem como característica


transformar energia elétrica em energia mecânica. São muitos os tipos de motores
elétricos, e podemos separá-los basicamente em três grandes grupos que são os
motores de corrente contínua, motores de corrente alternada e os motores
universais. Para cada um desses tipos de motores citados existem outras
separações de motores como os motores de corrente alternada, que podem ser
motores síncronos ou motores assíncronos. Na imagem abaixo podemos observar
melhor quais são as classificações de motores.

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Classificações para os motores elétricos.

Motores de corrente alternada (CA)

Quando falamos de motores de corrente alternada imaginamos vários tipos de


motores como em tornos, fresas, esteiras rolantes, escadas rolantes, elevadores,
portões elétricos, ventiladores, aspiradores de pó, etc. Existem muitos tipos de
motores (CA), sendo eles monofásicos ou trifásicos, cada um deles com suas
características e aplicações distintas, como veremos a seguir.

Motores de corrente alternada: Monofásicos

Os motores monofásicos são aqueles motores alimentados apenas por um condutor


de fase e que geralmente são usados quando não há uma rede trifásica disponível
na instalação. Por esse motivo que eles são amplamente utilizados para fins
domésticos, comerciais e em poucas situações eles são usados na indústria.
Normalmente os motores elétricos monofásicos são utilizados em aplicações que
exigem menores potências, geralmente inferiores a 3KW.

A construção dos motores monofásicos é relativamente simples, pois possuem um


menor custo e são fáceis de reparar se comparados com os motores trifásicos. Por
causa dessa e outras vantagens, o motor monofásico possui muitas aplicação,

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sendo usados em aspiradores de pó, ventiladores, máquinas de lavar, geladeiras,


algumas bombas centrífugas, etc.

É importante destacar que os motores monofásicos não conseguem dar partida por
conta própria como acontece com os motores trifásicos, então é necessário um
componente auxiliar que permita com que o motor inicie a. sua operação. Este
componente que auxilia o motor monofásico a dar partida é o capacitor, sendo que
alguns motores possuem um capacitor permanente e outros usam um capacitor
exclusivo na partida. Podemos citar como exemplo os motores que possuem uma
chave centrífuga, que retira o capacitor após o motor atingir uma determinada
velocidade.

Motores de corrente alternada: Trifásicos

O motor de corrente alternada (AC) que também é conhecido como motor de


indução é o mais utilizado devido as suas diversas vantagens como por exemplo, o
baixo custo em manutenção, montagem, fabricação e simplicidade em relação aos
motores de corrente contínua.

O funcionamento do motor de indução se baseia na criação de um campo magnético


rotativo, ou campo girante. Uma tensão alternada aplicada ao estator do motor cria
um campo girante, que a partir de então produz um campo magnético rotativo que
atravessa os condutores do rotor. Este campo magnético girante criado pelo rotor
tenta se alinhar com o campo girante do estator, que produz um movimento de
rotação no rotor.

Os motores elétricos trifásicos podem ser facilmente encontrados nas indústrias para
as mais variadas aplicações como em torno, fresa, esteiras rolantes, além de outras
aplicações fora das indústrias, como em elevadores e escadas rolantes.

Motores de corrente alternada: Síncronos

Os motores de corrente alternada também podem ser classificados em motores


síncronos e motores assíncronos, além de monofásicos ou trifásicos. A principal
diferença entre eles é que um motor síncrono gira em uma velocidade constante,
independente da variação de cargas. Essa velocidade é conhecida como velocidade

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síncrona, e isso ocorre porque a velocidade do campo magnético girante depende


da frequência da rede alternada (CA).

Devido a frequência da rede ser constante, os motores síncronos são na prática


motores de uma única velocidade e se observarmos um motor síncrono, não há
força eletromotriz (fem) induzida no rotor do motor, porque não existe movimento
relativo entre o campo girante e o rotor.

É importante destacar que uma das desvantagens do motor síncrono puro é que ele
não pode partir de uma posição de repouso apenas aplicando uma tensão CA
trifásica ao estator. Pelo fato do motor síncrono não ter partida própria, ele necessita
de algum dispositivo que faça o rotor girar até atingir a velocidade síncrona.

A maneira mais simples de dar partida em um motor síncrono é usando um outro


motor, que pode ser de corrente alternada (CA) ou corrente contínua (CC). Este
outro motor auxiliar é acoplado ao eixo do motor assíncrono para que ele o arraste
até chegar na velocidade síncrona.

Diversos tipos de motores elétricos.

Motores de corrente alternada: Assíncronos

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Ao contrário do motor síncrono, o motor assíncrono gira em uma velocidade


ligeiramente menor que a velocidade de rotação do campo girante do estator. Sendo
assim o rotor não está sincronizado com esse campo girante, por isso ele recebe o
nome de motor assíncrono. Essa diferença entre a velocidade do rotor e a
velocidade do campo magnético é denominada de, escorregamento do motor. Para
entender melhor o funcionamento e as aplicação dos motores assíncronos, aqui no
site Mundo da Elétrica temos um artigo completo sobre o motor de indução trifásico.
Abaixo temos um exemplo de motor CA.

Motor Dahlander

O Motor Dahlander é um tipo de motor elétrico trifásico assíncrono. Ele possui duas
velocidades distintas e pode ser utilizado em diversas situações dentro da indústria
como por exemplo, guindastes, guinchos, transportadoras, máquinas e
equipamentos que necessitem de um motor assíncrono. Neste tipo de motor quanto
maior a quantidade de polos menor é a velocidade, e quanto menor a quantidade de
polos maior é a sua velocidade.

Motores de corrente contínua (CC)

Os motores de corrente contínua são motores que possuem imãs permanentes ou


então são motores que tem campo e armadura, mas não possui imãs permanentes.
Esses tipos de motores são acionados a partir de uma fonte de corrente contínua e
possuem diversas aplicações como por exemplo, em brinquedos, eletrodomésticos,
equipamentos industriais, entre outras. Podemos destacar diversas vantagens para
um motor de corrente contínua, e uma delas é alterar a sua velocidade que é
relativamente simples, apenas variando a sua tensão. Os motores de corrente
contínua são classificados de acordo com o modo de conexão do indutor e das
bobinas induzidas. A seguir temos quatro classificações para motores de corrente
contínua:

 Motor paralelo – O motor paralelo que também é conhecido como motor de


derivação ou motor shunt têm este nome porque o indutor e os enrolamentos
induzidos são ligados em paralelo. A sua velocidade é facilmente regulável, e
este tipo de motor é muito usado em máquinas, ferramentas, elevadores,
esteiras, etc.
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 Motor série – No motor em série os enrolamentos do indutor e da armadura são


ligados em série, ele se destaca por conter um alto torque e rápida aceleração.
Devido às suas características o motor série é muito usado em aplicações que
exigem maior tração como por exemplo, bondes elétricos, trens elétricos e
guinchos elétricos.
 Motor composto – O motor composto, conhecido por alguns como motor misto,
apresenta as características dos motores série e dos motores paralelo. Este tipo
de motor conta com dois enrolamentos de indutor, um em série com o
enrolamento induzido e o outro em paralelo. O motor composto mantém firme a
sua velocidade quanto está operando com carga, por isso ele é comumente
utilizado em acionamento de máquinas que são submetidas à bruscas variações
de cargas, tais como tesouras mecânicas e prensas.
 Motor de excitação independente – Conhecido como motor de excitação
independente, ele recebe este nome porque o seu indutor e a sua armadura são
alimentados por duas fontes de energia independentes e geralmente não são
muito usados.

Servo motor

Os Servo motores também conhecidos como servos, são muito utilizados em


aplicações de robótica. O Servo motor é basicamente um motor que podemos
controlar a sua posição angular através de um sinal PWM, utilizado para posicionar
e manter um objeto em uma determinada posição. Diferentemente dos motores de
corrente contínua ou dos motores de passo que podem girar livremente, o eixo de
um Servo motor possui uma liberdade bem menor, que geralmente é de apenas
180º.

Motor brushless

O motor brushless ou motor sem escova como o próprio nome sugere, é um tipo de
motor que não necessita de escovas para funcionar. Ele utiliza um ímã permanente
incorporado no conjunto do rotor. Os motores Brushless são similares aos motores
de corrente alternada (CA), porém são comutados eletronicamente (ESM), de modo
que possam ser alimentados por uma fonte de corrente contínua (CC).

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

O motor brushless por possui uma comutação sem escovas (Brushless) dos motores
brushless é mais eficiente, requer menor manutenção, gera menos ruído, possui
uma maior densidade de potência e faixa de velocidade se comparado com os
motores de comutação por escovas. Apesar das vantagens, o motor brushless
possui uma eletrônica que normalmente contribui para o seu custo de aquisição,
além disso este é um tipo de motor com maior complexidade. Este tipo de motor é
muito usado em drones e aeromodelos por ser leve e ter grande velocidade de
rotação. É importante lembrar que não são todos os drones que usam motores sem
escova.

Motor de passo

Os motores de passo são de corrente contínua e possuem pelo menos quatro


bobinas que quando energizadas de acordo com uma sequência, fazem com que o
seu eixo se mova de acordo com ângulos exatos, submúltiplos de 360.

Esses motores são usados em aplicações que exigem uma alta precisão, sendo
amplamente utilizados em impressoras tradicionais, impressoras 3D e em outros
diversos sistemas de controle de posição operados digitalmente. É importante
destacar que apesar deste tipo de motor ter uma alta precisão, o motor de passo
possui um torque muito baixo e quanto maior sua precisão menor será o seu torque.

Motor Universal (CA e CC)

Esse tipo de motor foi projetado para operar quando alimentado por uma fonte de
corrente alternada ou por uma fonte de corrente contínua. Os motores universais
são motores do tipo série, são relativamente pequenos e que podem alcançar
velocidades de até 30.000 RPM. São muitas as suas aplicações, podendo ser usado
em aspiradores, liquidificadores, alguns ventiladores, furadeiras e etc.

Existem muitos outros tipos de motores, inclusive os motores de indução


monofásicos e trifásicos. Caso queira aprender muito mais sobre os tipos de motores
e especialmente SOBRE os motores de corrente contínua, abaixo tem uma aula
completa do Mundo da Elétrica sobre motores elétricos trifásicos de indução vale
muito a pena conferir.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Quanto as empilhadeiras, estas são equipamentos utilizados para auxiliar na


movimentação de cargas — seja no recebimento, armazenagem ou no
carregamento. Porém, existem alguns tipos de empilhadeiras que se diferenciam
pelo seu funcionamento e utilização.

Empilhadeira elétrica

Esse tipo de empilhadeira funciona por meio de energia elétrica que provém de
baterias. Em função disso, recomenda-se guardá-las em locais protegidos da água.
Por possuírem bateria, elas são bem silenciosas enquanto estão operando.

Existem alguns tipos de empilhadeiras elétricas que são utilizadas apenas para
carregar paletes ao nível do solo. Porém, grande parte delas também possui uma
torre de elevação, o que faz com que seja possível armazenar as cargas em
prateleiras que estão em níveis mais altos.

Empilhadeira manual

Ela funciona basicamente por meio da força gerada pelo trabalho braçal. Apesar
disso, não é necessário um esforço grandioso para operá-la, pois existem
mecanismos que facilitam sua utilização — como, por exemplo, sistemas de
rolamento e roldanas que auxiliam na elevação da torre.

As paleterias são muito comuns. Também existem algumas que possuem torre de
elevação.

Empilhadeira a combustão

Existem dois tipos de empilhadeiras a combustão. São eles:

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Empilhadeiras a gás

São movidas a gás liquefeito. Sua principal vantagem sobre as empilhadeiras


elétricas é que possuem uma capacidade de carga maior. Porém, por outro lado,
acabam emitindo fumaça e poluição, que, além de serem prejudiciais em ambiente
fechado, em longo prazo acabam causando muito mais danos — às pessoas e ao
meio ambiente.

Empilhadeiras a diesel

Elas também são movidas a combustão. A principal vantagem que elas oferecem é
que, devido ao fato de o diesel ser um combustível comum, ele acaba se tornando
mais acessível do que os cilindros utilizados nas empilhadeiras movidas a gás. Além
disso, elas possuem uma capacidade de carga muito maior do que os outros tipos
de empilhadeiras.

Empilhadeiras portuárias

Essas empilhadeiras são diferentes dos outros tipos, principalmente pelo tipo de
trabalho que realizam. Enquanto as outras costumam carregar poucas cargas por
vez, as portuárias são utilizadas em grande escala, visando otimizar e agilizar o
processo de carga e descarga de navios.
Sua capacidade de carga é muito superior aos outros tipos de empilhadeiras,
permitindo carregar e movimentar várias toneladas de uma só vez — fato que faz
com que elas sejam ideais para esse tipo de trabalho, dada a quantidade de carga
envolvida.

Como podemos ver, existem vários tipos de empilhadeiras disponíveis para a


movimentação de cargas.
Então, com exceção das empilhadeiras portuárias, a escolha das demais depende
muito do custo, tanto de aluguel, quanto de manutenção e funcionamento, e também
de sustentabilidade, no caso de empresas que optam por não utilizar empilhadeiras

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

a gás. Decisão que cabe ao gestor, baseado em suas necessidades, disponibilidade


de capital e o modelo de negócios.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

3- PAQUÍMETRO

Paquímetro (grego: paqui=espessura e metro=medida), por vezes também


chamado de craveira em Portugal, é um instrumento utilizado para medir
a distância entre dois lados simetricamente opostos em um objeto. Um paquímetro
pode ser tão simples como um compasso. O paquímetro é ajustado entre dois
pontos, retirado do local e a medição é lida em sua régua. O nónio ou vernier é a
escala de medição contida no cursor móvel do paquímetro, que permite uma
precisão decimal de leitura através do alinhamento desta escala com uma medida
da régua.

Os paquímetros são feitos de plástico, com haste metálica, ou inteiramente de aço


inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20 °C.

Ele apresenta uma precisão menor do que o micrômetro, sendo sua precisão dada
por p = 1-C/n, onde C é comprimento do nônio e n é o número de divisões do nônio.

Elementos do paquímetro

1: encostos, 2: orelhas, 3: haste de profundidade, 4: escala inferior (graduada em


mm), 5: escala superior (graduada em polegadas), 6: nônio ou vernier inferior
(mm), 7: nônio ou vernier superior (polegada), 8: trava.

Um Paquímetro é uma ferramenta para comparar medições com precisão, em quase


todas as atividades de trabalho em algum momento é necessário comparar e
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

tirar alguma medida, a depender da medida, esta terá que ter mais ou menos
precisão, em um caso onde não haja a necessidade de precisão uma trena ou
mesmo uma régua pode resolver o problema, mas quando há necessidade desta
precisão um paquímetro é uma excelente opção de ferramenta.

Nas atividades de um eletricista por exemplo o paquímetro pode ser usado para
medir um parafuso, para descobrir o diâmetro de uma broca, para medir a
profundidade de uma cavidade de escova de motor (para escolher a escova correta),
entre muitas outras utilizações.

Um paquímetro é capaz de realizar quatro tipos de medida em uma determinada


peça, devido a estas quatro medições também é conhecido como paquímetro
quadridimensional. São as quatro medidas:

 Medição externa;
 Medição interna;
 Medição de profundidade;
 Medição de ressaltos.

Paquímetro quadridimensional, tipos de medidas.


Para saber utilizar corretamente é preciso entender as partes que compõem um
paquímetro.

O paquímetro é composto basicamente por duas partes:

 Parte fixa tem uma escala milimétrica e um em polegadas, usada para comparar
as medidas.

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Escala milimétrica.

 Parte móvel, também chamada de nônio, tem uma outra escala que é usada
para comparar e obter a medida e sua precisão.

Escala móvel (nônio).


E temos ainda no paquímetro duas outras partes importantes:

 A trava, para não se perder as medidas realizadas.


 Apoio para dedo, utilizado para deslizar a escala móvel com maior facilidade.

23
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Trava e apoio.
Uma informação muito importante que consta no paquímetro é sua precisão, esta
informação vem gravada no final da escala do nônio. Geralmente um paquímetro
tem a precisão na casa dos centésimos de milímetros.

Indicação de precisão.
Neste exemplo foi usado um paquímetro da Starrett com precisão de 0,05mm ou
seja 5 centésimos de milímetros o que da dá duas casas de precisão após a vírgula.

Como medir:

 O primeiro passo é saber exatamente qual dos quatro tipos de medidas irá ser
realizada e em seguida posicionar o paquímetro na peça utilizando a parte
correta do paquímetro.

24
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Utilização das partes e tipos de medidas.

 Após colocar a peça na parte correta do paquímetro é observar onde o 0 (zero)


da parte móvel (nônio) está e com qual número da parte fixa ele está
coincidindo, isto indicará o primeiro número da medida.

Leitura do primeiro algarismo da medida.

 Neste caso o 0 (zero) do nônio está entre o 4mm e o 5mm da escala fixa
milimétrica, isto indica que o primeiro número da medida é o 4mm.

25
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

 Em seguida vemos qual a marcação que coincide em ambas as escalas, na fixa


e na móvel e observamos o número da escala móvel que coincidiu, este será o
segundo número, representando os décimos de milímetros.

Leitura do segundo algarismo da medida.

 No exemplo coincidiu com o número 1, este será os décimos da medida 0,1mm.

Para este primeiro exemplo a medida final da peça seria 4,1mm.

Precisão de centésimos:

Este paquímetro representado tem uma precisão de 0,05mm ou seja 5 centésimos


de milímetros.

Quando na medida a coincidência das marcações ocorrer entre dois números


inteiros da escala móvel, teremos um terceiro número que são os centésimos da
medida, no caso deste paquímetro sempre múltiplo de 5.

26
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Indicação da precisão.

Exemplo de medição com centésimos de milímetros:

27
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

4- MICRÔMETRO

Origem e função de um micrômetro

Imagine a situação: um mecânico queria medir um eixo da melhor maneira possível,


tentou a medição com paquímetro, mas não funcionou muito bem, pois esse
instrumento não tinha resolução adequada. Pediu a ajuda de um colega do setor de
metrologia, o colega resolveu o problema oferecendo-lhe um micrômetro que,
naquele caso, era o instrumento mais adequado à medição desejada.

Você sabe o que é um micrômetro? Se você já conhece esse instrumento, terá a


oportunidade de se aprofundar mais.

Origem e função de um micrômetro


Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrômetro para requerer sua
patente. O instrumento permitia a leitura de centésimos de milímetro, de maneira
simples.

Com o passar do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições mais


rigorosas e exatas do que o paquímetro.

De modo geral, o instrumento é conhecido como micrômetro. Na França, porem, em


homenagem ao seu inventor, o micrômetro é denominado palmer.

Princípio de funcionamento
O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e
porca. Há uma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta cal ao seu
passo.

28
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Desse modo, dividindo-se a cabeça do parafuso, pode-se avaliar frações menores


que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do
parafuso.

Nomenclatura
A figura a seguir mostra os componentes de um micrômetro.

Vamos ver os principais componentes de um micrômetro

 O arco é constituído de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar


tensões internas.
 O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a transmissão
de calor das mãos para o instrumento.
 O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado para
garantir exatidão do passo da rosca.

29
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

 As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se


rigorosamente planos e paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal
duro, de alta resistência ao desgaste.
 A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando isso é
necessário.
 O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso
micrométrico. Portanto, a cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso
micrométrico.
 A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante.
 A trava permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada.
Características
Os micrômetros caracterizam-se pela:

 capacidade;
 resolução;
 aplicação.

A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1″),


variando o tamanho do arco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1″). Podem chegar a 2000
mm (ou 80″).

30
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001″ ou .0001″. No
micrômetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1, quando as faces dos contatos estão juntas, a
borda do tambor coincide com o traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal,
gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor. Para diferentes
aplicações, temos os seguintes tipos de micrômetro.

De profundidade
Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão, que são
fornecidas juntamente com o micrômetro.

Com arco profundo

Serve para medições de espessuras de bordas ou de partes salientes das peças.

Com disco nas hastes


O disco aumenta a área de contato possibilitando a medição de papel, cartolina,
couro, borracha, pano, etc. Também é utilizado para medir dentes de engrenagens.

Para medição de roscas


Especialmente construído para medir roscas triangulares, possui as hastes furadas
para que seja possível encaixar as pontas intercambiáveis, conforme o passo para o
tipo da rosca a medir.

Com contato em forma de V


É especialmente construído para medição de ferramentas de corte que possuem
número ímpar de cortes (fresas de topo, macho, alargadores etc.). Os ângulos em V
dos micrômetros para medição de ferramentas de 3 cortes é de 60º; 5 cortes, 108º e
7 cortes, 128º34.17″.

Para medir parede de tubos


Este micrômetro é dotado de arco especial e possui o contato a 90º com a haste
móvel, o que permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.

31
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Contador mecânico
É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador
mecânico. Facilita a leitura independentemente da posição de observação (erro de
paralaxe).

Digital eletrônico
Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle
estatístico de processos, juntamente com microprocessadores.

Confira o passo a passo a seguir para entender como usar o micrômetro:

 Passo 1. Colocar o objeto a ser medido entre o pistão e o suporte. Usa-se pelo
espeto , espetando no objeto e medindo.

 Passo 2. Girar o controle do pistão até que ele toque o objeto.

 Passo 3. Girar o controle do pistão com mais cuidado, até ouvir três cliques.

 Passo 4. Verificar se tanto o pistão quanto o suporte estão tocando o objeto


uniformemente.

 Passo 5. Acionar a trava do dedal enquanto o objeto está dentro.

 Passo 6. Remover o objeto do micrômetro.

Para entender como fazer a leitura, segue um exemplo:

Imagine que a medida vai começar com o número inteiro 2. Siga os passos:

 Passo 1. Olhe na marca dos décimos de polegadas na régua, digamos que


seja 2,5.

 Passo 2. Olhe a marca de 25 milésimos próxima a dos décimos de


polegadas, digamos que seja ,025.

 Passo 3. Encontre o número e a marca correspondente na escala do dedal


próxima, mas ainda inferior à linha de medida na régua.

32
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

 Passo 4. Adicione isto à marca de 25 milésimos. Até agora, a medida se


encontra em 2,545.

 Passo 5. Vire o micrômetro para ver a marca dos centésimos de polegada.

 Passo 6. Ache a marca na régua que está alinhada com a marca no dedal

33
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

5- RELÓGIO COMPARADOR E SÚBITO

Relógio comparador[1] é um aparelho de grande precisão, podendo


ser analógico ou digital, para medições da ordem de 1 micron. determinando assim a
diferença existente entre ela e um padrão de dimensão predeterminado que, por
exemplo, pode ser uma peça original ou bloco padrão com medidas conhecidas.

Essa ferramenta permite exibir ao usuário o que o olho nu não consegue discernir;
como a presença de pequenas distâncias (por exemplo, uma pequena diferença de
altura entre duas superfícies planas, uma ligeira falta de concentricidade entre dois
cilindros, ou outros pequenos desvios físicos).

O relógio comparador também pode ser usado para verificar a tolerância durante o
processo de inspeção de uma peça usinada, medir o deflexão de uma viga ou anel
sob condições de laboratório, bem como muitas outras situações que necessitam de
pequenas medições. Relógios comparadores analógicos costumam medir faixas de
0,25 mm a 300 mm (0,015 in a 12,0 in), Com graduações de 0,001 mm a 0,01 mm
(métrico) ou de 0,00005 in a 0,001 in (imperial).

34
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Esta é uma ferramenta dotada de uma escala e ponteiro, ligados por mecanismos
diversos a uma haste com ponta de contato.

A medida realizada pelo Relógio Comparador é a diferença entre o comprimento da


haste entre seu posicionamento sobre o objeto de referência e sobre o mensurando.

Engrenagens e molas realizam a transdução desse comprimento para o giro do


ponteiro para que a medição seja lida.

Relógios comparadores fornecem apenas medições indiretas. Porém, com uso de


referências apropriadas para calibração recorrente, como Blocos Padrão, é possível
utilizá-lo para realizar medições diretas.

Aplicações

Verificar desgaste lateral ao instalar um novo disco de freio (falta de


perpendicularidade entre a superfície do disco e do eixo, causada por deformações
ou, mais frequentemente, pela falta de limpeza adequada e ferrugem na superfície
de montagem)

Avaliação, no controle de qualidade, de aderência (estatística) e precisão no


processo de fabricação ou usinagem.

Calibração de maquinário em chão de fábrica.

Manufatura de precisão para fabricantes de ferramentas.

Relógio Comparador com Sonda

35
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Relógio Comparador com sonda

Os relógios comparadores com sonda normalmente consistem de um mostrador


graduado e agulha movida por engrenagens (em inglês, clockwork, daí a
terminologia de relógio) para exibir incrementos da menor ordem, com um relógio e
ponteiro menor acoplado para registrar o número de voltas, que representam as
medidas de maior ordem.

A sonda de mola (ou êmbolo) se move perpendicularmente ao objeto que está


sendo testado, retratando ou estendendo-se do corpo do relógio.

O mostrador pode ser girado para qualquer posição, isso é usado para orientar a
leitura do usuário.

Também pode haver um braço de alavanca disponível que permitirá que a sonda do
relógio seja retraída facilmente.

Relógio Apalpador

O relógio apalpador é um relógio comparador de alta precisão e com um intervalo de


medição consideravelmente menor que o relógio com sonda. Esta ferramenta mede
a deflexão da pequena haste com ponta de contato, visto que esta haste não é
retrátil, mas move-se em arcos.
36
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Estes relógios são utilizados para medir defasagens angulares ao invés de lineares;
a diferença em distância linear está correlacionada com a defasagem angular e suas
variáveis.

Esta ferramenta deve ser utilizada preferencialmente na horizontal, paralela ao


mensurando, pois o erro na variação linear é pequeno e aceitável para pequenos
ângulos.

O erro passa a ser mais considerável quando ultrapassa-se a inclinação de 10°.

Chamamos isso de cosine error (erro de cosseno em tradução livre), pois o relógio
registra o cosseno da medida (excelente aproximação para pequenos ângulos).

Procedimentos de uso

Para medidas indiretas, deve-se lembrar que Dimensão do mensurando = Dimensão


do padrão ± Valor lido no instrumento

O instrumento deve ser afixado em um suporte que trabalhe em conjunto com um


desempeno.

Encosta-se a ponta de contato no padrão e aplica-se a pré-carga para calibração.

Gira-se o mostrador até o traçao com o zero (0) alinhar-se com o ponteiro.

Substitui-se o padrão pelo mensurando, tocando a ponta de contato em sua


superfície.

Lê-se quantas voltas foram realizadas no Contador de Voltas e multiplica-se pelo


valor do comprimento de uma volta.

Lê-se a posição do ponteiro principal para determinar a menor casa decimal.

Soma-se os resultados.

O sentido de rotação dos ponteiros determina se o mensurando é maior ou menor


que o padrão. Uma rotação em sentido anti-horário indica que o mensurando é
menor, enquanto uma rotação no sentido horário, indica que o mensurando é maior.

37
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Com base no sentido de rotação dos ponteiros, soma-se ou subtrai-se o valor lido no
instrumento à medida do padrão para encontrar a medida do mensurando.

38
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

6- TORQUIMETRO E ESPECIFICAÇÕES DE APERTO DE PARAFUSOS


PADRÃO

CLASSE DE RESISTÊNCIA DE PARAFUSOS

A classe de resistência do material que o parafuso é feito vem estampado na sua


cabeça na forma de um código de dois números no formato XX.Y. Por exemplo, 5.8,
8.8 ou 12.9. Saber conhecer esse código é importante por dar uma boa ideia da
resistência do parafuso e para determinar o torque de aperto máximo. O primeiro
número (XX) multiplicado por 10 diz o limite de resistência à tração do parafuso e o
segundo número (Y) multiplicado por (XX) o limite de escoamento.

Ex1: 8.8 o ―primeiro‖ oito representa 800 N/mm² mínimo de resistência a tração; o
―segundo oito‖, na verdade .8, quer dizer 80% da tração = limite de escoamento de
640 N.mm²

Ex2: 12.9 o 12 representa 1220 N/mm² mínimo de resistência a tração; o nove, na


verdade, .9 quer dizer 90% da tração = limite de escoamento de 1098 N.mm²

Quanto menor for a classe de resistência do parafuso, maior será sua ductibilidade
(capacidade de deformação do material até sua ruptura, sendo que, quanto mais
dúctil for o parafuso, maior será sua capacidade de alongamento sem se romper),
porém menor será a sua capacidade de gerar força. Em outras palavras, suporta
menos torque.

Com o aperto excessivo podemos espanar os fios da rosca, quebrar o parafuso e


empenar a peça que está sendo fixada. Somente com uma ferramenta chamada
torquímetro, conseguimos medir o aperto dado em cada parafuso.

T O RQ UE
CH AVE (ESPECI FI CAÇ ÃO
SEXT AV AD A P AR A P AR AF USO S
(MM ) RO SCA G ERAI S – N.M)

39
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

T O RQ UE
CH AVE (ESPECI FI CAÇ ÃO
SEXT AV AD A P AR A P AR AF USO S
(MM ) RO SCA G ERAI S – N.M)

8 M5 4-8

8 M6 6-10

10 M6 6-10

12 M8 15-25

13 M8 15-25

14 a 17 M10 30-40

17 a 19 M12 40-55

19 a 22 M14 75-90

26 M17 58-70

27 M18 58-70

30 M20 70-83

40
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

T O RQ UE
CH AVE (ESPECI FI CAÇÃO
AL L EN P AR A P AR AF U SO S
(MM ) RO SCA G ERAI S – N.M)

5 M6 6-10

6 M8 15-25

8 M10 30-40

12 M12 40-55

3, 6 5, 6 6, 9

Tensao Torque Tensao Torque Tensao Torque

Rosca
Métrica N N.m N N.m N N.m

M2x0,4 204 0,122 378 0,163 731 0,314

M2,3×0,4 407 0,195 544 0,261 1049 0,504

M2,6×0,45 525 0,284 701 0,379 1353 0,731

M3x0,5 726 0,443 966 0,589 1863 1,136

41
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

3, 6 5, 6 6, 9

M3,5×0,6 971 0,68 1294 0,906 2501 1,751

M4x0,7 1255 1,004 1677 1,342 3226 2,581

M5x0,8 2059 1,977 2736 2,627 5286 5,075

M6x1 2903 3,426 3864 4,56 7453 8,795

M7x1 4236 5,549 5649 7,4 10885 14,26

M8x1,25 5315 8,238 7090 10,99 13680 21,2

M10x1,25 8473 16,52 11278 21,99 21771 42,45

M12x1,75 12356 28,67 16475 38,22 31773 73,71

M14x2 16965 45,81 22653 61,16 43639 117,8

M16x2 23340 70,02 31078 93,23 60016 180

M18x2,5 28341 94,94 37853 126,8 72961 244,4

M20x2,5 36481 135 48641 180 93849 347,2

M22x2,5 45601 182,4 60801 243,2 117189 468,8

M24x3 52563 231,3 70019 308,1 135331 595,5

42
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

3, 6 5, 6 6, 9

M27x3 69235 344,1 92280 458,6 177990 884,6

M30x3,5 84043 462,2 112286 617,6 215745 1187

M33x3,5 104931 634,8 139744 845,5 269682 1632

M36x4 123073 817,2 164261 1091 316753 2103

M39x4 148080 1059 197113 1409 380496 2721

M42x4,5 169164 1304 225552 1739 435413 3357

M45x4,5 198093 1656 264778 2214 509943 4263

M48x5 222610 1992 297140 2659 573686 5134

M52x5 267720 2573 356960 3430 688423 6616

M56x5,5 308908 3188 411877 4251 793354 8187

M60x5,5 360883 3962 481504 5287 927704 10186

M64x6 407955 4769 544266 6362 1049306 12266

M68x6 467836 5778 668338 8254 1203008 14857

M72x6 531574 6916 759392 9880 1366905 17783

43
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

3, 6 5, 6 6, 9

M76x6 599377 6813 856253 9733 1541255 17519

M80x6 671244 9612 958921 13732 1726057 24717

8, 8 10, 9 12, 9

Tensao Torque Tensao Torque Tensao Torque

Rosca
Métrica N N.m N N.m N N.m

M2x0,4 863 0,371 1216 0,523 1461 0,628

M2,3×0,4 1245 0,598 1755 0,842 2099 1,008

M2,6×0,45 1598 0,863 2246 1,213 2697 1,456

M3x0,5 2206 1,346 3109 1,896 3727 2,273

M3,5×0,6 2962 2,073 4168 2,918 5001 3,501

M4x0,7 3825 3,06 5374 4,299 6453 5,162

M5x0,8 6257 6,007 8806 8,454 10591 10,17

44
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

8, 8 10, 9 12, 9

M6x1 8836 10,43 12405 14,64 14906 17,59

M7x1 12945 16,96 18191 23,83 21771 28,52

M8x1,25 16230 25,16 22751 35,26 27360 42,41

M10x1,25 25791 50,29 36284 70,75 43541 84,9

M12x1,75 37657 87,36 52956 122,9 63547 147,4

M14x2 51681 139,5 72667 196,2 87279 235,7

M16x2 71196 213,6 100027 300,1 120131 360,4

M18x2,5 86494 289,8 121602 407,4 146118 489,5

M20x2,5 111305 411,8 156415 578,7 187796 694,8

M22x2,5 139245 557 195642 782,6 234378 937,5

M24x3 160338 705,5 225552 992,4 270662 1191

M27x3 210842 1048 296159 1472 355980 1769

M30x3,5 255952 1408 359902 1979 432471 2379

M33x3,5 319695 1934 449142 2717 539363 3263

45
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

8, 8 10, 9 12, 9

M36x4 374612 2487 527595 3503 632526 4200

M39x4 451104 3225 633506 4530 760992 5441

M42x4,5 515827 3977 725688 5595 870826 6714

M45x4,5 604087 5050 850232 7108 1019886 8526

M48x5 679597 6082 956144 8557 1147372 10269

M52x5 815909 7841 1147372 11026 1377827 13241

M56x5,5 940453 9705 1323891 13663 1588669 16395

M60x5,5 1098339 12060 1544540 16959 1853447 20351

M64x6 1245438 14559 1750478 20463 2098612 24533

M68x6 1425787 17608 2005013 24762 2406016 29714

M72x6 1620036 21077 2278175 29639 2733810 35567

M76x6 1826672 20764 2568758 29199 3082510 35039

M80x6 2045697 29294 2876762 41195 3452115 49434

46
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

1. Use um torquímetro calibrado Certifique-se de que seja usado um torquímetro


calibrado e com um valor de torque correto no aperto. Esteja ciente de que
determinadas ferramentas de aperto automáticas, como chaves de impacto, podem
resultar na ocorrência de variações significativas no valor de torque e na pré-carga
dos parafusos. Um torquímetro calibrado deve, portanto, ser utilizado para a
operação de aperto final.

2. Especifique o torque de aperto correto Sempre que for viável, especifique o torque
de aperto baseado em resultados de testes efetivos ao invés de um valor
teoricamente calculado. A determinação experimental do torque de aperto pode ser
estabelecida pela medida da extensão do parafuso, por medidores de força de
tensão ou pelo uso de uma célula de carga alojada na junção.

3. Especifique uma sequência de aperto A maioria das junções consiste em mais de


um parafuso e unem superfícies que não são completamente planas. A seqüência
de apertar parafusos pode ter uma significativa influência sobre as pré-cargas
resultantes. Com estas junções, deve ser considerada a especificação da seqüência
na qual os parafusos devem ser apertados. Uma vez que as superfícies de junção
se comprimem, apertar um parafuso na proximidade de outro afetará a pré-carga
gerada pelo primeiro parafuso a ser apertado.

Uma boa seqüência de aperto é aquela que garante que uma distribuição igual de
pré-carga será atingida na junção.

Porque as junções que contêm gaxetas convencionais têm uma rigidez compressiva
comparativamente baixa, as pré-cargas do parafuso em tais junções são
particularmente sensíveis à seqüência de aperto. Com base na experiência, se os
parafusos estiverem em um padrão circular, uma seqüência de aperto cruzada seria
então normalmente especificada.

Para padrões não-circulares de parafuso, um padrão em espiral que inicia no meio


seria normalmente especificado. Em junções críticas, um padrão de aperto que
aperta os parafusos mais do que uma vez pode ser especificado para garantir uma
distribuição igual da pré-carga.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

7- NOMENCLATURAS E COMPONENTES DA EMPILHADEIRA

Todo equipamento possui seus componentes, as empilhadeiras também


possuem componentes principais para que tudo funcione dentro do resultado
esperado. Separamos para você os principais componeste de uma empilhadeira:

PRINCIPAIS
COMPONENTES DE UMA EMPILHADEIRA.
1 – Polia ou correia

2 – Mastro ou torre de elevação

3 – Correia de elevação

4 – Alavanca de controle do mastro

5 – Sistema hidráulico

6 – Plataforma de carregamento

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

7 – Garfo ou forquilha

8 – Chassi

9 – Compartimento motor

10 – Teto da cabina

Para ficar um pouco mais claro, segue algumas informações mais detalhadas:

Carcaça ou Chassi

É a estrutura metálica, serve de contra peso para a carga e também para proteger
outros componentes da empilhadeira.

Contrapeso

Carga que se localiza na parte traseira da empilhadeira, serve para equilibrar a


mesma, o contrapeso faz parte da própria carcaça.

Garfos

São os dispositivos usados para carregar e empilhar os materiais, podem ser


deslocados no sentido horizontal manualmente, e no sentido vertical pelos controles
de empilhadeiras.

Torre de elevação ou coluna

É o dispositivo vertical, pode ser inclinado para frente e para trás, tem alta
durabilidade é adaptável em qualquer modelo de empilhadeira.Principais
componentes de uma empilhadeira‖ está bloqueado Principais componentes de uma
empilhadeira

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Alavanca de freio de estacionamento

Usada para estacionar a empilhadeira também pode ser usada pode ser usada para
substituir o freio no caso de uma falha do mesmo.

Filtro de ar

Efetua a filtragem do ar utilizado pelo motor, dentro do filtro o ar é lançado no óleo


saindo puro para o carburador, um motor nunca pode trabalhar sem o filtro de ar.

Caixa de câmbio

Conjunto de engrenagem que serve para mudar as velocidades e o movimento das


empilhadeiras de acordo com a posição da alavanca do cambio.

Alavanca do câmbio ( Frente e ré)

Serve para mudança de velocidade e o sentido da direção da empilhadeira, as


direções em que a alavanca deve ser mudada sempre constam em placas fixadas
na empilhadeira, nunca engate a ré com a empilhadeira em movimento.

Alavancas de comando da coluna ou torre

Serve para as operações de elevação e inclinação da coluna. São controladas por


alavancas de até 4 posições, ficam do lado direto do operador.

Sistema elétrico

O sistema é formado pelo gerador, bateria, velas, platinado e alguns instrumentos do


painel.

Sistema Hidráulico

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

É o sistema movimentado pela pressão do óleo, proporciona movimento ao cilindro


de elevação e aos cilindros de inclinação.

8- CONHECENDO A EMPILHADEIRA

Muita gente não sabe, mas diversos utensílios e equipamentos são utilizados todos
os dias de forma precisa e repetitiva em diferentes processos industriais que não
necessariamente têm relação direta com a produção do setor.

Um exemplo de dispositivo fundamental é a empilhadeira, que funciona, como o


próprio nome sugere, empilhando e locomovendo diversos tipos de materiais e
conteúdos utilizados nas fábricas e indústrias cotidianamente.

Isso pode facilitar e muito a vida dos operadores, já que as cargas transportadas são
volumosas e, muitas vezes, pesadas.

No artigo a seguir, acompanhe informações sobre a importância da manutenção


desse produto e saiba como ele pode fazer toda a diferença no segmento onde atua.

O que é?
A empilhadeira é um tipo de veículo industrial utilizado para a movimentação e o
transporte de grandes cargas, especialmente aquelas que apresentam também
grande volume e ocupam mais espaço. Imagine carregar tudo isso de um lado para
o outro no braço. Não dá, não é mesmo?

Por isso, esse equipamento é tão fundamental. Ele pode ser encontrado,
basicamente, em dois tipos: a versão elétrica é alimentada por baterias elétricas,
enquanto a Empilhadeira manual utiliza como base a força motriz dos operadores,
ou seja, o seu esforço manual.
No que diz respeito à combustão, as empilhadeiras podem ser movidas tanto a gás
liquefeito, o que gera benefícios como a possibilidade de transportar cargas em
maior quantidade, quanto a diesel, que oferece o máximo desempenho em
capacidade operacional.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Em variados procedimentos logísticos e industriais, as empilhadeiras são presença


certa e constante. Existem diferentes tipos e modelos disponíveis no mercado
atualmente, mas vale fazer uma avaliação precisa das demandas de produção e
transporte antes de fazer a escolha.

É possível optar por modelos mais ergonômicos, por exemplo, e também por
aqueles que oferecem economia de combustível e possuem motores mais leves.

Prevenção de danos
A Manutenção de empilhadeira é muito importante por uma série de fatores, dentre
eles, a redução de problemas apresentados pelo aparelho e aumento do seu
desempenho.
A periodicidade pode variar conforme o tipo de equipamento, a atividade realizada
por dia, entre outros fatores. No entanto, a recomendação geral é que ela seja feita a
cada 500 horas de uso.

Em cada equipamento, ainda, é preciso fazer a análise de determinados itens. As


máquinas a combustão, por exemplo, precisam ser revisadas de forma que a
lubrificação seja renovada a partir da troca de óleo e do filtro, pois isso é que
garante a durabilidade e o alto desempenho das peças.

Já no caso da empilhadeira eletrica, realizar a limpeza é extremamente importante,


pois os componentes ligados a eletricidade devem estar devidamente higienizados.

Isso sem falar na lubrificação, que também é essencial nesse tipo de produto, pois
as peças podem apresentar diversos tipos de falhas quando as engrenagens e o
interior do aparelho estão secos.

Entre os maiores benefícios de se optar pela manutenção preventiva das


empilhadeiras em uso na sua indústria, estão:

 Detecção de falhas não aparentes;


 Aumento da segurança dos operadores;
 Prolongamento da vida útil das peças;
 Redução do consumo de energia;
 Maior disponibilidade do equipamento.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Tambores e pallets
Um utensílio que atua diariamente otimizando os variados procedimentos de
produção em diferentes segmentos industriais é o tambor 200 litros, utilizado para a
condução de fluido e também para o armazenamento, de forma que podem ser
acoplados às empilhadeiras para realizar o transporte desejado.

Por isso, eles devem ser resistentes e não podem apresentar vazamentos e danos
estruturais. Esses produtos são utilizados em diferentes indústrias, tais como:

 Petrolífera;
 Alimentícia;
 Agricultura.
Para a contenção de possíveis vazamentos, seja nos tambores ou até mesmo nas
bombonas, é preciso utilizar materiais que possam fornecer o máximo desempenho,
não só na hora de conter o líquido dentro do tambor, como também na hora de
desviá-lo do local onde está sendo vazado, uma medida que pode fazer toda a
diferença na produção diária, pois evita desperdícios.

Dessa forma, o Pallet de contenção para tambores é altamente recomendado e


pode ser encontrado em três modelos: para um tambor, para dois tambores e, ainda,
para quatro tambores.
Embora as dimensões e a capacidade de conter o líquido variem de pallet para
pallet, todos eles oferecem a mesma finalidade e possuem entradas para garfos de
empilhadeiras e carrinhos hidráulicos.

É muito importante, por fim, avaliar as demandas de cada linha de produção antes
de fazer a escolha dos produtos a serem utilizados.

Além disso, é fundamental contar com equipamentos de qualidade e alto


desempenho, que beneficiem e otimizem diretamente os processos industriais onde
são solicitados.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

REFERÊNCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Metrologia>acesso em 06/03/2020

https://www.mundodaeletrica.com.br/tipos-de-motores-eletricos-quais-sao/>acesso
em 06/03/2020

https://www.prestex.com.br/blog/conheca-os-5-principais-tipos-de-empilhadeiras-
usadas-nas-empresas/>acesso em 06/03/2020

https://www.mundodaeletrica.com.br/como-usar-um-paquimetro/>acesso em
06/03/2020

https://blog.lojadoprofissional.com.br/origem-e-funcao-de-um-micrometro/>acesso
em 06/03/2020

https://pt.wikipedia.org/wiki/Micr%C3%B3metro_(instrumento)>acesso em
06/03/2020

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%B3gio_comparador>acesso em 06/03/2020

https://www.indufix.com.br/tag/torque-de-parafuso/>acesso em 06/03/2020

https://www.gedore.com.br/userfiles/application/e7e5dd62bb80070ab923facc130f7bc
0.pdf>acesso em 06/03/2020

https://www.logparts.com.br/principais-componentes-de-uma-empilhadeira/>acesso
em 06/03/2020

http://www.exotech.com.br/conhecendo-a-funcionalidade-da-empilhadeira/>acesso
em 06/03/2020

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