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Tuccie outros Distúrbios musculoesqueléticos BMC2014,15:1

http://www.biomedcentral.com/1471-2474/15/1

ARTIGO DE PESQUISA Acesso livre

Teste de estabilidade de extremidade superior de cadeia

cinética fechada (teste CKCUES): um estudo de
confiabilidade em pessoas com e sem síndrome do impacto
no ombro
Helga Tatiana Tucci1,2*, Jaqueline Martins2, Guilherme de Carvalho Sposito3, Paula Maria Ferreira Camarini4
e Anamaria Siriani de Oliveira2

Resumo
Fundo:O Close Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test (teste CKCUES) é um teste funcional do ombro de baixo custo que pode
ser considerado como um resultado clínico objetivo e complementar para a avaliação do desempenho do ombro. No entanto, sua
confiabilidade foi testada apenas em atletas recreacionais do sexo masculino e não há estudos comparando escores entre amostras
sedentárias e ativas. O objetivo foi examinar a confiabilidade inter e intrasessão do teste CKCUES para amostras de homens e
mulheres sedentários com (SIS), para amostras de homens e mulheres sedentários saudáveis e para amostras masculinas e
femininas de atletas recreativos específicos de esportes de membros superiores saudáveis. Outro objetivo foi comparar os escores
entre amostras de atletas sedentários e recreacionais do mesmo sexo.
Métodos:Uma amostra de 108 indivíduos com e sem SIO foi recrutada. Os indivíduos foram testados duas vezes, com sete dias de intervalo.
Cada sujeito realizou quatro repetições do teste, com 45 segundos de descanso entre elas. As últimas três repetições foram calculadas e
usadas para análise estatística. Coeficiente de Correlação Intraclasse ICC2,1foi usado para avaliar a confiabilidade intrasessão da pontuação do
número de toques e ICC2,3foi usado para avaliar a confiabilidade entre sessões do número de toques, pontuação normalizada e pontuação de
poder. Pontuações de testes dentro de grupos do mesmo sexo também foram comparadas. O erro de medição foi determinado calculando o
erro padrão da medição (SEM) e a alteração mínima detectável (MDC) para todas as pontuações.

Resultados:O teste CKCUES mostrou excelente confiabilidade entre sessões para pontuações em todas as amostras. Os resultados
também mostraram excelente confiabilidade intrasessão do número de toques para todas as amostras. Os escores foram maiores no ativo
em comparação ao sedentário, com exceção do escore de potência. Todos os escores foram maiores em homens e mulheres ativos em
comparação com sedentários e SIS. SEM variou de 1,45 a 2,76 toques (com base em um IC de 95%) e MDC variou de 2,05 a 3,91 (com base
em um IC de 95%) em indivíduos com e sem SIS. Pelo menos três toques são necessários para ser considerado uma melhoria real nas
pontuações do teste CKCUES.

Conclusão:Os resultados sugerem que o teste CKCUES é uma ferramenta confiável para avaliar o desempenho funcional da extremidade superior para
sedentários, para esportes recreativos específicos da extremidade superior e para homens e mulheres sedentários com SIS.

Palavras-chave:Extremidade superior, Teste funcional, Confiabilidade

* Correspondência:helgatucci@yahoo.com.br
1Departamento de Ciências do Movimento Humano, Universidade Federal de São Paulo, Santos
(SP) Brasil
2Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor,
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brasil Lista completa
das informações dos autores está disponível no final do artigo

© 2014 Tucci e outros; licenciada BioMed Central Ltd. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da Creative Commons
Attribution License (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0), que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em qualquer meio,
desde que o trabalho original seja devidamente citado.
Tuccie outros Distúrbios musculoesqueléticos BMC2014,15:1
http://www.biomedcentral.com/1471-2474/15/1
Fundo
Comumente, o exame físico musculoesquelético é focado em medidas
de amplitude de movimento (ADM) e força muscular do segmento
afetado que não pode fornecer informações suficientes sobre o nível
funcional geral da atividade do segmento [1]. Assim, a avaliação do
ombro poderia ser aprimorada com a inclusão de técnicas que avaliem
os movimentos funcionais e os comprometimentos biomecânicos
presentes nas atividades profissionais ou da vida diária [1]. Os testes
funcionais podem ser considerados uma valiosa ferramenta clínica
complementar de baixo custo para fornecer dados quantitativos sobre
a capacidade funcional e o desempenho de um segmento corporal
[2,3]. Alguns testes também podem ser usados para registrar o
progresso de um protocolo de reabilitação medindo, por exemplo, o
desempenho e a habilidade de um paciente durante a tarefa física
[4-7].
oTeste de Estabilidade de Extremidade Superior de Cadeia
Cinética Fechada (Teste CKCUES) é um teste de desempenho que
fornece dados quantitativos (pontuação) para uma tarefa de
extremidade superior em cadeia cinética fechada (CKC) sem
necessidade de alta tecnologia para ser realizada em ambientes
esportivos ou clínicos. O teste consiste em contar quantas vezes,
durante 15 segundos, o sujeito assumindo a posição de flexão
consegue tocar a mão de apoio com a mão que balança. O teste é
considerado de fácil aplicação para os clínicos e também de fácil
compreensão para os clientes [8].
O teste CKCUES foi aplicado a indivíduos com diferentes
disfunções do ombro [8] e para avaliar o desempenho do ombro
antes e depois de um protocolo de fortalecimento muscular [1,7].
No entanto, a diversidade de pacientes com disfunção do ombro
varia desde pessoas comuns que gostariam de retornar às suas
atividades diárias sem dor até atletas de elite que desejam
retornar à sua rotina profissional [9]. Como o teste CKCUES é um
teste de desempenho, indivíduos com baixos níveis de atividade
física e pacientes com disfunções ou lesões dolorosas no ombro
podem ter dificuldade em realizar ou concluir o teste
adequadamente, afetando assim os resultados da pontuação e a
confiabilidade do teste.
A confiabilidade do número de toques do teste CKCUES, na posição
de flexão, foi publicada apenas para uma amostra de atletas
recreativos do sexo masculino sem disfunção do ombro [2]. No
entanto, o teste CKCUES pode ser realizado por mulheres em uma
posição de flexão modificada (ou ajoelhada), conforme sugerido pelos
proponentes originais, e também pode ser usado para avaliar homens
e mulheres com problemas no ombro. Assim, para ser considerado
uma ferramenta para avaliar e acompanhar o desempenho do membro
superior, é necessário determinar a confiabilidade do teste
considerando sexo, nível de atividade física e presença de
comprometimento do ombro. Embora houvesse uma variedade de
condições do ombro que poderiam ser consideradas incluídas neste
estudo, uma amostra com síndrome do impacto subacromial (SIS) foi
escolhida por ser a disfunção do ombro mais comum causando dor e
comprometimento da função [10-12].
Além disso, para aplicar o teste CKCUES como uma medida
de melhoria do desempenho do ombro, é importante
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conhecer a alteração mínima sem erro que poderia ser
considerada significativa para relatar ganho clinicamente
significativo ou real nos escores obtidos entre as sessões [13,14].
Assim, os objetivos deste estudo foram (i) determinar a
confiabilidade intrasessão e intersessão das pontuações do teste
CKCUES para amostras de homens e mulheres sedentários
saudáveis, atletas recreativos específicos de esportes de
extremidade superior saudáveis e para homens e mulheres
sedentários com SIO; (ii) comparar as pontuações do teste CKCUES
entre amostras saudáveis sedentárias, específicas para esportes
recreativos de extremidade superior e SIS e (iii) determinar o erro
padrão de medição (SEM) e a alteração mínima detectável (MDC)
do número de toques entre os grupos para auxiliar na
interpretação clínica da melhora do desempenho do ombro.
Métodos
assuntos
A população de interesse neste estudo foram homens e mulheres
com e sem síndrome do impacto subacromial. Indivíduos sem
deficiências no ombro foram recrutados em uma área
universitária local. Os pacientes com SIO foram recrutados no
serviço de ortopedia de uma universidade. Todos os participantes
leram e assinaram o termo de consentimento antes de iniciar os
procedimentos do estudo. O protocolo do estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética da Universidade.
Um total de 108 voluntários, com idades entre 20 e 65 anos, foram
incluídos neste estudo e seus dados antropométricos estão descritos
na Tabela 1. Os voluntários foram divididos em seis grupos: a) homens
sedentários saudáveis (n = 20), b) sedentários saudáveis mulheres (n =
20), c) atletas recreativos específicos de esportes de extremidade
superior de homens saudáveis (n = 20), d) atletas recreativos
específicos de esportes de membros superiores de mulheres saudáveis
(n = 20), e) homens sedentários com SIS ( n = 13) ef) mulheres
sedentárias com SIO (n = 15).
Os indivíduos foram considerados sedentários quando
realizavam menos de 30 minutos de atividade física diária [15].
Além disso, as atividades devem ser inespecíficas para
membros superiores e sem objetivo de treinamento físico ou
competições. Caso contrário, os indivíduos foram
considerados fisicamente ativos quando realizavam uma ou
mais atividades físicas pelo menos três vezes por semana em
Tabela 1 Características demográficas [média e
(desvio padrão)] dos grupos de voluntários
Grupos Idade (anos) Peso (Kg) Altura (m)
Homem sedentário (n=20) 24,95 (2,45) 81,99 (12,58) 1,75 (0,05)
Mulher sedentária (n=20) 22,65 (3,00) 56,25 (5,58) 1,62 (0,08)
Ativa¥Masculino (n=20) Ativo 23.15 (2.48) 75,70 (10,49) 1,73 (0,05)
¥Feminino (n=20) Masculino 21,75 (1,37) 57,45 (8,91) 1,61 (0,06)
SIS£(n=13) SIS Feminino£ 45,15 (12,59) 83,73 (12,73) 1,70 (0,06)
(n=15) 49,87 (5,87) 68,85 (15,87) 1,55 (0,06)
¥Ativo = jovem saudável do sexo masculino ou feminino recreacionalmente ativo para esportes
específicos de membros superiores.
£SIS = síndrome do impacto subacromial.
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nos últimos 3 meses ou mais, incluindo pelo menos uma atividade
específica para membros superiores sem outro motivo além da
aptidão recreativa.
Os critérios de inclusão para os grupos SIS foram história de dor
no ombro por pelo menos 3 meses, pelo menos dois testes
positivos de compressão do ombro (Neer, Hawkins/Kennedy,
Jobe), abdução do ombro ou arco de movimento doloroso em
flexão (60°-120°); flexão e abdução do ombro de pelo menos 90°,
para menores de 65 anos; ser sedentário; e não deve estar em um
programa de reabilitação de fisioterapia. Para indivíduos
saudáveis, os critérios de inclusão foram ser sedentários ou atletas
recreativos específicos de esportes de membros superiores,
ausência de dor no ombro; ausência de cirurgia prévia na coluna e
membro superior e ausência de queixas no sistema
musculoesquelético ombro, cotovelo, punho, mão e tronco.
Os critérios de exclusão para todos os voluntários foram
história de ruptura total em qualquer músculo do complexo
do ombro; história de cirurgia ou lesão traumática no tronco,
cotovelo ou mão; história de luxação ou orteoartrose nas
articulações glenoumeral ou acromioclavicular; doença
reumatóide, neurológica ou degenerativa; e positividade aos
testes de Adison e/ou Allen. Os critérios de inclusão e exclusão
foram verificados por meio de entrevista e exame clínico
realizado por fisioterapeuta previamente ao procedimento
experimental.
Foram analisados 152 prontuários do setor de ortopedia de um
hospital local e 106 pacientes com SIO diagnosticados por um
médico ortopedista sênior foram elegíveis para o estudo em um
período de 11 meses. Desses 106 pacientes, 56 pacientes foram
recrutados para realizar o teste, mas 11 não conseguiram realizar
o teste e 6 não compareceram no dia do reteste. Assim, 15
mulheres e 13 homens com síndrome do impacto subacromial
completaram o protocolo do estudo (Figura 1). Os achados clínicos
dos participantes do grupo SIS são brevemente descritos. Todos
os indivíduos foram positivos para os testes de Neer e Hawkins e
para arco de movimento doloroso entre 60° e 120°. Os testes de
instabilidade articular traumática (unidirecional) foram negativos.
As amostras do SIS mostraram valores reduzidos da amplitude de
movimento (ADM) ativa da articulação glenoumeral. No entanto,
foram capazes de elevar o membro superior em pelo menos 130º
de flexão de ombro e 140º de abdução de ombro. Suas notas para
o teste muscular manual (MMT) variam de 5/normal (o sujeito
completa ADM contra a gravidade com resistência máxima) a +3/
mais razoável (completa ADM contra a gravidade com resistência
mínima). Todos os graus de MMT foram reduzidos no lado afetado
de homens e mulheres quando comparados ao lado não afetado,
com exceção dos graus de MMT para o grupo muscular de
extensão do ombro que foram reduzidos apenas no grupo
feminino.
Procedimento de teste
Como medir a confiabilidade do CKCUES foi um dos objetivos
deste estudo, os procedimentos do teste foram conduzidos
por dois examinadores. O primeiro examinador contou
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número de toques. O segundo examinador era
responsável por checar o cronômetro digital e informar
verbalmente ao primeiro examinador o início e o término
do teste.
Dois procedimentos de teste foram realizados em 2 sessões,
com sete dias de intervalo. Na primeira sessão, o primeiro
examinador era responsável por explicar como o teste CKCUES
deveria ser realizado e, na sequência, o próprio examinador
demonstrava a maneira correta de realizar o teste.
O teste CKCUES é realizado a partir de uma posição de
flexão. Os homens realizam o teste CKCUES assumindo uma
posição de flexão e as mulheres assumindo uma posição de
flexão modificada (ajoelhada); ambos com as costas paralelas
ao chão, as mãos a 36 polegadas de distância e as
extremidades superiores com sustentação de peso
posicionadas perpendicularmente ao chão e sobre as mãos
(Figura 2). Duas linhas paralelas e alinhadas são marcadas no
chão para determinar a colocação inicial das mãos. Assim,
para iniciar o teste, o sujeito assume a posição de flexão com
uma mão de cada linha marcada no chão. Então, durante 15
segundos, o sujeito se inclina sobre uma mão e pega a mão
oposta, estende a mão para tocar as mãos e, em seguida,
retorna a mão para a posição inicial.
Após as instruções e demonstração, cada sujeito realizou
uma tarefa de familiarização, realizando poucas repetições de
toques nas mãos. Dicas verbais foram dadas durante a
familiarização quando necessário.
Em seguida, para as coletas de dados, cada
voluntário realizou três tentativas de 15 segundos. A
contagem do tempo iniciava-se quando o segundo
examinador dizia “GO” e terminava quando o
mesmo examinador dizia “STOP”. Foi estabelecido
um tempo de descanso de 45 segundos entre as
repetições, pois uma relação trabalho/descanso de
1:3 foi sugerida como adequada para evitar os
efeitos da fadiga na performance durante um teste
de curta duração e relativa alta intensidade, como o
Teste CKCUES [2]. Caso o sujeito não conseguisse
realizar o teste adequadamente, ele era
interrompido e após 45 segundos de repouso
tentava-se outra repetição. A repetição aceitável do
teste masculino foi definida como teste totalmente
completo com as costas retas, não tocou o chão com
o(s) joelho(s), manteve a extremidade superior de
suporte de peso perpendicular ao chão e sobre as
mãos e manteve os pés como em a posição inicial.
Escala de avaliação numérica de classificação (RNRS) [16] foi
aplicada para avaliar a dor antes e após o procedimento
experimental de coleta de dados. A dor foi analisada para observar
se o teste poderia causar dor, em que nível e, também, relatar se
um determinado nível de dor poderia impedir a realização do
teste. Na segunda sessão, os procedimentos experimentais foram
repetidos para obter dados para estimar a confiabilidade teste-
reteste, com exceção do exame físico.
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figura 1Fluxograma do processo de recrutamento de voluntários com síndrome do ombro subacromial (SIS).

Análise de dados
O teste CKCUES foi proposto [8] para fornecer três pontuações: 1)
Pontuação do número de toques:representando o número de
toques que os sujeitos podem realizar em 15 segundos. 2)
Pontuação normalizada:obtido dividindo o número de toques pela
altura do sujeito e; 3)Pontuação de poder:obtido multiplicando o
número médio de toques por 68% do peso corporal do sujeito em
quilos (porcentagem que
corresponde ao peso dos braços, cabeça e tronco) dividido por
15 (tempo decorrido do teste em segundos).
A confiabilidade intrasessão e intersessão do teste CKCUES foi
calculada usando os escores de valores obtidos nas últimas três
das quatro repetições em ambas as sessões. A confiabilidade
intersessão do teste CKCUES foi determinada para número de
toques, pontuação normalizada e pontuação de poder usando
valores médios das últimas três repetições entre teste e reteste

UMA B

Figura 2CKCUES Testa a posição inicial. UMA.Posição inicial de flexão para o teste masculino, eB.Posição inicial de flexão modificada para mulheres. As mãos estavam separadas por
36 polegadas.
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sessão. A confiabilidade intrasessão do teste CKCUES foi Uma análise de variância de um fator foi escolhida para comparar as
determinada para o número de toques no teste e reteste. pontuações do teste CKCUES entre SIS, atletas sedentários e
Número de toques, escore normalizado e valores médios do recreativos para grupos específicos de esportes de membros
escore de força foram comparados entre grupos do mesmo superiores dentro do mesmo gênero. O teste de Shapiro-Wilk foi
sexo em ambas as sessões. utilizado para análise post hoc quando diferenças foram encontradas.
O Erro Padrão de Medida (SEM) foi calculado para comparações O nível de significância adotado foi de 5%.
dos escores do Teste CKCUES entre grupos do mesmo sexo. Esta
análise foi determinada com o objetivo de estimar com que Resultados

confiabilidade as pontuações do teste CKCUES estimam uma Dados descritivos de número de toques e escore normalizado
“pontuação verdadeira” que poderia ser obtida para um sujeito se mostraram que valores para grupos saudáveis foram considerados
as pontuações medem corretamente, sem erro [13]. A Mudança dentro dos escores de referência do Teste CKCUES (Tabela 2). Os
Mínima Detectável (MDC) também foi calculada para comparações escores das amostras do SIS foram inferiores aos valores dos escores
entre grupos do mesmo sexo. MDC é a quantidade mínima de de referência (Tabela 2). Todas as pontuações obtidas de mulheres
alteração necessária para que a pontuação do teste CKCUES saudáveis e atletas saudáveis de membros superiores do sexo
exceda o erro de medição; isto é, determinar a menor quantidade masculino foram maiores do que o gênero correspondente do grupo
de mudança que poderia ser considerada relevante para detectar SIS. Com exceção da pontuação de potência comparada entre os
uma diferença entre 2 medições da mesma pontuação. grupos femininos de atletas sedentários e saudáveis específicos de
esportes de membros superiores, todas as pontuações foram maiores
A medição da dor foi obtida pela Escala de Avaliação Numérica Visual quando comparadas entre os grupos ativos e saudáveis. Quando
(VNRS). A classificação 0 representa ausência de dor, a classificação 1–3 comparados homens sedentários e homens ativos, não foram
representa dor leve; classificação 4-6 representa dor moderada e encontradas diferenças entre os escores (Tabela 3).
classificação 7-10 representa dor intensa [15]. As classificações de dor A confiabilidade intrasessão do Teste CKCUES para todas as
VNRS foram comparadas antes e depois da execução do teste para amostras mostrou excelente coeficiente de correlação intraclasse (ICC
cada sessão. Os escores de dor serão apresentados em percentil, para > 0,75) para número de toques, pontuação de poder e pontuação
cada sessão e para cada amostra. normalizada. A confiabilidade intersessões do teste CKCUES para todos
os escores também apresentou excelentes valores de ICC (ICC >0,75)
para todas as amostras (Tabela 4).
Análise estatística Número de toques SEM para grupos variou de 1,45
A confiabilidade foi avaliada por meio do coeficiente de a 2,76 toques, e MDC95% variou de 2,05 a 3,91
correlação intraclasse (ICC) com intervalo de confiança de toques. Para pontuações de poder, SEM variou de
95%. A confiabilidade entre sessões do número de toques, 6,02 a 20,03 e MDC de 8,52 a 28,32. O escore
pontuação normalizada e pontuação de poder foi avaliada normalizado SEM variou de 0,02 a 0,04 e MDC de
usando ICC2,3modelo (análise de modelo de efeito aleatório 0,03 a 0,06 (Tabela 5).
bidirecional de variância). Para determinar a confiabilidade Indivíduos saudáveis não relataram dor no ombro antes de
intrasessão do número de toques ICC2,1modelo (análise de realizar o teste em ambas as sessões. Após o teste, dor leve foi
modelo de efeito aleatório bidirecional de variância) foi relatada por atletas recreativos específicos do esporte masculino
escolhido para análise [17]. Valores de ICC de 0,75 e acima (25% dos indivíduos no teste e 15% no reteste), por atletas
representam boa confiabilidade, valores entre 0,40 e 0,74 recreativos específicos do esporte feminino (35% dos indivíduos
representam confiabilidade moderada e aqueles abaixo de no teste e 25% no reteste) e por sedentários feminino (10% no
0,40 indicam baixa confiabilidade 0,75 [18]. As análises teste e 20% no reteste). Homens sedentários relataram dor leve
estatísticas foram realizadas usando SPSS versão 16.0. (20% no teste e 25% no reteste) e moderada (10% no teste e 5% no
Medição de erro padrão (SEM) e alteração mínima reteste) após o teste.
detectável a 95% do intervalo de confiança (CI) Para as amostras com SIO, 96,4% dos sujeitos relataram dor
foram determinados para cada pontuação de teste pelas fórmulas:
intensa e moderada antes do teste em ambas as sessões. Após o
pffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiff

SEM95¼SD -ð1-ICCteste-retesteº,onde SD é o desvio teste, 86,7% das mulheres na sessão de teste e 80% na sessão de
padrão da média na linha de base; e ICC(2,3)valor foi reteste permaneceram com dor nos níveis moderado e intenso e
derivado da confiabilidade teste-reteste [13]. O SEM 16,7% relataram alívio da dor após a sessão de teste (13,3% no
foi multiplicado pelozvalor associado aos 95% teste e 20% no reteste), alterando a dor nível para uma categoria
IC (z = 1,96) para atingir nível de confiança de 95%. inferior.
pffiffiffi

CDM95¼1:96 -SEM95- 2, onde SEM é o erro padrão de medição

[19]. O IC de 95% foi calculado para o MDC, que é a quantidade Discussão
estatisticamente mínima de mudança necessária na pontuação do O objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade teste-reteste dos
teste CKCUES para ter 90% de confiança de que ocorreu uma escores do teste de estabilidade de extremidade superior de cadeia
mudança verdadeira. cinética fechada - CKCUES. Os resultados mostraram valores excelentes
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Tabela 2 Média de teste e reteste (e desvio padrão) das pontuações do teste CKCUES e valores de referência
Pontuações do teste CKCUES

Número de toques Poder Pontuação normalizada

Grupos Teste Retestar Teste Retestar Teste Retestar

Homem sedentário (n=20) 22,67 (3,75) 25,30 (3,68) 83,43 (14,66) 93,37 (16,10) 0,33 (0,06) 0,37 (0,06)

Mulher sedentária (n=20) Ativa 24,58 (4,48) 28,47 (4,96) 62,93 (14,60) 72,87 (17,05) 0,39 (0,07) 0,45 (0,08)

¥Masculino (n=20) Ativo¥ 24,78 (3,19) 27.13 (3.15) 84,47 (11,59) 92,78 (13,92) 0,40 (0,05) 0,39 (0,05)

Feminino (n=20) Masculino SIS 27,97 (3,84) 31,97 (4,47) 72,55 (12,90) 83,06 (16,23) 0,44 (0,06) 0,51 (0,08)

£(n=13) SIS Feminino£(n=15) 10.10 (3.31) 11,82 (2,68) 38,59 (14,46) 45.02 (12.22) 0,15 (0,05) 0,18 (0,04)

Valores de referência 12.20 (3.64) 13,73 (3,41) 37,63 (12,54) 42,33 (12,49) 0,20 (0,06) 0,23 (0,06)

masculinos 18.5 150 0,26

Valores de referência femininos 20,5 135 0,31
¥Ativo = jovem saudável do sexo masculino ou feminino recreacionalmente ativo para esportes específicos de membros superiores.
£SIS = síndrome do impacto subacromial.

de ICC para confiabilidade entre sessões do número de toques. A
confiabilidade intrasessão do teste também mostrou excelente (ICC≥0,75)
pontuações de valores para todas as amostras. Os resultados suportam a
confiabilidade do teste CKCUES como uma medida de resultado
complementar para avaliar a condição funcional do ombro em indivíduos
sedentários saudáveis, ativos saudáveis e indivíduos com SIS.
Os resultados de confiabilidade intrasessão desta pesquisa estão de
acordo com Goldbeck & Davies, o único estudo encontrado na
literatura sobre a confiabilidade do Teste CKCUES. No entanto,
Goldbeck & Davies avaliaram apenas a confiabilidade da pontuação do
número de toques em uma amostra de atletas recreativos do sexo
masculino. Além disso, não foram encontrados estudos sobre a
confiabilidade do teste CKCUES em mulheres, sedentários e em uma
amostra com lesão no ombro. Assim, alguns resultados deste estudo
não foram possíveis de serem comparados com outras pesquisas.
Foram encontradas na literatura outras pesquisas que
determinaram a confiabilidade de outros testes de desempenho em
cadeia cinética fechada para membros superiores, com excelentes
valores de confiabilidade teste-reteste [1]. No entanto, essa pesquisa
também não avaliou sujeitos com disfunções do ombro
ou ferimentos. Além disso, esse teste inclui um equipamento para
amostrar dados quantitativos. Assim, acreditamos que nossos
resultados podem ser importantes para avaliação esportiva e clínica
por dois motivos. Primeiro porque o Teste CKCUES é um teste de baixo
custo sem a necessidade de um equipamento para medir os escores, e
segundo porque a confiabilidade do teste foi determinada para
amostras com diferentes níveis de condicionamento físico e também
em amostras com SIS. Assim, acreditamos que clínicos e treinadores
esportivos podem escolher este teste para as primeiras avaliações e
acompanhamentos do desempenho da extremidade superior.
O número de toques e os valores de pontuação normalizados
obtidos nesta pesquisa foram maiores que os valores de referência
para o teste CKCUES [8]. No entanto, é importante considerar que a
partir da referência original não há uma variação de valores, mas
apenas um valor único para cada escore que possa ser considerado
como referência. Assim, se uma pessoa tiver sua pontuação abaixo dos
valores de referência, as pontuações do teste podem ser melhoradas.
Caso contrário, se as pontuações forem maiores que os valores de
referência, uma comparação dessas pontuações poderá ser feita antes
e depois de um treinamento específico como parâmetro de avaliação.

Tabela 3 Pontuações do teste CKCUES [média (desvio padrão)] para comparações dentro dos grupos de gênero
teste CKCUES

Número de toques Poder Pontuação normalizada

Grupos Teste Retestar Teste Retestar Teste Retestar

Homem sedentário (n=20) 22,67 (3,75)* 25,30 (3,68)* 83,43 (14,66)* 93,37 (16,10)* 0,33 (0,06)* 0,37 (0,06)*

Ativo¥Masculino (n=20) Ativo¥ 24,58 (4,48)○ 28,47 (4,96)○ 62,93 (14,60)○ 72,87 (17,05)○ 0,39 (0,07)○ 0,45 (0,08)○

Feminino (n=20) Sedentário 27,97 (3,84)§■ 31,97 (4,47)§■ 72,55 (12,90)■ 83,06 (16,23)■ 0,44 (0,06)§■ 0,51 (0,08)§■
Feminino (n=20) Masculino SIS 24,78 (3,19)§& 27.13 (3.15)§& 84,47 (11,59) & 92,78 (13,92) & 0,40 (0,05)§& 0,39 (0,05)§&

£(n=13) SIS Feminino£(n=15) 10.10 (3.31)*○ 11,82 (2,68)*○ 38,59 (14,46)*○ 45.02 (12.22)*○ 0,15 (0,05)*○ 0,18 (0,04)*○

12.20 (3.64) &■ 13,73 (3,41) &■ 37,63 (12,54) &■ 42,33 (12,49) &■ 0,20 (0,06) &■ 0,23 (0,06) &■

¥Ativo = jovem saudável, masculino ou feminino, ativo recreacionalmente para esportes específicos de membros superiores■.
£SIS = síndrome do impacto subacromial.
§diferença significativa entre mulheres sedentárias e jovens recreacionalmente saudáveis. &
diferença significativa entre mulheres sedentárias e com SIS.
*diferença significativa entre homens sedentários e SIS.
■
diferença significativa entre mulheres com SIS e mulheres jovens recreacionalmente saudáveis.
○
diferença significativa entre homens com SIS e homens jovens recreacionalmente saudáveis.
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Tabela 4 Coeficientes de correlação intraclasse (intervalos de confiança de 95%) para confiabilidades intrasessão e intersessão da
pontuação do teste CKCUES
Confiabilidade entre sessões Confiabilidade intrasessão

Grupos Número de toques Poder Pontuação normalizada Número de toques Número de toques
teste-reteste teste-reteste teste-reteste Teste Re-testar

ICC2,3(IC95%) ICC2,3(IC95%) ICC2,3(IC95%) ICC2,1(IC95%) ICC2,1(IC95%)

Homem sedentário (n=20) 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
(0,89;0,98) (0,90;0,99) (0,89;0,98) (0,92;0,98) (0,92;0,98)

Mulher sedentária (n=20) 0,92 0,96 0,92 0,96 0,97

(0,80;0,97) (0,89;0,98) (0,81;0,97) (0,92;0,98) (0,93;0,99)

Ativo¥Masculino (n=20) 0,89 0,84 0,90 0,93 0,95

(0,71;0,96) (0,58;0,94) (0,75;0,96) (0,95;0,99) (0,89;0,98)

Ativo¥Feminino (n=20) 0,85 0,82 0,87 0,90 0,95

(0,62;0,94) (0,55;0,93) (0,67;0,95) (0,90;0,99) (0,90;0,98)

SIS Masculino£(n=13) 0,91 0,93 0,92 0,96 0,97

(0,70;0,97) (0,75;0,98) (0,72;0,97) (0,88;0,99) (0,92;0,99)

SIS Feminino£(n=15) 0,93 0,94 0,94 0,86 0,92

(0,78;0,98) (0,81;0,98) (0,81;0,98) (0,70;0,98) (0,82;0,97)

¥Ativo = jovem saudável do sexo masculino ou feminino recreacionalmente ativo para esportes específicos de membros superiores.
£SIS = síndrome do impacto subacromial.

As características antropométricas das amostras podem ter
influenciado esses resultados, principalmente porque a altura e o peso
são utilizados nas fórmulas de cálculo do escore normalizado e do
escore de potência, respectivamente.
Uma possível justificativa em relação ao intervalo de confiança
mais amplo dos valores de confiabilidade entre sessões de ICC de
amostras atléticas recreativas e amostras de SIS para todos os
escores poderia ser a variabilidade de peso e altura entre os
indivíduos do mesmo grupo. Apesar da excelente confiabilidade
para número de toques, é importante considerar que a potência e
o escore normalizado são dependentes da variável antropométrica
do sujeito. Como os adultos compuseram as amostras, é mais
provável que essas variações sejam decorrentes de alterações no
peso corporal.
Além disso, considerando a diferença na envergadura do
sujeito, ou seja, a distância entre a ponta do dedo a ponta
do dedo médio com os braços abertos, o fato deste
teste considerar um valor único de 36 polegadas (91,44 cm) de
distância entre as mãos, independente da altura do sujeito [8], poderia
limitar as comparações de desempenho entre os sujeitos. Por exemplo,
uma pessoa mais alta poderia realizar o teste mais rápido do que uma
menor devido à maior envergadura, o que poderia resultar em maior
pontuação de número de toques e, conseqüentemente, em maior valor
de pontuação normalizada e pontuação de força. Assim, quando
analisados o escore normalizado e o power score, as variáveis
antropométricas são consideradas nas estimativas dos escores.
Por outro lado, existe outra possibilidade de diminuir a
influência das características antropométricas da altura do
sujeito na pontuação do número de toques, definindo a
distância entre as mãos como uma porcentagem do tamanho
total da envergadura do sujeito ou como uma distância entre
as mãos acrômios. No entanto, mais estudos são necessários
para analisar se essas alterações no teste CKC são

Tabela 5 Erro padrão de medição e alteração mínima detectável de cada pontuação do teste CKCUES
Grupos Número de toques Poder Pontuação normalizada

SEM95 CDM95 SEM95 CDM95 SEM95 CDM95

Homem sedentário (n=20) 1,45 2.05 12.58 17.79 0,02 0,03
Mulher sedentária (n=20) 2.43 3.43 12.94 18h30 0,04 0,05
Ativa¥Masculino (n=20) Ativo 2.0 2.82 20.03 28.32 0,03 0,04
¥Feminino (n=20) Masculino 2.76 3.91 12.94 18h30 0,04 0,06
SIS£(n=13) SIS Feminino£ 1,95 2.76 7,50 10.61 0,03 0,04
(n=15) 1,89 2.67 6.02 8.52 0,03 0,04
¥Ativo = jovem saudável do sexo masculino ou feminino recreacionalmente ativo para esportes específicos de membros superiores.
£SIS = síndrome do impacto subacromial.
SEM95= erro padrão de medição. CDM95=
mínima alteração detectável.
Tuccie outros Distúrbios musculoesqueléticos BMC2014,15:1
http://www.biomedcentral.com/1471-2474/15/1
viável, criar escores confiáveis e biomecânica de segurança para
pacientes com disfunções do ombro.
Até o momento, não foram encontrados estudos analisando
o SEM e o MDC dos escores do Teste CKCUES. No entanto, é
importante ter conhecimento sobre qual é a diferença mínima
nas pontuações de um instrumento de avaliação entre as
sessões de reavaliação que pode ser considerada uma
melhora real sem erro [13,14]. Assim, nossos resultados
podem orientar clínicos e preparadores esportivos com esses
valores para indivíduos com e sem SIO e com diferentes níveis
de estilo de vida de atividade física.
Considerando os valores de SEM e MDC para grupos femininos,
as mudanças entre as sessões podem ser consideradas como uma
mudança verdadeira quando o número de toques excede 4 toques
para um sedentário, 4 toques para um ativo e 3 para uma pessoa
com SIS. Em grupos de homens, as mudanças entre as sessões
podem ser consideradas como uma mudança verdadeira quando
o número de toques excede 2 toques para um sedentário, 3 para
ativo e 3 para uma pessoa com SIS. Com essas alterações no
número de toques, a pontuação normalizada e a pontuação de
poder também serão alteradas. Assim, esses valores de número
de toques podem ser considerados como a mudança mínima
entre as avaliações do Teste CKCUES que pode ser considerada
como uma mudança real de melhoria.
Alguns indivíduos saudáveis relataram dor no
ombro após o teste, mesmo sem relato de dor antes
do teste. Uma possível justificativa poderia ser o fato
de o CKCUES Test ser um teste de desempenho de
alto nível, o que pode causar uma alta demanda
sobre os ombros. Por fim, com base nos resultados
de confiabilidade das amostras com SIO, a dor no
ombro não foi um impedimento para que os sujeitos
realizassem o teste, independentemente do nível de
classificação. Em amostras com SIO, era esperado
um maior nível de dor pós-teste em relação ao pré-
teste antes pela mesma justificativa. Assim, os
clínicos devem ter cuidado ao considerar o teste na
avaliação clínica inicial de um indivíduo com lesão no
ombro. Cuidados também devem ser tomados
quando o teste está sendo realizado. Se um sujeito
apresentar um posicionamento corporal incorreto
ou alguns movimentos compensatórios, ou se o
sujeito relatar dor durante o teste,
Os resultados mostraram que o teste CKCUES é uma ferramenta
confiável para avaliar a função da extremidade superior em
indivíduos sedentários e jovens do sexo masculino ou feminino
recreacionalmente ativos e também em indivíduos com SIS. No
entanto, este estudo tem algumas limitações, como os indivíduos
sem lesão no ombro são de uma população jovem, não foram
incluídos atletas de elite e apenas com SIS os participantes
representaram disfunção do ombro em nossa amostra. Dessa
forma, os resultados deste estudo devem ser analisados com
cautela quando estendidos a outras populações.
Página 8 de 9
Conclusão
Os resultados mostraram que o teste CKCUES é uma ferramenta
confiável para avaliar a atividade funcional da extremidade superior em
homens e mulheres sedentários e específicos do esporte da
extremidade superior e também em indivíduos com síndrome do
impacto subacromial. Os resultados também mostraram que uma
mudança de pelo menos 3 toques para homens sedentários ativos e
com síndrome do impacto subacromial, e pelo menos 3 toques para
mulheres com síndrome do impacto subacromial e 4 toques para
mulheres ativas e sedentárias é necessária para ser considerada uma
melhoria no Teste CKCUES pontuações.
Implicações para a prática da fisioterapia
Diferente da extremidade inferior, o teste de desempenho da
extremidade superior não é abundante. Qualquer ferramenta
adicional para avaliar o desempenho da extremidade superior é
importante para os profissionais se tiver informações clínicas ou
esportivas significativas, se puder ser simplesmente adaptada a
configurações clínicas e esportivas com baixo custo e se tiver
propriedades clinimétricas testadas, como confiabilidade, medição
de erro padrão e Alteração Mínima Detectável. Desta forma, o
teste CKCUES mostrou ser um teste de desempenho valioso para
indivíduos saudáveis e com síndrome do impacto subacromial
com diferentes níveis de estilo de vida de atividade física. Assim,
este estudo contribuiu para a prática apresentando o quanto o
teste CKCUES é confiável e como interpretar a mudança na
pontuação do número de toques ao aplicá-lo como um teste de
acompanhamento de desempenho.
Interesses competitivos
Os autores declaram que não têm interesses concorrentes.
Contribuições dos autores
HTT: participou da concepção do estudo, coleta de dados, análise dos
dados e redação do manuscrito. JM: participou da concepção do estudo,
coleta de dados, análise estatística e redação do manuscrito. GCS:
participou do desenho do estudo e recrutamento dos sujeitos. ASO:
participou da concepção do estudo e redação do manuscrito. Todos os
autores leram e aprovaram o manuscrito final.
Reconhecimento
Os autores agradecem à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo - FAPESP (processos: 2008/50675-6 e 2008/51456-6) pelo apoio
financeiro.
Financiamento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP
(processos: 2008/50675-6 e 2008/51456-6) pelo apoio financeiro.
Detalhes do autor
1Departamento de Ciências do Movimento Humano, Universidade Federal de São Paulo,
Santos (SP) Brasil.2Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho
Locomotor, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto (SP) Brasil.
3Clínica de Fisioterapia Ortopédica, Ribeirão Preto (RS) Brasil.
4Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional,
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto (SP) Brasil.
Recebido: 10 de maio de 2013 Aceito: 10 de dezembro de 2013
Publicado: 3 de janeiro de 2014
Tuccie outros Distúrbios musculoesqueléticos BMC2014,15:1 Página 9 de 9
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doi:10.1186/1471-2474-15-1
Cite este artigo como:Tuccie outros:Teste de estabilidade de extremidade superior de cadeia
cinética fechada (teste CKCUES): um estudo de confiabilidade em pessoas com e sem
síndrome do impacto no ombro.Distúrbios musculoesqueléticos BMC 201415:1.

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