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Plano de Negócio
Sumário
1 Introdução3
2 DEFINIÇÃO PARA PLANO DE NEGÓCIOS4
2.1 FORNECEDORES E ESTRATÉGIA COMERCIAL 8
2.2 PLANO DE MARKETING9
2.3 COMO A INTERNET E AS MÍDIAS SOCIAIS IRÃO
TE AJUDAR10
2.4 CAPTAÇÃO DE CLIENTES E FIDELIZAÇÃO12
2.5 NOÇÕES DE GERENCIAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
12
2.5.1 Estrutura da empresa13
2.5.2 Equipe de Recursos Humanos 17
2.6 PLANO FINANCEIRO18
2.7 ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO E RENTABILIDADE
19
2.8 BUSINESS PLAN E CAPTAÇÃO DE INVESTIDORES
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Resumo do curso22
Referências23
Módulo 1
Como elaborar um Plano de Negócio
1 Introdução
Na primeira etapa deste material, abordaremos a respeito da definição do plano de negócios,
o qual é um guia com informações detalhadas para que o empreendedor possa transformar
suas ideias e projetos em um negócio real e em funcionamento.
Na sequência, estudaremos os fatores que compõem as etapas de um plano de negócios, que
são: a análise de mercado, o plano de marketing, o plano operacional, a estrutura da empresa,
a equipe de recursos humanos, o plano financeiro e, por fim, a análise do plano de negócios.
2 DEFINIÇÃO PARA PLANO
DE NEGÓCIOS
Iniciamos nossos estudos compreendendo a definição do plano de negócios, sendo con-
siderado tal qual um guia que contém informações detalhadas para que o empreendedor
possa transformar suas ideias e projetos em um negócio real e em funcionamento. No mo-
mento em que o empreendedor decide por um novo negócio, ou expandir um que já tem, o
plano de negócios será uma forma de orientar e planejar suas ideias, de forma a verificar a
viabilidade do negócio.
E o que isso significa?
Na prática, ao se estudar a abertura de um negócio, torna-se necessário que o empreendedor
detalhe as informações sobre o ramo, ou a área do negócio, os produtos e os serviços que se
pretende oferecer, os potenciais clientes, os possíveis fornecedores de produtos, ou de maté-
ria-prima, os concorrentes diretos e indiretos de seu negócio e quais as forças e as fraquezas
o futuro negócio possui (DEGEN, 1989; DORNELAS, 2008).
Agora, vamos entender quem é o empreendedor?
O empreendedor é o indivíduo que desenvolve habilidades e competências voltadas para criar,
abrir e gerir um negócio, de forma a obter resultados positivos. Segundo Dolabela (2006), o
empreendedor é um agente de mudanças no mercado, associado ao desenvolvimento da eco-
nomia, à inovação de produtos, aos serviços, aos processos e sempre atento às novas oportu-
nidades e necessidades do consumidor.
Na prática, os empreendedores são indivíduos criativos, autoconfiantes, motivados, com for-
te poder de comunicação, flexíveis em situações novas, ou conflituosas, com forte energia e
capacidade para agir de forma adequada e ética sobre a realidade. Ademais, eles possuem
integridade em suas decisões e atitudes, poder de liderança para lidar com as pessoas e suas
equipes (DORNELAS, 2008).
Vale ressaltar que os empreendedores possuem a habilidade, para manter um bom relaciona-
mento interpessoal, tem o poder de negociação com as partes envolvidas, perseverança em
suas opiniões e decisões, persuasão frente às suas ideias e posicionamento, apresentam ca-
pacidade, a fim de planejar, executar e gerir através de processos organizados, sistemáticos
e eficazes (DORNELAS, 2008; BRITO; PEREIRA; LINARDI, 2013).
Para eles, torna-se importante projetar e executar o plano de negócios de forma a descrever
os objetivos do negócio e de que forma poderão ser colocados em prática para que os objeti-
vos sejam alcançados, promovendo, assim, a diminuição dos riscos e incertezas no momento
de se tomar a decisão por abrir o negócio, ou seja, o desenvolvimento do plano de negócios
permitirá ao empreendedor identificar e minimizar os erros que surgem ainda no papel para
que não venha a cometer no mercado (DORNELAS, 2008).
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FIGURA 1: PAPEL DO EMPREENDEDOR
Compreendemos até aqui que o plano de negócios permite ao empreendedor formalizar suas
ideias, oportunidades, conceitos sobre o negócio e o mercado, possíveis riscos, experiências
similares que já tenha vivenciado, estratégias para o negócio, a fim de se tornar competitivo
no mercado, fatores importantes no que se referem ao plano de marketing, de vendas, opera-
cional e financeiro, para se estudar a viabilidade da abertura do negócio (DEGEN, 1989; BRITO;
PEREIRA; LINARDI, 2013).
Ademais, é importante entendermos que o plano de negócios poderá ser desenvolvido por
empresas que já estão consolidadas no mercado, mas que desejam se reestruturar, de
forma que possam melhorar suas estratégias frente às necessidades e demanda do mer-
cado, ou impulsionar o desenvolvimento de seu negócio, tonando-se cada vez mais com-
petitivo e atrativo para os clientes e para o empreendedor (MALHEIROS; FERLA; CUNHA,
2005; BERNARDI, 2012).
Por conseguinte, segundo Dornelas (2008), nesse contexto, o plano de negócios apresenta os
seguintes objetivos:
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• Transmitir credibilidade, baseado em um estudo minucioso sobre todo o funciona-
mento e estrutura de uma empresa;
• Desenvolver a equipe de gestão, sendo estudadas possíveis programas, treinamentos
e capacitação das pessoas envolvidas na empresa.
Nesse viés, podemos refletir a respeito do plano de negócios, sendo levantadas as seguintes
questões: em que negócio você está? O quê você vende? Qual é o seu mercado alvo?
Ao estruturar um plano de negócios, torna-se necessário nos questionarmos sobre cada
detalhe para o funcionamento de uma empresa. Dessa forma, será necessário seguir, ou
adotar um dos modelos para plano de negócios apresentados pelos diversos autores na li-
teratura, conforme iremos estudar, não havendo um modelo somente, ficando a critério de
cada empreendedor qual o modelo seguir, porém, é importante compreendermos quais in-
formações serão necessárias e como levantar as informações no momento da elaboração
do plano de negócio.
Para isso, evidenciaremos aqui a metodologia Canvas (Business Model Canvas) voltada à ela-
boração do plano de negócio, a qual contém nove dimensões que apresentam os três pilares
conceituais da definição de modelo de negócios, segundo Osterwalder e Pigneur (2010):
• Proposta de valor;
• Segmento de clientes;
• Canais;
• Relacionamento com clientes;
• Atividades principais;
• Recursos principais;
• Parcerias principais;
• Estrutura de custos;
• Fontes de receitas.
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FIGURA 2: MODELO CANVAS
Além disso, também podemos abordar a estrutura do plano de negócios. Segundo Dornelas
(2008), esse documento apresentará: capa, sumário, sumário executivo, produtos e serviços,
análise da indústria, plano de marketing, plano operacional, estrutura da empresa e plano fi-
nanceiro. Assim, aprenderemos sobre cada um desses elementos a seguir.
Inicialmente, a capa é a primeira parte visualizada pelo leitor, apresentando apenas informa-
ções pertinentes para o plano de negócios, dessa forma, poderá conter a logo, o nome, o en-
dereço, o telefone, o e-mail da empresa e o nome do principal executivo.
No sumário, deve-se apresentar o título de cada seção do plano de negócio e suas páginas. Já
no sumário executivo, deve-se fornecer uma visão geral do projeto, evidenciando resumida-
mente os aspectos mais importantes dele.
Nessa seção, deve-se informar a natureza do negócio, os dados dos empreendedores, a visão,
a missão, os valores do empreendimento, os setores de atividades, a forma jurídica, o enqua-
dramento tributário, o capital social, as estratégias de marketing, o processo de produção e
as fontes de recursos. Além disso, busca-se mostrar uma visão sistêmica do negócio, apre-
sentando uma ideia positiva dele, mas deixando claros as oportunidades e os riscos.
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2.1 FORNECEDORES E ESTRATÉGIA
COMERCIAL
Na etapa de análise de mercado, analisa-se a concorrência, visando a identificar as forças e
as fraquezas, o preço, a localização, as condições de pagamento, o atendimento, os serviços
e as garantias oferecidas, sendo possível examinar quais são as características que diferen-
ciam seus produtos, ou serviços das demais empresas concorrentes (DORNELAS, 2008; BER-
NARDI, 2012).
Nota
Além disso, busca-se analisar o cliente, visto que, para que seja viável a abertura do negócio,
é de extrema importância identificar as necessidades do cliente e entender como o segmento
está se comportando no mercado, pois, através dessas análises, os empreendedores terão
uma visão de como a empresa atuará no mercado.
Tendo essa visão delimitada, é possível construir as estratégias para a sua consolidação.
Ademais, nessa etapa, analisa-se o fornecedor, ou seja, mapeiam-se as principais empresas
que poderão lhe fornecer matéria-prima, insumos, mercadorias e serviços. Além disso, é pre-
ciso estudar os melhores prazos para entrega, preço, formas de pagamento e melhor locali-
zação, para facilitar a logística de entrega (SEBRAE, 2013).
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2.2 PLANO DE MARKETING
Na etapa referente ao plano de marketing, o empreendedor busca demonstrar as estratégias
de marketing que serão utilizadas pela empresa, como: produto e serviço, preço, estratégias
promocionais, estrutura de comercialização e localização do negócio. Além disso, é impor-
tante que o empreendedor informe as expectativas e projeção de vendas.
9
FIGURA 4: ANÁLISE DA INDÚSTRIA
Nesse contexto, o empreendedor também deverá considerar o preço que o cliente estará dis-
posto a pagar pelo que irá oferecer, visto que, ao determinar o preço, o empreendedor deverá
considerar quais serão os custos do produto, ou serviço. Além disso, ao se estudar o quanto
o cliente estará disposto a desembolsar, poderá verificar ainda se o preço estará compatível
com aquele praticado pelo concorrente direto (SEBRAE, 2013).
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Destaca-se aqui o uso da internet e das redes sociais como forma de aprimorar as estratégias
de marketing digital das empresas e de promover uma comunicação com todos os envolvidos
no negócio. Assim, dependendo da estratégia e da metodologia adotada em relação ao mar-
keting digital, é possível gerar uma estratégia que proporcione um posicionamento orgânico
de qualidade na internet e uma repercussão promissora na mídia convencional.
Ao se concretizar isso, também é interessante relacionar tal estratégia aos canais de dis-
tribuição adotados na empresa, ou seja, o conjunto de ações destinadas a fazer com que os
produtos, ou serviços cheguem até os clientes com eficiência e eficácia (CHURCHILL JR;
PETER, 2010).
Desta forma, nessa etapa, é importante que o empreendedor defina o planejamento do mar-
keting digital direcionado às atividades realizadas de forma on-line em seu negócio, sem se
esquecer de examinar o ambiente de marketing macro e micro, bem como o ambiente interno
e externo da organização.
Além disso, vale ressaltar que, em um negócio, o marketing digital é considerado uma impor-
tante ferramenta para os empreendedores, sobretudo, para apresentar a marca, os seus pro-
dutos e serviços ao mercado e aos seus clientes. Dessa forma, estabelecer o planejamento de
marketing digital é uma etapa muito relevante para o empreendedor.
Inclusive, ao se fazer isso, sugere-se utilizar outra ferramenta, a chamada Análise SWOT. O
objetivo dela é realizar uma análise interna e externa da organização e do mercado, identifi-
cando as forças (eventos que contribuirão na estratégia da organização), as fraquezas (os que
tendem a dificultar), as oportunidades (referem-se a tudo que poderá promover a organiza-
ção) e as ameaças (tudo que poderá intimidá-la) (LEITE; GASPAROTTO, 2018).
Por último, ainda podemos citar outras ferramentas do marketing digital, a fim de alcançar
os objetivos e as metas definidas pelo empreendedor em seu planejamento, como: o e-mail
marketing, as redes sociais, o blog e os demais recursos de busca e propagandas (Adsense).
Inclusive, no caso das redes sociais, existem ferramentas específicas para a gestão delas no
mercado que poderão ser adotadas pelo empreendedor, como: Sprout Social, Buffer, Canva,
HowSociable, BuzzSumo, Quintly, Hootsuite e Google Analytics.
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2.4 CAPTAÇÃO DE CLIENTES E
FIDELIZAÇÃO
Outro estudo importante nessa etapa se refere à estratégia da empresa para captação de
cliente e fidelização do mesmo, visto que o marketing de relacionamento é uma ferramenta
importante e focada no cliente e em sua valorização. Para isso, é imprescindível criar estraté-
gias, para chamar atenção e conquistar sua fidelidade. Aliás, nesse viés, sabe-se que as redes
sociais se tornaram uma das maiores influências na tomada de decisão de um cliente no mo-
mento da aquisição de um produto, ou serviço (KOTLER, 2017).
Assim, com o uso das redes sociais, os clientes acreditam mais no influenciador digital que
fez uma propaganda do que na comunicação, ou publicidade realizada pela empresa. Dessa
forma, observa-se que o avanço da tecnologia gerou sim oportunidades de crescimento para
o mercado e as empresas, visto que permitiu que se reinventassem e identificassem novas
oportunidades de mercado, mas é preciso ter o cuidado com as informações e os conheci-
mentos que são gerados de forma rápida, principalmente, ao serem avaliados pelos clientes
em uma rede social, ou plataformas digitais.
12
FIGURA 5: PLANO OPERACIONAL
13
FIGURA 6: ORGANOGRAMA FUNCIONAL
Presidência
Regional Norte
Setor de Caixa
Setor de Vendas
• Ambiente interno: dividido entre forças e fraquezas, trata-se de uma etapa delicada
do processo de planejamento, visto que demanda uma avaliação crítica a respeito de
procedimentos estabelecidos internamente na organização;
• Ambiente externo: dividido entre oportunidades e ameaças, permite que se identifi-
que e monitore as oportunidades, sendo os pontos positivos da organização, e suas
ameaças, os pontos negativos da organização.
Salienta-se que, por meio da ferramenta da Análise SWOT, o empreendedor poderá estudar o
ambiente externo da organização, incluindo clientes, fornecedores, concorrentes, governo e
demais interessados pelo negócio (FERNANDES et al., 2013).
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Outra ferramenta importante para ser adotada pelo empreendedor em seu planejamento será
o 5W2H, a qual é responsável pela elaboração do plano de ação, tendo como norte identificar
os objetivos da empresa de forma ampla e relacionar com as metas já definidas, o que facili-
tará na tomada de decisão de forma mais eficiente.
Por meio da ferramenta 5W2H, o empreendedor poderá gerar um relatório em forma de co-
lunas com títulos diferentes e por meio de cinco perguntas que iniciam com W e duas com H
a respeito do seu negócio e suas ações (MEIRELES, 2001), as quais podem ser vistas abaixo:
• What? (o que?);
• Why? (por quê?);
• Where? (onde?);
• When? (quando?);
• Who? (quem?);
• How? (como?);
• How much? (quanto?).
2H
15
É importante compreendermos também a importância do fluxograma e a sua função no am-
biente organizacional, visto que ele se configura como “[...] um gráfico universal, que repre-
senta o fluxo ou a sequência normal de qualquer trabalho, produto ou documento” (CURY,
2017, p. 340).
Assim, o fluxograma permite que se alcance a qualidade no processo da empresa, apresen-
tando a sequência de uma atividade de forma analítica, caracterizando as operações, apre-
sentando os responsáveis, ou as unidades organizacionais responsáveis pelo processo, faci-
litando a visualização dos processos da empresa por todos os profissionais envolvidos. Dessa
forma, torna-se possível reduzir possíveis falhas e apontar melhorias nos processos e poten-
cializar melhores resultados para o negócio.
Início
Cliente chega
e faz pedido
Espera S Continua N
Venda perdida
longa esperando
N S
Cliente coloca
pedido
Cliente espera
pedido
Espera S Continua N
Venda perdida
longa? esperando?
N S
Pedido chega
Pedido N Espera S
correto? outra?
S N
16
2.5.2 Equipe de Recursos Humanos
O empreendedor necessitará estudar o plano de Recursos Humanos o que abrange algumas
funções e atribuições nessa área de suma importância para a empresa. Logo, deve-se definir
como será o processo de recrutamento e seleção de novos colaboradores, quais programas
de treinamento e desenvolvimento serão implementados, a fim de capacitar as pessoas sem-
pre que necessário, como será definida a área de administração de pessoas, a necessidade
de se implementar pesquisa de clima organizacional e qual a sua periodicidade, como imple-
mentar programas para a avaliação de desempenho dos colaboradores, programas de higiene
e segurança no trabalho, além de ser preciso estudar políticas de responsabilidade socioam-
biental para a empresa.
Nota
A pesquisa de clima organizacional, por exemplo, permite que colaboradores e gestores iden-
tifiquem e compreendam pontos falhos que passam por despercebido, mas que poderá in-
fluenciar de forma negativa nas rotinas diárias da organização (LUZ, 2008).
A implementação de um programa de avaliação de desempenho tem como objetivo avaliar
cada profissional envolvido no processo da empresa, identificando possíveis erros cometidos
e buscando estratégias como forma de melhorar o desempenho, diminuir falhas no processo
e alcançar a qualidade nos serviços prestados (LUZ, 2008).
O Programa de higiene e segurança no trabalho implementado em uma empresa, por exemplo,
está baseado em um conjunto de normas e procedimentos que tem como objetivo proteger a
integridade física e mental dos colaboradores da empresa sobre possíveis riscos de saúde re-
lacionados às suas tarefas e atividades do cargo, assim como prevenir sobre doenças mentais
e emocionais, de forma a alcançar a qualidade de vida das pessoas (LUZ, 2008).
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2.6 PLANO FINANCEIRO
Na etapa de estudo do plano financeiro, o empreendedor deve informar inicialmente qual o
capital que pretende aplicar ao negócio, descrevendo a estimativa do capital de giro de esto-
que inicial e caixa mínimo, quais serão os investimentos pré-operacionais e totais, sendo es-
tudada a aquisição de máquinas e equipamentos, móveis e veículos por exemplo. Além disso,
é importante que se estudem as despesas para legalizar o negócio, obras e reformas, divul-
gação, cursos e treinamentos, bem como registro de marcas e patentes (DORNELAS, 2008).
Aliás, vale a pena compreender melhor o que significa o caixa mínimo. Esse elemento quer di-
zer o capital de giro próprio que será necessário para que o empreendedor possa movimentar
o seu negócio, ou seja, representa o valor em dinheiro que precisará ter disponível, para cobrir
os custos até que as contas a receber de clientes entrem no caixa (SEBRAE, 2013).
No entanto, para que o empreendedor consiga calcular essa necessidade líquida de capital de
giro, será preciso que sejam definidos os prazos médios de vendas, compras e estocagem. E
como obter essas informações? Elas poderão ser pesquisadas junto aos concorrentes e for-
necedores, visto que, no momento das vendas, eles financiarão os clientes por meio de prazos
para pagamentos (SEBRAE, 2013).
Importante
Nesse contexto, existe ainda a estimativa para o custo da depreciação de máquinas, equi-
pamentos e ferramentas, que, com o passar do tempo e uso, irão se desgastar, ou ficarão
ultrapassadas, o que torna necessária a compra de novas. Logo, calcula-se também no plano
financeiro o valor da depreciação (SEBRAE, 2013). E como calculá-lo? Para isso, deve-se:
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O empreendedor precisará descrever a estimativa de faturamento a respeito de venda de pro-
dutos, ou serviços, baseando-se no estudo de custo unitário e de comercialização, custos
com impostos federais e estaduais, mão-de-obra, depreciação, custos fixos operacionais
mensais com comissões, propaganda, cartões de crédito e demais despesas que poderá ter
a empresa.
Além disso, o plano financeiro permitirá ao empreendedor identificar a viabilidade do negó-
cio, possibilitando analisar de uma forma mais detalhada a respeito de cada item que será ne-
cessário estudar para a abertura do negócio, assim como, permitirá projeções futuras para o
negócio (DORNELAS, 2008).
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Outro fator importante a ser estudado pelo empreendedor no plano de negócio são os indica-
dores, que permitirão analisar a viabilidade do negócio, sendo formada pelo Ponto de Equilí-
brio, Lucratividade, Rentabilidade e Prazo de Retorno do investimento. O Ponto de Equilíbrio é
considerado como o indicador de segurança do negócio, permitindo identificar a quantidade
de serviços prestados que uma empresa precisa realizar, de forma a cobrir seus custos e suas
despesas para então ter lucro. Já o cálculo do payback poderá ser realizado por meio de uma
fórmula simples, sendo dividido o investimento inicial já calculado pelos ganhos no período
(SEBRAE, 2013).
O estudo do Valor Presente Líquido, ou VPL, almeja calcular se determinado investimento
será viável para a empresa ou não, o que permite à empresa decidir se aplicará determinada
receita em um investimento específico, sendo calculada da seguinte forma. Já o estudo da
Taxa Interna de Retorno, ou TIR, visa a calcular o percentual de retorno financeiro do negó-
cio (SEBRAE, 2013).
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Citamos aqui alguns tipos de investidores presentes no mercado e atentos ao negócio nas-
cente ou em expansão, como:
• Investidor Anjo: aquele que está atento e pronto a investir em negócios inovadores em
fase nascente;
• Incubadoras: referem-se à investidores que atuam a partir de projetos, a fim de criar
ou desenvolver pequenas ou microempresas nas primeiras etapas da empresa;
• Aceleradoras: são investidores que procuram empresas com produtos ou serviços
em fase nascente e que precisem de apoio financeiro, em troca de uma participação
acionária da empresa;
• Capital Semente: aquele investidor que já possui uma ação de mercado mais definida
sobre um negócio;
• Venture Capital: são investidores que procuram empresas com um bom faturamento
e forte potencial de crescimento;
• Private Equity: são investidores que visam grandes empresas com alto faturamento
com propósito de abrir capital na bolsa ou explorar fusões;
• Sócio: trata-se de um parceiro para a abertura ou expansão do negócio, mas que
apresenta capital para investir no negócio;
• Empréstimo Bancário: forma de captar investimento, com Bancos que oferecem
linhas de crédito voltadas para pequenas e médias empresas, porém, com juros
abusivos.
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Resumo do curso
Neste curso, você aprendeu sobre a definição e a importância de um plano de negócios, sendo
uma ferramenta capaz de detalhar e transformar ideias e projetos de um empreendedor em
um negócio real e em funcionamento no mercado, tornando-se uma forma de orientar e pla-
nejar suas ideias de forma a verificar a viabilidade do negócio.
Compreendemos que, na prática, ao se estudar a abertura, ou a ampliação de um negócio,
torna-se necessário que o empreendedor detalhe as informações a respeito dos produtos e
serviços que pretende ofertar ao cliente, análise da indústria, plano de marketing, plano ope-
racional, estrutura da empresa e plano financeiro. Além disso, vimos que, ao finalizar o es-
tudo de um plano de negócios, torna-se importante realizar simulações sobre os valores en-
contrados, resultados esses pessimistas, ou otimistas, mas que, a partir dos dois cenários, o
empreendedor consiga definir novas ações, para prevenir situações, ou potencializar quando
forem favoráveis ao negócio.
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Referências
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