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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Organização e Planeamento do futuro do negócio

Jorgina Paiva: Código:708208044

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Empreendedorismo
Ano de frequência: 4º ano

Turma: A

Nampula, Maio de 2023

Universidade Católica de Moçambique

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Instituto de Educação à Distância

Organização e Planeamento do futuro do negócio

O presente trabalho pertencente a estudante, a ser


apresentado na Universidade Católica de
Moçambique Instituto de Educação a Distância para
obtenção de nota na cadeira de Empreendedorismo
a ser entregue a docente: Lucília João Inácio

Nampula, Maio de 2023

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Índice

Introdução........................................................................................................................................3

Organização e Planeamento do futuro do negócio..........................................................................4

Como fazer um plano de negócios – passo a passo.........................................................................6

A importância do Plano de Negócios para o empreendimento........................................................8

Para que serve o Plano de Negócios?..............................................................................................9

Organização empresarial..................................................................................................................9

Estrutura organizacional para a criação de salários.......................................................................11

Tipos de organização empresarial..................................................................................................11

A importância dos tipos de organização empresarial para sua expansão......................................14

As principais perspectivas das organizações empresariais............................................................14

5 maneiras de planejar o futuro dos seus negócios........................................................................16

Conclusão.......................................................................................................................................18

Referências bibliográficas..............................................................................................................19

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Introdução

Planejamento e bons negócios andam juntos, isso todo mundo sabe. A questão é que, assim como
cada um tem seu próprio jeito de caminhar, cada um também se adapta a um método diferente de
planejar suas ações empresariais, ou seja, cada um encontra uma forma de fazer um plano de
negócios. Um dos grandes aliados do planejamento empresarial, o plano de negócios, está com várias
caras e formatos.

E, nessas versões novas, o documento ganha atratividade para novos públicos, e segue respondendo
às perguntas sobre o que precisa ser feito para a empresa decolar. Um bom plano de negócios é
aquele que responde, no formato em que for proposto, perguntas sobre como a empresa está
organizada, sobre seus clientes, fornecedores, e ainda sobre as estratégias que poderão ser utilizadas
para ganhar mercado e manter o negócio em um bom patamar.

Metodologia

Todavia, a metodologia usada durante a elaboração do trabalho foi pesquisa bibliográfica. Conforme
Gil (2006), a pesquisa bibliográfica toma forma a partir da consulta à materiais já elaborados, sendo
esses, principalmente, artigos científicos e livros. Aponta, também, que quase todos os tipos de
estudos possuem essa natureza, contudo, há pesquisas que se voltam exclusivamente ao
desenvolvimento a partir de fontes bibliográficas.

Desta forma, o trabalho segue a seguinte estrutura a saber:

 Introdução;
 Fundamentação teórica;
 Conclusão e
 Referências bibliográficas

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Organização e Planeamento do futuro do negócio

Segundo Sá (2000), “um bom plano de negócios é aquele que responde, no formato em que for
proposto, perguntas sobre como a empresa está organizada, sobre seus clientes, fornecedores, e ainda
sobre as estratégias que poderão ser utilizadas para ganhar mercado e manter o negócio em um bom
patamar”.

O plano de negócio é um documento que traz os objetivos de uma empresa e os passos necessários
para que eles sejam alcançados. É a partir dele que o dono do negócio identifica se o empreendimento
tem chances de se desenvolver, considerando os riscos e incertezas do cenário em que estará
inserido. (DOLABELA, 2006)

Além disso, o plano ajuda o empreendedor a descobrir dados importantes sobre o setor, concorrentes,
potenciais fornecedores, clientes e produtos e/ou serviços que serão vendidos. Portanto, um dos
principais intuitos do plano de negócio é entender quais são ou serão os pontos fracos e fortes da
companhia.

Conforme Luis (2007), “o Plano de Negócios consiste em um documento que busca retratar uma
empresa existente ou em potencial.

Esse documento visa caracterizar o negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para
conquistar o mercado, projeção de receitas, despesas e resultados financeiros”.

A utilização do Plano de Negócios no Brasil ainda é recente e pouco divulgada, ao contrário do que
ocorre em outros países como Estados Unidos, onde começou a ser amplamente utilizado na década
de 1960. Nessa época ele era conhecido pelas expressões plano mestre ou sistema de planos. Apesar
do conceito de Plano de Negócios ter chegado ao Brasil ainda na década de 1960, ele só começou a
ser utilizado na década de 1970 por órgãos públicos e só se popularizou em 2000 com o aumento de
empreendedores interessados em abrir seu próprio negócio.

Existem várias razões para se fazer um Plano de Negócios. Altas taxas de mortalidade de novas
empresas, que não sobrevivem aos seus primeiros três anos de vida, demonstram o quanto o
empreendedor tem a ganhar com o planejamento adequado. Além disso, muitos empreendedores se
arriscam a abrir um novo negócio porque julgam que apenas conhecer o produto, o processo de

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produção ou ser um excelente técnico será o suficiente. Infelizmente, isso não basta. Ao elaborar o
Plano de Negócios, o empreendedor terá um maior conhecimento na área de gestão e terá uma melhor
ideia dos esforços que lhe serão demandados em sua nova empreitada.

O ideal é que ele seja feito antes do empreendedor resolver abrir as portas de sua nova empresa.
Fazendo-se o Plano de Negócios, o empreendedor terá informações que o auxiliarão a ser mais bem
sucedido na abertura de sua empresa ou, talvez, perceber que o negócio não valerá a pena, antes
mesmo de perder grande soma em investimentos e suas economias. (NAKAGAWA, 2011)

No entanto, é possível que uma empresa já existente faça seu Plano de Negócios, mesmo que já esteja
operando há algum tempo.

O público-alvo de um Plano de Negócios se compõe de: sócios e empregados da empresa, sócios em


potencial, parceiros em potencial (distribuidores e representantes, por exemplo), órgãos
governamentais de financiamento, bancos, grandes clientes atacadistas, franqueados e, mais
importantes, o próprio empreendedor. (NAKAGAWA, 2011)

Um bom Plano de Negócios conter:

 Um sumário executivo
 Descrição do negócio
 Análise e tendências do mercado em que se pretende ingressar
 Caracterização do público alvo
 Análise da concorrência
 Posicionamento estratégico e análise de risco
 Plano de marketing e estratégia de vendas
 Plano financeiro
 Plano estratégico
 Operações
 Responsabilidade social
 Apêndices

É importante destacar que não há uma lógica única na estruturação e na ordenação do conteúdo de um
Plano de Negócios. Em alguns casos, porém, a estrutura e ordenação devem seguir um modelo fixo.

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Isso acontece quando o Plano de Negócios se destina a alguns órgãos financiadores. Nessas situações,
é comum a instituição exigir que o Plano de Negócios siga padrões determinados por ela. Seguir essas
recomendações só aumenta as chances de se ter aprovado um financiamento. (NAKAGAWA, 2011)

Outra característica importante sobre o Plano de Negócios é a sua necessidade de ser um “documento
vivo” para ser realmente benéfico para seus usuários. “Vivo” porque ele precisa ser constantemente
atualizado, de acordo com as alterações dos cenários interno e externo.

Como fazer um plano de negócios – passo a passo

Agora que você já sabe o que é um plano de negócios para a sua nova empresa, agora é o momento de
evoluir para o passo a passo de como elaborar um plano de negócios. Mas não se preocupe. O plano
de negócios sempre é proporcional ao tamanho do seu negócio e aos desafios que você está se
propondo. (NAKAGAWA, 2011)

Um plano de negócios consistente para sua empresa, deve ter pelo menos as seguintes etapas:

1. Sumário executivo

O sumário executivo é a primeira parte do seu Plano de Negócio, mas a última a ser elaborada. Nele,
você vai resumir a descrição do seu empreendimento e o diferencial dele no mercado; a missão do seu
negócio; a descrição do perfil dos empreendedores e dos empregados; quais serão os produtos,
serviços e os principais benefícios; quem são os seus potenciais clientes; a localização – se existir
uma sede física; qual o investimento total; a forma jurídica e o enquadramento tributário.
(NAKAGAWA, 2011)

2. Análise de Mercado

Com a análise de Mercado, você vai entender quem são seus clientes e como está a concorrência. Esta
é uma das partes fundamentais do seu planejamento e da sua pesquisa, pois através dela irá
compreender melhor os aspectos importantes do mercado no qual você irá atuar.

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3. Análise da concorrência

É muito importante ficar de olho nos concorrentes. Um passo importante nessa análise é verificar os
pontos fortes e fracos e comparar com o que você está planejando para o seu empreendimento.

4. Análise de fornecedores
Os seus fornecedores são aqueles que darão o aporte de matéria prima ou serviços necessários para o
funcionamento do seu negócio. pesquise e avalie as melhores opções, entenda o momento e
capacidade de cada um e estabeleça uma relação próxima, de forma que você tenha sempre prioridade
e boas negociações. (NAKAGAWA, 2011)

5. Plano de marketing

O plano de marketing irá dar objetividade ao seu negócio, é nele que você descreve as suas entregas
para seus clientes. Quais os seus produtos ou serviços que o cliente poderá contar com você com as
especificações gerais. Ainda no plano de marketing você detalhará a estratégia de venda dos seus
produtos e como você planeja fazer com que chegue até os clientes.

6. Plano operacional

Esta parte é onde você descreve como o seu negócio irá funcionar no dia a dia. Nele, você irá
demonstrar os passos necessários para a venda do seu produto ou para a prestação de serviço da sua
empresa. Na prática, você irá responder a seguinte pergunta: Quanto eu consigo vender em um
determinado período?

7. Plano Financeiro

No plano financeiro você irá incluir tudo que envolve dinheiro, despesas, investimentos e capital de
giro em todas as ações planejadas no Plano. Para escrever o plano financeiro, pense no custo de tudo
que você já escreveu até agora: Matéria-prima, fornecedores, equipamentos, estabelecimentos físicos,
domínios e hospedagem de lojas online, salários, marketing, etc. O resultado disso tudo, apresentado
em números, será o seu Plano Financeiro. Com ele, você terá uma noção do investimento total do seu
empreendimento. (NAKAGAWA, 2011)

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A importância do Plano de Negócios para o empreendimento

O Plano de Negócios tira a ideia da cabeça e leva para o papel. É o segundo passo quando alguém
está montando um negócio novo: primeiro vem aquela ideia bacana sobre um serviço ou produto a ser
lançado no mercado, depois vem o plano de negócios para responder se esta proposta é viável ou não.
O empreendedor é também um visionário, um sonhador: e aquilo que está lá na visão dele ganha ares
de realidade quando transformado em plano de negócios. (NAKAGAWA, 2011)

Embora possa parecer até enfadonho para os empreendedores mais jovens, pense bem: não é mais
fácil reunir todas as informações disponíveis sobre o seu negócio, especialmente sobre um projeto de
empresa nova, em um só lugar?

O objetivo de se montar um plano de negócios é justamente colocar luz a todas as etapas e tópicos
que fazem parte da avaliação e da montagem da empresa. Ao colocar essas informações em um
documento, o empreendedor pode identificar com mais clareza as dificuldades que poderá enfrentar, e
também avaliar se os pontos fortes do seu negócio estão de acordo com suas expectativas.

É comum encontrar, através da montagem do plano de negócios, dúvidas sobre as quais o


empreendedor nem tinha pensado ainda: quantos funcionários serão necessários, como vai ser feita a
entrega do produto, que valor será cobrado por cada serviço. As perguntas são muitas, e é essa a hora
de aparecerem mesmo, para que possam ser amenizadas quando a empresa estiver funcionando. É por
isso que é uma ferramenta que tem a cara do sucesso: fica mais factível o que pode e deve acontecer
com o negócio quando olhamos para todos esses pontos.

Como comentamos na introdução deste artigo, o conhecimento está sempre em evolução e já sabemos
que há diversos tipos de aprendizado. Como o plano de negócios é uma ferramenta que exige esforço
do empreendedor, ele mesmo, para que as coisas funcionem, o ideal é encontrar uma ferramenta que
permita a montagem do plano de acordo com o perfil do empreendedor. (NAKAGAWA, 2011)

O mais importante é que, depois de escolhida a ferramenta, o empresário possa inserir informações
relevantes e descobrir o que ainda falta saber para dar solidez à proposta de negócios. Saber, por
exemplo, se existe clientela suficiente para que o projeto se sustente depois de funcionando faz parte
do planejamento estratégico de vendas. Mas os modelos vão muito além disso: há campos para saber

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quem estará apoiando o negócio, quais são os concorrentes diretos e indiretos, quais serão os desafios
do empreendimento. Lembre-se: nenhuma informação é irrelevante.

Depois de bem estruturado, pensado, cuidado… O plano de negócios está verdadeiramente pronto
para seguir seu rumo: ajudar você a abrir sua empresa como sempre quis, ou mesmo indicar um
caminho de inovação ou expansão em um negócio que você já tem.

Para que serve o Plano de Negócios?

O plano de negócios também pode, e deve, ser utilizado para planejar as grandes mudanças que a
empresa pode sofrer. Por exemplo, em uma indústria de cosméticos, quando o empreendedor resolve
criar uma nova linha de produtos, é importante haver planejamento das ações. Os passos da
modificação da empresa, para que comporte a manufatura e a comercialização desta nova linha,
podem ser estudados, também, em um plano de negócios bem feito. (SERRA & FERNANDO, 2008)

Para Serra & Fernando (2008), refutam que,

Outro ponto que reflete a importância do plano de negócios é justamente a


avaliação financeira da empresa. É neste momento que o empresário decide
onde irá buscar os recursos para colocar em prática o que está desenhado, seja
para iniciar a empresa, para ampliá-la ou inovar. Se o empreendedor já tem um
bom planejamento financeiro, esta etapa será vencida com facilidade. Faz parte
deste momento, de estruturação do negócio, avaliar concretamente os aspectos
financeiros, justamente para manter em dia este aspecto que é tão crucial para
todo bom negócio: a saúde financeira.

É interessante que, além de ser um documento que é um mapa para o próprio empreendedor, há uma
série de relações que demandam que o plano de negócios seja compartilhado. É o caso de alguns tipos
de linhas de crédito bancárias, onde é solicitado o plano daquela empresa para avaliar a viabilidade
deste financiamento. Não é diferente com as startups que buscam investidores: é preciso entregar o
tema de casa, um bom plano de negócios, para dar segurança a quem tem interesse em trazer dinheiro
para a empresa.

Organização empresarial

Cada empresa possui suas especificidades quando se trata de seu funcionamento. Mas existem
algumas estruturas já padronizadas, que englobam uma parte dos negócios ao redor de determinadas

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características em comum. Esses modelos são chamados de estruturas de organização empresarial e
têm como objetivo servirem de diretrizes para a construção da hierarquia, organograma, funções,
processos e tomada de decisões na organização. (NAKAGAWA, 2011)

Imagine a seguinte situação: os gestores e diretores se reúnem e tomam decisões importantes, porém
nem todos os colaboradores ficam sabendo destas e continuam seguindo regras passadas. Alguns
colaboradores são notificados sobre estas mudanças e repassam de forma distorcida, enquanto outros
simplesmente ignoram o que foi decidido. Outra situação: um erro foi identificado e, quando vão
investigar, diversos outros erros surgem — seja na comunicação ou na execução da tarefa.

Embora essas situações pareçam absurdas, elas podem acontecer facilmente quando não há
organização empresarial. Este tipo de problema reflete a existência de gaps em diversas áreas e
setores da empresa. Com isso, a gestão não é eficiente e os resultados não são positivos, trazendo
consequências negativas para o clima organizacional e para a produtividade das equipes.
(NAKAGAWA, 2011)

O que é organização empresarial?

De forma básica e sucinta, organização empresarial é um composto de funções e cargos hierárquicos


aos quais todos os membros da empresa estão sujeitos. Ela deve ser pautada pela lógica e pela
racionalidade, garantindo que os processos de gestão ocorram com clareza e transparência.

Trata-se de uma pessoa jurídica que é legalmente constituída e que trabalha de forma coordenada e
controlada, com tarefas, atribuições e responsabilidades muito bem definidas, sempre visando um
objetivo comum.

Além disso, como as estruturas organizacionais servem para atender as necessidades de uma empresa
cada uma com suas especificidades – todos os tipos fornecem uma hierarquia que se reporta, de
maneira centralizada, a um grupo. Assim, o membro mais elevado de um organograma pode ser um
ou vários, também conhecidos como presidente, diretor executivo, diretor de operações, entre outros
nomes.

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Estrutura organizacional para a criação de salários

Talvez não esteja muito claro, talvez você nem tenha reparado, mas as estruturas organizacionais são
muito importantes para a criação de estruturas salariais dentro de uma empresa. Isso acontece porque,
a partir do momento em que ela é estabelecida, as faixas salariais podem ser criadas para cada cargo.

Em grande parte das vezes, cada função é alinhada a um grau salarial, assim, cada classe possui sua
faixa de salário especificada. O que permite que os objetivos financeiros do negócio sejam
assegurados e que os salários sejam distribuídos de maneira justa.

Tipos de organização empresarial

Cada empresa tem necessidades e particularidades próprias. Por isso, não há um modelo único de
organização empresarial que atenda a todas, de forma igualitária. Confira, a seguir, três tipos de
organizações e analise com cautela e precisão qual se adequa melhor ao seu negócio.

Organização linear

Também chamada de Estrutura Organizacional Divisional é utilizada em grandes empresas, que


atuam em uma área geográfica ampla ou que possui setores responsáveis por diferentes tipos de
produtos ou áreas de mercado. A vantagem desse tipo de estrutura é que as necessidades podem ser
supridas de forma rápida e mais específica. (NAKAGAWA, 2011)

Este é o tipo mais antigo de organização, além de ser o mais simples. Boa parte das empresas adotam
esta organização na fase inicial, justamente pela facilidade de implantação. Seu formato é piramidal,
já que as linhas de responsabilidades entre gestores e equipes tem sentido único e direto.

Neste tipo de organização, colaboradores recebem ordens e orientações somente de um único gestor
que, por sua vez, recebe ordens de outro superior. A comunicação neste modelo começa do alto
escalão para a base da pirâmide e as decisões são centralizadas, pois existe apenas uma autoridade na
empresa. (NAKAGAWA, 2011)

Pode ser implantada em menor escala, no caso de pequenas empresas, como as que possuem diversos
escritórios espalhados pela mesma cidade ou com a divisão de várias equipes de vendas, remanejadas
de maneira a atender diferentes áreas geográficas.

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Outro bom exemplo de estrutura organizacional linear é o exército que, apesar de não ser uma
empresa, se trata de uma instituição que possui pessoas em diferentes cargos, de alto e baixo
comando. Enquanto o alto é quem toma as decisões, quem está no baixo é responsável por executar e
efetivar o que foi definido. (NAKAGAWA, 2011)

As principais vantagens desse tipo são: se trata de um modelo de fácil implementação, já que os
cargos são muito bem definidos, fazendo com que, também, prevaleça maior clareza dos membros da
empresa sobre o papel de cada um na companhia. Aqui, as decisões são mais ágeis, já que se
concentram em um menor número de pessoas.

Já em relação às suas desvantagens, se dá pelo fato de o líder ficar sobrecarregado, afinal, assume
grande parte da responsabilidade sobre o futuro dos negócios. A baixa participação da equipe na
tomada de decisões também dificulta a inovação. Apesar de a comunicação ser simples ela pode
acabar sendo distorcida e mal interpretada. O que acontece por ter que passar por diversas pessoas até
chegar aos funcionários que estão na base da pirâmide, podendo sofrer o efeito “telefone sem fio”.

Organização funcional

Esse é o tipo de estruturação que se configura de modo que cada parte da organização é dividida e
agrupada de acordo com sua finalidade. Neste tipo de organização, a base é a especialização e
distinção das funções. Como por exemplo, em uma empresa pode haver um setor de marketing, outro
de vendas e um de produção. (NAKAGAWA, 2011)

Isso significa que um colaborador não terá somente um gestor para se reportar, mas vários — cada
um de uma especialidade. Na organização funcional, uma especialidade não interfere na outra e as
tomadas de decisão não são pautadas pela hierarquia. Um gestor especialista em comunicação, por
exemplo, não poderá tomar decisões sobre o financeiro, mesmo que este gestor de comunicação esteja
há mais tempo na empresa. (NAKAGAWA, 2011)

Geralmente, esse é o tipo de estrutura que funciona muito bem para pequenas e médias empresas,
uma vez que cada setor poderá contar com o talento e conhecimento de seus colaboradores.
Principalmente em empresas que já são mais estáveis, com ambiente interno e externo fora da rota de
sofrerem mudanças muito rápidas e constantes.

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As principais desvantagens desse modelo se dá pela dificuldade de integração entre os setores. Já que
cada equipe é independente no que se refere às tomadas de decisões e atividades executadas. Assim
como a coordenação e comunicação entre os diferentes setores, que podem ser dificultadas pelos
limites organizacionais ao terem várias áreas separadas. (NAKAGAWA, 2011)

Além disso, os próprios colaboradores da empresa acabam perdendo boa parte da visão global do
negócio. Levando em consideração que ficam muito focados e especializados em sua própria área de
trabalho. O que leva a não conseguirem atender muito bem outros setores da empresa, dificultando
seu alinhamento aos objetivos estratégicos do negócio como um todo.

Para resolver esse problema, é preciso que sejam definidas medidas que possam suprir essa falha,
dessa forma a empresa poderá apenas usufruir das vantagens desse modelo.

Organização linha-staff

O terceiro tipo de organização empresarial se trata de uma espécie de junção da organização linear e
funcional, eliminando possíveis desvantagens e potencializando as características positivas dessas
organizações. Aqui, os diferentes setores da empresa assumem tanto as funções de linha, que estão
relacionadas às tomadas de decisões da empresa, quanto às funções de staff de outros setores, que
estão diretamente ligadas à assessoria e aconselhamento. (NAKAGAWA, 2011)

Para entender melhor, imagine o setor administrativo-financeiro de uma empresa. Esse setor é
responsável pela tomada de decisões sobre investimentos, planejamento estratégico e gastos da
empresa. Ao mesmo tempo que, também, é responsável por assessorar outros setores sobre quais as
melhores maneiras de utilizar o orçamento disponibilizado, aconselhando na função de especialista,
mas sem interferir na tomada de decisão de outras áreas. (NAKAGAWA, 2011)

Basicamente, na organização linha-staff, a hierarquia está presente ao mesmo tempo em que existem
órgãos e setores especializados. De modo geral, esses setores podem ser divididos em dois tipos:

 Órgãos de Linha: são aqueles que estão ligados à execução de tarefas e trazem características
da organização linear;
 Órgãos de Staff: são responsáveis por prestar assessoria e serviços especializados. Traz
características da organização funcional.

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Na Organização Linha-Staff existe uma combinação eficiente da hierarquia, autoridade e
especialidades. Este tipo de organização permite que haja uma integração entre os colaboradores das
mais diversas áreas. Por se tratar de um modelo estrutural mais recente, é muito utilizado por marcas
modernas, que possuem ambientes e modelos de trabalho dinâmicos e interativos.

Os principais benefícios de implantação desse modelo de estruturação estão na combinação dos


outros dois citados acima. Já que essa junção permite uma hierarquia e especialização dentro da
empresa ao mesmo tempo. Além de a função staff dos setores possibilitar maior interação entre os
profissionais, que são capazes de utilizar conhecimentos de especialistas de seus colegas para
melhorar a forma de trabalho da equipe de forma geral. (NAKAGAWA, 2011)

Mas, assim como os outros dois, também possui suas desvantagens. Sendo que a principal delas está
relacionada à possibilidade de haver confusão entre as funções dos gestores. Resultando na
interferência do gestor de uma área em outra que não está sob sua autonomia. Dessa forma, é comum
que haja conflitos e acúmulos de funções, situações que precisam ser muito bem analisadas e sanadas.

A importância dos tipos de organização empresarial para sua expansão

Segundo Silva (2002), “quando uma empresa desenvolve, na prática, o conceito de estrutura
organizacional, ela permite e cria mais espaço para o seu próprio crescimento. Ações que podem
incluir a criação de novas divisões e promoções dos colaboradores, por exemplo”.

Ao ser reorganizada, após uma expansão, a estrutura permite que exista uma base para a alteração de
salários e descrição de cargos com maior rapidez, eficiência e o mínimo de interrupção das operações.

As principais perspectivas das organizações empresariais

De acordo com a finalidade econômica, as organizações podem ser classificadas em: Com Fins
Lucrativos ou Sem Fins Lucrativos. As que se encaixam no primeiro conjunto são aquelas que
fornecem produtos e/ou serviços e os comercializa com a finalidade de obtenção de lucro. Podem ser
empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços. (SILVA, 2002)

Já as que se enquadram no segundo conjunto são exemplificadas por: associações de classe, como
sindicatos e federações; instituições religiosas; agremiações, como clubes esportivos, centrais de

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compras; e associações com objetivos sociais, como ONGs que promovem assistência social, cultura,
preservação do meio ambiente, entre tantas outras. (SILVA, 2002)

Sobre suas funções desempenhadas, podem ser separadas por grupos, baseando-se em sua atividade
principal. Exemplos de modelos são: cultural; política; recreação; educação; serviços; etc. A partir
dessa classificação podemos definir igrejas como organizações culturais e escolas como organizações
educacionais (ou de educação).

No que se refere ao porte da organização empresarial, elas são classificadas como microempresa,
pequena empresa, empresa de médio porte e empresa de grande porte. Essas classificações levam em
consideração o valor do faturamento mensal ou o número de colaboradores de cada empresa.
Consequentemente, cada empresa só pode ser inserida em uma destas quatro classificações.

Para isso, os critérios estão estabelecidos de acordo com leis e metodologias dos órgãos competentes,
tais como: Presidência da República (a exemplo da Lei 123 de 14 de dezembro de 2006), Receita
Federal e IBGE no Brasil. Lembrando que cada país possui seus critérios específicos.

Falando sobre a estrutura de uma empresa, ela pode ser formal ou informal. No que tange às
organizações informais, são aquelas resultantes da relação estabelecida entre seus membros de
maneira espontânea em função do funcionamento e evolução. Já as formais, são aquelas originárias
de planejamento de divisão racional do trabalho e especialização dos órgãos em funções que
compõem a empresa. (SILVA, 2002)

Não apenas, as organizações podem ser nacionais ou multinacionais. Em resumo, as nacionais são
aquelas que possuem operação e atuação apenas em um país – também consideradas organizações
locais. Enquanto as multinacionais ou transnacionais são aquelas que possuem condições de operar
em diversos países simultaneamente – também podendo ser classificadas como empresas globais.

Os três tipos de organização empresarial: linear, funcional e linha-staff os mais utilizados nas
empresas brasileiras e multinacionais. A sua empresa utiliza alguns dos modelos citados? Qual destes
tipos de organização é o ideal para a sua empresa? Use o espaço abaixo para nos contar a sua
experiência e a sua opinião sobre o tema. Se este conteúdo te ajudou de forma positiva, compartilhe-o
em suas redes sociais. (SILVA, 2002)

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5 maneiras de planejar o futuro dos seus negócios

Segundo Silva (2002), “no delicado momento de crise econômica em que vivemos, o planejamento se
faz ainda mais necessário. O primeiro passo é sempre reconhecer a necessidade de melhorias e uma
série de técnicas gerenciais pode ser a ferramenta adequada para planejar o futuro dos seus
negócios”.

1. Elabore e siga uma visão

Qual a razão da sua empresa existir? Criar uma visão significa explicitar seu motivo de ser, além de
demonstrar seu segmento de mercado. A visão deve ser comunicada para todos os colaboradores, seja
dentro ou fora do seu empreendimento.

Ter a empresa toda agindo em busca da manutenção dos mesmos ideais é uma das melhores maneiras
de garantir seu prosseguimento.

2. Analise seus ambientes

Em um negócio, coexistem três tipos de ambientes. Nessa rede, cada um deles age com dinâmica
particular, representando forças e fraquezas respectivas.

O macroambiente envolve o conjunto de esferas como as sociais, políticas e tecnológicas que


circundam o empreendimento. O ambiente operacional é aquele dos concorrentes, clientes, público e
demais elementos da atuação. O ambiente interno, como diz o nome, mede as características de
dentro da empresa.

3. Crie e divulgue planos de ação

O plano de ação é uma compilação abrangente que inclui a programação das atividades e a forma
como elas serão desenvolvidas.

O objetivo é atingir o sucesso da estratégia. Não importa o formato: desde uma simples planilha de
dados a um arquivo PDF muito bem diagramado, a força do plano de ação reside na sua capacidade
de ser disseminado e compreendido em todos os ambientes de seu empreendimento.

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4. Tenha metas e indicadores

Serviços diários e metas são importantes para guiar o planejamento estratégico. Defina períodos de
ação e, ao fim de cada um deles, avalie os resultados alcançados, comparando-os com os esperados.
Baseando-se nesses dados, desenvolva indicadores para saber como vai seu negócio.

5. Revise tudo

O cenário não combina nem um pouco com acomodação. Seu planejamento está funcionando? Ótima
notícia, mas nunca deixe de revisá-lo e adequá-lo para as novas realidades envolvendo
macroambiente, ambiente operacional e microambiente.

Planejar o futuro significa revisar e reavaliar sempre suas opções.

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Conclusão

O Plano de Negócios consiste em um documento que busca retratar uma empresa existente ou em
potencial. Esse documento visa caracterizar o negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu
plano para conquistar o mercado, projeção de receitas, despesas e resultados financeiros. É importante
destacar que não há uma lógica única na estruturação e na ordenação do conteúdo de um Plano de
Negócios. Em alguns casos, porém, a estrutura e ordenação devem seguir um modelo fixo. Isso
acontece quando o Plano de Negócios se destina a alguns órgãos financiadores. Nessas situações, é
comum a instituição exigir que o Plano de Negócios siga padrões determinados por ela. Seguir essas
recomendações só aumenta as chances de se ter aprovado um financiamento. O plano de negócio é
um documento que traz os objetivos de uma empresa e os passos necessários para que eles sejam
alcançados. É a partir dele que o dono do negócio identifica se o empreendimento tem chances de se
desenvolver, considerando os riscos e incertezas do cenário em que estará inserido.

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Referências bibliográficas

DOLABELA, Fernando. (2006) O Segredo de Luísa. 30. ed. São Paulo: Editora de Cultura.

NAKAGAWA, Marcelo. (2011) Plano de Negócios: teoria geral. Barueri, SP: Manole.

SERRA, Carlos Manuel e Fernando Cunha, (2008) Como fazer um plano de negócios, Ministério da
Justiça, Centro de Formação Jurídica e Judiciária, 2.º ed. Revista e actualizada, Maputo.

SILVA, Nilvo Luiz Alves, (2002) Tipos de organização empresarial, in 10 anos da Eco-92: O
Direito e o Desenvolvimento Sustentável, organizado por António Herman Benjamin, São Paulo,
IMESP.

SILVA, Vasco Pereira, Da. (1997) A importância do Plano de Negócios para o empreendimento,
AAFDL, Lisboa.

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