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Sorocaba
2023
RESUMO
Durante a aula prática os alunos deveriam medir diferentes materiais, como um corpo
de madeira, uma moeda, um cilindro de plástico e outro de aço. Para encontrar tais dados,
deveriam utilizar uma variedade de instrumentos de medida para coletar as informações
necessárias. Após a coleta de dados, foram feitos vários cálculos com base nessas medidas.
Palavras-chave: instrumentos de medida, medidas, erros e incertezas.
OBJETIVOS
Esta prática possui como objetivos elucidar os alunos quanto às formas corretas de se
fazer a leitura de diferentes instrumentos de medidas. Familiarizar-se com conceitos como
precisão e exatidão, erros e incertezas de medidas e ideias básicas de estatística (médias e
desvios). Além disso, compreender e analisar, de maneira crítica, os dados obtidos no
experimento.
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SUMÁRIO
1. Introdução ……………………………………………………...……… 5
1.1 Régua………………………………………………………………………..6
1.2 Paquímetro…………………………………………………………………..7
1.3 Micrômetro………………………………………………………………….8
1.4 Precisão e Exatidão………………………………………………………….9
1.5 Média………………………………………………………………………10
1.6 Erros de medição…………………………………………………………..10
1.7 Desvios: desvio absoluto, desvio padrão, desvio médio e desvio final……11
1.8 Volume e incerteza do volume……………………………………………..12
1.9 Densidade e incerteza da densidade………………………………………..12
2. Descrição Experimental ……………………………………...…….... 13
2.1. Arranjo Experimental ………………………………………...…………..13
2.2. Procedimento Experimental ……………...…………….…………………14
2.2.1 Prática 1………………………………………………………………….14
2.2.2 Prática 2………………………………………………………………….15
3. Resultados e Discussão …………………………………..…………... 17
3.1 Prática 1………………………………………………………………..…..17
3.1.1 Diferentes Instrumentos ………………………………………….……...17
Uso da Régua ………………………………………………………….. 17
Uso do Paquímetro ………………………………………………….…..17
Uso do Micrômetro ………………………………………………….….18
3.1.2 Diferentes Materiais ………………………………………………….… 18
Uso do Paquímetro …………………………………………………..…..18
3.1.3 Estimativa de Incertezas ……………………………………………..… 19
3.1.4 Valores Médios e Estimativa de Erros …………………………………. 20
3.2 Prática 2 …………………………………………………………….….21
4. Conclusões ……………………………………………….....................27
5. Referências ……………………………………………………...……..28
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1 - INTRODUÇÃO
O ato de medir existe desde a antiguidade, o homem criou maneiras para quantificar
as coisas conforme suas necessidades ao longo da história, inventou um jeito de marcar o
tempo, por exemplo, através da luz do sol. Pozebon e Vieira Lopes (2013) afirmam que o
surgimento histórico e a importância da contextualização de grandezas e medidas influenciam
até os dias de hoje no cotidiano das pessoas. Ao analisar a história das grandezas e medidas,
elas destacam uma grande influência cultural, social e econômica na concepção e evolução
dos métodos de medição ao longo do tempo, desde as primeiras formas de medição utilizadas
por civilizações antigas até os sistemas de medidas modernas. As autoras descrevem que o
processo de medição se tornou mais usual quando o homem começou a praticar a agricultura,
pois com o cultivo do próprio alimento além de contar a passagem do tempo para poder
realizar as colheitas no período certo, era preciso contar o tamanho e quantidade dos produtos
dessas plantações, separando o que deveria ser consumido, repartindo entre as pessoas que
viviam juntas, a quantidade necessária para a próxima colheita.
Assim, ao longo da história da humanidade surgiram outros tipos de medição, como
massa, comprimento, altura, volume, ângulos, entre outros, porém as maneiras utilizadas para
medir não eram tão precisas, usavam como referências, principalmente para comprimentos,
as mãos, os pés, polegares, tamanho do braço, e de pessoa para pessoa essas medidas variam,
mostrando que estes não eram bons parâmetros a serem seguidos, independente do que fosse
ser medido. Então o homem foi aprimorando seus métodos de medição e construindo padrões
e instrumentos para que em todo lugar chegassem à mesma conclusão sobre os resultados
dessas medidas (CREASE, 2013).
Assim surgiu a metrologia, o estudo e a aplicação das unidades de medidas,
abrangendo todos os aspectos relacionados à medição, como a criação de padrões de
referência, instrumentos de medição e incertezas de medição. Como descrevem Cunha e
Costa (2022), as medidas são utilizadas em diversas áreas, não apenas na matemática, como
também em ciências, nas indústrias, área da saúde, segurança, trata de medições de
comprimento, altura, largura, espessura, lida com grandezas elétricas e eletrônicas, envolve
medições em análises químicas, entre outras.
Com a metrologia foi possível estabelecer um sistema consistente e uniforme de
unidades de medida, segundo Paulo Santos (2012) e Andressa Gomes (2020), isso permitiu
que as medições fossem comparáveis e coerentes em diferentes contextos e locais do mundo,
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1.1 Régua
Para realizar medidas precisas e confiáveis, uma variedade de instrumentos de
medição são utilizados, cada um com suas características e princípios de funcionamento
específicos. A régua é um dos instrumentos mais comuns para se obter medidas de
comprimento, seu material geralmente é feito de plástico, metal ou madeira, com marcações
precisas em centímetros (cm) e milímetros (mm) ao longo de sua extensão que pode variar, a
referência mais comum é o sistema métrico, que utiliza o metro como unidade fundamental
de comprimento (ROCHA, 2006).
Existem diferentes tipos de régua, a mais comum é de 30 cm, existem também réguas
de precisão com graduações menores, réguas triangulares utilizadas em trabalhos de desenho
técnico, réguas para medir ângulos como o transferidor, entre outras. Ao utilizar a régua reta
para medir o comprimento de um objeto é preciso alinhar uma extremidade com a marcação
zero e ler a medida na marcação correspondente ao final da outra extremidade. A precisão da
medição depende da escala das marcações, pois é considerado a incerteza de leitura, referente
à menor divisão da régua e da habilidade em fazer a leitura correta (OLIVEIRA, 2020).
Figura 1: Diferentes tipos de régua com variadas graduações, respectivamente: plástico, metal e madeira
Fonte: PNGTREE
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1.2 Paquímetro
O paquímetro é um instrumento de medição utilizado para realizar medições precisas
de dimensões lineares, como comprimento, diâmetro, espessura, entre outros. Esse
instrumento é amplamente utilizado em áreas como engenharia, indústria mecânica e outras
indústrias, trabalhos de precisão, laboratórios de física, pois permite medições internas,
externas, de profundidade e de ressaltos, proporcionando uma variedade de aplicações. Ele é
especialmente útil quando necessita-se de uma medida precisa e detalhada. O paquímetro é
composto por duas hastes principais, uma móvel e outra fixa, que deslizam em relação à
outra. Na haste fixa, encontramos a escala principal, graduada em centímetros (cm) e
milímetros (mm), na haste móvel está a escala vernier, que permite a leitura de frações de
milímetro, é a haste móvel que desliza até que as extremidades do objeto a ser medido e traz
uma medida com maior precisão (BATISTA; FERRER, 2019).
Fonte: F-STORE
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1.3 Micrômetro
O micrômetro, também conhecido como paquímetro de profundidade, é um
instrumento de medição de alta precisão utilizado para medir pequenas dimensões com
extrema exatidão. Também é utilizado em áreas como engenharia, usinagem, metalurgia e
outras atividades que requerem medições muito mais precisas. O instrumento possui um
corpo em formato de "U", uma haste fixa e uma haste móvel que deslizam ao longo do corpo.
Sua escala fixa é graduada em milímetros (mm), e a escala móvel permite a leitura das
frações adicionais. Para realizar uma medição utilizando um micrômetro, deve-se ajustar a
posição das hastes em torno do objeto e ler a marcação correspondente na escala móvel
(FERREIRA e BORGES, 2020).
Figura 3: Micrômetro
Fonte: F-STORE
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Fonte: JR, O. R
1.5 Média
Medir mais de uma vez um objeto é uma maneira de verificar o quão preciso e exato
estão suas medidas (DOLCE e POMPEO, 2005). E para obter apenas um resultado a partir
dessa repetição é utilizado o cálculo da média simples, que foi usada no experimento descrito
nos tópicos a seguir, é uma operação estatística básica que permite determinar um único valor
a partir de um conjunto de dados, esse valor é obtido somando todos os valores e dividindo o
resultado pelo número de elementos no conjunto, confirme a fórmula a seguir:
𝑛
1
𝐴= 𝑛
∑ 𝑎𝑖 (1) onde A = média, n = número de termos, 𝑎𝑖 = conjunto de valores
𝑖=1
Moura e Carvalho (2019), descrevem que o erro sistemático é um desvio que pode
ocorrer por fatores como o ajuste inadequado do instrumento, calibração incorreta,
interferências externas ou uma técnica de medição, ele afeta diretamente a exatidão das
medições. Já o erro aleatório, pode ser entendido como uma variação imprevisível em
diferentes medições de uma mesma grandeza e pode ser sem uma causa muito aparente, ou
por flutuações na leitura do instrumento, variações nas condições ambientais, instabilidade do
objeto a ser medido. Ele afeta principalmente a precisão das medições, ocasionando uma
dispersão nos resultados obtidos.
Além desses, Vuolo (1996) relata que outros tipos de erros podem acontecer, como
erros de paralaxe, causado pelo desvio angular do observador com a escala do instrumento e
erros de leitura devido a limitações na resolução do instrumento. Existe também o erro
grosseiro, ele ocorre quando há desatenção do medidor em relação a medida, como por
exemplo trocar números de ordem, errar a unidade de medida do instrumento.
Quanto menores os erros de medição, mais fácil é de se obter resultados confiáveis e
precisos. Isso pode ser feito por meio de técnicas adequadas de medição, calibração regular
dos instrumentos, controle das condições ambientais e preparação correta dos operadores para
usarem de forma coerente os instrumentos (VUOLO, 1996).
1.7 Desvios: desvio absoluto, desvio padrão, desvio médio e desvio final
O desvio absoluto fornece uma indicação da distância média entre cada valor de um
conjunto de dados e a média. Para calcular esse tipo de desvio utiliza-se a fórmula:
∆𝑥 = 𝑥𝑖 − 𝑥𝑚 (2), sendo 𝑥𝑖 o valor de referência e 𝑥𝑚 o valor da média (HEWITT, 2023)
fórmula: σ𝑚² − σ𝑖² (5). Para o desvio instrumental é considerado o próprio erro do
σ𝑑 ² σℎ ²
lado do cubo. Já para incerteza do volume do cilindro: σ𝑣 = 𝑣 * (2 ) + ( )
𝑑 ℎ
(9),
σ𝑚 ² σ𝑣 ²
σ𝑑 = 𝑑 * ( ) +( )
𝑚 𝑣
(11) (HEWITT, 2023) (HALLIDAY, RESNICK, WALKER,
2016).
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2 - DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL
Segue os materiais e métodos utilizados na realização do experimento
2.2.1 Prática 1
Inicialmente, na primeira etapa da atividade prática, foi realizada a medição das três
dimensões de um corpo de madeira (Figura 3) utilizando-se uma régua graduada em
milímetros. Os valores obtidos foram registrados na Tabela 1. Esse processo foi repetido
cinco vezes para garantir precisão e consistência nos resultados.
De forma semelhante às medições anteriores, utilizou-se um paquímetro, semelhante
ao da Figura 1, para medir e registrar os valores das três dimensões do mesmo corpo de
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madeira, identificados como L1, L2 e L3. Essas medidas foram anotadas na Tabela 2.
Novamente, o processo foi repetido cinco vezes.
Utilizando um micrômetro igual ao da Figura 2, foi realizada a medição da espessura
de uma moeda e o valor obtido foi registrado na Tabela 3. Assim como nas etapas anteriores,
esse procedimento foi repetido cinco vezes para garantir precisão nas medidas.
Posteriormente, utilizando um paquímetro, foi realizada a medição do diâmetro da
base e da altura dos cilindros de plástico e aço, como mostra a Figura 4. Os valores obtidos
foram anotados na Tabela 4. Para cada componente, também foram realizados cinco
controles, visando obter uma amostra representativa e minimizar erros experimentais.
Em seguida, utilizando uma balança analítica, procedeu-se à pesagem individual dos
cilindros (plástico e aço), bem como do bloco de madeira. Os resultados foram registrados na
Tabela 9. Já na Tabela 5, foram registradas as precisões dos instrumentos de medida
utilizados , a fim de estimar as incertezas.
Aplicando a fórmula (1), determinou-se o valor médio de cada dimensão do corpo de
madeira para cada instrumento de medida utilizado (régua e paquímetro). Os valores obtidos,
juntamente com as incertezas dos instrumentos, foram registrados na Tabela 6 . De forma
semelhante, foram calculados os valores médios e as incertezas das dimensões de cada um
dos cilindros, sendo registrados na Tabela 7 .O mesmo procedimento foi seguido para a
espessura da moeda, conforme apresentado na Tabela 8 . É importante ressaltar que todos os
resultados foram calculados levando em consideração a regra de arredondamento para os
algarismos significativos.
2.2.2 Prática 2
A partir das dimensões do bloco de madeira na prática 1, foi possível realizar o
cálculo do desvio absoluto com a fórmula (2), determinado pela diferença entre uma
respectiva medida e a média das medidas, de cada dimensão obtida do corpo de madeira por
meio do paquímetro. Em seguida, calculou-se o quadrado de cada um dos desvios e,
posteriormente, a somatória dos quadrados dos desvios da respectiva dimensão. Os valores
das medidas de cada lado, assim como a média e os desvios relacionados, foram registrados
na Tabela 10. O mesmo procedimento foi realizado para as medidas com a régua, sendo os
resultados anotados na Tabela 11.
Com os dados apontados nas Tabelas 10 e 11, foi calculado, a partir das fórmulas (3) e
(4), o desvio padrão e o desvio padrão médio, respectivamente de cada dimensão do corpo de
madeira medida com o paquímetro. Em seguida, em função do desvio padrão médio e da
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incerteza do instrumento, foi calculada a incerteza final de cada dimensão do corpo, dada por
(5). O mesmo processo foi reproduzido para as medidas obtidas com a régua. Os resultados
foram marcados na Tabela 12.
Para determinar o volume médio do bloco de madeira utilizando as medidas obtidas
com o paquímetro e a régua, bastou multiplicar os valores médios de cada dimensão medida
pelo respectivo instrumento, como mostra a fórmula (6), bastando encontrar o valor da
incerteza final do volume.
Utilizando a fórmula (8), calculou-se a incerteza do volume do corpo de madeira para
cada instrumento, e para isso levou-se em consideração a incerteza final, o valor médio de
cada dimensão e o volume médio do bloco, como na Tabela 13.
Para calcular a densidade média do bloco de madeira utilizando as medidas obtidas
com o paquímetro e a régua, foi utilizada a definição matemática de densidade conforme
apresentada na fórmula (10). A partir disso, foi necessário calcular o erro associado à medida
da densidade.
Usando a fórmula (11), foi calculada a incerteza da densidade para cada instrumento.
Os valores obtidos foram registrados na Tabela 14. Considerações semelhantes às tomadas
para o bloco de madeira foram feitas em relação às dimensões dos cilindros medidos com o
paquímetro, cujas medidas foram obtidas na prática 1.
Para cada um dos cilindros foi calculado o valor médio do seu diâmetro e da sua
altura. Posteriormente, foi-se calculado o desvio absoluto para cada medida do diâmetro e da
altura, bem como calculou-se o quadrado de cada um dos desvios absolutos do diâmetro e da
altura. Os valores para cada cilindro foram registrados nas tabelas 15 e 16.
Análogo ao processo feito com o bloco de madeira e utilizando as mesmas fórmulas,
foi calculado os valores médios, desvio padrão, desvio padrão da média e incerteza final do
diâmetro e altura dos cilindros de plástico, cobre e alumínio. Os valores foram descritos na
Tabela 17, juntos da incerteza instrumental do paquímetro.
O cálculo de volume médio dos cilindros foi realizado por meio da fórmula (7).
Restando, então, calcular o desvio final do volume.
A partir da fórmula (9) foi calculado o erro associado ao volume de cada um dos três
cilindros medidos. Os resultados foram registrados na Tabela 18.
No cálculo da densidade, a mesma fórmula empregada no cálculo da densidade do
bloco de madeira foi utilizada para os cilindros. No entanto, nesse caso foi utilizada a fórmula
(11) para calcular a incerteza da densidade. Os valores foram registrados na Tabela 19.
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3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segue os resultados encontrados tanto na prática 1 quanto na prática 2, separados em tabelas,
e a discussão de tais resultados.
3.1 Prática 1
3.1.1 - Diferentes Instrumentos
Uso da Régua
Após medir as dimensões L1, L2 e L3 do corpo de prova de madeira utilizando uma
régua como instrumento de medição, foram obtidos os resultados organizados na Tabela 1.
Uso do Paquímetro
Após medir as dimensões L1, L2 e L3 do corpo de prova de madeira utilizando um
paquímetro como instrumento de medição, foram obtidos os resultados organizados na
Tabela 2.
Tabela 2 - Dimensões do corpo de prova de madeira medido com paquímetro.
Ao observar a Tabela 2, pode-se notar que a dimensão L1 possui uma grande variação
de um resultado para outro. Por outro lado, as dimensões L2 e L3 possuem uma alta precisão
nos valores medidos, visto que todos apresentam uma variação mínima entre um e outro.
Uma vez que o erro do paquímetro é de 0,01mm, pode-se dizer que esse instrumento também
possui uma exatidão maior que a régua.
Uso do Micrômetro
Após medir as espessuras de uma moeda utilizando um micrômetro como instrumento
de medição, foram obtidos os resultados organizados na Tabela 3.
Ao observar a Tabela 3, pode-se notar que todas as medidas obtidas são muito
próximas, evidenciando uma alta precisão do micrômetro, uma vez que a variação de um
resultado para outro não é grande. Além disso, o erro desse instrumento é de 0,005mm, o que
mostra a sua alta exatidão.
Ao observar a Tabela 4, pode-se notar que todas as medidas tiveram uma baixa
variação de um resultado para o outro, novamente evidenciando uma alta precisão do
paquímetro.
uma incerteza de 0,5mm, este instrumento possui uma exatidão muito menor quando
comparado com o paquímetro e o micrômetro.
Tabela 6 – Valores médios e incerteza estimada das dimensões do corpo de prova de madeira medido com
diferentes instrumentos.
Tabela 7 – Valores médios e incerteza estimada das dimensões dos cilindros de diferentes materiais medidos
com paquímetro.
Por fim, o mesmo procedimento foi realizado, desta vez com as medidas obtidas da
espessura de uma moeda. Os dados foram organizados na Tabela 8.
Tabela 8 – Valor médio e incerteza estimada da espessura de uma moeda medida com micrômetro.
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3.2 – Prática 2
Inicialmente, para a prática 2, foi necessário medir as massas dos três materiais
utilizados no experimento 1, sendo eles o cilindro de plástico, o cilindro de aço e o corpo de
prova de madeira. Os resultados foram anotados na tabela 9
Plástico 12,97
Madeira 33,71
Aço 87,52
Em seguida, com os valores das medidas de lado (L1, L2 e L3) do corpo de prova de
madeira obtidas a partir do paquímetro, foram calculados a média, o desvio absoluto, o
desvio absoluto quadrática, e a somatória dos desvios absolutos quadráticos de cada medida.
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Os resultados foram anotados abaixo, na tabela 10. O mesmo procedimento foi feito com as
medidas obtidas através da régua.
Tabela 10 - Valores das medidas de lado (L1, L2 e L3) e desvio absoluto (ΔLi) das
dimensões do corpo de prova de madeira medido com Paquímetro.
Tabela 11 - Valores das medidas de lado (L1, L2 e L3) e desvio absoluto (ΔLi) das
dimensões do corpo de prova de madeira medido com Régua.
Ao analisar ambas as tabelas 10 e 11, é possível notar que em geral o desvio absoluto
das medidas obtidas com o paquímetro é menor que o desvio absoluto das medidas obtidas
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com a régua. Há medidas ainda que possuem um desvio absoluto igual a zero. Isso ocorre
devido à maior exatidão do paquímetro em relação à régua.
Em seguida, utilizando-se dos valores da média das medidas de lado do corpo de
madeira, obtidos tanto com o paquímetro quanto com a régua, e as incertezas de ambos os
instrumentos utilizados, foram calculados o desvio padrão e a incerteza final. Os resultados
foram então anotados na tabela 12.
Tabela 12 - Valores médios, desvio padrão, desvio padrão da média, incerteza instrumental
e incerteza final das dimensões do corpo de prova de madeira medido com diferentes instrumentos (paquímetro
e régua).
Paquímetro
Média σ σ𝑚 σ𝑖 σ𝑓
Régua
Média σ σ𝑚 σ𝑖 σ𝑓
É possível notar que, em geral, o desvio final das medidas obtidas com o paquímetro
é menor do que o desvio final das medidas obtidas através da régua. Novamente, isso mostra
que o paquímetro é um instrumento mais exato que a régua.
Utilizando-se das médias das medidas L1, L2 e L3 do corpo de prova de madeira,
calculou-se o volume do material, novamente levando-se em consideração a diferença entre
os dois instrumentos mencionados anteriormente. Além disso, foi-se necessário calcular a
incerteza dessa medida, através da fórmula (8). Os resultados obtidos foram organizados na
tabela 13.
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Tabela 15 - Valores das medidas diâmetro (d) e altura (h) e desvio absoluto das dimensões do corpo de prova do
cilindro de plástico medido com Paquímetro.
- d¯ = 22,2 - - h¯ = 41,60 - -
- - 0,8 - - -
- - - - - 5,2
Tabela 16 - Valores das medidas diâmetro (D) e altura (h) e desvio absoluto das dimensões do corpo de prova
do cilindro de aço medido com Paquímetro.
Tabela 17 - Valores médios, desvio padrão, desvio padrão da média, incerteza instrumental e incerteza final das
dimensões dos cilindros de plástico e aço, medidos com paquímetro.
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Através da tabela 18, é possível notar que o volume do cilindro de plástico é maior que
o do cilindro de aço. Por outro lado, analisando a tabela 19, é possível observar que a
densidade do cilindro de plástico é menor que a do cilindro de aço.
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4 – CONCLUSÃO
5 – REFERÊNCIAS
CUNHA, D. M. DA; FERREIRA, J. L.; COSTA, A. P. DA. Qual a Medida dessa Grandeza?
Uma Revisão da Literatura sobre Grandezas e Medidas. Perspectivas da Educação
Matemática, v. 15, n. 37, p. 1-26, 27 abr. 2022. Acesso em 09 de junho de 2023.
CRUZ, Carlos Henrique de Brito; FRAGNITO Hugo Luis. Guia para Física Experimental
Caderno de Laboratório, Gráficos e Erros. Instituto de Física, Unicamp. Revista por CHBC
e HLF , Versão 1.1; 1997. Acesso em 21 de junho de 2023.
JR, O. R. Intermetro: Você conhece a diferença entre Precisão e Exatidão? Disponível em:
<https://calibraend.blogspot.com/2013/02/voce-conhece-diferenca-entre-precisao-e.html>.
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SANTOS, Paulo Roberto da Fonseca Santos et al. Sistema Internacional de Unidades SI.
2012. Acesso em 07 de junho de 2023.
VUOLO, José Henrique. Fundamentos da teoria de erros. Editora Blucher, 1996. Acesso
em 21 de junho de 2023.