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Sumário
1 Introdução3
2 A ESTRUTURA DE UM NEGÓCIO4
2.1 O PAPEL DO EMPREENDEDOR EM UM NEGÓCIO
8
2.1.1 Comunicação e oratória para empreendedores
10
2.2 MONTAR E ESTRUTURAR A EMPRESA11
2.3 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS11
2.3.1 Planilha de custos, despesas e fluxo de caixa
12
2.4 DEFININDO PRODUTOS E SERVIÇOS13
2.4.1 Análise e pesquisa de mercado16
2.4.2 Fidelização dos clientes17
2.5 GESTÃO, QUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE
PESSOAS18
2.6 GESTÃO DE PROCESSOS E ESTOQUE20
Resumo do curso23
Referências24
Módulo 1
Iniciando um Negócio
1 Introdução
Acadêmico, na primeira etapa deste estudo, abordaremos a estrutura para a abertura de um
negócio. Um planejamento com essa finalidade poderá ser compreendido como um mapa em-
presarial, o qual, na prática, propiciará respostas com base em uma série de perguntas de ex-
trema importância para quem pretende iniciar um negócio.
Na sequência, estudaremos fatores que poderão influenciar o estudo e o planejamento do ne-
gócio, sendo apresentadas algumas etapas para a análise de viabilidade do negócio: papel do
empreendedor em um negócio; noções de administração e de finanças; definição de produto
e de serviço para o negócio; análise e pesquisa de mercado; gestão de pessoas; e gestão de
processos e de estoques.
2 A ESTRUTURA DE UM
NEGÓCIO
Desenvolver um modelo de negócio envolve criar soluções para atender a uma necessidade
do mercado e dos clientes, seja um negócio que oferecerá um novo produto ou serviço, seja
um negócio que baseará em uma oportunidade do mercado.
Na criação de um modelo de negócio, visando à abertura de uma empresa, devemos conside-
rar alguns fatores (CARVALHO; REIS; CAVALCANTE, 2011).
Para iniciar um negócio, podemos adotar a ferramenta denominada plano de negócios, que
consiste em uma forma de orientar as ideias de um empreendedor no momento de decidir por
um novo negócio. Tal ferramenta o auxiliará na verificação da viabilidade do empreendimen-
to, funcionando como uma forma de orientá-lo em relação a como detalhar informações do
ramo, dos produtos, dos serviços, dos clientes, dos fornecedores, dos concorrentes e, princi-
palmente, das forças e das fraquezas do negócio (DEGEN, 1989).
Nesse contexto, podemos compreender que o plano de negócios se caracteriza como um do-
cumento que descreve os objetivos de um negócio e os passos que devem ser estudados e
desenvolvidos para que os objetivos possam ser alcançados, diminuindo, assim, os riscos e
as incertezas da proposta de negócio. Portanto, o plano de negócios nos permite identificar e
minimizar erros, em vez de descobri-los somente com a prática vivenciada no mercado (DOR-
NELAS, 2005).
E o que isso significa? O plano de negócio é uma formalização das ideias, das oportunida-
des, do conceito do negócio, dos riscos, das experiências similares, das medidas para mi-
nimizar riscos, da estratégia competitiva e do planejamento de marketing. Quanto às áreas
de vendas, de operações e de finanças, representa uma forma de viabilizar um novo negócio
(DEGEN, 1989).
O planejamento para a abertura de um negócio poderá ser compreendido como um mapa em-
presarial, que, na prática, propicia respostas para uma série de perguntas de extrema impor-
tância para quem pretende iniciar um negócio (MALHEIROS; FERLA; CUNHA, 2005).
4
O planejamento de um negócio por meio de uma ferramenta tem os seguintes objetivos:
• proposta de valor;
• segmento de clientes;
• canais;
• relacionamento com clientes;
• atividades principais;
• recursos principais;
• parcerias principais;
• estrutura de custos;
• fontes de receitas.
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Na figura seguinte, apresenta-se o modelo Canvas, dividido em nove blocos, que indicam as
etapas a serem descritas e preenchidas para planejar e para construir o modelo de negócios.
Nas diversas regiões do Brasil, o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas) adota, em seus atendimentos e em suas consultorias aos empreendedores, o Mo-
delo Canvas, seguindo todos os seus passos (ROSA, 2014).
Vamos compreender como cada uma das etapas do Canvas é definida?
Primeiramente, a proposta de valor se refere ao pacote de produtos e de serviços oferecidos
pela empresa, ao valor que têm para os clientes e à razão pela qual os clientes se interessa-
riam por adquirir o produto ou serviço.
Na sequência, há a etapa segmento de clientes da empresa, que se destina a um grupo es-
pecial de pessoas que desejam adquirir um produto ou serviço. Dessa forma, são definidos a
quais clientes se pretende atender.
A etapa seguinte visa a estudar os canais, analisando como a empresa pretende alcançar o
cliente para entregar a sua proposta de valor e devendo decidir por loja física, por varejo, por
ambiente virtual ou por mais de uma dessas formas. Nessa etapa, poderíamos nos perguntar
o seguinte: como o cliente deseja comprar?
6
A etapa seguinte é a do estudo do relacionamento com clientes, visto que, nesse momento,
verificamos como os clientes desejam ser atendidos. Nessa etapa, é importante realizar o es-
tudo do tipo de relação que se pretende estabelecer com o cliente, de forma a conquistá-lo e
a fidelizá-lo.
Na sequência, busca-se estudar a etapa as atividades principais oferecidas ao cliente e as mais
importantes da empresa. Assim, é possível planejar quais ações ou tarefas serão importantes
para atender às necessidades do cliente e para se obter bons resultados com o negócio.
Na etapa dos recursos principais da empresa, busca-se estudar quais recursos serão ne-
cessários para o bom funcionamento do negócio: recursos humanos, recursos financeiros,
infraestrutura, tecnologia, matéria-prima, de acordo com cada negócio.
A etapa do Modelo Canvas que se refere às parcerias principais está relacionada a uma rede
de fornecedores e de parceiros, de modo que a empresa consiga entregar o que prometeu ao
cliente, seja um produto, seja um serviço. Nesse momento, poderíamos nos perguntar o se-
guinte: como fazer?
Na etapa seguinte, define-se a estrutura de custos, sendo necessário que o empreendedor
avalie a diferenciação de valor associada à redução de custos, devendo incluir todos os custos
envolvidos no funcionamento do negócio.
A última etapa apresentada no Modelo Canvas é a de fontes de receita. Nesse momento, po-
deríamos nos perguntar o seguinte: como vamos cobrar? Quanto e como receberemos dos
clientes? Será por meio de dinheiro, de cartões de débito e de crédito, de boleto bancário, de
Pix e de transferência bancária?
Após compreendermos as etapas do Modelo Canvas, podemos analisar que, ao se buscar sa-
tisfazer as necessidades e os desejos dos clientes, ter acesso às novas tecnologias, ofertar
qualidade produtos e serviços de qualidade ao cliente e transformar o mercado com um mo-
delo melhor de gestão, as empresas criam maior valor, têm melhor desempenho e maior com-
petitividade e gerão inovação em seus negócios (CHESBROUGH, 2010).
Atenção!
7
2.1 O PAPEL DO EMPREENDEDOR EM UM
NEGÓCIO
Neste momento, compreenderemos o papel do empreendedor na gestão do negócio e a im-
portância de definir as estratégias para a empresa.
Primeiramente, podemos definir a estratégia como o alcance de determinada ação em uma
organização a curto, a médio e a longo prazos. Além disso, pode ser definida como a arte de
conduzir algo, é o modo como a empresa pretende usar os seus recursos para alcançar os
seus objetivos (HSIEH; CHEN, 2011).
Podemos definir o empreendedor como um “indivíduo que apresenta determinadas habilida-
des e competências para criar, abrir e gerir um negócio, obtendo resultados positivos”. (DO-
LABELA, 1999, p. 31). Dessa forma, empreendedorismo significa prática, visão de mercado e
evolução. O trabalho específico do empreendedorismo em uma empresa de negócios é “fazer
os negócios de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio dife-
rente”. (DRUKER, 2000, p. 25).
O empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a pros-
peridade da empresa, sendo considerada um fenômeno cultural, fruto dos hábitos, das práti-
cas e dos valores das pessoas. Na prática, existem indivíduos mais empreendedores do que
outros. Por outro lado, aprende-se, também, a ser empreendedor pela convivência com ou-
tros empreendedores, sendo que algumas pessoas aprendem em um clima de emoção e são
capazes de assimilar experiências de terceiros (DOLABELA, 1999).
Na sequência, veremos algumas características que compõem o perfil do empreendedor, se-
gundo Dornelas (2005):
8
• liderança – capacidade de mobilizar as energias de um grupo de forma a atingir
objetivos;
• negociação – capacidade de fazer acordos cooperativos entre as partes envolvidas;
• perseverança – capacidade de se manter firme e constante em seus propósitos;
• persuasão – habilidade de apresentar suas ideias de maneira convincente;
• capacidade de planejamento – capacidade de mapear o meio ambiente e de analisar
recursos e condições para atingir objetivos;
• relacionamento interpessoal – habilidade de conviver e de interagir com as outras
pessoas;
• resistência à frustração – capacidade de suportar situações de não satisfação de ne-
cessidades pessoais e/ou profissionais;
• sensibilidade administrativa – capacidade de planejar, de executar e de gerir proces-
sos organizados, sistemáticos e eficazes.
Salienta-se que o empreendedor, frente ao seu negócio, precisa desenvolver capacidades es-
tratégicas, o que permite a eficiência, a qualidade dos produtos e dos serviços, a capacidade
de resposta ao cliente, a inovação e a diferenciação para a organização perante os concorren-
tes e o mercado, gerando a vantagem competitiva.
Nesse contexto, os recursos e as capacidades desenvolvidas em uma organização podem ser
avaliados pelo gestor e pela sua equipe. Os recursos e as capacidades são formados por um
conjunto de ativos tangíveis e intangíveis que pertencem à organização, o que inclui a gestão
de habilidades, de competências, de rotinas, de processos, de informações e de conhecimen-
tos desenvolvidos e compartilhados no ambiente organizacional (MACHADO, 2010).
9
Destacam-se, no contexto mencionado, mais dois fatores importantes: a confiança e a comu-
nicação. A confiança está presente no relacionamento entre as pessoas pertencentes ao am-
biente organizacional, sendo essencial para desenvolver novas ideias e novos conhecimentos
e para compartilhá-los com as pessoas (MACHADO, 2010).
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Ao pensarmos no empreendedor a sua forma de se expressar será essencial para o marketing
pessoal e o relacionamento com o cliente em seu negócio, o que gerará com o passar do tem-
po maior credibilidade, confiabilidade e valor para o negócio.
11
Baseando-nos em Dornelas (2005), apresentamos, na sequência, etapas que devem ser
estudadas pelo empreendedor que deseja obter sucesso no planejamento financeiro de
um negócio:
• investimentos fixos;
• estoque inicial;
• caixa mínimo;
• investimentos pré-operacionais;
• investimento total;
• faturamento mensal;
• custo unitário;
• custos de comercialização;
• apuração do custo de MD e/ou MV;
• custos de mão-de-obra;
• custos com depreciação;
• custos fixos operacionais mensais;
• demonstrativo de resultados;
• indicadores de viabilidade.
12
Atenção!
O fluxo de caixa tem, como objetivo, verificar a saúde financeira do negócio, a fim de obter
uma resposta clara sobre as chances de sucesso do investimento no negócio. Logo, torna-se
possível compreender as movimentações financeiras em um período preestabelecido pelo
empreendedor, de forma a identificar sobras ou faltas de caixa, o que possibilita planejar e
aprimorar as ações (DORNELAS, 2005).
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FIGURA 3 – PRODUTO E SERVIÇO PARA O NEGÓCIO
Para Kotler (1998, p. 27), o “marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos
e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos
de valor com outros”. Complementando, Las Casas (2001, p. 58) afirma que “o marketing re-
presenta a área do conhecimento onde estão concentradas todas as atividades relacionadas
às relações de troca, orientada para a realização dos desejos e anseios dos consumidores”.
Portanto, é importante compreendermos que a função do marketing, mais do que qualquer
outra, é lidar com os clientes: “Entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e sa-
tisfação constitui a essência do pensamento e da prática do marketing moderno”. (KOTLER;
ARMSTRONG, 2003, p.3).
Destaca-se que a área do marketing de um negócio é responsável por criar e por manter o re-
lacionamento da empresa com o mercado e com os clientes, além de ter conhecimento sobre
o perfil do cliente; de criar orientações para o mercado; e de identificar novas oportunidades
de o negócio evitar ameaças e monitorar novas tendências (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
Na gestão do negócio, o produto significa produção, resultado, rendimento e lucro. Assim, fa-
z-se necessário que o empreendedor e os colaborados de uma organização saibam a que se
destina, para quem se destina e qual é a finalidade do produto oferecido.
O produto é considerado como algo oferecido por profissionais de marketing para clientes
com propósito de troca, nesse sentido, atribui marcas a seus produtos para diferenciá-los
dos concorrentes e para ajudar os consumidores a tomar decisões de compra (CHURCHILL
JR; PETER, 2010).
Nesse contexto, podemos considerar que um novo produto para a organização estará relacio-
nado a diferentes funções, como um produto que faz algo inteiramente novo; ao melhorar o
desempenho de uma função existente; uma nova aplicação de um produto existente; funções
adicionais a um novo nicho de mercado, como um produto existente sendo oferecido para no-
vos mercados-alvo; um produto com custo mais baixo; produto existente integrado em outro
produto; produto depreciado; ou um produto com novo estilo (CHURCHILL JR; PETER, 2010).
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Desta forma, o desenvolvimento do produto se dará por meio de algumas etapas, como:
O serviço significa ato ou efeito de servir. Poderá vir, por exemplo, por meio de um atendimen-
to telefônico, visto que se busca que o serviço seja prestado com qualidade, de forma a atrair
os clientes e a deixá-los satisfeitos após uma negociação. Os serviços oferecidos ao mercado
deverão ser informados aos potenciais clientes, indicando-lhes as características dos servi-
ços, o lançamento de novos produtos e serviços e o período em que estarão disponíveis para
os clientes (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
A respeito da análise da concorrência, é importante que os gestores identifiquem os princi-
pais concorrentes, as forças e as fraquezas, o preço, a localização, as condições de pagamen-
to, o atendimento, os serviços e as garantias oferecidas. Nesse contexto, devem-se identifi-
car quais são as características que diferenciam a empresa e o produto ou serviço dos demais
concorrentes (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
No plano operacional, o empreendedor deverá definir a análise das instalações, a região com
potencial de crescimento, o tamanho ideal do imóvel, o tipo de infraestrutura para que o ne-
gócio funcione bem, as questões contratuais de locação de imóvel, a avaliação da vizinhança,
a concorrência e a proximidade com fornecedores (DORNELAS, 2005).
15
FIGURA 4 – GESTÃO DO NEGÓCIO
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Sabemos que os clientes, atualmente, compartilham informações no Facebook, no Instagram,
no Twitter, no LinkedIn no YouTube e em outras redes sociais. Dessa forma, torna-se importan-
te e estratégico fazer marketing digital por meio das redes sociais, que se transformaram no
principal ponto de encontro entre marcas e consumidores.
As redes sociais são locais para se gerar novos negócios e para entender as necessidades dos
clientes. São, ainda, locais para acompanhar concorrentes e para compreender como o mer-
cado se comporta em meio a tanta informação.
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2.5 GESTÃO, QUALIFICAÇÃO E
VALORIZAÇÃO DE PESSOAS
A partir de agora, veremos fatores que envolvem a área de gestão de pessoas de uma orga-
nização, que pode ser definida como a junção de atitudes, de métodos, de técnicas e de prá-
ticas pré-definidas, intencionando gerenciar os comportamentos internos e potencializar os
recursos humanos das empresas (CHIAVENATO, 2009).
As organizações que buscam manter uma gestão de pessoas com perfil estratégico estabe-
lecem um novo paradigma para seus negócios com o lema “colocar a pessoa certa na organi-
zação certa”. Nesse contexto, a gestão de pessoas está baseada nos talentos da organização
e na integração de seus processos, baseando-se nos objetivos da organização e realizando
ações que contribuam para a melhoria do desempenho organizacional (CHIAVENATO, 2009).
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Sabemos que a gestão de pessoas está subdividida em algumas subáreas: administração
de pessoal; relações trabalhistas e sindicatos; saúde e segurança no ambiente de trabalho;
recrutamento e seleção; treinamento e desenvolvimento; cargos e salários; remuneração e
benefícios; desenvolvimento de competências e de habilidades; gestão de desempenho; e
clima organizacional.
O departamento de pessoal (DP) é um subsistema que tem o objetivo de “efetivar todos os re-
gistros legais e necessários para a administração burocrática exigida pelas práticas adminis-
trativas e pelas legislações que regem a relação capital e trabalho”. (MARRAS, 2009, p. 189).
A área de segurança e de saúde no trabalho visa a proteger e a prevenir riscos e danos à vida e
à saúde dos trabalhadores por meio de políticas públicas e de ações de fiscalização. Seu obje-
tivo é planejar e coordenar as ações de fiscalização dos ambientes e as condições de trabalho,
prevenindo acidentes e doenças do trabalho e protegendo a vida e a saúde dos trabalhadores
(MARRAS, 2009).
O treinamento está voltado para o condicionamento da pessoa e para a execução de tarefas,
ao passo que o desenvolvimento está voltado para o crescimento da pessoa em relação aos
conhecimentos, às habilidades e às atitudes. O plano de carreira compreende o planejamento
da carreira do indivíduo, a partir de uma formação profissional básica, geralmente identifica-
da com uma vocação profissional (MARRAS, 2009).
Os benefícios são decorrentes de cláusulas da convenção coletiva de trabalho e do plano de
serviços e de benefícios sociais oferecidos pela organização (CHIAVENATO, 2009). Trata-se de
um “conjunto de programas ou planos oferecidos pela organização como complemento ao sis-
tema de salários. O somatório compõe a remuneração do empregado” (MARRAS, 2009, p. 137).
A avaliação de desempenho está relacionada às situações de fazer o que tem que ser feito
(eficiência) e de alcançar o resultado esperado (eficácia) (MARRAS, 2009). O desempenho é
a manifestação objetiva do que um indivíduo é capaz de realizar, sendo a principal fonte de
informação que possibilitará projetar o que o indivíduo fará no futuro, pois o seu potencial se
revela no seu desempenho.
A pesquisa de clima organizacional reflete a intensidade de contentamento das pessoas com
o ambiente interno da organização. Está ligada à facilidade de comunicação interna, ao auxílio
entre as pessoas, aos relacionamentos entre as pessoas, à integração da equipe, à lealdade,
à motivação e ao interesse no trabalho (LACOMBE; HEILBORN, 2006).
19
2.6 GESTÃO DE PROCESSOS E ESTOQUE
Processos são conjuntos de atividades realizadas em uma organização com uma sequência
lógica, com a finalidade de produzir um bem ou serviço com valor para um grupo específico de
pessoas. Dessa forma, existe uma ordenação particular das atividades de trabalho no tempo e
no espaço, com começo, com meio e com fim; e com entradas e com saídas claramente iden-
tificadas (BARBARÁ, 2008).
Nesse contexto, os processos permitem que a organização tenha foco no atendimento ao
cliente e, assim, possa dirigir seus recursos e seus esforços para a melhoria contínua do aten-
dimento. Segundo Barbará (2008), busca-se, com a implementação da gestão de processos
nas organizações, os seguintes objetivos:
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• surgimento da figura do gestor de processos;
• maior sentimento de propriedade do processo;
• integração aos princípios e aos métodos da empresa;
• menos níveis hierárquicos no processo decisório;
• mais precisão e mais qualidade;
• melhor utilização dos ativos;
• mais agilidade de resposta;
• menos tempo gasto nas operações;
• descentralização da responsabilidade;
• reordenação de tarefas que agregam valor;
• eliminação de desperdícios e menor custo operacional;
• minimização de atividades que não agregam valor.
Com uma gestão de processos bem planejada e bem definida no ambiente organizacional, tor-
na-se possível a aprendizagem organizacional, o que significa ter alcance de novos conheci-
mentos, de forma variável e constante, das dinâmicas e das demandas organizacionais, tanto
de maneira direta quanto de maneira indireta, dentro e fora do ambiente.
21
Salienta-se, ainda, que os processos permitem que a organização foque o atendimento ao
cliente e, assim, possa dirigir seus recursos e seus esforços para a melhoria contínua do aten-
dimento (BARBARÁ, 2008).
Outro processo devemos destacar é a gestão de estoque. Trata-se de uma atividade impor-
tante para o controle da organização, uma vez que monitora a entrada e a saída de produtos.
Portanto, para que não ocorram problemas no estoque, é necessário manter um controle por
meio de um sistema (SLACK; CHAMBER; JOHNSTON, 2009).
Atenção!
Dessa forma, o excesso e a falta de materiais podem prejudicar o atendimento, pois a falta de
matéria-prima e de produtos pode causar sérios transtornos para o negócio, havendo a ne-
cessidade de sua reprogramação e gerando custos adicionais (GARCIA, 2006; SLACK; CHAM-
BER; JOHNSTON, 2009).
Para uma gestão de estoque eficaz, é importante observar alguns passos:
• realizar controle;
• fazer inventários;
• concentrar os fornecedores;
• movimentar matérias-primas e produtos;
• inovar;
• fazer estimativas;
• comprar conforme a saída – 80/20.
O princípio básico da Curva ABC é a regra de Pareto, conhecida como regra 80/20 e considera-
da um importante instrumento de controle e de gerenciamento de estoque. Essa regra possi-
bilita a divisão dos itens em categorias (A, B e C), o que resulta na representatividade de cada
produto em relação aos investimentos realizados no estoque da empresa (SLACK; CHAMBER;
JOHNSTON, 2009).
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Resumo do curso
Neste curso, você aprendeu que, ao iniciarmos um negócio, podemos adotar a ferramenta
plano de negócios, cujo uso orienta o empreendedor a detalhar informações do ramo, dos pro-
dutos, dos serviços, dos clientes, dos fornecedores, dos concorrentes e, principalmente, das
forças e das fraquezas do negócio.
Além disso, compreendemos como funciona a ferramenta Canvas, cujas nove dimensões con-
têm os três pilares conceituais de um modelo de negócios: (1) proposta de valor; (2) segmento
de clientes; (3) canais; (4) relacionamento com clientes; (5) atividades principais; (6) recursos
principais; (7) parcerias principais; (8) estrutura de custos; e (9) fontes de receitas.
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