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As facetas interapofisárias estão presentes na parte posterior das vértebras e são responsáveis pela articulação
de uma vértebra com as suas vértebras adjacentes (superior e inferior). Estas articulações trabalham em conjunto
com os discos intervertebrais para formar uma unidade funcional, permitindo o movimento da coluna vertebral e
dando estabilidade a esta estrutura através dos seus ligamentos. Artrose Interapofisária é a degeneração
destas articulações presentes na região cervical.
O diagnóstico é realizado por meio da história clínica e pelos sintomas apresentados pelo paciente, em conjunto
com exames complementares de raio x, ressonância magnética e tomografia computadorizada.
Hipo-hidratação discal difusa
Hérnia de disco:
O sintoma principal do paciente com hérnia de disco é a dor radicular irradiada para um dermátomo específico
na perna, denominada dor ciática. Essa dor pode estar associada a déficit neurológico sensitivo ou motor da raiz
nervosa envolvida. Dor lombar pode estar presente na apresentação ou na história pregressa.
Esses pacientes geralmente apresentam-se com espasmo da musculatura paravertebral lombar, com dor
desencadeada por palpação ou percussão dessa massa muscular. Podem também mostrar posição antálgica
com desalinhamento do tronco, geralmente em flexão.
Deve-se sempre realizar exame neurológico de todo paciente com suspeita de hérnia de disco. Examina-se a
sensibilidade tátil dos dermátomos de L1 a S1. As raízes lombares superiores apresentam intensa sobreposição
de fibras, dificultando a detecção de déficits que as envolve. Além disso, os níveis mais frequentemente afetados
são L4, L5 e S1. L4 é testada na face medial do tornozelo, L5 no dorso do pé (sobretudo entre 1º e 2º dedos) e
S1 na face lateral da planta do pé.
A força motora deve ser avaliada e graduada entre 0 e 5 nos miótomos de L1 a S1. L1 e L2 são avaliados pela
flexão do quadril, L3 pela extensão do joelho, L4 pela dorsiflexão do pé (tibial anterior), L5 pelos extensores dos
dedos (sobretudo hálux) e S1 pela flexão plantar do pé.
Os reflexos tendíneos patelar (relacionado a L4) e aquileu (S1) também devem ser avaliados bilateralmente para
detecção de eventuais assimetrias.
É fundamental testar o sinal de Lasègue para detectar radiculopatia ciática, com acometimento das raízes L4, L5
e S1. Com o paciente deitado em decúbito dorsal, seu membro inferior é elevado com o joelho estendido. O teste
é considerado positivo quando há dor radicular com elevação entre 15 e 70°. Presença do sinal de Lasègue é
indicativa de compressão radicular em 90% dos casos, sendo ainda mais específico quando presente no membro
contralateral.
Pacientes que se apresentam com dor incapacitante lombar ou nos membros inferiores, parestesia nos glúteos,
períneo ou dorso de coxas e pernas, déficit motor nos membros inferiores ou alteração de esfíncter vesical ou
intestinal devem ser suspeitos da presença de síndrome da cauda equina em virtude de hérnia discal lombar
volumosa. Esses casos são considerados urgências e devem ser encaminhados para tratamento especializado
precocemente. Somente a descompressão neural precoce pode impedir déficit neurológico permanente.