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Formação em osteoetiopatia – ATMS

COLUNA LOMBAR
COLUNA LOMBAR

BIOMECÂNICA RAQUIDIANA

Terminologia

A fim de poder analisar nos detalhes os movimentos da colona vertebral, é


imperativo de se familiarizar com a terminologia Internacional .
A convenção internacional de 1984 considera que:

- Nas disfunções articulares : a vértebra lesional está fixa


sobre a subjacente .
- Nas disfuções musculares :
- Na flexão,a vértebra lesional está fixada em
relação à supra-jacente .
- Na extensão,a vértebra lesional está fixada em
relação à subjacente .

Mecânica Vertebral

A mecânica da coluna vertebral é organizada em um


sistema funcional a partir de dois apoios que forma uma
verdadeira dupla funcional com

- As articulações interapofisárias posteriores


Papel: dinâmica de guiar o movimento em flexão / extensão

- O complexo disco-corpo possui um papel estático de amortecer as pressões e


as tensões musculares
Direção das facetas articulares
Posições vertebrais

1) Neutralidade

O termo de neutralidade designa a posição de todo segmento ou de toda região da


coluna vertebral na qual as facetas articulares posteriores estão inativas,quer
dizer,quando estas não estão acopladas .A vértebra é em equilibra sobre o disco
As vértebras estão em equilibra disco-corpo que influencia o movimento .

2) A flexão

No movimento de flexão,o corpo vertebral se inclina anteriormente .Ao nível das


articulares interapofisárias posteriores,distinguimos dois graus na amplitude de
movimento :

1º grau : Início do movimento de inclinação


anterior .
O corpo vertebral enrola anteriormente sobre
o disco .
As articulações posteriores concernidas
sobem e possuem tendência a abrir sua
interlinha póstero-inferior .
Este grau de reflexão está ainda assimilável
para neutralidade .
2º grau : Acoplamento das facetas articulares em divergência .
Deslizamento para o alto e para frente .
O movimento está limitado pela tensão das estruturas posteriores tais como :
Cápsula,ligamento interapofisário,ligamento amarelo,ligamento interespinhoso e
supra-espinhoso e ligamento comum posterior .
O centro do movimento situa-se ao nível do núcleo pulposo .

3) A extensão

No movimento de extensão,o corpo vertebral se inclina poteriormente,rola sobre a


vértebra subjacente .
Simultaneamente,as articulações posteriores se acoplam em convergência
(baixo e posterior) . O disco se torna cuneiforme com grande base anterior .
O movimento está limitado pelo contato das apófises espinhosas e interrompida
pelo ligamento comum da coluna vertebral .
4) Inclinação lateral

Sobre o disco, movimento no plano frontal


designado pelo lado onde a vértebra se abaixa.
Colocação em tensão o m. intertransvesar do
lado convexo e relaxamento do lado côncavo .O
núcleo pulposo se descentraliza do lado da
convexidade .

Ao nível das articulações posteriores :

- Do lado da convexidade,a vértebra se eleva


e desliza em divergência .
- Do lado da concavidade,a vértebra se
abaixa e desliza em convergência.

5) A rotação

Corresponde a um deslizamento horizontal das


articulações inferiores da vértebra concernida sobre as
superiores da subjacente .
O centro de rotação lombar sendo distinto do centro dos
platôs das espinhosas vertebrais mas situado sobre a
base de implantação da apófise espinhosa,quando uma
vértebra lombar efetua uma rotação,observamos um
deslizamento lateral e posterior do corpo vertebral e não
uma torsão axial,com a colaboração em tensão das
lâminas periféricas do anulus fibroso
 Conclusão : Após ter analisado os diferentes componentes elementares do
movimento nos três planos do espaço,é necessário insistir sobre o fato de que
em realidade,desde que uma assimetria está induzida pela rotação ou por uma
inclinação lateral,não existem movimentos puros mas movimentos associando
rotação-inclinação segundo as leis osteopáticas de FRYETTE .
LEIS BIOMECÁNICAS - LEIS DE FRYETTE

Termos Internacionais:
Para facilitar a transcrição destas leis,utilizaremos as abreviações seguintes:
F = flexão , E = extensão , N = neutralidade , S = sidebending , R = rotação .

1ª Lei

“Quando a coluna está em posição de neutralidade,se uma inclinação lateral


está induzida,é automática seguida por uma rotação dos corpos vertebrais em
sentido oposto,e isto na ordem N.S.R.”
Esta primeira Lei descreve o movimento combinado de um grupo
vertebral,compreendendo ao mínimo três vértebras .
Nesta posição,é impossível de fazer uma lesão aguda . teremos portanto uma lesão
dita secundária .
2ª Lei

“Em extensão ou em flexão,a inclinação não pode se produzir senão se esta é


precedida de uma rotação do mesmo lado = E.R.S. ou F.R.S”.
Esta segunda Lei descreve o movimento individual de uma vértebra funcionando
sobre outra,o acoplamento das articulares posteriores condicionando o movimento .
Nesta posição,a lesão será aguda,do tipo entorse ou lumbago = lesão primária .

Estas Leis de FRYETTE caracterizarão as disfunções somáticas vertebrais que


serão traduzidas por uma perda ou uma restrição da mobilidade articular .
MECANISMOS LESIONAIS DAS DISFUNÇÕES
SOMÁTICAS VERTEBRAIS

1) Considerações gerais

Uma disfunção somática vertebral é definida como a expressão de uma patologia


funcional articular que se traduz por uma perda ou por uma restrição da mobilidade
articular fisiológica .
Esta disfunção somática corresponde a existência de uma barreira motora
patológica .

Esta disfunção somática vertebral pode ser de duas origens :

1.1 A disfunção primária :

Qualificada de traumática : quedas, movimento falso, recolher uma carga do chão,


micro traumatismo esportivo e professional .

Disfunção primária :
Aparecimento brutal
Dor espontânea
1.2 A disfunção secundária :

Encontra sua origem em :


 A disfunção de um processo de adaptação a uma disfunção à
distância,chamada de compensação,por via puramente mecânica (tensão
miofascial,reequilibração postural) ou por via reflexa somato-somática  NSR

 Um processo reflexo víscero-somático : uma estrutura visceral em estado de


alteração funcional primária manterá seu estado a nível metamérico,através do
corno anterior da medula espinhal,um bombardeamento de um fluxo aferente,o
que levará a um estado de hipertonia prolongada das estruturas musculares
.paravertebrais com um abaixamento do limiar de sensibilidade e do controle
motor  lesão do tipo ERS
A disfunção somática visceral será portanto de aparecimento progressivo e não
será espontaneamente dolorosa .
Nervo meningeo de Luschka

Raiz nervoso, ramo meningeo da raiz anterior, que inerva

• Disco anular
• Capsula articular
• Músculos multifidos e intertransversar
• Periosto vertebral

1.3 Repercussões sobre o metâmero de uma disfunção somática :


As alterações psico-somáticas,tais quais a emoção,a angustia,stress …
levam a um distúrbio da regulagem do sistema neurovegetativo levando à :
- uma excitação do simpático e do sistema bulbo-reticular com aumento do tônus
muscular em todo o corpo .
- um estímulo do sistema parasimpático que diminui a atividade bulbo reticular e
portanto diminui o tônus muscular englobando a uma falta de vigilância .

Exemplo : angústia – estômago = T5

VB = T4
2) Causas da disfunção biomecánica vertebral

2.1 Coaptação articular

Corresponde a um fenômeno físico conhecido,demonstrado por TABOR,que


consiste em um processo de adesão líquida-sólida por capilaridade,que desenvolve
uma tensão de ligação para interação mútua permitindo o deslizamento das
superfícies em contato mas não mais a separação .
Este fenômeno de coaptação é produzido nas articulações interapofisárias,em
particular nos movimentos no limite da amplitude ou em postura prolongada,e
durante uma colocação em tensão brutal traumática das duas superfícies
articulares.
A hipercompressão vai deformar as camadas inferiores laminadas da cartilagem
que são os pontos de ruptura (2,5 kg/mm2) .

2.2 Pinçamento dos meniscos intervertebrais

Estes meniscos são prolongamentos sinoviais da cápsular articular .


Um menisco clássico é composto de três partes :
Uma base periférica fixa à cápsula
Uma parte média,sinovial,contendo uma rica reserva vascular
Um bordo livre,fino,avascular .

O pinçamento meniscal pode ser produzido de duas maneiras diferentes,seguindo a


natureza do corpo vertebral .

 Na hiperextensão,a aproximação em convergência das duas superfícies


articulares pode comprimir o menisco póstero-inferior . Se esta compressão for
muito intensa ou se persistir no tempo,o bordo livre do menisco deformará em
goteira a membrana chrondal,o que proíbe todo movimento de deslizamento das
duas superfícies articulares,deslizamento que precede a separação
articular permitindo de voltar em neutralidade .
 Na flexão,encontramos o mesmo mecanismo ao nível do menisco antero-
superior .

Nos dois casos as terminações nervosas da inserção do menisco são colocadas em


tensão levando dor e espasmo muscular reacional encaixando a articulação.
2.3 Barreira neuromuscular

O espasmo muscular corresponde a uma hiperatividade dos motoneurônios gama


e Beta dos fusos neuromusculares dos músculos concernetes,o que mantém as
fibras intrafusais em estado de encurtamento permanente . O fuso neuromuscular é
um mecanismo não adaptativo que quer dizer que,não é espontâneo reversível
devido ao fato que o SNC não consegue tratar e integrar as informações
propioceptivas contraditórias :
Vindo de uma parte das fibras intrafusais,que parecem estar em alongamento e de
outro lado, fibras extrafusais que aparentam estar em encurtamento .
Causas da hiperatividade gama e beta:

1- Estiramento brusco além de seu comprimento de repouso  Lesão ERS

2- Uma curta e forte contração ordenada pelo SNC


Aproximação brusca e imprevista das inserções musculares . Esta brusca
aproximação das inserções pode ser levada pela força exterior ou por má avaliação
da força necessária ao levantamento de um objeto ; por outro lado através de uma
forte contração isométrica de um músculo não absorvido pela carga .
 estiramento importante das fibras intrafusais  contratura muscular do lado da
convexidade  lesão FRS.
Quando o corpo retorna sua posição inicial,a gravidade e o reflexo de postura
tendem a fazer retornar o músculo em seu comprimento normal de repouso .Neste
momento,o fuso gama vai descarregar continuamente e controlar,através do
SNC,ao músculo de resistir a todo alongamento .

(Extraído de : “Bases Fisiológicas da Osteopatia“ – Irvin KORR- Edition Frison Roche)

Classificação das dores vertebrais


• Dor muscular = Dor aparece com o movimento e com o estiramento
muscular.
• Dor articular = A dor articular é precisa e aumenta com a compressão
• Dor ligamentar = A dor de origem ligamentar aparece com a manutenção
prolongada de uma posição (sentado, em pé, deitado, etc...), também se
manifesta ao final da amplitude de movimento.
Dor discal = A dor é aguda e se manifesta sobretudo quando o corpo está
submetido a forças da gravidade. A dor aumenta com a anteflexão,a
inclinação homolateral e aos esforços de defecação, espirro que aumentam
a pressão abdominal e intradiscal.
• Dor visceral: dor
localizada sem
razão, não
influenciada pelo
movimento mas pelo
horário, as estações
do ano, a digestão
ou a menstruação.

CLASSIFICAÇÃO DAS DISFUNÇÕES LOMBARES

1 A disfunção do tipo N.S.R.

Esta disfunção N.S.R. corresponde à uma fixação crônica, induzida pelas tensões
patológicas miofasciais,de um movimento ou de uma postura adaptativa vindo em
neutralidade,conforme a 1a Lei de FRYETTE .
É portanto uma disfunção de grupo,incluindo um mínimo de três vértebras onde a
inclinação e a rotação estão em sentido opostos .
As vértebras envolvidas por esta lesão,não estando em coaptação das facetas
articulares mas em neutralidade, a barreira motora patológica é unicamente de
origem neuro-muscular . Classicamente,a lesão N.S.R. é fixada por músculos
profundos estabilizando a curvatura em sua concavidade : psoas,espinhais
lombares e quadrados lombares .
O parâmetro maior que induzirá a lesão é a inclinação lateral,a rotação sendo
somente secundária e adaptativa .
N.S.R. = lesão de grupo secundário,aparecimento progressivo,adaptativo ou
induzido por uma lesão visceral .

 Teste de mobilidade: Dor tipo estiramento => problema muscular


 Exame :
 O posicionamento das vértebras concernentes será a mesma em hiperflexão e
extensão .
 Desvio da linha das espinhosas do lado da concavidade .
 Rotação na convexidade objetivada pela posteriorização do processo transverso
que atinge seu máximo ao nível do ápice .
 Testes de mobilidade : dor muscular ou restrição da mobilidade em inclinação e
rotação oposta .
2 A disfunção do tipo F.R.S.

Esta disfunção deve ser vista com o conceito da faceta articular fixa unilateralmente
em divergência .Esta disfunção corresponde a uma fixação,de acordo com a 2ª Lei
de FRYETTE, com um parâmetro de flexão onde a disfunção articular unilateral está
do lado oposto à rotação posterior .
Esta disfunção é primária,traumática, visceral e espontaneamente dolorosa .
A barreira motora pode ser mista,por sua vez neuro-muscular por intermédio do
intertransversário e mecânico sobre a articulação interapofisária levada em
divergência .

 Exemplo : F.R.S esquerda:


A vértebra está fixada em :
Flexão
Rotação anterior esquerda
Inclinação de divergência esquerda

Porém é a faceta articular inferior esquerda que


permanece fixa em divergência sobre a faceta articular
superior esquerda da vértebra subjacente .

 Exame :

Notamos em relação às vértebras adjacentes :


 Uma apófise espinhosa desviada à esquerda
 Uma apófise espinhosa afastada da subjacente,aproximada da suprajacente
 Uma apófise espinhosa dolorosa à pressão
 Uma apófise transversa direita posterior e uma apófise transversa esquerda
anterior
 A translação direita da espinhosa com o contra-apoio sobre a suprajacente está
dolorosa .

 Teste de mobilidade: restrição em função do tecido fixado.


3 A disfunção do tipo E.R.S.

Esta disfunção deve ser vista com o conceito da faceta articular fixa unilateralmente
em convergência,de acordo com a 2ª Lei de FRYETTE, com um parâmetro de
extensão onde a disfunção articular está do lado da rotação . Esta disfunção é
primária,traumática ou visceral, dolorosa e fixado, às vezes pela barreira neuro-
muscular (intertransversal e feixe do m. lamelar do transverso espinhoso) e/ou
mecânico em encaixe de convergência sobre a subjacente .

 Exemplo : E.R.S. direita


A vértebra está fixa em :
Extensão
Rotação direita
Inclinação direita

Esta faceta articular inferior direita está fixa em


convergência sobre a vértebra subjacente. É o caso
típico do Lumbago,onde a flexão-extensão está
quase impossível .

 Exame :

Observamos em relação às vértebras adjacentes :


 Uma apófise espinhosa dolorosa à pressão
 Uma apófise espinhosa aproximada da subjacente,afastada da supra-jacente
 Uma apófise espinhosa desviada à esquerda e a translação para direita com o
contra-apoio sobre a vértebra subjacente é dolorosa .
 Uma apófise transversa direita posterior .
 Teste de mobilidade: restrição em função do tecido fixado.
CONCLUSÃO
TESTES OSTEOETIOPÁTICOS

1) Inspeção :

A toda atitude em flexão ou em inclinação lateral devemos suspeitar de uma lesão


discal .
Teste de mobilidade global em :
- Flexão
- Extensão
- Inclinação lateral
- Rotação

Amplitude – dor – irradiação


Zonas planas de restrição de mobilidade:
- psoas
- quadrado lombar
- diafragma

2) Teste da Comadre :

 Paciente : De pé,pés afastados na largura da bacia .


 Fisio : Atrás do paciente.
 Teste: Pedimos ao paciente para flexionar o joelho direito,criando desta maneira
uma flexão lateral na concavidade lombar esquerda que apreciamos pela
curvatura desenhada pelas espinhosas;Procuramos de uma quebra ou área
plana na concavidade, e depois testamos mobilidade em rotação oposta na
procura de uma restrição de mobilidade.
 Ex: resrição de mobilidade em rotação direita = disfunção em NSR esquerda
com espasmo do psoas direito

- Idem com o joelho esquerdo .

3) Teste dos Polegares que Sobem

 Paciente : Sentado,pés ao solo .


 Fisio : Atrás do paciente,coloca seus polegares sobre as facetas articulares da
vértebra a ser testada .
 Teste : Solicitamos ao paciente para flexionar seu tronco enrolando sua coluna
lombar . Do lado da restrição,o polegar subirá mais alto e mais rápido que do
lado livre .
4) Palpação das Apófises Espinhosas

De acordo com Irvin KORR, uma apófise espinhosa dolorosa assinala uma
disfunção somática ou metamérica a este nível .
Por outro lado nos casos de flexão, a apófise espinhosa será afastada da apófise
subjacente,e no caso de extensão,estará mais próxima da apófise espinhosa
subjacente .

5) Palpação das Apófises Articulares Posteriores

A apófise articular posterior está dolorosa à palpação do lado da lesão articular por
causa da irritação do nervo sinus vertebral e dos elementos cápsulo ligamentares
da faceta articular .
Palpação das apófises transversas.
 Objetivo : Apreciar se a apófise transversa do lado lesado está anterior ou
posterior.

6) Teste de Flexão-extensão de MITCHELL

 Objetivo : Analisar o tipo de disfunção articular ao nível da vértebra que foi


encontrada em restrição .
 Princípio : De acordo com MITCHELL,uma vértebra que terá feito uma lesão de
rotação em extensão – ERS – terá sua assimetria aumentada pela flexão e se
corrigir em extensão .Ao contrário,uma lesão de rotação em flexão terá sua
assimetria aumentada em extensão .
 Teste : Paciente sentado,pedimos para realizar uma retroversão
da bacia (arredondar a lombar) depois uma anteversão da bacia (lombar
oco),examinamos se a posterioridade é corrigida ou aumenta sob o polegar .
7) Teste de Translação

 Exemplo : L3 posterior à esquerda .

 Paciente : Decúbito ventral


 Fisio : Toma apoio lateralmente ao processo espinhoso sobre L3 à direita do
lado oposto à posterioridade e um apoio latero-espinhoso do lado oposto sobre a
vértebra L2 depois L4 .
Se a translação L3 em relação a L2 agrava a dor ou está reduzida em sua
mobilidade = disfunção em FRS .
Se a translação de L3 em relação a L4 agrava a dor ou está reduzida em sua
mobilidade = disfunção em ERS .

8) Teste de Fryette

●Teste de Fryette em DV
Testamos a inclinação de cada vértebra em posição Neutra. Realizamos o teste
de inclinação lombar em DV utilizando o alavanca da coxa para fazer a inclinação e
da outra mão testamos o processo espinhoso em inclinação.
Em caso de restrição, suspeitamos uma FRS homolateral/ ERS controlateral ou
uma NSR homolateral.
O teste pode ser realizado sentado para T12 até L3.
9) Testes contra-resistência
- psoas ilíaco – L2-L3
- Tibial anterior – L4
- Extensor longo do hálux – L4-L5
- Fibulares – L5-S1
- Quadríceps – L3
- Ísquio-tibiais – S1-S2

10) Teste da zona planaem lombarol : Objetivo : Analisar o nível da disfunção


muscular do lado da dor do paciente.
FUNÇÕES DAS TÉCNICAS OSTEO-ETIOPÁTICAS

 Objetivos :
 Reduzir a freqüência da descarga do sistema gama responsável pelo espasmo
muscular
 Decoaptar as facetas articulares fixas,a fim de restaurar a mobilidade articular .

As Diferentes Técnicas Utilizadas

1) As técnicas com Thrust.

Chamadas de alta velocidade e amplitude,o Thrust provoca uma descomprressão


das cápsulas articulares (inibição dos receptores de Ruffini) e dos músculos
monoarticulares (corpúsculos tendinosos de Golgi),o que leva a um reflexo aferente
em direção a medula espinhal que em resposta inibe os motoneurônios Alfa e
Gama .
Não devem em caso algum ser feitas fora dos limites fisiológicos das amplitudes de
movimento,ao contrário das técnicas ortopédicas .
O Thrust é aplicado paralelamente ou perpendicularmente ao plano articular contra
a barreira articular fixa .

 Contra Indicações : Osteoporose,reumatismo inflamatório,fratura,compressão


medular,hérnia de disco estrangulada,metástase óssea,gravidez .
Distinguimos três tipos de técnicas :
 Técnica indireta
 Técnica direta
 Técnica semidireta

Em razão da memória muscular e do efeito de capilaridade,é necessário repetir


várias vezes os procedimentos terapêuticos (no mínimo três sessões) .
A rapidez e a eficácia das técnicas estão em função do estado de saúde e do
estado crônico dos tecidos .

2) As Técnicas de Contração/relaxamento (Muscle Energy)

Estas técnicas utilizam as contrações isométricas contra a barreira motora nos três
planos do espaço . Praticamos 3 séries de 3 contrações de 5 segundos .
A cada relaxamento obtido,o Fisio procura uma nova barreira motora muscular .
A cada contração isométrica,existe estimulação dos receptores de Golgi que se
descarregam e inibem os motoneurônios Alfa e Gama . A cada novo ganho de
comprimento,o fuso neuromuscular é estirado e encontra pouco a pouco seu
comprimento normal .
Podemos igualmente utilizar a inibição do antagonista .
TÉCNICAS OSTEOETIOPÁTICAS

1ª Técnica : - LOMBAROL FRS (Exemplo : L3)

 Paciente : Decúbito lateral sobre o lado da posterioridade,quer dizer,sobre o


lado oposto à lesão em divergência .
 Fisio : Diante do paciente,posiciona o paciente em lombar-roll,focalizando o
braço de alavanca superior sobre a vértebra em lesão,e o braço de alavanca
inferior sobre a vértebra subjacente .
O Fisio fixa os dois braços de alavanca colocando :
 De uma parte seu antebraço cefálico na fossa delto-peitoral,seu indicador
contato na apófise espinhosa da vértebra lesada .
 Do lado seu antebraço caudal é colocado sobre a bacia tanto que seu indicador
entra em contato com apófise espinhosa subjacente,e fixa esta alavanca inferior
colocando seu joelho sobre a face externa do joelho do paciente .
 Normalização: Colocação em tensão dos braços de alavanca inferior e superior
Thrust em rotação empurrando o braço de alavanca superior para trás e levando
o braço de alavanca inferior para frente e para superior por intermédio da bacia
e do joelho,no final da expiração .
 Indicações :
 FRS
 Anterolistesis
2ª Técnica ERS

 Paciente : decúbito lateral do lado são .


 Fisio : Diante do paciente,posiciona este em lombar-roll localizando o braço de
alavanca superior sobre a vértebra em lesão e o braço de alavanca inferior
sobre a vértebra subjacente .
Normalização: Colocação em tensão dos braços de alavanca inferior e superior
Thrust em rotação oblíqua empurrando o braço de alavanca superior para trás e
para superior, levando o braço de alavanca inferior para frente e para inferior por
intermédio da bacia e do joelho,no final da expiração
 Objetivos : Decoaptação em divergência
Stretching músculo transversal espinhoso em espasmo .
3ª Técnica –Sentada (Exemplo : L4 posterior à direita)

 Paciente : Sentado “a cavalo” com braços cruzados sobre os ombros .


 Fisio : De pé e atrás do paciente.Com sua mão esquerda,segura o cotovelo
direito do paciente,entretanto que tome contato com pisiforme da mão direita
sobre a apófise transversa direita de L4 .
 Normalização :

1- FRS
O paciente é levado até a barreira motora articular em extensão – inclinação –
rotação esquerda . A normalização é produzida através do thrust do pisiforme direito
anterior em meio arco de círculo tanto que a outra mão tracione o busto em rotação
esquerda .

2- ERS
O paciente é levado em flexão – inclinação esquerda- rotação esquerda até a
barreira articular .
A normalização é produzida através de um thrust do pisiforme direito para frente em
meio-arco de círculo tanto que a outra mão tracione o busto em rotação esquerda .
4ª Técnica Miotensiva

1)FRS
 Exemplo :
 FRS direita .
 Flexão + flexão lateral esquerda + rotação esquerda desencadeando uma dor à
direita .
 O espaço interespinhoso com a vértebra supra-jacente é menor .
 O teste de translação desencadeia uma dor com a vértebra supra-jacente .

 Normalizações : Exemplo L4

A). Decúbito lateral

 Objetivo :Estirar o músculo intertransversário entre L3 e L4 .


 Paciente : Deitado sobre o lado são .
 Fisio : Fixa a vértebra suprajacente no braço de alavanca superior e a vértebra
em lesão no braço de alavanca inferior .
 Normalização : Técnica do lombar-roll em muscle energy dos dois alavancas
durante 5” , 3x, e entra cada contração estiramos o músculo . Terminamos a
técnica com um thrust em estiramento lateral . Reflexo miotático invertido de
Golgi .
B). Sentado

 Paciente : Sentado “a cavalo”,braços cruzados sobre os ombros .


 Fisio : Atrás do paciente,fixa a transversa esquerda da vértebra em lesão, ou,a
face lateral direita da apófise espinhosa da vértebra em lesão .
 Normalização : Contração – relaxamento para direita ,seguida de um
estiramento em flexão – flexão lateral esquerda e rotação esquerda .
 Objetivo : Estirar o intertransversal lesional entre L4 e L3 .
2) ERS

 Exemplo :
 ERS direta de L4
 Dor à direita
 Flexão – flexão lateral esquerda – rotação esquerda desencadeia uma dor à
direita.
 O espaço interespinhoso com a vértebra subjacente é menor .
 O teste de translação : apoio lateral sobre a espinhosa de L4 à esquerda e L5 à
direita agrava a dor .

 Normalizações :

A). Decúbito lateral

 Objetivo : Alongar o músculo intertransversal entre L4 e L5


 Paciente : Decúbito lateral sobre o lado são
 Normalização : L4 está fixo no braço de alavanca superior >
L5 está fixo no braço de alavanca inferior .
Técnica de lombar-roll em estiramento lateral (reflexo miotático inverso) .

B). Sentado

 Objetivo : Mobiliza L4 em flexão,lateral esquerda,rotação esquerda após


contração relaxamento no sentido da lesão .
O Fisio fixa a vértebra subjacente por um apoio sobre a apófise transversa
esquerda de L5 ou por um apoio lateral direito sobre a espinhosa de L5 .
3) NSR – Técnica de MITCHELL

 Exemplo :
 NSR direito – flexão lateral esquerda
 Músculos lesionais – psoas e transversais espinhosos lado esquerdo
 A flexão lateral direita e a rotação esquerda desencadeiam dor
 Teste da NSR para localizar a vertebra principal em disfunção.

 Normalizações :

1.Técnica miotensiva
 Paciente : Decúbito lateral sobre a concavidade esquerda .
 Fisio : De pé diante do paciente .
 Técnica : Segurar os pés pelos maléolos e levar em flexão da anca ate o nivel
em disfunção, recebendo os joelhos superpostos do paciente sobre sua coxa .
- Solicitar ao paciente de empurrar os pés para baixo em isometria 3 segundos e
ganhar durante o relaxamento para o alto 3 segundos .

2.Técnica de lombarol

Posição: DL do lado da concavidade .Rotação de alavanca superior sobre a


vértebra supra jacente a vértebra mas em rotação ( apice da curvatura).Posição de
alavanca inferior sobre a vértebra mas em rotação.
Normalisação: Thrust em rotação da bacia para frente.
Alongamento do quadrado lombar

Alongamento do psoas
Revisão da anatomia dos plexos nervosos

Plexo Lombossacral

• Plexo Lombossacral

– Ramos Ventrais dos nervos espinhais


Lombares (L1-5) e Sacrais (S1-3)

• Plexo Lombar

– L1-L4

• Plexo Sacral

– L4-S3

Plexo Lombar (L1-L4)

1. N. Iliohipogástrico (T12L1)
Musculatura Abdominal

N. Ilioinguinal – L1

2. N. Genitofemoral (L1-2)
1. Genitália e face anterior
da coxa Zona celulítica e do ponto de
crista
3. N Cutâneo-Femoral Lateral (L2-3)

4. N. Femoral (L1-4)

5. Nervo obturador L2-L4


Nervo Femoral (L1-L4)

• Trajeto
– Ao longo do Psoas
– Sob o ligamento inguinal

• Inervação
– Ramos Cutâneos
• Face anterior da coxa

– Ramos Musculares
• mm. anterior da coxa
– Quadríceps

Nervo Femoral (L1-L4)

• Inervação Sensitiva
– Face anterior e medial do
membro inferior
• Principalmente Coxa
Nervo Femoral (L1-L4)
• Inervação Motora
– Psoas
– Ilíaco
– Sartório
– Reto Femoral
– Vasto lateral
– Vasto intermédio
– Vasto Medial
• Sinais Clínicos (lesão nervosa)
– Déficit de extensão do joelho
– Déficit de flexão do quadril
– Abolição do reflexo patelar

Nervo Femoral Cutâneo Lateral


(L2-L3)
• Trajeto
– Imediatamente abaixo da EIAS
– Sob o ligamento inguinal

• Inervação: Puramente sensitivo


– Face lateral da coxa
• Sinais Clínicos:
– Meralgia Parestética
– Compressão do nervo na altura da
passagem pelo ligamento inguinal
– Parestesia e dor em face lateral da
coxa
Nervo Obturador (L2-L4)

• Inervação motora:
– Obturador externo
– Adutor Magno
– Adutor Longo
– Adutor Breve
– Grácil
– Pectíneo

Nervo ciático L4 –S3

Trajeto
Adjacente ao m. piriforme
Profundamente ao Glúteo
Máximo
Longitudinalmente ao
fêmur e profundamente ao
bíceps femoral
Divide-se em FC e T acima
do joelho
•Inervação sensitiva

N. Fibular Comum (L4-S2)


• N. Fibular Comum
– Em volta da cabeça da fíbula
– Na intimidade do m. fibular
longo
– Divide-se em:
• Fibular Superficial
• Fibular Profundo
• N. Fibular Superficial
– Predominantemente sensitivo
• N. Fibular Profundo
– Predominantemente muscular
– Atinge o dorso do pé, pela
superfície do m. tibial
anterior
N. Fibular Superficial e
Fibular Profundo
• N. Fibular Comum
– Bíceps Femoral

• N. Fibular Superficial
– M. Fibular Longo e fibular curto

• N. Fibular Profundo
– Músculos Inervados:
• Tibial anterior
• Extensor longo dos dedos
• Extensor longo do hálux
• Sinais Clínicos
– Incapacidade de dorsoflexão
do tornozelo e pé (pé caído)

N. Fibular Superficial
e Profundo

• Inervação sensitiva
Nervo Tibial

• Inervação motora na coxa


(porção tibial do nervo ciático)
– Semitendinoso
– Semimembranoso
– Bíceps Femoral
• Trajeto (após a divisão do N. ciático)
– Fossa poplítea, profundmente ao gastrocnêmio
– Atrás do maléolo medial
– Divide-se em vários ramos musculares e
cutâneos.

Nervo Tibial

• Inervação motora

– Gastrocnêmio
– Sóleo
– Plantar longo
– Poplíteo
– Tibial posterior
– Flexor longo dos dedos
– Flexor longo do hálux
– Musculatura intrínseca do pé
• Sinais Clínicos
– Déficit de flexão plantar do tornozêlo e pé
– Atrofia da musculatura da panturrilha e pé
Nervo Tibial
• Inervação Sensitiva
PROTOCOLO PRÁTICO DAS SEQUÊNCIAS MECÃNICAS LOMBO-PÉLVICAS

A). Inspeção em Pé :
 Examinar a estática :
dos pés
joelhos
coluna vertebral
 Atitude antálgica
 Palpar à altura das cristas ilíacas – EIPS e EIAS
 Examinar as retrações musculares e as áreas planas vertebrais .

B). Teste de Mobilidade de Pé :


 TFP
 Flexão – extensão
 Flexão lateral direita e esquerda
 Rotação direita e esquerda
 Observar amplitude,dor, Irradiação .

C). Sentado
 TFS-sacro e lombar
● Mitchell

D). Decúbito Dorsal


 Teste do psoas - ísquio-tibiais – diafragma - Laségue
 Downing se existir lesão-ilíaca + testes específicos .

E). Decúbito Ventral


 Teste do piriforme
 Teste do sacro : rebote – sulco – AIL ,si teste TFS ++
 Testes lombares : Palpação dos processos espinhosos
Apófises transversas
Facetas articulares
Translação das apófises espinhosas

F). Exame dos Membros Inferiores :


Pés,joelhos,quadris .

G). conclusão + tratamento

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