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Doutoranda em Ciências biológicas (Fisiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Ciências
pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas - SP, Brasil, e-mail: re_okuro@yahoo.com.br
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Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professora efetiva
dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc),
Florianópolis, SC - Brasil, e-mail: cacais@yahoo.com.br
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Resumo
Introdução: Diferenças antropométricas podem influenciar o desempenho no teste de caminhada de seis
minutos (TC6). Objetivo: Analisar publicações referentes ao TC6 realizado em crianças e adolescentes e
identificar a influência de parâmetros antropométricos no desempenho do teste. Materiais e métodos:
Pesquisa nas bases de dados eletrônicas SciELO e MEDLINE, utilizando as palavras-chave: six-minute walk
test, children, adolescents, anthropometric measures/variables, growth e exercise tolerance, na busca de estu-
dos envolvendo TC6 em crianças e adolescentes, que apresentem correlação entre dados antropométricos e
variáveis do teste. Foram identificados 45 trabalhos relacionados à busca e, após análise dos títulos, resumos
e artigos na íntegra, foram incluídos 13 estudos compatíveis com o tema proposto. Resultados: O material
elencado aborda o TC6 e sua aplicação em diferentes situações: análise de reprodutibilidade, correlação
com teste cardiopulmonar máximo, indicação em diferentes doenças, valores de referência em saudáveis,
parâmetro de efeito de programas de prevenção/reabilitação. Muitos trabalhos relacionam a distância
percorrida no TC6 com idade e sexo, bem como com variáveis antropométricas, evidenciando frequente
correlação com altura, além de idade, peso e índice de massa corporal. Outros dados como comprimen-
to e força de membros inferiores, porcentagem de massas gorda/magra e força muscular respiratória,
Abstract
Introduction: Anthropometric differences may influence the performance in the 6-minute walk test. Objective:
To analyze publications concerning the 6MWT performed in children and adolescents and to identify the influence
of anthropometric parameters on test performance. Materials and methods: research in the electronic databases
Medline and Scielo using to the keywords: six-minute walk test, children, adolescents, anthropometric measures/
variables, growth and exercise tolerance, in the search of studies involving 6MWT in children and adolescents, that
present correlation between anthropometric data and test variables. It was identified 45 studies related to the
search and after examination of the titles, abstracts and full articles, it were included 13 compatible studies with
the proposed theme. Results: the selected material approach the 6MWT and your application in different situa-
tions: analysis of reproducibility, correlation with maximal cardiopulmonary exercise testing, indications in dif-
ferents diseases, reference values in healthy, effect parameter of prevention/rehabilitation program. Many studies
relate the covered distance in 6MWT with age and sex, as well as with anthropometric variables, showing frequent
correlation with height, beyond the age, weight and body mass index. Other data such as length and strength of
lower limbs, percentage of fat mass/lean and respiratory muscle strength, related to changes in the period of ju-
venile development, also seem to influence the test performance. Conclusion: Studies indicate a strong influence
between the anthropometric variables and the covered distance in 6MWT in children and adolescents, and the need
for better explanation of this association so there is no impairment of outcome studies and therapeutics.
[K]
Diante de tantos aspectos relevantes para seu uso na Seleção dos estudos
prática clínica, tanto do clínico quanto do profissional
da fisioterapia, é progressiva sua aplicação também na Inseridas as palavras-chave nas duas bases de dados,
população pediátrica, seja ela hígida ou na presença de inicialmente foi feita a leitura dos títulos apresentados
diagnósticos cardiopulmonares, metabólicos, dentre e, respeitando-se os critérios de inclusão pré-estabeleci-
outros (6, 8, 9, 10, 11). No entanto, vários são os fatores dos, foram selecionados 45 estudos potencialmente ele-
apontados pela literatura como influentes para um bom gíveis. Os resumos desses trabalhos foram levantados e,
desempenho desse teste em crianças, em comparação após nova triagem, foram identificados 35 estudos, cujos
aos adultos. Dente eles, mudanças relacionadas ao perío- artigos completos foram adquiridos. A partir da análise
do de crescimento e desenvolvimento infanto-juvenil, minuciosa dessas publicações por dois avaliadores in-
como a puberdade e o estirão de crescimento, parecem dependentes, um total de 13 trabalhos foi considerado
interferir na DP durante o teste, devido à influência compatível com o tema e foi incluído nessa revisão. Não
na passada e velocidade da criança. Nesse contexto, é foram selecionados os estudos que utilizam o TC6 como
importante identificar os elementos antropométricos parâmetro de avaliação de diferentes intervenções ou
que influenciam a DP no TC6 nessa população no sen- como ferramenta de caracterização da amostra, que não
tido de estabelecer as variáveis com potencial poder apresentam dados sobre a relação entre as variáveis do
de confundimento, que dificultam e prejudicam a in- teste e a antropometria da população investigada.
terpretação dos resultados das pesquisas para que a
aplicação desse teste não subestime a capacidade física
em doenças crônicas e mascare benefícios de interven- Resultados
ções. Sendo assim, o objetivo desta revisão é analisar
publicações referentes ao TC6 realizado em crianças e Já está muito bem estabelecido na literatura o uso do
adolescentes e identificar a influência de parâmetros TC6 na população adulta com estudos envolvendo equa-
antropométricos no desempenho do teste. ções de predições com valores de normalidade, fatores
influenciadores da DP, em variadas situações clínicas,
sendo um instrumento de grande valor em pesquisa clí-
Materiais e métodos nica para a mensuração da capacidade funcional. A pro-
posta de diretrizes da American Thoracic Society de
Busca na literatura 2002 guia, orienta e respalda assuntos relacionados ao
TC6 na população adulta e, até o momento, tem servido
A busca pelos estudos para compor a revisão foi como base técnica também para população pediátrica.
realizada com pesquisa nas bases de dados eletrô- No entanto, pesquisadores discutem a aplicabilidade
nicas SciELO (Scientific Electronic Library Online) e em crianças, a dificuldade de padronização do teste e a
MEDLINE, sem limitação de data, já que publicações escassez de valores e equações de referência para esse
sobre o TC6 em crianças e adolescentes são recentes grupo. Apesar dessa realidade, o TC6 é usado rotineira-
e escassas. As palavras-chave utilizadas foram: six- mente no manejo do paciente pediátrico e é crescente o
-minute walk test, children, adolescents, anthropome- número de pesquisas envolvendo sua utilização.
tric measures/variables, growth, exercise tolerance. Na corrente revisão, foram identificados estudos
Uma complementação de material foi feita com base com características peculiares. O material elencado
nas referências bibliográficas relacionadas ao tema aborda dados do TC6 e sua aplicação em diferentes
encontradas nos artigos selecionados, sendo elas um situações: análise de sua reprodutibilidade e confia-
abstract (12) e uma tese (13). bilidade; seus valores de referência na população in-
fantil saudável e doente; sua indicação em diferentes
doenças como parâmetro de efeito de programas de
Critérios de inclusão dos estudos prevenção e reabilitação; sua correlação com teste
cardiopulmonar máximo e com dados antropomé-
Foram incluídos os estudos envolvendo TC6 em tricos, sendo este último o foco principal da revisão.
crianças e/ou adolescentes que apresentaram cor- O Quadro 1 apresenta os estudos de correlação
relação entre dados antropométricos e variáveis entre variáveis antropométricas e a DP pelo TC6 em
do teste. crianças e adolescentes.
Morinder et al. (8) 250 crianças e teste e re-teste/ 8-16 - idade; idade (+)
adolescentes pacientes média de 13,3 - altura; altura (+)
obesas ambulatoriais - IMC. IMC (-)
Takken et al. (20) 20 crianças e Transversal/ 14,1 ± 3,7 - peso; altura (+)
adolescentes no pacientes - altura;
estágio final de em diálise ou - IMC;
doença renal hemodiálise por - % massa gorda;
mais de 3 meses - força muscular
de membros
inferiores.
Hassan et al. (12) 47 crianças Transversal/ 12,5 ± 2,9 - idade; 1- idade, peso e
hemofílicas (1) pacientes seguidos 9,3 ± 2,9 - altura; altura (+)
44 com AIJ (2) em clinicas 10,3 ± 3,1 - peso. 2 - altura (+)
22 com Espinha e hospitais 3 - sem correlação
Bífida (3) universitários
Lammers et al. (17) 328 crianças Transversal/ 4-11 - idade; idade (+)
saudáveis recrutadas - sexo; peso (+)
randomicamente de - altura; altura (+)
escolas - IMC; sexo masculino (+)
- peso.
Geiger et al. (16) 528 crianças e Transversal/ 3-11 - idade; idade (+)
adolescentes voluntários - peso; altura (+)
saudáveis caucasianos nas - altura;
escolas - IMC;
- comprimento de
MMII.
Basaran et al. (19) 62 crianças Prospectivo/ 10,4 ± 2,1 - idade; sexo masculino (+)
com asma de pacientes - sexo;
sintomatologia de ambulatoriais - altura;
média a moderada randomizados - IMC.
em dois grupos:
controle e exercício
Moalla et al. (11) 17 crianças e Teste e re-teste/ 13,5 ± 0,5 - idade; sem correlação
adolescentes Cardiopatas classe - peso;
com cardiopatia II ou III - altura;
congênita - IMC.
Nixon et al. (6) 17 crianças e Teste e re-teste/ 14,8 ± 2,6 - altura. sem correlação
adolescentes pacientes
gravemente hospitalizados
doentes com indicação de
transplante coração
e/ou pulmão
Legenda: TC6= teste de caminhada de seis minutos; IMC= índice de massa corporal; AIJ= artrite idiopática juvenil; FC= fibrose cística;
MMII= membros inferiores; (+) = correlação positiva com a DP pelo TC6; (-) = correlação negativa com a DP pelo TC6.
Fonte: Dados da pesquisa.
Em relação ao estudo da reprodutibilidade do TC6 esse parâmetro não teve relação com as pesquisas
em diferentes populações, foram identificadas duas supracitadas envolvendo amostra de doentes (6, 11,
pesquisas bem-sucedidas que fizeram essa abordagem 19, 20). Apesar desse frequente comportamento, a
em situações especiais. Cunha et al. (9) constatou a re- altura foi a variável antropométrica de maior influên-
produtibilidade do TC6 em 16 crianças e adolescentes cia no teste de crianças obesas e em doenças com
com fibrose cística e Morinder et al. (8) fez a mesma algum caráter degenerativo (8, 12, 21).
constatação em crianças e adolescentes obesos. Em crianças e adolescentes obesos, variáveis como
Existe grande relevância no estudo da confiabili- idade, altura e IMC influenciaram no resultado do TC6
dade e reprodutibilidade do teste, uma vez que essa (8, 21), além do peso, circunferência abdominal e por-
constatação reforça sua aplicação como um instru- centagem de massas gorda e magra (21). Nesse perfil
mento de avaliação funcional seguro, principalmente de crianças, a capacidade funcional parece ser inferior
em situações de manejo de enfermidades e monito- àquelas com peso ideal, pois elas caminham menos em
rização clínica. comparação a crianças saudáveis de peso ideal (8).
No segundo caso, em doenças degenerativas, pa-
cientes com três tipos de enfermidades crônicas –
TC6 e relação com parâmetros antropométricos hemofilia, artrite idiopática juvenil e espinha bífi-
de crianças doentes da – foram investigados em relação aos parâmetros
antropométricos que interferiam mais na DP do TC6;
Foram identificados cinco estudos que aplicaram com exceção da altura, os autores verificaram res-
o TC6 em populações de crianças doentes e, diferente postas diferentes para cada uma das doenças (12).
dos estudos com crianças saudáveis anteriormente Considerando os estudos referenciados, torna-
mencionados, a maioria deles não identificou influên- -se relevante pontuar que muitos são os fatores que
cia de parâmetros antropométricos no resultado afetam a DP no TC6, tanto de forma negativa (estatura
do teste. baixa; membros inferiores curtos; idade avançada;
Nessa perspectiva, a correlação entre os parâme- peso corporal elevado; sexo feminino; cognição pre-
tros de IMC, variáveis espirométricas, escores de gra- judicada; corredor para caminhada menor, sendo ne-
vidade, pressão inspiratória máxima, pressão expira- cessário maior número de voltas; doenças crônicas
tória máxima, trabalho realizado pelo TC6 (variável de ordem respiratória, cardiovascular e ortopédica)
correspondente à DP pelo teste multiplicado pelo como positivamente (estatura alta; sexo masculino;
peso corporal) e a performance do teste foi estudada grande motivação; treinamento realizado antes do
em crianças e adolescentes com fibrose cística, sendo teste; determinadas medicações e suplemento de
interferentes apenas os dois últimos dados (9). oxigênio) (3). Dependendo da doença estudada, ca-
Um estudo com crianças com cardiopatia congê- racterísticas clínicas, presença de complicações e o
nita não evidenciou relação da altura, idade, peso e próprio quadro do paciente no momento da reali-
IMC na DP no TC6 (11). A mesma ausência de rela- zação do exame podem afetar, significativamente, o
ção entre essas variáveis antropométricas e o teste desempenho no TC6.
foi constatada em crianças com asma, de sintoma- É de grande valor em pesquisas clínicas nessa área
tologia média a moderada (19), em crianças graves correlacionar adequadamente as variáveis antropo-
com indicação de transplante pulmonar, cardíaco ou métricas com o resultado do TC6 a fim de evitar inter-
ambos (6) e doentes renais pediátricos graves (20). pretações errôneas. Comumente atribuem-se peque-
Estes últimos também não apresentaram influência nas distâncias percorridas a doenças crônicas com
da porcentagem de massa gorda e força muscular de baixa capacidade funcional, sem considerar que esses
membros inferiores na DP no TC6. Houve relação en- pacientes geralmente apresentam baixa estatura e
tre o desempenho no TC6, a altura e a quantidade de grande dificuldade no ganho de peso comprometido.
hematócrito e, diante desse fato, os autores relataram
ser esse teste um instrumento útil para monitorizar o
estado clínico e funcional desse tipo de paciente (21). TC6 e relação com testes máximos
A maioria dos trabalhos envolvendo crianças
saudáveis havia identificado influência da altura na O TC6 também tem sido utilizado para avaliação de
performance do TC6 (14-17), mas, diferentemente, tolerância ao exercício e endurance, sendo considerado
um teste funcional válido e confiável (14). Com essa fi- aptidão física (22) e pesquisas sobre avaliação do
nalidade, o trabalho de Moalla et al. (11) correlacionou efeito de intervenções em longo prazo podem cons-
valores do TC6 com variáveis de teste cardiopulmonar tatar resultados mascarados, e até “falso positivos”,
máximo comparando a tolerância ao exercício e res- quando não são considerados os efeitos fisiológicos
posta cardiorrespiratória de crianças com cardiopatia que ocorrem na fase de maturação física infanto-ju-
congênita e um grupo controle de crianças saudáveis, venil. Crianças e adolescentes sofrem influência de
e observou relação significante entre valores de VO2máx transformações fisiológicas e anatômicas decorrentes
e DP. Nixon et al. (6) já havia avaliado a eficácia do TC6 das descargas hormonais, que têm sua secreção au-
como um método alternativo para avaliar capacidade mentada nesse período. Com o rápido crescimento
funcional de indivíduos com tolerância física muito somático, e consequente aumento da massa mus-
limitada, em estudo que analisou 17 crianças grave- cular que está intimamente ligado ao consumo de
mente doentes, candidatas a transplante pulmonar, oxigênio, há o aumento de órgãos como os pulmões
cardíaco ou ambos. Em sua pesquisa, houve correla- e o coração. Ambos têm influência direta na melhora
ção significante entre o VO2máx medido através do teste da resistência cardiorrespiratória, em virtude do au-
cardiopulmonar máximo e a DP no TC6. mento na captação e utilização do oxigênio. Estudos
Em saudáveis, Li et al. (14) observaram relação envolvendo grupos nessa fase de desenvolvimento
com o VO2máx e o volume expiratório forçado no pri- podem detectar equivocadamente benefícios decor-
meiro segundo (VEF1) após analisar 78 crianças e rentes de intervenções, podendo estar relacionados
adolescentes chinesas saudáveis. O teste também foi exclusivamente a mudanças fisiológicas naturais da
considerado um bom instrumento para avaliação da fase em que a criança se encontra.
tolerância ao exercício em obesos, apesar de ter sido Diante do exposto até aqui, é fundamental discutir
verificada baixa correlação entre DP e VO2máx no es- a característica dos estudos incluídos nesta revisão.
tudo de Morinder et al. (8). Tais estudos transportam o modelo do teste do adul-
to para população pediátrica, apresentam amostras
pequenas e métodos divergentes de aplicação do
TC6 como resposta a intervenções e terapêuticas TC6 referentes a diferenças no tamanho do corredor
e no comando verbal de encorajamento, ou até ao
A indicação do TC6 como um instrumento de mo- tempo de intervalo entre dois testes e o efeito do
nitorização e avaliação a diferentes tratamentos tem treinamento/aprendizagem.
sido utilizado rotineiramente no manejo de diferentes Questões inerentes à padronização do teste são
situações clinicas (19, 21, 22), principalmente nas de extrema relevância (1-3), são essenciais para ga-
doenças cardiorrespiratórias crônicas. rantir a confiabilidade dos resultados obtidos com
Nessa linha, crianças com asma média a moderada sua aplicação. Sabe-se que o melhor desempenho no
foram analisadas em pesquisa que utilizou o TC6 para TC6 é dependente de aprendizado, motivação e esfor-
avaliar a capacidade de exercício após um programa ço e, para que esses elementos sejam estimulados,
de exercícios respiratórios domiciliares com duração principalmente na faixa etária pediátrica, deve haver
de oito semanas. O TC6 mostrou-se sensível em repro- controle de todas as normas técnicas pertinentes à
duzir os benefícios dessa intervenção (19). Moalla et sua execução. Além das variáveis antropométricas e
al. (11) compararam a tolerância ao exercício e res- a presença de enfermidades, como já apresentado,
posta cardiorrespiratória de crianças com cardiopatia todos esses fatores teórico-práticos interferem di-
congênita após um programa de treinamento físico retamente no resultado do teste.
por 12 semanas. Os cardiopatas treinados apresen- Sendo assim, são necessários novos estudos, es-
taram melhora na DP no TC6, evidenciando ser este pecíficos e bem delineados, que avaliem a correlação
um teste sensível para avaliar capacidade funcional entre TC6 e variáveis antropométricas, além de outros
nessa população. Em crianças e adolescentes obesos, fatores que podem influenciar no teste. Esses dados
a repercussão de um tratamento multidisciplinar na servirão de subsídio para a elaboração de equa-
relação entre preditores e o resultado do TC6 também ções de referência e valores de normalidade mais
foi foco de avaliação (21). fidedignos, além de embasamento teórico-científico
Nesse contexto, é importante relatar que os es- para organização de diretrizes do TC6 em crianças
tudos epidemiológicos envolvendo crescimento e e adolescentes.
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