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AULA SOBRE MARCHA membro inferior com o solo, corresponde a

60 por cento do ciclo. Dentre a fase de apoio


existem períodos de duplo apoio e apoio
simples.

Anotações No caso dos períodos de duplo apoio: ocorre


nos 10 por cento inicias e 10 por cento finais
Movimentos da pelve em relação ao quadril da se de apoio. Acontece quando há contato
de ambos os membros do solo

No caso de apoio simples: corresponde aos 40


por cento centrais da fase de apoio. Acontece
quando há contato de apenas um membro
com o sono

Fase de balanço: balanço inicial, balanço


médio e balanço terminal; Essa ocorre
quando não existe contato do membro
inferior com o solo. Essa fase corresponde a
40 por cento do ciclo da marcha.

Fases da marcha composta de duas fases:


Fase de apoio e fase de balanço.

A fase de apoio é aquela que o pé está em


contato com o chão.

A fase de balança; pé de balanço

A fase de apoio é maior que a fase de balanço

A fase de apoio é dividida em 5

A fase de balanço é divida em 3

Fase de apoio: Contato inicial, apoio inicial,


apoio médio, apoio terminal e pré balanço.
Essa é carcterizada pelo contato inicial do
Quanto mais instável e lenta for a
deambulação maior a fase de apoio e menor a
de balanço. Quando maior a velocidade da
marcha, menor será a fase de apoio e maior
será a de balanço

SUBFASES DA FASE DE APOIO DA MARCHA:


Contato inicial, apoio inicial, apoio médio,
apoio final e pré balanço

Contato inicial: O individuo tem duplo apoio,


o toque inicial começa com o toque do
calcâneo no solo, quando o peso do corpo Resposta a carga: Posteriormente a carga de
começa a ser transferido para o membro que contato inicial, ocorre a fase de resposta a
inicia o cilco. Nesse momento, o joelho está carga, caracterizada pelo apoio simples. Nessa
terminando a base de balanço do ciclo fase, para que não haja sobrecarga excessiva
anterior. Dessa forma, no inicio do contato dos membros inferiores, dois mecanismos
inicial, o joelho entra em extensão completa, entram em ação com intuito de
através da ativação do quadríceps amortecimento. Esses dois mecanismos são:
concentricamente. 1- Primeiro rolamento dos tornozelos:
Enquanto isso o músculo tibial anterior tem Na fase de resposta a carga, a força
que manter o tornozelo em posição neutra( de reação ao solo fica localizada
90 graus) também através de uma atuação posteriormente ao centro articular do
concêntrica. Ainda para manter a fase do tornozelo. Logo, isso gera um
contato inicial os músculos extensores do momento externo flexor planar, que
quadril devem se manter contraídos para vai favorecer o movimento de flexão
estabilizar o quadril e evitar um colapse plantar do tornozelo. É como se o
flexor, uma vez que a força de reação ao solo momento externo flexor que passa
passa anteriormente ao centro articular e atrás da articulação do tornozelo
gera um externo flexor. fizesse uma força que empurrasse o
tornozelo em flexão plantar. Essa
Ação musculares no contato inicial: Ativação ação é modulada pela contração
concêntrica do quadríceps, ativação excêntrica do tibial anterior, que vai
concêntrica do tibial anterior e ação gerar um torque interno do
concêntrica dos extensores do quadril; dorsiflexor. Ou seja: se não fosse pela
contração excêntrica do tibial anterior
“ segurando “ a tendência a flexão
plantar gerada pelo momento externo
flexor plantar, o tornozelo cairia em
flexão plantar de forma abrupta e o
individuo bateria com o pé no chão
fortemente.
2- Primeira onda de flexão dos joelhos:
Quando os pés atingem suavemente o
solo através do primeiro mecanismo
de rolamento dos tornozelos, a força
de reação ao solo, desloca-se
posteriormente com relação ao
centro da articulação dos joelhos.
Esse movimento produz um momento
externo flexor que irá iniciar uma
flexão dos joelhos. Para que não
ocorra um colapso de flexão e o
individuo caia, tem então a ação do
Médio apoio: Caracterizado pelo
quadríceps que se contrai
apoio simples. O principal objetivo
excentricamente( momento interno
dessa fase promover avanço do corpo
extensor) para frear esse movimento.
sobre o pé estacionário. Nesse vento
Uma vez controlada essa primeira
ocorro o segundo mecanismo de
onda de flexão dos joelhos na
rolamento. No final da resposta a
resposta a carga, o quadríceps indicia
carga, a força de reação do solo
uma contração concêntrica para gerar
desloca-se anteriormente ao
extensão da articulação do joelho.
tornozelo, gerando um momento
externo de dorsiflexor. A partir dai a
Ainda na resposta a carga, a força de
dorsiflexão do tornozelo aumenta
reação ao solo permanece anterior ao
progressivamente durante o apoio
centro articular dos quadris, gerando
médio. Mas para que não ocorra de
um momento externo flexor. Neste
forma excessiva, é necessário uma
instante, entram em ação os
modulação realizada pela contração
extensores primários( glúteo máximo)
concêntrica do musculo solear,
e secundários( isquiotibiais) do
gerando um momento interno flexor
quadril gerando um momento interno
plantar, no intuito de frar a
extensor, realizando uma contração
dorsiflexão exagerada.
concêntrica dando inicio a extensão
O aumento e modulação progressivos
da articulação do quadril. Essa ação
da dorsiflexão do tornozelo, mais o
dos extensores na fase de resposta a
impulso gerado pela contração
carga produz uma aceleração do
concêntrica dos extensores do quadril
membro. Logo, é por esse motivo que
e joelhos é responsável por um
os extensores do quadril são
deslocamento da força de reação ao
considerados um dos mais
solo anteriormente ao centro articular
importantes propulsores da marcha
do joelho. Isso provoca um aumento
normal, junto com os gastrocnêmios e
externo extensor. Assim, a extensão
flexores de quadril.
do joelho a paritr da fase de médio
apoio é realizada de maneira passiva,
sem contração do quadríceps
Esse restante de extensão é realizado
de forma passiva, para que não ocorra
recurvatum. Deve ocorrer um
momento interno flexor. Este
momento é gerado pelas estruturas
posteriores do joelho, com os capsuloligamentares anteriores
músculos isquiotibiais, capsula que geram momento interno
articular e ligamentos. flexor
.
No apoio simples ocorre a elevação 2- Pico de dorsiflexão do tornozelo:
da pelve e adução do quadril no plano nesse momento a força de reação
sagital. Então, nesse momento a força ao solo ainda é anterior à
de reação ao solo passa medialmente articulação, produzindo um
ao centro articular do quadril, momento externo dorsiflexor.
gerando um momento externo Nesse período, o músculo solear
adutor. Portando, esse processo torna mantém sua contração
necessário a ação dos abdutores( excêntrica com objetivo de evitar
gerando um momento interno) para o aumento da dorsiflexão no
manutenção da estabilidade da pelve, apoio terminal.
evitando a queda excessiva
contralateral. Por isso, para se te rum
período de apoio simples adequado é
necessário uma estabilidade do
membro inferior.

Fase de pré-balanço da marcha( ultima subfase


da fase de apoio)
A fase de pré-balanço, também chamada de
fase de propulsão, é o componente final da fase
de apoio. Esta fase ocorre quando há o último
contato do hálux com o solo. Logo, é
caracterizada pelo duplo-apoio, porque ao
mesmo tempo em que o hálux está deixando o
solo, o membro inferior contralateral realiza o
Apoio terminal:é caracterizado pelo contato inicial e a resposta a carga, gerando
apoio simples. É durante este tipo de propulsão ao nível do quadril e tornozelo.
apoio que ocorre a extensão máxima Nessa fase de pré-balanço, o tornozelo sofre o
do joelhos e quadril. Nesse evento 3º mecanismo de rolamento desencadeado
ocorre: pela contração concêntrica do músculo
1- Estabilização articular dos gastrocnêmio. Assim, este movimento propicia
quadris: ocorre para contrapor a uma flexão plantar com desprendimento do
força de reação ao solo, que, calcâneo do solo e, consequentemente, gera
uma produção de energia propulsora. Dado
nesse momento, é deslocada
esse evento, a força de reação do solo (seta
posteriormente ao centro da
vermelha pontilhada) é deslocada
articulação do quadril, gerando
posteriormente ao joelho, propulsionando o
um momento externo extensor. momento externo flexor (Figura 1).
Essa estabilização é realizada
pelas estruturas
OBS: O músculo gastrocnêmio é considerado o OBS: Como não há contato do membro inferior
mais importante propulsor da marcha normal, com o chão, a força de reação ao solo não está
seguido pelos flexores e extensores de quadril. presente na fase de balanço.
Figura 2: Fase de balanço inicial

• Balanço médio
Essa fase inicia logo que os joelhos atingem a
Fase de balanço da marcha flexão máxima. Logo, o balanço médio tem
A fase de balanço compreende o período de como característica principal o início da
tempo em que o membro permanece no ar. extensão dos joelhos para a preparação do
Corresponde a 40% do ciclo da marcha. A Fase contato inicial.
de Balanço pode ser dividida em 3 subfases: Nesse momento, os quadris atingem a flexão
• Balanço inicial (aceleração) máxima (cerca de 35º) e o segmento da perna
A maior característica dessa fase é a liberação trabalha como um pêndulo nessa subfase por
do pé sem a necessidade de lançar mão de meio da inércia. O balanço médio termina
mecanismos compensatórios. quando a perna atinge a posição vertical em
Essa fase ocorre quando há o desprendimento relação ao solo. Portanto, nesse instante, o
do pé ao final da fase de apoio e dura até tornozelo atinge a posição neutra (90°), em
o joelho atingir o pico de flexão em torno de virtude da manutenção da contração
60°. Assim, esse momento coincide com a concêntrica do músculo tibial anterior (Figura
passagem do membro em balanço pelo 3).
membro contra-lateral que está em médio Figura 3: Término da fase de balanço médio
apoio.
A flexão dos joelhos, durante a fase de balanço,
é proporcionada pela contração concêntrica
dos músculos gastrocnêmios e flexores do
quadril que ocorreu na fase de pré-balanço.
Então, para que esse movimento se suceda da
forma adequada, é necessário que a porção
distal do reto femoral trabalhe de maneira
excêntrica para “frear” movimentos excessivos
sem limitar essa atividade.
Outro músculo primordial para a adequada
liberação dos pés para a fase de balanço é o • Balanço final/terminal (desaceleração)
tibial anterior. A partir do instante em que o pé A principal característica dessa sub-fase é a
se desprende do solo e inicia a fase de balanço, preparação do membro que está em balanço
o músculo gastrocnêmio cessa sua ação, e o para receber carga do contato inicial.
tibial anterior sofre contração concêntrica com A extensão dos joelhos, que teve início no
o objetivo de promover dorsiflexão dos balanço médio, continua no balanço terminal e
tornozelos facilitando, assim, a transição de é controlada através de uma contração
fases (Figura 2). excêntrica dos isquiotibiais. Já o músculo tibial
anterior também se mantém contraído
concentricamente para que o tornozelo
permaneça a 90° e o contato inicial possa ser
realizado com o retropé. Os quadris, que
atingiram sua flexão máxima no balanço médio
(35°), permanecem fletidos e são estabilizados
pelos extensores dessa articulação em
preparação para o contato inicial.
Além disso, o quadríceps também trabalha de
maneira concêntrica no final da fase de balanço
para que o ciclo de marcha possa ser iniciado
com o joelho estável e em extensão e que,
nessa posição, os isquiotibiais possam atuar
como extensores do quadril.

A análise da marcha está indicada para os


pacientes com alguma alteração na
deambulação, pacientes provenientes de
cirurgias ortopédicas por lesões na coluna,
quadril, joelho e tornozelo, ou que por algum
motivo utilizaram dispositivos auxiliares de
marcha (muletas, andador e bengala).

Conclusão: ciclo da marcha


Aqui, iremos repassar os principais músculos
atuantes em cada fase:

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