Pesquisas atuais • Plataformas de força • EMG • Sistema de análise do movimento com vídeo de alta velocidade Funções principais da marcha • Sustentação da cabeça, MMSS e tronco • Equilíbrio e postura ereta • Controla o pé • Gera energia mecânica • Absorção do impacto e estabilidade Ciclo da marcha • Intervalo de tempo ou sequência de movimentos que ocorrem entre dois contatos do mesmo pé. • MI • Fases: apoio e balanço Ciclo da marcha Fase de apoio • O pé encontra-se em contato com o solo e sustenta o peso. • Fases: - Contato inicial (toque do calcanhar) - Resposta à carga (pé plano) - Apoio médio (apoio sobre apenas um MI) - Apoio terminal (retirada do calcanhar) - Pré-balanço (retirada dos pododáctilos) Fase de apoio Fase de balanço • O pé não está sustentando peso e move-se para frente. • Fases: - Balanço inicial (aceleração) - Balanço médio - Balanço terminal (desaceleração) → Fase de flutuação ou fase sem apoio duplo Fase de balanço Apoio sobre os dois MMII • Ambos os pés em contato com o solo • 25% do ciclo • Ocorre duas vezes • Quanto mais lenta a marcha: ↑ • Quando a velocidade da marcha aumenta: ↓ • Corrida: desaparece Apoio sobre um MI • Um membro em contato com o solo • Ocorre duas vezes • 30% do ciclo Parâmetros normais da marcha → 8 a 45 anos • Largura da base: 5 a 10 cm • Comprimento do passo: aprox. 72 cm • Comprimento da passada: aprox. 144 cm • Desvio pélvico lateral: 2,5 a 5 cm • Desvio pélvico vertical • Rotação pélvica: 8⁰ • Centro de gravidade • Cadência normal: 90 a 120 passos por minuto → A velocidade da marcha é de aprox. 1,4 m/s Largura normal da base Desvio pélvico Rotação Pélvica Cadência da marcha A – pé normal, B – pé cavo Padrão normal da marcha • Fase de apoio – CCF - Contato inicial (toque do calcanhar) - Resposta à carga (aceitação do peso ou pé com contato total) - Subfase de apoio médio (apoio sobre um MI) - Apoio terminal (elevação do calcanhar) - Pré-balanço (elevação dos pododáctilos) Padrão normal da marcha • Fase de balanço - CCA - Balanço inicial - Balanço médio - Balanço terminal (desaceleração) Movimento articular durante a marcha normal • Quadril - Função: estender (apoio) e flexionar (balanço) - Ligamentos ajudam na estabilização - Flexores e extensores do quadril: desacelerar de modo excêntrico - Estabilidade através dos abdutores - Perda do movimento: compensação com joelho ipsilateral, quadril contralateral ou lombar. Movimento articular durante a marcha normal • Joelho – Funções: suporte de peso, amortecimento de impacto, aumento do comprimento da passada e movimentação do pé durante o balanço. – Quadríceps: aceitação de peso – Isquiotibiais: flexionam o joelho e desaceleram o MI na fase de balanço. – Deformidade em flexão: quadril flete e perde a extensão Movimento articular durante a marcha normal • Gastrocnêmio e sóleo – 85% da contração voluntária máxima durante a marcha normal – Estabilidade do joelho e tornozelo – Restringem a rotação da tíbia sobre o tálus durante a fase de apoio – Atuam de forma concêntrica e excêntrica Movimento articular durante a marcha normal • Pé e tornozelo – Funcionam de modo interdependente – Verificar os movimentos de flexão plantar e dorsal. Visão geral e anamnese • A avaliação da marcha de um paciente deve ser incluída em qualquer avaliação dos MMII.
• Posturas da cabeça, pescoço, tórax e coluna
lombar podem afetar a marcha.
• Identificar a ação dos segmentos do corpo e
observar anormalidades durante a marcha. Observação • Primeiramente avaliação postural, posteriormente avaliação da marcha. • Roupa adequada • Solicitar marcha habitual utilizando auxílios necessários • Observar claudicação ou deformidade • Vista anterior, posterior e lateral • Observar da região proximal à distal e vice-versa • Tronco e MMSS Vista anterior • Tronco, pelve • MMSS e pelve • Quadril, joelho, tornozelo e pé • MMII • Atrofia muscular Vista lateral • Rotação de ombro e tórax • Balanço dos MMSS • Coluna • Pelve • Movimento das articulações dos MMII • Comprimento do passo e da passada • Cadência Vista posterior • Mesmas estruturas da vista anterior • Calcanhar • Base de suporte • Fase de descarregamento de peso do ciclo da marcha • Coluna, nádegas, face posterior da coxa e panturrilha Calçados e pés EXAME • Observação • Marcha alterada: FM e ADM • Ciclo de marcha D e E • Discrepância de membros EXAME Pontuação da locomoção Ex: TUG Mecanismos de compensação Marcha anormal • Os desvios da marcha podem ser decorrentes de 3 razões: - Patologia ou lesão em uma articulação específica; - Compensadores de lesão ou enfermidade em outras articulações no lado ipsilateral. - Compensadores de lesão ou enfermidade do membro contralateral. Marcha antálgica • É autoprotetora e decorrente de lesão na pelve, quadril, joelho, tornozelo ou pé • Fase de apoio sobre o MI afetado: ↓ • Fase de balanço do MI não comprometido: ↓ • Menor comprimento do passo no lado não afetado • ↓ da velocidade da marcha e cadência Marcha antálgica Marcha artrogênica • Consequência de rigidez, frouxidão ou deformidade (quadril ou joelho) • Pode ser dolorida ou indolor • Pelve elevada + flexão plantar tornozelo oposto • Circundução do MI rígido • Ex: artrodese ou gesso Marcha artrogênica Marcha atáxica • ↓ equilíbrio e base ampla • Ataxia cerebelar: instabilidade da margem e movimentos exagerados • Ataxia sensitiva: pés batem contra o solo + elevação excessiva do quadril (tabética) Marcha atáxica Marcha com contratura das articulações • Imobilização prolongada/ tratamento inadequado • Contraturas em flexão: – QUADRIL: ↑ lordose lombar + extensão tronco + flexão joelho – JOELHO: dorsiflexão excessiva – PLANTAR NO TORNOZELO: hiperextensão do joelho e flexão anterior do tronco com flexão de quadril Marcha com contratura das articulações Marcha equina • Sustentação do peso sobre a borda lateral do pé • Fase de sustentação de peso sobre o MI afetado ↓ • Presença de claudicação • Ex: pé torto congênito Marcha equina Marcha do glúteo máximo • Glúteo máximo fraco • Impulsão do tórax para trás no contato inicial para manter a extensão do quadril do MI de apoio Marcha do glúteo máximo Marcha de Trendelenburg ou Marcha do glúteo médio • M. abdutores de quadril fracos • Inclinação lateral excessiva do tronco • Sinal de Trendelemburg + Marcha de Trendelenburg ou Marcha do glúteo médio Marcha ceifante ou hemiplégica ou hemiparética • MI adiante em circundução • MS em flexão Marcha ceifante ou hemiplégica ou hemiparética Marcha parkinsoniana ou festinante ou de pequenos passos • Pescoço, tronco e joelhos flexionados • Arrastar dos pés ou passos curtos e rápidos • Incapacidade de parar Marcha parkinsoniana ou festinante ou de pequenos passos Marcha dos flexores plantares • Flexores plantares sem função = ausência da impulsão final da passada • Fase de apoio e comprimento do passo menores do lado não afetado Marcha dos flexores plantares Claudicação do psoas • Fraqueza do psoas maior • Rotação lateral, flexão e adução do quadril • Ex: doença de Legg-Calvé-Perthes Claudicação do psoas Marcha do quadríceps • Quadríceps lesado • Compensação com flexão anterior do tronco + forte flexão plantar do tornozelo • Utilizar a mão para estender o joelho Marcha do quadríceps Marcha em tesoura • Paralisia espástica dos adutores de quadril • Joelhos se movem em conjunto Marcha em tesoura Marcha do MI curto • A pelve se inclina inferiormente para o lado afetado • Supinação do pé (alongar o membro) • Lado não afetado: flexão exagerada ou elevação do quadril na fase de balanço para que o pé se eleve do solo Marcha do MI curto Marcha escarvante ou do pé caído • Fraqueza ou paralisia dos dorsiflexores • Ex: lesões do nervo fibular comum, poliomielite • Elevação excessiva do joelho • No contato inicial, pé bate contra o solo Marcha escarvante ou do pé caído