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ABA SAIDE AMISSE

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

(licenciatura em engenharia informática 1o ano)

Universidade Rovuma

Nampula

2020
ABA SAIDE AMISSE

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

(Licenciatura em engenharia informática 10 ano)

Esse trabalho é de carácter avaliativo da cadeira


de física 1, no departamento de ciências e
tecnológica, curso da engenharia informática 1o
ano que será entregue ao:

Docente: Salomão Arrone Dombole

Unirovuma

Nampula

2020
Índice
Introdução..................................................................................................................................4

1. LEI DE GRAVITAÇÃO UNIVERSAL.............................................................................5

2. Campo gravitacional...........................................................................................................6

2.1. Características do campo.............................................................................................6

3. Gravitação Newtoniana.......................................................................................................7

3.1. Força gravitacional exercida pela Terra sobre uma partícula......................................8

3.2. A medida de constante gravitacional...........................................................................8

3.3. Órbitas dos planetas.....................................................................................................9

4.Leis Generalizadas de Kepler................................................................................................11

4.1. Primeira lei de Keple ou Lei das órbitas...................................................................11

4.2. Segunda lei ou lei das áreas.......................................................................................13

4.3. Terceira lei ou lei dos períodos.................................................................................15

Conclusão.................................................................................................................................17

Referência bibliográfica...........................................................................................................18
4

Introdução
O presente trabalho vamos abordar acerca de gravitação Universal. Onde veremos
como o grande cientista Isaac Newton se esforçou em estudar os fenómenos da gravidade até
conseguir formular a lei de gravitação Universal e, também falaremos um pouco das
características do campo e, por fim vamos deduzir as leis generalizadas de Kepler que
também teve muita importância na formulação da lei de gravitação universal.
5

1. LEI DE GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Halliday & Rasnick (2009:14), sustentam que ʻʻA Lei da Gravitação


Universal estabelece que, se dois corpos possuem massa, eles sofrem a acção de
uma força atractiva proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional a
sua distância″.

A Lei da Gravitação Universal é uma lei física que foi descoberta pelo físico inglês Isaac
Newton. Ela é utilizada para calcular o módulo da atracção gravitacional existente entre dois
corpos dotados de massa. A força gravitacional é sempre atractiva e age na direcção de uma
linha imaginária que liga dois corpos. Além disso, em respeito à Terceira Lei de Newton,
conhecida como Lei da Acção e Reacção, a força de atracção é igual para os dois corpos
interage-te, independente de suas massas.
Por meio da proposição da Lei da Gravitação Universal, foi possível predizer o raio das
órbitas planetárias, o período de asteróides, eventos astronómicos
como eclipses, determinação da massa e raio de planetas e estrelas.

2. Campo gravitacional
Uma abordagem para descrever interacções entre objectos na Terra que não estão em
contacto, veio com o conceito de um campo gravitacional o qual permeia nosso espaço físico.
O campo gravitacional é definido como:
1⃗
⃗g= F
m

O campo gravitacional em um ponto do espaço é igual à força experimentada por uma


partícula teste colocada no ponto multiplicada escalarmente pelo inverso da massa da
partícula. Note que a presença da partícula teste não é necessária para o campo existir. A
Terra cria o campo. Como exemplo, considere um objecto de massa m próximo a superfície
da Terra. O campo gravitacional a uma distância r do centro da Terra é
1 ⃗ −1 G M T m r⃗ −G M T
⃗g= F= ⟹ ⃗g= r^
m m r 2
r r2
1
onde r⃗ =^r é o vector unitário apontando radialmente em direcção á Terra e o sinal indica
r
que o campo está na direcção do centro da Terra.
6

2.1. Características do campo


De acordo com o Xavier & Bengeno (2010:15), ʻʻ O campo gravitacional é espaço
ao redor de um objecto com massa na qual a influência gravitacional do objecto pode ser
detectada″.
 Esse campo se estende em todas as direcções, mas a magnitude da força gravitacional
diminui à medida que a distância do objecto aumenta;
 É medido em unidades de força por massa, geralmente Newton por quilograma
(N/kg).
 Um campo gravitacional é um tipo de campo de força e é análogo aos campos
eléctricos e magnéticos para partículas e imãs carregados electricamente,
respectivamente.
Existem duas maneiras de mostrar o campo gravitacional ao redor de um objecto: com
setas e com linhas do campo. Ambos são mostrados na figura abaixo.

Setas e linhas do campo que representam o campo gravitacional


 As setas mostram a magnitude e a direcção da força em diferentes pontos do espaço.
Quanto maior a seta, maior a magnitude. As linhas de campo mostram a direcção em
que a força actuaria em um objecto colocado naquele ponto no espaço;
 A magnitude do campo é representada pelo espaçamento das linhas. Quanto mais
próximas as linhas estiverem, maior será a magnitude;
 O campo gravitacional varia ligeiramente na superfície da Terra;
 Por exemplo, o campo é um pouco mais forte que a média em relação aos depósitos
subterrâneos de chumbo;
 Grandes cavernas que podem ser preenchidas com gás natural têm um campo
gravitacional um pouco mais fraco;
 Geólogos e garimpeiros de petróleo e minerais fazem medições precisas do campo
gravitacional da Terra para prever o que pode estar abaixo da superfície.
7

3. Gravitação Newtoniana
Foi Newton quem descobriu que a força interplanetária que mantemos corpos celestes
em suas órbitas é a força gravitacional. A lei da gravitação universal formulada por Newton
estabelece que:
Uma partícula atrai uma outra com uma força directamente proporcional ao produto de suas
massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.
A intensidade da forca gravitacional entre duas massas m1=M e m2=M Separadas por uma
distância r é
GMm
F= 2
r

Interacção gravitacional entre duas massas


Onde G é a constante universal. Seu valor em unidades internacionais ou métrica é
−11 2 2
G=6,67 x 10 N m /k g
A figura mostra a direcção da força atractiva sobre cada partícula. Note que as duas forças
são de igual intensidade e direcções opostas, elas formam um par acção e reacção. Por outro
lado, a acção da força é a distância, 8 não requerendo contado entre as partículas e a atracção
gravitacional entre duas partículas é completamente independente da presença de outras
partículas. Segue que a força gravitacional obedece ao princípio da superposição linear, isto
é, a força gravitacional líquida entre dois corpos (por exemplo, Terra e Lua) é o vector soma
das forças individuais entre todas as partículas que compõem os corpos. Podemos assim usar
este facto para aproximarmos os corpos celestes como partículas pontuais.

3.1. Força gravitacional exercida pela Terra sobre uma partícula


Aproximando a Terra e um corpo próximo a ela por um ponto, a força gravitacional
exercida pela Terra sobre este corpo (partícula) é
G MT m −G M T m r⃗
F= ou ⃗
F=
r 2
r2 r
8

Onde r é a distância medida do centro da Terra à partícula fora da Terra. Se a partícula está
dentro da Terra a força é menor.
Se a partícula está na superfície da Terra em r =RT então a equação torna
G MT m
F= 2
RT
A corresponde aceleração de massa m é
F G MT
a= = 2 ≡ g
m RT
Mas essa aceleração é exactamente aquela que chamamos aceleração de gravidade g.
Em geral teremos a aceleração para uma distância r
G MT R2T
a= = g
r2 r2
3.2. A medida de constante gravitacional
A constante G é muito difícil de ser medida com precisão. Isto ocorre devido às
forças gravitacionais entrem massas no laboratório serem pequenas e portanto os
instrumentos para detectar estas forças serem extremamente sofisticados. As medidas de G
são feitas com uma balança de torsão de Cavendish.
O valor da constante G é determinado através da aproximação das pequenas massas das
massas grandes e a comparação dos torques surgidos no cabo central de sustentação.

Experimento de Cavendish

3.3. Órbitas dos planetas


9

É razoável considerarmos o Sol fixo e imóvel estudando apenas o movimento dos


planetas.
Se supusermos as órbitas dos planetas aproximadamente circulares de raio r, a força
gravitacional age como uma força centrípeta, tendo o Sol como o corpo central. Se a
velocidade do planeta é v, a equação de movimento
G Ms m m v2 G M s 2
F= =Fc = → =v
r2 r r

2rπ
Temos que v= , onde T é chamado o período da órbita. Assim o período para órbita
T
circular é dado por
2
2 4π 3
T = r
G Ms

Mesmo as órbitas dos planetas em torno do Sol sendo aproximadamente circulares nenhuma
dessas órbitas é circular. Foi Kepler que mostrou através das observações este fato. Isso é a
primeira lei de Kepler:
As órbitas dos planetas são elipses com o sol em um dos focos.

U
ma órbita eliptica de um planeta, com o sol em um dos focos.
A segunda lei de Kepler expressa essencialmente a conservação do momentum angular do
planeta em torno do sol, já que a força gravitacional é uma força central. Ela é chamada a lei
das áreas.
A terceira lei de Kepler relaciona o período da órbita ao tamanho dela.
‘O quadrado do período é proporcional ao cubo do semieixo maior da órbita do planeta’
10

As três leis de Kepler são também aplicadas a satélites e a cometas. Também são aplicadas a
órbitas de estrelas, como em sistemas binários de estrelas. Por outro lado, são aplicadas a
movimento de projécteis próximos da Terra.

4.Leis Generalizadas de Kepler


De acordo com halliday & Rasnick (2009:48), ʻʻO movimento dos planetas obedece
às três leis de Kepler, que são uma consequência directa das leis do movimento e da
gravitação de Newton e também se aplica aos satélites, tanto naturais como artificiais.

4.1. Primeira lei de Keple ou Lei das órbitas


Segundo halliday & Rasnick (2009:41) salientam que Todos os planetas se movem em
órbitas elípticas, com o Sol em um dos focos ʼʼ
Segundo Contador (2012), Kepler calculou a distância do Sol a Marte durante dois anos, nos
quais a órbita sempre se mostrava uma espécie de oval, parecendo um círculo, mas achatado
em seus lados opostos, observando ainda que a distância entre o raio do círculo e o fim do
eixo menor do oval, para um círculo de raio um, era igual a 0,00429.
Valor este obtido por meio da relação e 2 /2 , em que e=CS é a distância do centro do círculo
ao centro do Sol, conforme figura seguir. Assim, Kepler estabeleceu a relação:
AC 1
=
CR 1−e2 /2
AC 1
=
CR 1−0,00429
AC
≅ 1,0043
CR
11

Ao se deparar com esse número, ainda conforme Contador (2012), Kepler teve receio, pois
ele equivale à secante do ângulo ø situado entre AC e AS em que A é a posição de Marte.
Analisando esse ângulo, formado entre o Sol, Marte e o centro da órbita, Johannes Kepler
1 1 AS
chegou à relação: sec ø = = = = AS , a partir da qual verificou que existiria
cos ø AC / AS AC
uma relação entre o ângulo ø e a distância AS em que o ângulo varia à medida que Marte se
move ao longo de sua órbita.
Esses métodos, de acordo com Contador (2012), consistiam na construção de uma elipse a
partir de um círculo de raio unitário, conforme Figura a seguir, no qual a=1
e2
b=1−
2
e=CS e PS=P

a AB sen β
Assim, da elipse é possível obter a relação: = = ,a partir da qual obtém-se:
b PB psen Ө
apsen Ө=bsen β
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Lembrando que a=1, tem-se:


b sen β
psen Ө=bsen β → sen Ө= eq .2
p
Da figura acima é possível obter a relação: p cos Ө=e+cos β , que elevada ao quadrado
resulta em:
2 2 2 2
p cos Ө=e + 2 e cos β +cos β eq . 2.1
Utilizando a relação fundamental da trigonometria, a equação 2.1 pode ser reescrita
p ( 1−sen Ө ) =e + 2 e cos β +cos β eq .2.2
2 2 2 2

Substituindo (2.1) em (2.2), obtém-se:


2 2 2 2 2
p =e +2 e cos β +cos β +b sen β eq .2 .3
2
e
Substituindo b=1− Em (2.3) obtém-se:
2
2 2 2 2 2 2 e4 2
p =e +2 e cos β +cos β + sen β−e sen β + sen β
4
Para relação fundamental da trigonometria, temos que cos 2 β + sen2 β =1 e, por hipótese, o
valor de 𝑒 é pequeno, de modo que o valor e 4 Pode ser desprezado, resultando em:
p2 ≅ 1+e 2+2 e cos β−e 2 sen2 β
2 2 2 2
p =1+ e +2 e cos β−e (1−cos β)
2 2 2 2 2
p =1+ e +2 e cos β−e +e cos β
2 2 2
p =1+2 e cos β+ e cos β
p2=(1+e cosβ )2
O resultado acima mostra que a equação da elipse pode ser escrita como
p=1+ e cos β
Mesma equação obtida por Kepler anos antes.

4.2. Segunda lei ou lei das áreas


Conforme Ramalho & Nicolau & Toledo (2007:362), ʻʻO segmento imaginário que
une o centro do sol ao centro do planeta (raio-vector) varre áreas proporcionais aos
intervalos de tempo dos percursos″.
dA h
O momento angular dos planetas em relação ao sol é constante, portanto = =constante
dt 2
Def: de momento angular
L=r x p=r x mv
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Onde o produto vectorial x é tal que o vector resultante é perpendicular ao plano definido
pelos dois vectores envolvidos na operação, e tem módulo igual ao produto dos módulos dos
dois vectores pelo seno do ângulo entre eles.
Ou seja, se o ângulo entre r e v é α, então:
L=rmv . senα
Se v são paralelos, r x v=0
Prova de que o momento angular de um planeta em relação ao sol é constante
dL d ( rxp )
= =¿
dt dt
Se F tem a mesma direcção de r, como é o caso da força gravitacional, então r X F=0
dL
=0 e L=constante
dt
Prova de que o módulo do momento angular do planeta é igual á área varrida pela linha
recta que o liga ao sol
Considerando a figura abaixo:

A área descrita pela linha recta (r) unindo o ponto P a F, quando ele se desloca até Q, é
aproximadamente (para intervalo de tempo pequeno) igual á área de um triângulo de base
r ∆ Ө e altura r.

Em um tempo ∆t:

1
∆ A= r r ∆ Ө
2

∆ A 1 2 ∆Ө
= r
∆t 2 ∆t
14

O momento angular é definido como:

L=r x mv → L=rm v t

Onde chamamos vt á componente de v na direcção perpendicular a r. Para um intervalo de


tempo ∆t pequeno, vt pode ser aproximado pelo pedaço da órbita percorrido durante esse
tempo, que é igual ao arco subtendido pelo ângulo ∆Ө, ou seja:

∆Ө
L=mr 2
∆t

Comparando a expressão de ∆A/∆t com a expressão de L, vemos que:

∆A 1 L
=
∆t 2 m

Que é constante porque o momento angular e a massa são constantes.

Portanto:

A lei das áreas de Kepler é uma sequência directa da lei da conservação de momento angular

Considerando um intervalo de tempo infinitesimal, e adoptando h=L/m, temos:

dA h
=
dt 2

Integrando a equação acima em período orbital completo temos:

h
∫ dA= 2 ∫ dt

Ou

h
A= p
2

Como a área da elipse é

A=πab

Logo o momento angular por unidade de massa é


15

2 πab
h=
P

4.3. Terceira lei ou lei dos períodos

Conforme halliday & Rasnick (2007:42), ʻʻ O quadrado do perido de qualquer


planeta é proporcional ao cubo do semieixo maior da órbita ʼʼ

Conforme apontam Figueiredo e Neves (2002), a terceira lei de Kepler é deduzida, em sua
forma diferencial, por meio das seguintes etapas.

Inicialmente, podemos observar que a velocidade areolar definida anteriormente é

1
A= h=constante
2

Com isso, o período do movimento é dado por:

Area da elipse πab 2 πab


T= = = eq .3
A 1 h
h
2

c b2
Da elipse, sabe-se que: a 2−b2=c 2 ; e= ; l= , onde a e b são os semieixos da elipse e l é o
a a
comprimento da corda focal.

b2
Substituindo l= na equação da primeira lei temos
a

h=b
√ μ
am
eq .3 .1

Substituindo a equação 3.1 em 3 e elevando ao quadrado, temos que:

2 3
2 4π a m
T =
μ

Donde segue que:


16

2 2
T 4π m
3
= eq .3 .2
a μ

No caso do campo gravitacional do sol μ=GmM ,onde m é a massa do planeta, M é a massa


do sol e G é a constante da gravitação.

Portanto,

T2 4 π2 m 4 π2
= =
a GmM GM
3

Com isso, temos que a relação entre o quadrado do período e o cubo do semieixo maior da
elipse é equivalente a uma constante, logo, obtemos a terceira Lei de Kepler, que nos diz que
os quadrados dos períodos dos planetas são proporcionais ao cubo de sua distância média ao
Sol.
17

Conclusão
A busca pela compreensão dos fenômenos celestes está presente no ser humano desde o
período clássico, pelo menos, seja por meio da Astronomia ou da Astrologia. Vários modelos
cosmológicos e astrofísicos foram desenvolvidos ao longo do tempo, desde Filolau,
Aristóteles, Aristarco, Apolônio, Hiparco até Ptolomeu, todos tentando verificar as
regularidades desses fenómenos.
18

Referência bibliográfica
Figueredo, D. G., & Neves, A. F. (2002). Equacaoes diferenciais aplicadas . Rio de janeiro:
IMPA.

Hallyday, D., & Rasnick, R. (2009). Os fundamentos da fisica volme 2. sao paulo: Jearl
Walker.

junior, F. R., Ferraro, N. G., & soares, P. d. (2007). os fundamentos da mecanica. sao paulo:
jose luis carvalho de cruz.

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