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DESENVOLVIMENTO
AULA 2
CONTEXTUALIZANDO1
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Elaborado com base em Freire, 2014.
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TEMA 1 – DEFINIÇÕES DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
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adaptando o indivíduo a um cargo ou função. O treinamento envolve-se mais
com a preparação para a função na área operacional.
Portanto, podemos dizer que o treinamento é qualquer atividade que
contribua para tornar uma pessoa apta a exercer uma função ou tarefa. Esses
processos são de curto prazo, aplicados de maneira sistemática para que as
pessoas adquiram conhecimentos e habilidades em função de objetivos
específicos, como preparar as pessoas para a execução imediata de tarefas do
seu cargo. Em última análise, o treinamento irá desenvolver competências que
permitem ao trabalhador melhorar o seu desempenho, a sua produtividade e sua
capacidade de inovação. Assim, o alcance dos objetivos organizacionais é
favorecido.
Por sua vez, o desenvolvimento foca o futuro, os cargos a serem
ocupados a médio ou longo prazo, aperfeiçoa a pessoa para uma carreira.
Desenvolver pessoas é incentivar o autodesenvolvimento para a busca de
renovação dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes. Via de regra, o
desenvolvimento focaliza atividades de cunho comportamental.
O processo de desenvolvimento inclui o treinamento, mas vai além. Ele
contempla uma linha de crescimento para que o indivíduo esteja preparado para
novos desafios. De acordo com Lotz e Gramms (2012), pensar o
desenvolvimento de pessoas significa refletir acerca de experiência, vivências e
capacidades individuais, em um processo desenvolvido ao longo da vida do
indivíduo. Ainda para as autoras, isso ocorre porque os ganhos pessoais
ampliam a visão que o indivíduo tem do mundo e se refletem na trajetória e no
resultado profissional dessa pessoa.
Dessa forma, a preocupação com o desenvolvimento deve ser das
organizações, mas também das pessoas de forma individual. O investimento em
desenvolvimento traz diversos benefícios para as organizações e para as
pessoas, como:
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• Permite que as práticas de treinamento e desenvolvimento sejam
adequadas às diferenças individuais dos aprendizes.
• Enfatizam técnicas grupais e solidárias.
• Favorecem a motivação e a realização pessoal.
• Geram a incessante busca pela excelência.
• Permitem o compartilhamento de informações.
Leitura obrigatória
Leia o capítulo 1 do livro: FREIRE, D. A. L. Treinamento e
Desenvolvimento em Recursos Humanos: encenando e efetivando
resultados. Curitiba: InterSaberes, 2014.
Saiba mais
Conheça mais sobre a diferença entre Treinamento e Desenvolvimento,
consultando os links:
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• <http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/as-diferenas-entre-treinamento-e-
desenvolvimento>;
• <http://www.jrmcoaching.com.br/blog/qual-a-diferenca-entre-
treinamento-e-desenvolvimento-de-pessoas>;
• <http://destinonegocio.com/br/gestao/conheca-a-diferenca-entre-
treinamento-e-desenvolvimento>.
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das pessoas. Cada uma dessas dimensões irá apresentar diferentes
necessidades de treinamento.
A análise da organização ocorre com base no diagnóstico de toda a
empresa, do ambiente, das estratégias e dos recursos, a fim de determinar o que
enfatizar com o treinamento. Existem mudanças gerais que demandam
treinamentos, independente da área funcional do empregado. Por exemplo, se a
área geográfica na qual a empresa está instalada passa a ser uma área de risco
de terremotos, todas as pessoas da organização precisam ser treinadas sobre
procedimentos de segurança em casos de terremotos.
A análise das tarefas envolve o estudo das competências
(conhecimentos, habilidades e atitudes) exigidas para os diversos cargos da
organização para que as tarefas possam ser executadas. Isso significa que
pessoas que ocupam determinado cargo deverão passar por algum tipo de
treinamento específico para que possam realizar o seu trabalho. Por exemplo,
se toda a área de produção de uma empresa utiliza um determinado sistema
tecnológico para a produção, todas as pessoas que trabalham nessa área
precisam passar pelo treinamento do sistema, independentemente de seus
conhecimentos e habilidades prévias na área de produção.
A análise das pessoas está relacionada ao estudo do perfil dos
empregados, quais são conhecimentos, habilidades e atitudes prévios e quais
precisa desenvolver para a melhor execução de suas tarefas. Mesmo que um
cargo tenha um requisito básico obrigatório, exigindo que todos os seus
ocupantes tenham determinado conhecimento, pode ser que na execução da
tarefa uma pessoa demonstre mais habilidade que outra – o que faz com que
aquele indivíduo especificamente deva ser treinado. Por exemplo, para contratar
os vendedores da minha empresa posso exigir que todos tenham formação
superior e experiência com vendas, mas no dia a dia de trabalho observo que
um dos meus vendedores possui dificuldades com cálculos, o que prejudica suas
negociações. Nesse caso, posso enviar apenas esse funcionário para um
treinamento de cálculo aplicado.
Além da análise dessas três dimensões, existem algumas situações que,
por si só, demonstram a necessidade de um programa de treinamento e
desenvolvimento. Isto é, alguns acontecimentos na empresa, ligados a
necessidades futuras ou passadas, indicam que treinamentos devem ocorrer.
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Eventos que ainda não ocorreram, mas estão previstos para acontecer,
irão provocar mudanças estruturais e comportamentais, exigindo a organização
de programas de treinamento. Dentre essas necessidades chamadas de futuras,
temos:
• queda na produtividade;
• aumento no número de defeitos ou erros;
• problemas de comunicação;
• problemas de relacionamento;
• grande número de acidentes de trabalho;
• atendimento deficiente ao cliente;
• pouca cooperação no trabalho;
• má administração do tempo;
• aumento do número de reclamação de clientes.
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indicar necessidade de treinamentos individualizados para que o
colaborador possa desenvolver melhor o seu trabalho.
• Observações: a observação da rotina de trabalho pode indicar
necessidades de melhoria de processos e procedimentos e resultar em
indicações de programas de treinamento individuais ou grupais.
• Questionários: com a aplicação de questionários aos colaboradores, eles
mesmos podem indicar os treinamentos dos quais sentem necessidade
para melhor desenvolver o trabalho.
• Reuniões: as reuniões com gestores ou departamentos podem ter o
mesmo resultado dos questionários, nos quais as pessoas indicam os
treinamentos de que sentem falta ou que indicam para a sua equipe.
• Entrevista de Desligamento: a entrevista realizada com colaboradores que
são demitidos ou pedem demissão nos ajuda a entender melhor a
organização e identificar falhas que podem ser corrigidas por meio de
programas de treinamento e desenvolvimento.
• Análise de Cargos e Funções: a comparação entre a descrição de cargo
e os conhecimentos, habilidades e atitudes que o funcionário possui
evidencia os treinamentos necessários para o seu bom desempenho.
• Análise dos resultados dos treinamentos: após a realização de
treinamento, este deve ser avaliado e, a partir disso, novas carências ou
novas necessidades podem ser identificadas.
• Pesquisa de Clima Organizacional: essa pesquisa avalia o nível de
satisfação dos colaboradores em relação à organização, à gestão e ao
trabalho, podendo indicar necessidades de treinamento.
Leitura obrigatória
Leia o capítulo 2 do livro: FREIRE, D. A. L. Treinamento e
Desenvolvimento em Recursos Humanos: encenando e efetivando
resultados. Curitiba: InterSaberes, 2014.
Saiba mais
Leia o artigo “Levantamento de Necessidades de Treinamento: reflexões
atuais” de Pedro Paulo Murce Meneses e Thais Zerbini, disponível no link:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/view/2644/5079>.
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TEMA 3 – DEFINIÇÃO DO PLANO E DO PROGRAMA DE TREINAMENTO
• título do evento;
• objetivo;
• público-alvo;
• conteúdo programático;
• período, data, duração total em horas;
• local do evento;
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• metodologia, didática do curso, técnicas que serão aplicadas;
• recursos necessários;
• forma de avaliação a ser realizada;
• instrutor;
• custo previsto.
Conteúdo do treinamento:
Módulo 1 - 4 horas
- Filmagem dos participantes
- Teoria sobre técnicas de oratória
- Exercícios práticos de oratória
Módulo 2 - 4 horas
- Feedback aos alunos
- Exercícios práticos de oratória
- A oratória no processo de vendas
Metodologia:
- Exposição dialogada
- Técnicas vivenciais de oratória
- Filmagem dos alunos
- Feedback
Recursos necessários:
- Computador
- Data show
- Filmadora
Avaliações:
Filmagem dos alunos no início e no final para identificação da absorção das tecnicas
na prática
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Leitura obrigatória
Leia o capítulo 2 do livro: FREIRE, D. A. L. Treinamento e
Desenvolvimento em Recursos Humanos: encenando e efetivando
resultados. Curitiba: InterSaberes, 2014.
Saiba mais
Confira algumas dicas para montar um treinamento acessando o link:
<https://www.skillhub.me/blog/como-fazer-um-treinamento-empresarial>.
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• Treinamento presencial realizado por uma consultoria na versão in
company: treinamento realizado por consultoria externa em que todos os
alunos são de sua empresa.
• E-learning de prateleira: treinamento feito por meio da internet, com
assunto geral e não específico da sua empresa.
• E-learning customizado: treinamento feito por meio da internet,
desenvolvido conforme a sua necessidade.
• On the job: treinamento prático, ministrado no local e no dia a dia de
trabalho.
• Job rotation: forma de treinamento ou qualificação em que o profissional
troca de função para conhecer todo o processo.
• Manual de autotreinamento: autotreinamento em papel.
A primeira etapa deste passo será escolher alguns fornecedores que irão
conhecer a sua necessidade e apresentar uma proposta de trabalho. A partir
disso, você poderá analisar o custo-benefício de cada proposta e optar por
aquela que agregue mais valor à sua organização.
Diversos fatores podem influenciar essa decisão, como por exemplo: o
fornecedor ser uma entidade reconhecida, ser especialista no conteúdo proposto
ou no meio em que o treinamento acontecerá, ter uma metodologia diferenciada,
oferecer customização, viabilidade econômica etc. Portanto, a escolha deve
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priorizar aquele fornecedor que for mais adequado à necessidade e aos objetivos
do seu projeto.
O sexto passo consiste na convocação dos alunos, o que pode ser feito
utilizando múltiplas estratégias e recursos da organização. Existem,
basicamente, dois caminhos para chamar os participantes.
A primeira delas é a convocação. Quando convocamos um colaborador,
significa que a sua presença é obrigatória, ele não poderá escolher se quer ou
não participar – ele deve participar.
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A outra possibilidade é o convite. Nesse caso, os treinamentos podem ser
amplamente divulgados a todos os colaboradores, e apenas aqueles que tiverem
interesse irão participar.
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• Avaliação da Aplicação da Aprendizagem no Trabalho: essa avaliação só
poderá ser feita em um determinado período após o treinamento – de uma
semana a um ano – para verificar se o treinando está aplicando os
conhecimentos na prática.
• Avaliação do Retorno do Investimento: essa avaliação é feita pelos
organizadores do evento, comparando o dinheiro gasto com o resultado
concreto que o treinamento gerou.
Leitura obrigatória
Leia o artigo:
SAMPAIO, J. R.; TAVARES, K. C. Estrutura e Programas de T&D: O caso
das empresas públicas e sociedades de economia mista do estado de Minas
Gerais. Revista de Administração Contemporânea, v. 5, n. 1, 2001. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/rac/v5n1/v5n1a08>.
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Saiba mais
Leia o artigo “Planejando e Executando Treinamentos”, disponível em:
<https://administradores.com.br/artigos/planejando-e-executando-um-
treinamento>.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
19
Disponível em:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/view/2644/5079>.
Acesso em: 22 nov. 2017.
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