Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Com o intuito de nortear os profissionais de educação física e outros sobre a importância dos
achados clínicos das lesões do ombro mais comuns relacionadas a prática esportiva, faz-se
necessária uma revisão literária sobre as condutas mais assertivas na identificação e
tratamento destas lesões.
O objetivo do presente texto é alertar os profissionais para as lesões tão freqüentes, porém
pouco mencionadas não esgotando o assunto, mas sim, instigá-los à busca constante pela
informação científica.
ANATOMIA DO OMBRO
O músculo deltóide do ombro possui 3 porções (anterior, lateral e posterior) que revestem
superiormente, anteriormente, lateralmente e posteriormente a articulação glenoumeral
tendo a importante função de estabilizador desta importante articulação (Weineck, 1990). Este
músculo tem sua inserção proximal na face inferior da clavícula no terço lateral, acrômio e
espinha da escápula, sendo sua inserção distal na tuberosidade do úmero (Hall, 2000; Moore,
1990; Weineck, 1990).
AÇÃO MÚSCULOS
Adução Redondo maior e menor / Peitoral maior (esternal) / Grande dorsal / Coracobraquial
Rotação medial Subescapular / Grande dorsal / Redondo maior / *Peitoral maior (clavicular) /
*Deltóide anterior
Obs (*): estes não aparecem como principais em todas as referências. Tabela 1
LESÕES DO OMBRO
Frontera et. al (2001, p. 215), atenta para o fato de que todas as doenças articulares possuem
fatores intrínsecos como: a rigidez, a dor, a deformidade articular, a contratura dos tecidos
moles, atrofia muscular, o descondicionamento físico generalizado e a diminuição da função. A
perda da força pode vir associada aos fatores citados.
Desta forma, torna-se importante que o profissional de Educação Física se atente para a
pertinência da lesão. Através da acuidade para os aspectos morfológicos desta articulação e o
conhecimento de manobras específicas, pode-se alertar e indicar o cliente (aluno) a buscar um
profissional responsável com intenção de diagnosticar tais anomalias e posteriormente tratá-la
com maior afinco.
Hall (2000, p. 145), menciona que grande parte das lesões do ombro no esporte são
decorrentes do esforço repetitivo (overuse), e ou traumáticos.
LUXAÇÕES
Vale salientar que a má conformação anatômica do acrômio tende a maior incidência desta
síndrome (Brown et al., 2001).
Os esportes de arremesso, o tênis e a natação são alguns dos esportes acometidos pelo
impingement (Brown et al., 2001; Hall, 2000; Mellion, 1997).
Caso não haja alguma ruptura de tendão, o tratamento consiste, inicialmente, em repouso
relativo evitando-se atividades que agravem ou incidam na lesão, com redução do processo
inflamatório. Exercícios de ADM e flexibilidade de baixa intensidade 3 vezes ao dia, seguidos
por massagens com gelo, atenuam o processo inflamatório permitindo a mobilização desta
articulação. Cessado os sintomas agudos e recuperado a ADM, inicia-se os exercícios para
recuperação da força tendo como objetivo os rotadores internos e externos, frizando-se a
constante intensão em afastar a cabeça do úmero do impacto ou atrito com o acrômio (tração
longitudinal).
Devido à localização do bíceps braquial (parte proximal) na articulação glenoumeral este vem a
sofrer do impacto. Estes traumatismos constantes provocam a tendinite progredindo para um
processo degenerativo e possível ruptura (Mellion, 1997; Iversen, 1985). Logo a identificação e
tratamento desta síndrome são de vital importância para que se evite o indesejável. O Teste
de Speed é utilizado para tal finalidade (cotovelo estendido e antebraço supinado, flexiona-se
o cotovelo até 60º contra resistência), caso surta algias esta indica a lesão (Hirschfeld, 1990;
Mellion, 1997). Hirschfeld (1990), incita outra manobra por afirmar ser a anterior pouco
precisa: ombro e cotovelo em extensão, antebraço pronado, realiza-se a flexão do ombro e do
cotovelo contra resistência, ao mesmo tempo em que se realiza a supinação.
CONSIDERAÇÕES