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SEMIOLOGIA APLICADA À

FISIOTERAPIA

COMPLEXO
DO OMBRO

Profa.: Andressa Alves Nunes


#Graduada em Fisioterapia pela UVV;
# Especialista em Fisioterapia aplicada em terapia
intensiva adulto e infantil pela EMESCAM;
# Mestre em saúde coletiva pelo PPGSC da UFES.
EXAME DOS SISTEMAS ESQUELÉTICO,
ARTICULAR E MUSCULAR DO MMSS
Exame físico geral:
 inspeção e observação;

 palpação óssea;

 palpação dos tecidos moles;

 medida do corpo e das partes: goniometria e perimetria;

 testes de função e de força muscular;

 testes de mobilidade passiva e ativa;

 testes especiais para o ombro


INSPEÇÃO E OBSERVAÇÃO DO OMBRO
 O ombro deve ser examinado no plano:
 frontal anterior,
 posterior
 sagital (esquerdo e direito);

 Determinar alterações posturais gerais


AHAC - ALINHAMENTO HORIZONTAL DOS
ACRÔMIOS - LINHA DO ACRÔMIO DIREITO ATÉ O
ACRÔMIO ESQUERDO E UMA LINHA HORIZONTAL.

É calculado o ângulo
formado entre as duas
retas.
ED/E - DISTÂNCIA EM CENTÍMETROS OBTIDA ENTRE
O ÂNGULO INFERIOR DA ESCÁPULA DIREITA OU
ESQUERDA ATÉ A VÉRTEBRA T6.
POD/E - POSTURA DO OMBRO DIREITO OU ESQUERDO –
DISTÂNCIA MEDIDA EM CENTÍMETROS ENTRE O ACRÔMIO E O
PROCESSO ESPINHOSO DE C7. AVALIAR PROTRAÇÃO DE OMBRO.
PLANO FRONTAL ANTERIOR:
OBSERVAR OS PONTOS DE REFERÊNCIA ÓSSEA, INCLUINDO A ARTIC.
ESTERNOCLAVICULAR, A CLAVÍCULA E A ARTICULAÇÃO
ACROMIOCLAVICULAR
PLANO FRONTAL  Observar os pontos de
POSTERIOR referência ósseos, incluindo a
coluna torácica, a escápula, a
artic. acromioclavicular ;

 Estruturas de tecidos moles,


incluindo a parte superior do
músculo trapézio, músculos
supra-espinal, infra-espinal,
redondo maior e menor e
deltóide;

 Posição da escápula.
MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR
ESCÁPULA ALADA

 Durante a elevação do braço, como uma sequência


sincronizada de rotação superior e inclinação posterior,
com uma quantidade variável de rotação médio-lateral .
PLANO SAGITAL (ESQUERDO E DIREITO)
 Palpação das estruturas e referências ósseas;
 Palpar
PALPAÇÃO  tendões do manguito rotador;
 tendão da porção longa do bíceps braquial.
PALPAÇÃO: OMBRO
PALPAÇÃO: OMBRO
ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR:

Solar: retração/protração, elevação/depressão e rotação


ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
Plana: deslizamentos, rotação anterior e posterior/ superior e
inferior.
ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL
ESFERÓIDE: flexão/extensão, abdução/adução, RI/RE,
abdução/adução horizontal
ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA
É apenas funcional, mas realiza
a elevação, depressão,
abdução, adução, rotação para
cima e para baixo;
MOBILIDADE DOS SEGMENTOS

Triagem para amplitude de movimento:

 Se forem identificadas limitações na amplitude de


movimento articular, deverá ser realizado um teste
goniométrico específico para se obter um quadro das
restrições, estabilização e registro das limitações.
MOBILIZAÇÃO ARTICULAR

 Movimentos Ativos: a
informação exata sobre a
capacidade, coordenação e
força muscular da ADM.

 Movimentos Passivos: a
informação exata sobre a
integridade das superfícies
articulares e a extensibilidade
da cápsula articular,
ligamentos e músculos.
AMPLITUDE ARTICULAR-
GONIOMETRIA
Flexão do Ombro (SAGITAL)

 Amplitude Articular:
 0-180°
 0-170°/180°
 0-150°/180°

 Evitar a hiperextensão da
coluna lombar;
 Evitar a abdução do ombro e
a elevação da escápula;
 Manter a artic. do cotovelo
em extensão.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
Extensão do Ombro
(SAGITAL)

 Amplitude Articular:
 •0°-45°
 •0-50/60°
 •0°-50°

 Evitar a flexão do tronco


ou elevação da escápula;
 Evitar a abdução da
articulação do ombro;
 Evitar a adução escapular.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA

Abdução do Ombro (FRONTAL)


 É acompanhada por elevação
clavicular, seguida por rotação
lateral do úmero.

 Amplitude Articular:
 0°-180°
 0-170/180°

 Evitar a flexão da coluna


vertebral para o lado
contralateral; Evitar a elevação
da escápula; Evitar a flexão e
extensão do braço.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
Adução do Ombro
 É o retorno a partir da abdução e
ocorre no plano frontal.
 A adução horizontal ocorre no
plano transverso.
 Amplitude Articular (adução
horizontal):
 0°-40°;
 0°-50/75°;
 0°-30°.

 Evitar a flexão ipsilateral da coluna


vertebral;
 Evitar a depressão escapular;

 Evitar a rotação de tronco.


AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA
Rotação Medial do Ombro

 Na posição anatômica, o
movimento ocorre no plano
transverso. Rotação Medial
 Esta é abduzida e a artic. do
cotovelo é fletida em 90°
portanto o movimento teste
ocorre no plano sagital.
 Amplitude Articular:
 0°-90 °;
 0°-60/100°;
 0°-65/90°.
AMPLITUDE ARTICULAR- GONIOMETRIA

Rotação Medial do Ombro Rotação Medial SEM


Protração de Ombro

 Manter a art. do ombro


abduzida em 90°para que o
olécrano fique em linha com a
fossa glenóide;
 Evitar a flexão, extensão
adução ou abdução na art. do
ombro; Rotação Medial COM
 Evitar a extensão do cotovelo;
Protração de Ombro

 Evitar a adução e abdução da


mão;
 Evitar a elevação e a
inclinação anterior da
escápula.
AMPLITUDE ARTICULAR-
GONIOMETRIA
Rotação Lateral do Ombro
 Amplitude Articular:
 0°-90°
 0°-80/90°

 Manter a art. do ombro abduzida


em 90°para que o olécrano fique
em linha com a fossa glenóide;
 Evitar a flexão, extensão adução
ou abdução na art. do ombro;
 Evitar a extensão do cotovelo;

 Evitar a adução e abdução da


mão;
 Evitar a elevação e a inclinação
anterior da escápula.
TESTES MUSCULARES MANUAIS

 Parte integrante do exame físico, fornecendo


informações úteis no diagnóstico diferencial, prognóstico
e tratamento de patologias musculoesqueléticas e
neuromusculares;

 A avaliação da força muscular manual deve ocorrer


quando forem descartadas outras limitações articulares
ou musculares (encurtamentos) impedindo ou
dificultando o movimento.
AÇÃO MUSCULAR MÚSCULO
Coracobraquial
Bíceps braquial
FLEXÃO
Peitoral MAIOR
Deltóide ANTERIOR
AÇÃO MUSCULAR MÚSCULO
Tríceps Braquial
Redondo < e >
EXTENSÃO Latíssimo do dorso
MENOR
Deltóide
POSTERIOR

MAIOR
AÇÃO MUSCULAR MÚSCULO
Supraespinhal
ABDUÇÃO
Deltóide
Subescapular
Peitoral > e <
ADUÇÃO
Latíssimo do dorso
Redondo < e >
AÇÃO MUSCULAR MÚSCULO
Subescapular
Serrátil ANTERIOR
ROTAÇÃO
Peitoral > e <
INTERNA
Latíssimo do dorso
Redondo >
Infraespinhal
ROTAÇÃO Supreespinhal
EXTERNA Deltóide
Redondo <
MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR
MÚSCULO AÇÃO MUSCULAR
LEVANTADOR DA Eleva o ângulo inferior
ESCÁPULA da escápula

Adução das escápulas


ROMBOIDES < e >
Rotação inferior
Rotação superior
Abdução escapular
SERRÁTIL ANTERIOR
Depressão escapular
Propulsão do ombro
MÚSCULO AÇÃO MUSCULAR
Elevação do ombro e
Superior rotação da escápula

TRAPÉZIO Adução das escápulas


Médio

Inferior Depressão do ombro

Depressão da
SUBCLÁVIO
Clávicula
TESTES DE FORÇA MUSCULAR
MANOBRAS DEFICITÁRIAS
 MANOBRA DE RAIMISTE

 MANOBRA DE MIGAZZINI

AVALIAR
MUSCULATURA
DISTAL E PROXIMAL
DE MMSS.
TESTE DO IMPACTO SUBACROMIAL E/OU
DA INTEGRIDADE DO MANGUITO
ROTADOR

 Teste de NEER
 Teste de HAWKINS-KENNEDY
 Teste de YOCUM
 Teste da QUEDA DO BRAÇO (CODMAN)
 Teste de PATTE
 Teste de GERBER
 Teste de JOBE
 Teste de APLEY
TESTE DE NEER

 Faz-se uma abdução passiva


do braço, no plano da
escápula, de 0º a 180º. Serve
para avaliar inflamação do
tendão suprespinhal ou
bursites.
TESTE DE HAWKINS-KENNEDY

 O examinador coloca o
ombro do paciente a 90º de
flexão com o cotovelo
flexionado a 90º e depois
faz rotação interna do
braço. O teste é
considerado como positivo
se o paciente sentir dor
com a rotação interna,
indicando lesão
subacromial.
TESTE YOCUM
 De pé com o braço acometido
em flexão e adução, cotovelo
a 90º e mão apoiada no
ombro oposto.
 O terapeuta instrui para que o
mesmo realize uma flexão do
MS até o cotovelo tocar a
testa.
 O terapeuta poderá auxiliar o
paciente a elevar ainda mais
o cotovelo, isso irá exacerbar
os sintomas de uma tendinite
do supra-espinhoso ou
alguma lesão na art.
acromioclavicular.
TESTE DA QUEDA DO BRAÇO (CODMAN)

 O terapeuta eleva o braço do paciente de 90º de abdução.


O paciente, então, abaixa o braço para a posição neutra
com a palma da mão para baixo. Se o braço do paciente
cair subitamente ou o paciente sentir dor durante o
movimento, então o teste é considerado positivo.
TESTE DE PATTE

 com o membro superior em


abdução de 90º e o cotovelo
a 90º, o examinador aplica
resistência contra a rotação
externa/lateral do ombro.
Caso haja dor ou diminuição
do movimento, sugere-se
lesão do infraespinhoso ou
redondo menor.
TESTE DE GERBER

 paciente coloca o dorso da mão ao nível da quinta vertebra


lombar. Posteriormente, procura ativamente afastá-la das
costas rodando internamente o braço. O médico aplica
uma resistência e o paciente deve ser capaz de afastar a
mão das costas e manter afastamento, a não realização ou
grande dificuldade pode indicar lesão do músculo
subescapular.
TESTE DE JOBE (LATA VAZIA)

 O examinador aplica
uma força para abaixar
os braços do paciente,
simultaneamente,
enquanto o paciente
tenta resistir. O paciente
irá referir dor na face
ântero-lateral do ombro,
indicando inflamação ou
lesão do músculo
supraespinhal.
TESTE DE APLEY
 Avalia a tendinite ou
degeneração do manguito
rotador através do estiramento
do manguito e da bolsa
subacromial, obtida pela
rotação externa e abdução do
ombro.
 Pede-se para o paciente
alcançar, por trás da cabeça, o
ângulo médio superior da
escápula contralateral.
TESTES DO LÁBIO GLENOIDAL E DO BÍCEPS
BRAQUIAL

 Teste de YERGASON (biceps braquial)

 Teste de SPEED (biceps braquial e lábio glenoidal)

 Teste de O’BRIEN (ruptura do lábio glenoidal)


TESTE DE YERGASON
 O paciente deve estar sentado ou
em pé, com o úmero em posição
neutra e o cotovelo em 90º de
flexão.
 O paciente é solicitado a fazer
rotação externa e supinação do
seu braço contra a resistência
manual do terapeuta.
 É utilizado para testar o tendão
bícipital, em suspeita de
TENDINITE BICIPITAL .
 Sinal de POPEYE: ruptura da
cabeça longa do bíceps.
TESTE DE SPEED
 O examinador impõem uma
resistência ao movimento de
flexão do MS do paciente
estando o mesmo com o
cotovelo em extensão.
 Este teste serve para detectar a
presença de inflamação na
bainha que recobre a porção
longa do músculo bíceps.
TESTE DE O’BRIEN (RUPTURA DO LÁBIO
GLENOIDAL)

 Com o braço fletido a 90º graus e o cotovelo estendido e aduzido


a 15º, o examinador força o braço para baixo.
 O objetivo é testar estruturas como o labrum glenoideu e a
articulação acromioclavicular.
 RI (dor)
 disfunção acromioclavicular;
 Ruptura de lábio
 RE
 Alívio da dor
TESTES DE INSTABILIDADE ANTERIOR DO OMBRO –
•Com o paciente em DD,
TESTE DE APREENSÃO mantem-se o cotovelo fletido em
90º, o ombro em abdução de 90º
e rotação externa.

•O examinador deve então


realizar um compressão na
região posterior do úmero
proximal no sentido de
anteriorizá-lo.

•Ao perceber a iminência de


deslocamento articular, o
paciente demostrará apreensão,
indicando que o teste é positivo.
TESTE DE ROCKWOOD
 Usado para detectar
instabilidades anteriores. O
paciente deve permanecer
em posição ortostática.
 O examinador exerce uma
rotação externa do ombro
do paciente com abdução
de 0° a 120°.
 O teste é considerado
positivo quando o paciente
exibir dor e apreensão
acentuadas a 90°.

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