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SUMÁRIO
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Atualmente as organizações se utilizam do treinamento visando capacitar seus colaboradores
para que os mesmos executem suas atividades de forma eficaz. Já o desenvolvimento possibilita
que se acompanhe o crescimento dos mesmos na organização. Ambos os processos são
realizados após o recrutamento e seleção de pessoal, visto que os indivíduos selecionados para o
cargo precisam ser treinados para executarem suas tarefas. Além disso, fica evidente a
necessidade das organizações treinarem seu pessoal, devido as constantes modificações que
ocorrem no mercado, principalmente no que se diz respeito ao aprimoramento de novas
tecnologias. Em relação ao desenvolvimento, o mesmo ocorre depois do treinamento, é nesse
processo que as atividades que os indivíduos executam na organização são acompanhadas, sendo
que esse acompanhamento proporciona que haja o crescimento dos mesmos na organização.
Treinamento
Refletido nas considerações de Boog (2007), supõe-se que o treinamento é um processo onde se
promove a aquisição de conceitos, aprendizado, habilidade ou atitudes que tenha como resultado a
melhoria dos colaboradores diante das exigências do mercado de trabalho e de seus papéis na
organização. O treinamento é uma atividade chave para o sucesso de uma organização, os
colaboradores precisam aprender novas habilidades e exercer melhor as que já sabem para participar
construtivamente das atividades organizacionais. A dedicação ao treinamento é importante nas
empresas, porém deve vir acompanhado de motivação, para assim alcançar resultados mais
rapidamente.
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Treinamento de recursos humanos é um processo que busca desenvolver as
competências necessárias para exercer o seu trabalho. O treinamento de recursos
humanos pode aprimorar as competências que um profissional já possui, quanto
desenvolver competências novas. O treinamento é orientado para o presente
focalizando o cargo actual e buscar melhorar as habilidades e as competências
relacionadas com o desempenho imediato no cargo.
Para Milkovich e Bourdreau (2010) conceituam o treinamento como sendo um processo
sistematizado com o intuito de promover a aquisição de habilidades, regras e atitudes
resultando numa melhor adequação entre as características dos colaboradores e as
exigências diante de sua função.
Para Dessler (2003), treinamento é um conjunto de métodos para transmitir aos
funcionários novos e antigos, habilidades necessárias para o desempenho do trabalho.
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instrutor e o treinando deve ser clara e objectiva de modo a atrair a atenção dos
treinandos, neste caso o instrutor deve ser um profissional dotado de conhecimentos,
habilidades de modo a se obter os melhores resultados. Portanto, o instrutor deverá
evitar ruídos na comunicação de modo a motivar os treinandos. O instrutor deverá fazer
o planeamento, a preparação do conteúdo e aplicar o recurso de aprendizagem tendo
em vista o objectivo do treinamento.
O treinamento quanto ao número de pessoas pode ser: individual ou grupal.
Quanto as formas, o treinamento pode ser: Presencial ou a distância.
No que toca aos recursos do treinamento podemos destacar, os recursos áudio
visuais como por exemplo o retroprojetor; os recursos visuais impressos como por
exemplo o quadro de escrever, os cartazes, bloco de papel. Quanto as secções de
treinamento podem ser feitas no formato de palestras, conferências, debates,
seminários.
Tipos de treinamento
Existem diferentes tipos de treinamento de recursos humanos, com isso as empresas
podem podem adaptar-se ás melhores estratégias de acordo com os seus objectivos e
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particularidades para tirar o máximo possível dos seus funcionários. No que se refere
aos tipos de treinamentos destacam-se os seguintes:
Treinamento comportamental: Tem como principal objectivo aperfeiçoar
atitudes e comportamentos dos funcionários, esse tipo de treinamento ajuda a
promover o engajamento e a motivação no trabalho.
Treinamento de integração: Permite criar um vínculo mais rápido entre as
pessoas recém contratadas e as suas novas actividades; permite ainda
aproximar o funcionário da equipe com qual ele vai interagir. Este tipo de
treinamento permite transmitir a missão, visão, valores da organização, cultura
organizacional, e tudo o que o funcionário precisa saber sobre suas
responsabilidades e expectativas na empresa.
Treinamento corporativo: O objectivo é desenvolver habilidades específicas do
funcionário para melhorar o desempenho de toda organização.
Treinamento de liderança: Esse tipo de treinamento tem como objectivo ajudar
os gestores e os líderes a desenvolverem competências, habilidades e planos
de acções. Uma liderança bem desenvolvida a partir do treinamento é essencial
para entregar melhores resultados e elevar a performance da empresa e alinhar
os objectivos individuais e organizacionais.
Treinamento de comunicação: É um tipo de treinamento focado no
desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores para uma
comunicação eficaz. Tem como principal objectivo, tornar as equipes mais
preparadas para lidar com vários tipos de situações e fornecer aos funcionários
boas ferramentas de comunicação que os ajudarão a desenvolver um discurso
organizado.
Treinamento de habilidades: envolve muitas tarefas relacionadas ao conteúdo
da tarefa de uma habilidade específica.
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Optimização de processos
Aumento da motivação
Retenção de talentos
Maximização da produtividade
Construção e fortalecimento de relacionamentos interpessoais
Crescimento da qualidade de vida dos colaboradores
Vantagem competitiva
Adequação á cultura organizacional
Diminuição do estresse
Desenvolvimento de habilidades e competências
Planeamento estratégico
Mudanças de atitudes e comportamentos
Elevação dos níveis de qualidade
Aumento da eficácia dos processos
Maximização da inovação
Melhoria na imagem da empresa perante os stakeholders
Ampliação da autoconfiança
Em resumo, apostar nos benefícios do treinamento nas empresas para o
aperfeiçoamento profissional dos recursos humanos é um investimento, e não uma
despesa. As vantagens são diversas, e estão interligadas de forma que estes
benefícios resultem em maior qualidade e aumento de lucros.
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O planeamento de Recursos Humanos é um processo de identificação de necessidades
relacionadas à gestão de pessoas, sendo seu objetivo o alinhamento da área de RH, e dos
colaboradores, com a estratégia da organização.
A principal atividade do setor de Recursos Humanos é alinhar as necessidades dos
colaboradores às metas da empresa, atuando como mediador para que todos estejam
satisfeitos com os resultados obtidos. O planejamento do RH é importante para prevenir erros,
eliminar problemas e aproveitar as potencialidades dos talentos.
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Planeamento de pessoal
Chiavenato (2009, p.155) define planejamento de pessoal como, “o processo de decisão dos recursos
humanos necessários para atingir os objetivos organizacionais, em determinado período de tempo.
Trata-se de antecipar qual a força de trabalho e os talentos humanos necessários para a realização da
ação organizacional futura”, e considera alguns modelos de planejamento de pessoal, dentre eles:
Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço: a necessidade de pessoal está diretamente
ligada a procura estimada de produtos e/ou serviços. Modelo baseado em segmentos de cargos:
focaliza o nível operacional da organização. Modelo de substituição de postos chaves: baseado em
mapas de substituição ou organograma de encarreiramento. Modelo baseado no fluxo de pessoal:
modelo que caracteriza o fluxo de pessoas na organização, e contribui para uma predição de curto prazo
das necessidades de pessoal. Modelo de planejamento integrado: é o modelo mais amplo e
abrangente, envolvendo quatro fatores: volume de produção, mudanças tecnológicas, condições de
oferta e demanda e planejamento de carreira.
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desempenhadas diariamente do contexto empresarial. Elas podem ser funções primárias para o RH, mas
também existem outras ações desse setor que fazem a diferença no funcionamento da empresa. Assim,
são destacadas por meio das práticas e das políticas relacionadas à forma como a empresa administra as
pessoas que fazem parte da organização. Assim, o RH é responsável também por monitorar essas
questões para, posteriormente, criar estratégias viáveis e de valor para que as capacidades dos
membros da equipe sejam incentivadas e desenvolvidas. A importância do Recursos Humanos tem se
mostrado cada vez mais essencial, pois as empresas passaram a notar uma necessidade maior de
entender os seus funcionários e de adotar práticas que valorizem o bem-estar coletivo. Como o RH cuida
de tudo aquilo que envolve pessoas e uma empresa precisa dos seus colaboradores para se desenvolver
e crescer, é possível definir que esse setor é responsável por todas as áreas da empresa, visto que o seu
impacto será total. 5 Qual a importância do planejamento de RH? Ter um bom
planejamento de RH é o ideal para que as empresas consigam desempenhar as suas funções de uma
forma mais eficiente. Como esse setor tem por responsabilidade garantir o bem-estar dos
colaboradores, eles serão ouvidos e levados em consideração para que os processos sejam adequados a
essas questões. Assim, é possível que os processos sejam realizados de forma muito mais eficiente para
a empresa. Isso acontece porque colaboradores satisfeitos conseguem desempenhar as suas funções
sem frustrações e são os maiores objetivos do setor. Levando em consideração essas questões, a
importância de contar com um bom planejamento de RH se mostra claramente. O setor é essencial para
que a empresa saiba o que fazer com os seus colaboradores para evitar que eles se sintam
desmotivados e, consequentemente, isso afete a produção da organização. Por meio de um bom
planejamento, a empresa consegue garantir que os seus funcionários estarão sendo bem-preparados e
bem capacitados para exercer as suas funções de acordo com o que é captado pelo setor de RH. Um
time que esteja totalmente focado nessas questões contará com uma organização muito maior. E a
empresa poderá, a partir desse ponto, controlar os seus aspectos positivos e negativos para solucionar
questões que estejam trazendo ineficiência aos seus processos. Dessa forma, o planejamento de RH se
faz totalmente importante para que a empresa consiga entender as suas necessidades e dos seus
colaboradores. Os responsáveis, então, serão capazes de tomar atitudes eficientes e rápidas para
solucionar os problemas antes que eles se tornem maiores. 6 Com a falta de um planejamento nesse
setor, há um enorme potencial para que os problemas da empresa acabem sendo deixados de lado e,
com o tempo, se tornem um acúmulo de questões impossíveis de serem resolvidas pela gestão. Como
montar um planejamento de RH eficiente? Após entender tudo o que é englobado no RH,
fica fácil compreender porque esse setor é tão importante para as organizações. Também se torna mais
clara a necessidade de que haja um planejamento melhor para que as tarefas do RH sejam executadas
de forma precisa. Assim, a empresa pode, a partir desse ponto, criar o seu próprio planejamento. Alguns
fatores devem ser considerados ao longo do processo e esse e-book servirá como uma base para que as
empresas e empreendedores entendam um pouco mais dessas necessidades e consigam adequar o que
será dito aos seus negócios para atingir bons resultados. O planejamento precisa ser inteiramente
formulado contando com a presença e os esforços das pessoas que fazem a gestão da empresa. Elas
terão uma visão ampla de tudo o que acontece em diferentes setores e, também, o conhecimento a
respeito das práticas adotadas pelos colaboradores, bem como dos seus desempenhos. Um roteiro
simples e que pode ser considerado para iniciar o processo de planejamento de RH será o suficiente
para dar um norte para a empresa se adaptar às mudanças necessárias e, com o tempo, aprender o que
deve ser empregado às suas demandas. 7 E
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Avaliaçao das necessidades de treinamento
Necessidades de Treinamento
Para Attwood e Ellis (1971) há dois tipos de necessidades de treinamento: (a) lacunas em
conhecimentos, habilidades e atitudes (CHAs) advindas do contexto atual de trabalho do
sujeito, que podem ser ou não reconhecidas por aqueles que as possuem; e (b)
necessidades advindas de lacunas educacionais da vida pessoal e profissional do sujeito. O
escopo desta pesquisa limitou-se a explorar as necessidades advindas do primeiro tipo
descrito. Green e Owen (2003) argumentam que as necessidades de treinamento são parte
de um processo complexo, no qual mudanças no mercado externo e nas políticas
organizacionais dão origem a um contínuo e longo processo de mudança nas competências
dos trabalhadores.
Para que a lógica do uso do conceito de necessidades de treinamento fique clara, é preciso
descrever também o que o conceito não se propõe a exprimir. Necessidades não são as
discrepâncias de competências devidas diretamente a problemas de motivação ou de
condições de trabalho. Tampouco são tópicos, temas, conteúdos, domínios, áreas de
conhecimento ou de atuação profissional, como têm sido definidas por profissionais que
realizam levantamentos de necessidades mediante aplicação de cardápios contendo listas de
nomes de cursos ou de conteúdos previamente prontos. Solicitações de treinamento verbais
e por escrito, vindas de gestores e outros profissionais de uma organização, também não
são necessidades de treinamento. A descrição de cursos, por meio da apresentação de
conteúdos pré-definidos, é muito tradicional e arraigado em ambientes acadêmicos e em
organizações de trabalho. Porém, essa prática impossibilita a formulação de expectativas
realistas sobre o que o treinando ou egresso do treinamento estará capacitado a realizar,
dizer e/ou pensar após o curso. Os resultados obtidos com práticas ad hoc de ANT têm
caráter reativo, pouco aderente ao que a organização espera do trabalhador em termos de
domínio de competências a curto, médio e longo prazo. A descrição de necessidades, em
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termos de conhecimentos, habilidades e atitudes, pode ser feita com o apoio de sistemas de
classificação de resultados de aprendizagem ou taxonomias de objetivos educacionais,
tornando a ANT e as etapas subsequentes de treinamento mais precisas e objetivas.
A análise da literatura indica o uso mais recorrente de dois termos relacionados aos
métodos de diagnóstico de necessidades de treinamento: Levantamento de Necessidades de
Treinamento (LNT) e Análise de Necessidades de Treinamento (ANT). É muito comum em
relatos de casos o uso do termo Levantamento de Necessidades de Treinamento para se
referir a ações de coleta e análise de dados, voltadas à tomada de decisões sobre demandas
educacionais e de treinamento. Porém, esse termo está associado à aplicação de
"cardápios" de cursos para o diagnóstico de necessidades de treinamento. Isto é, na prática,
dirigentes, gestores e outros profissionais da organização escolhem e solicitam treinamentos
prontos por meio de listas pré-definidas de temas e sem dados empíricos que suportem tal
decisão. Por outro lado, o termo Análise de Necessidades de Treinamento tem sido usado
para enfatizar a natureza analítica do processo de diagnóstico de necessidades e para se
referir à aplicação de modelos teóricos tradicionais de pesquisa como os de McGehee e
Thayer (1961) e Mager e Pipe (1979). Porém, o caráter descritivo das análises de
necessidades esconde o fato de que existem, além de processos analíticos, processos
avaliativos da magnitude e da prioridade de necessidades de treinamento ou hiatos de
competências.
Para Clarke (2003), ANT refere-se ao processo organizacional de coleta e análise de dados
que subsidiam a tomada de decisão acerca de quando o treinamento é a melhor opção para
aprimorar o desempenho de indivíduos, bem como definir quem deve ser treinado e qual
conteúdo deve ser lecionado. Para o autor, há relativamente poucos modelos para avaliar
necessidades de treinamento e os existentes falham em captar os fatores que embasam a
qualidade das decisões sobre ações educacionais. Os modelos de ANT existentes são
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baseados em uma visão unitarista e racional da organização e ignoram a influência das
relações sociais e das dinâmicas organizacionais nas tomadas de decisão sobre treinamento
(Clarke, 2003).
Para Wright e Geroy (1992) a ANT deve ser um processo sistemático de coleta, análise e
interpretação de dados referente a lacunas de competências individuais, de grupo e/ou
organizacionais e deve possuir sete características principais: (a) ser baseada
principalmente na cultura e na filosofia organizacional; (b) ser proativa em vez de reativa;
(c) possuir um método que possibilite a distinção entre situações que podem ser resolvidas
por meio de treinamento ou não; (d) possibilitar a participação de vários atores
organizacionais interessados e envolvidos direta ou indiretamente no treinamento; (e) ser
baseada em competências observáveis em vez de percepções de dirigentes, gestores e
profissionais; (f) considerar o uso variado de técnicas de coleta e análise de dados; e (g) ao
final, possuir uma análise de custo/beneficio. Essa definição de ANT parece ser a mais
apropriada aos propósitos desta pesquisa.
Necessidades de Treinamento
Definições claras e objetivas de necessidades de treinamento (lacunas de competências)
subsidiam a elaboração de modelos e instrumentos de ANT, que permitem estabelecer
prioridades de treinamento, formular sugestões de melhorias no desempenho de indivíduos
e grupos, descrever objetivos educacionais, fornecer bases sólidas para o desenho
instrucional, executar e a avaliar cursos, encorajar trabalhadores a participarem da
construção e execução de ações educacionais, alinhar os treinamentos oferecidos aos
objetivos e às competências estratégicas da organização.
Para Attwood e Ellis (1971) há dois tipos de necessidades de treinamento: (a) lacunas em
conhecimentos, habilidades e atitudes (CHAs) advindas do contexto atual de trabalho do
sujeito, que podem ser ou não reconhecidas por aqueles que as possuem; e (b)
necessidades advindas de lacunas educacionais da vida pessoal e profissional do sujeito. O
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escopo desta pesquisa limitou-se a explorar as necessidades advindas do primeiro tipo
descrito. Green e Owen (2003) argumentam que as necessidades de treinamento são parte
de um processo complexo, no qual mudanças no mercado externo e nas políticas
organizacionais dão origem a um contínuo e longo processo de mudança nas competências
dos trabalhadores.
Para que a lógica do uso do conceito de necessidades de treinamento fique clara, é preciso
descrever também o que o conceito não se propõe a exprimir. Necessidades não são as
discrepâncias de competências devidas diretamente a problemas de motivação ou de
condições de trabalho. Tampouco são tópicos, temas, conteúdos, domínios, áreas de
conhecimento ou de atuação profissional, como têm sido definidas por profissionais que
realizam levantamentos de necessidades mediante aplicação de cardápios contendo listas de
nomes de cursos ou de conteúdos previamente prontos. Solicitações de treinamento verbais
e por escrito, vindas de gestores e outros profissionais de uma organização, também não
são necessidades de treinamento. A descrição de cursos, por meio da apresentação de
conteúdos pré-definidos, é muito tradicional e arraigado em ambientes acadêmicos e em
organizações de trabalho. Porém, essa prática impossibilita a formulação de expectativas
realistas sobre o que o treinando ou egresso do treinamento estará capacitado a realizar,
dizer e/ou pensar após o curso. Os resultados obtidos com práticas ad hoc de ANT têm
caráter reativo, pouco aderente ao que a organização espera do trabalhador em termos de
domínio de competências a curto, médio e longo prazo. A descrição de necessidades, em
termos de conhecimentos, habilidades e atitudes, pode ser feita com o apoio de sistemas de
classificação de resultados de aprendizagem ou taxonomias de objetivos educacionais,
tornando a ANT e as etapas subsequentes de treinamento mais precisas e objetivas.
A análise da literatura indica o uso mais recorrente de dois termos relacionados aos
métodos de diagnóstico de necessidades de treinamento: Levantamento de Necessidades de
Treinamento (LNT) e Análise de Necessidades de Treinamento (ANT). É muito comum em
relatos de casos o uso do termo Levantamento de Necessidades de Treinamento para se
referir a ações de coleta e análise de dados, voltadas à tomada de decisões sobre demandas
educacionais e de treinamento. Porém, esse termo está associado à aplicação de
"cardápios" de cursos para o diagnóstico de necessidades de treinamento. Isto é, na prática,
dirigentes, gestores e outros profissionais da organização escolhem e solicitam treinamentos
prontos por meio de listas pré-definidas de temas e sem dados empíricos que suportem tal
decisão. Por outro lado, o termo Análise de Necessidades de Treinamento tem sido usado
para enfatizar a natureza analítica do processo de diagnóstico de necessidades e para se
referir à aplicação de modelos teóricos tradicionais de pesquisa como os de McGehee e
Thayer (1961) e Mager e Pipe (1979). Porém, o caráter descritivo das análises de
necessidades esconde o fato de que existem, além de processos analíticos, processos
avaliativos da magnitude e da prioridade de necessidades de treinamento ou hiatos de
competências.
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objetivos e/ou subjetivos para, então, emitir um juízo de valor. Por isso, na presente
pesquisa, será adotada a expressão Avaliação de Necessidades de Treinamento para se
referir a um processo rigoroso (teórica e metodologicamente) de coleta e análise de dados
destinado a descrever lacunas objetivas de competências dos trabalhadores.
Para Clarke (2003), ANT refere-se ao processo organizacional de coleta e análise de dados
que subsidiam a tomada de decisão acerca de quando o treinamento é a melhor opção para
aprimorar o desempenho de indivíduos, bem como definir quem deve ser treinado e qual
conteúdo deve ser lecionado. Para o autor, há relativamente poucos modelos para avaliar
necessidades de treinamento e os existentes falham em captar os fatores que embasam a
qualidade das decisões sobre ações educacionais. Os modelos de ANT existentes são
baseados em uma visão unitarista e racional da organização e ignoram a influência das
relações sociais e das dinâmicas organizacionais nas tomadas de decisão sobre treinamento
(Clarke, 2003).
Para Wright e Geroy (1992) a ANT deve ser um processo sistemático de coleta, análise e
interpretação de dados referente a lacunas de competências individuais, de grupo e/ou
organizacionais e deve possuir sete características principais: (a) ser baseada
principalmente na cultura e na filosofia organizacional; (b) ser proativa em vez de reativa;
(c) possuir um método que possibilite a distinção entre situações que podem ser resolvidas
por meio de treinamento ou não; (d) possibilitar a participação de vários atores
organizacionais interessados e envolvidos direta ou indiretamente no treinamento; (e) ser
baseada em competências observáveis em vez de percepções de dirigentes, gestores e
profissionais; (f) considerar o uso variado de técnicas de coleta e análise de dados; e (g) ao
final, possuir uma análise de custo/beneficio. Essa definição de ANT parece ser a mais
apropriada aos propósitos desta pesquisa.
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indivíduos em uma organização. Além disso, o processo de treinamento e desenvolvimentopossui
vantagens e limitações, que estãodestacadas na Tabela 3.
No contexto atual, as organizações se deparam com a busca por profissionais cadavez mais qualificados,
por isso a necessidade de critérios específicos para o recrutamento e seleção dos mesmos para
ocupação de umcargo. Com isso, surge a necessidade de aplicar o processo de treinamento, visando
aqualificação para execução das tarefas, amelhoria da produtividade e o crescimentoprofissional do
colaborador, visto que, quantomelhor o treinamento, mais desenvolvido ocolaborador pode ser tornar.
E esse desenvolvimento na organização proporcionaque o mesmo seja visualizado pelos seus gestores,
impactando no seu crescimentoprofissional na organização. Por sua vez, o treinamento e
odesenvolvimento aplicados na organizaçãopossuem algumas vantagens, como apossibilidade de
capacitar as pessoas, deaumentar a lucratividade, de racionalizar procedimentos e desenvolver pessoas,
de aumentar a produtividade, de reduzir desperdícios e retrabalho, entre outros. Além disso, para sua
boa execução otreinamento possui algumas etapas, sendoelas, as necessidades a satisfazer, o
desenhodo treinamento, a condução do treinamento e a última etapa que consiste na avaliação dos
resultados obtidos após a aplicação dotreinamento. Portanto, tanto o treinamento quanto
odesenvolvimento são importantes para ocrescimento da organização e dos seus colaboradores, mas é
necessário que as etapas.
APLICAÇAO DE UM TREINAMENTO
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