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Ciclo da marcha:

1.contato inicial: toque do calcâneo ao solo, com pé em posição neutra. Momento de transferência
de peso para o membro que inicia o ciclo
- Precisa que, antes dele (ao final da fase de balanço), o joelho (da frente) tenha extensão
completa (quadríceps ativado mantém a estabilidade -concentricamente) e o músculo tibial
anterior mantenha o tornozelo em posição neutra (90°) através de uma contração
concêntrica.
- Tronco: encontra-se meio passo atrás do pé e em sua menor altura
- No plano frontal, ocupa a linha média, deslocando-se em direção ao membro que
inicia o apoio.
- Quadril: já está iniciando extensão pela ação dos extensores do quadril, pois a flexão máxima
(30°) foi atingida durante o balanço terminal.

2.Respostá à carga (contato total do pé): Dois mecanismos para amortecer o impacto e receber a
força peso transferida para o membro na fase de apoio. São eles:
- (1)O primeiro mecanismo de rolamento dos tornozelos → toque do calcâneo ao solo gera
uma força contrária que favorece o movimento de flexão plantar, ou seja, ocorre extensão do
tornozelo para que o pé se acomode no solo. → contração (excêntrica) do músculo tibial
anterior
- (2)a primeira onda de flexão dos joelhos → após atingir o apoio plantígrado, através do
primeiro mecanismo de rolamento dos tornozelos, a força de reação se descloca
posteriormente ao centro articular dos joelhos. O joelho inicia uma flexão, que será
controlada por uma contração excêntrica do quadríceps (momento interno extensor) com o
intuito de evitar que a flexão seja excessiva e ultrapasse 20°.
- Uma vez controlada a primeira onda de flexão dos joelhos na resposta à carga, o quadríceps
passa a realizar uma contração concêntrica e inicia a extensão dessa articulação na fase de
apoio.
- Os extensores primários (glúteo máximo) e secundários (isquiotibiais) dos quadris (momento
interno) realizam, nesse evento, uma contração concêntrica e dão início à extensão da
articulação. Com isso, é produzida uma aceleração do membro e, por esse motivo, os
extensores de quadril são considerados um dos importantes propulsores da marcha normal,
junto com o tríceps sural(gastrocnêmio) e os flexores de quadril
- Termina com o desprendimento do pé oposto

1.1.2 O apoio intermediário (apoio unipedal/simples). Inicia no momento em que o pé oposto se


desprende do solo e termina quando esse mesmo pé, contralateral, faz seu contato inicial (o faz o
balanço = sai do apoio duplo e volta de novo) – nesse período, ocorre o médio apoio (articulação
coxofemoral se projeta verticalmente sobre o pé). Uma das principais tarefas desse evento é
promover o avanço do corpo sobre o pé estacionário ao solo.
- No final da resposta a carga, a dorsiflexão do tornozelo é facilitada e aumenta
progressivamente nessa fase de apoio intermediário. = um pé só vai se dobrando no chão
- Ocorre então o segundo mecanismo de rolamento, onde dessa vez a tíbia roda sobre o
tálus, causando um aumento progressivo da dorsiflexão do tornozelo na fase de apoio,
modulado pela ação excêntrica do músculo solear para que a dorsiflexão não seja excessiva
- No apoio simples, ocorre elevação da pelve e adução do quadril(inferior a 10°) no plano
coronal
- Tronco: nesse ponto do ciclo, o tronco atinge sua maior altura (2,5 cm acima da altura
média). Está em máximo deslocamento lateral para o lado apoiado (2,5 cm).
- Ações musculares: atuam para permitir uma progressão suave sobre o pé parado, ao mesmo
tempo em que controlam a posição da força de reação ao solo sobre o quadril e o joelho.

1.1.3 O apoio terminal (calcanhar-fora) representa o ponto no qual o calcanhar da extremidade de


referência sai do solo e avança o corpo para frente
- é caracterizado pelo contato de apenas um membro ao solo.
- ocorre a extensão máxima dos joelhos (0-5° de flexão) e dos quadris (por volta de 10° de
extensão), por meio dos mecanismos que tiveram início no médio apoio e que foram
descritos no item anterior
- Tornozelo atinge seu pico de dorsiflexão (cerca de 10°)?????
- O segundo mecanismo de rolamento do tornozelo termina nessa subfase
- CADÊ A FLEXÃO PLANTAR??

1.2 BALANÇO
- A fase de balanço é subdividida em três etapas: (1)balanço inicial, (2)intermediário e
(3)terminal.
- A fase de balanço, em sua etapa inicial (aceleração),Ocorre quando o dedo da
extremidade em movimento deixa o solo e continua até a etapa intermediária/o
ponto no qual a extremidade em balanço está diretamente sobre o corpo.
- A partir daí, no balanço terminal (desaceleração), a perna se prepara para o contato
inicial com o solo ou está pronta para o suporte do peso (contato inicial), quando a
fase de apoio é reiniciada

MARCHA NA PARALISIA CEREBRAL


- Causas: problemas primários do sistema nervoso central, como espasticidade, controle
motor seletivo deficiente e falta de equilíbrio

TRENDELENBURG
- o verdadeiro Trendelenburg surge quando existe fraqueza do glúteo médio, enquanto a
marcha antálgica por dor no quadril será o “falso Trendelenburg”.
- É o mecanismo realizado para diminuir o esforço dos abdutores do quadril e de sua
articulação durante o apoio simples.
- sinal: caída da pelve quando levanta a perna oposta ao glúteo médio fraco
- Também se observa a inclinação lateral do tronco nos pacientes que possuem base alargada
e naqueles com encurtamento dos membros inferiores.

2) Inclinação anterior do tronco (Sequela da Poliomielite):


Em geral, a flexão anterior do tronco é observada no momento do contato inicial.
- Se apenas um dos membros inferiores foi afetado, logo após o início do ciclo, o tronco se
retifica. Nos acometimentos bilaterais, a inclinação anterior é mantida durante todo o ciclo.
- Essa anormalidade é mais bem identificada quando o paciente é visto pelo lado.
- Em geral, a fraqueza do quadríceps é a causa dessa anomalia.
- No momento do contato inicial, o vetor de força de reação do solo é posterior à articulação
do joelho, sendo estabilizado pelo quadríceps. Se houver ausência ou fraqueza desse
músculo, a inclinação anterior do tronco faz com que o vetor de força se desloque,
anteriormente, criando um momento em extensão.
- É comum os pacientes com tal condição usarem a mão sobre a coxa, para reduzir o esforço
no membro afetado.

alinhamento em varo é mais comum em homens do que em mulheres.

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