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INTRODUÇÃO

Quando ouvimos em falar em radiologia, muita gente a associa aos exames de raio X.
Essa é uma relação óbvia, mas limitada. Conforme entendemos o que é radiologia,
percebemos a sua real abrangência e importância. Hoje em dia, há diversos aparelhos e
métodos diagnósticos disponíveis para unidades de saúde.

A realidade atual é fruto de avanços consistentes na história da radiologia médica, mais


recentemente, com novas possibilidades criadas a partir da sua combinação com
tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Radiologia é uma especialidade que usa diferentes tipos de radiação com fins


diagnósticos e terapêuticos.
Além da aplicação na medicina, a radiologia é usada em vários outros segmentos, como
odontológico, veterinário, metalúrgico, ambiental e até para esterilização.

Impulsionada por descobertas e investimentos em saúde, é uma das especialidades


médicas que mais evolui, exigindo constante atualização dos profissionais que decidem
por fazer carreira na área.

Tudo começa no ano de 1895, quando o físico alemão Wilhelm Conrad


Rontgen descobriu o raios-X e compartilhou suas observações no artigo “Sobre uma
nova espécie de Raios”.
Em 22 de dezembro daquele ano, Roentgen comprovou que era possível usar os novos
raios para tirar fotografias de partes internas do corpo. Ele realizou a primeira
radiografia, mostrando a mão esquerda de sua esposa, Anna Bertha Roentgen.

Após o procedimento, que durou cerca de 15 minutos, o físico revelou o filme


radiológico e pôde ver os ossos e partes moles da mão de sua mulher.A descoberta
rendeu a Roentgen o Prêmio Nobel de Física em 1901.

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COLUNA LOMBAR
O termo “coluna lombar” refere-se à parte inferior das costas, onde a coluna se curva
para o abdômen. Começa cerca de cinco ou seis centímetros abaixo das omoplatas, se
conecta com a coluna torácica no topo e se estende até a coluna sacral.
Ela inclui as cinco vértebras lombares (chamadas de L1 até L5), que suportam a maior
parte do peso da parte superior do corpo. Os espaços entre as vértebras são mantidos
pelos conhecidos discos intervertebrais.
Estes discos atuam como amortecedores ao longo da coluna vertebral para proteger os
ossos à medida que o corpo se move. Há nessa região também ligamentos que mantêm
as vértebras no lugar, além de tendões que conectam os músculos à coluna vertebral.
Existem 31 pares de nervos enraizados na medula espinhal, que controlam os
movimentos do corpo e transmitem sinais do corpo para o cérebro.
A palavra “lombar” deriva da palavra latina “lumbus”, que significa lombo. E a coluna
lombar leva esse nome, pois é uma parte de nosso corpo que suporta e demanda energia
e flexibilidade, como os movimentos de levantamento, torção e flexão.

PATOLOGIAS
LOMBALGIA OU DOR LOMBAR
Este termo refere-se à presença de dor na região da coluna lombar, geralmente entre as
últimas costelas e acima dos glúteos. A lombalgia, com frequência, acompanha-se de
dor que irradia para os membros inferiores. É, portanto, um sintoma e não uma doença,
o que significa que pode manifestar a presença de diversos quadros clínicos.
Quase todas as pessoas sofrem de dores lombares em algum momento das suas vidas.
Essa dor pode ser ligeira ou intensa e pode ter uma duração variável. Trata-se de um
sintoma bastante comum e incapacitante, estimando-se que afete, pelo menos uma vez,
65% a 80% da população. A lombalgia é, ainda, uma das causas mais frequentes de
reforma por invalidez, o que traduz bem o seu impacto pessoal e profissional.

Pode ser classificada


em aguda (apresenta início súbito e duração inferior a seis semanas), subaguda (entre
seis e 12 semanas) ou crónica (superior a 12 semanas). Esta classificação é importante

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pelo diferente impacto que tem no paciente afetado, mas também pelas diferentes causas
e tratamentos destes diferentes tipos de lombalgia. Na maioria dos casos, tem uma
origem mecânica, mas, noutros é de natureza psicológica (psicogénica), sendo estes
mais difíceis de diagnosticar.
A anatomia da coluna é complexa e engloba as vértebras, os discos intervertebrais e
todo um conjunto de estruturas musculares, ligamentos e nervos. Existem diversas
regiões na coluna: cervical, torácica, lombar e região sagrada. Nesta última região, as
vértebras estão fundidas umas nas outras. A região lombar compreende cinco vértebras.
Sempre que caminhamos ou corremos, os discos absorvem os impactos e impedem que
as vértebras colidam umas contra as outras. Eles contribuem para os movimentos da
coluna e facilitam a sua flexão e torção. Cada disco é composto de um anel fibroso e de
um núcleo gelatinoso que permite a absorção dos impactos.

TIPOS DE DOR LOMBAR


Lombalgia inespecífica
É aquela em que o sintoma aparece sem a presença de nenhuma condição patológica,
não sendo identificada lesão anatômica, compressão neural ou deformidade. Outros
fatores além da anatomia patológica do segmento lombar podem estar relacionados na
origem da dor.
Ela é chamada de inespecífica, pois geralmente nenhum problema ou doença específica
pode ser identificado como a causa da dor lombar. 

A Lombalgia 'Inespecífica'

Lombociatalgia
É a dor que inicia na região lombar e que acompanha o trajeto do nervo ciático.
Muitas vezes é acompanhada de formigamento, choques e até perda de força na

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perna ou no pé. O nervo ciático se origina de raízes nervosas no final da coluna lombar
e trafega pela região glútea posterior, coxa, até chegar na perna e no pé,
O paciente pode sentir dor ao longo do trajeto do nervo ciático, que começa na região
lombar e vai até o pé. Portanto a dor lombar, pode estar associada com um nervo (raiz
nervosa) que está irritado, inflamado ou comprimido nessa região lombar e que pode
irradiar para outros membros. Cerca de 80% dos casos de lombociatalgia são devido a
uma hérnia de disco,

Lombociatalgia - Nervo Ciático

Síndrome da cauda equina


A síndrome da cauda equina ocorre quando as raízes nervosas na extremidade caudal da
medula são comprimidas ou danificadas, interrompendo as vias motoras e sensoriais dos
membros inferiores e da bexiga.

Síndrome da Cauda Equina

Esta condição pode causar dor lombar e problemas na função do intestino e bexiga


(incontinência), dormência na área do períneo e fraqueza em uma ou ambas as
pernas.Essa síndrome precisa de tratamento urgente para evitar que os nervos da bexiga
e intestino fiquem permanentemente lesionados.

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OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA DOR LOMBAR
Dependendo do tipo de dor lombar, aguda ou crônica, os sintomas podem ser vários.
Eles irão variar de acordo com o estilo de vida do paciente e de outros problemas
clínicos que podem estar causando estes sintomas.
Mas os sintomas mais comuns são:
 Dor que se agrava com o movimento, tosse, espirros, ou ao ficar de pé e a partir
de uma posição sentada ou deitada;
 Espasmos musculares na região lombar;
 Rigidez pela manhã que melhora com a atividade durante o dia;
 Dor crônica que persiste durante mais de três meses;
 Incapacidade de ficar de pé ou de se movimentar livremente (coluna “travada”);
 Irradiação da dor para as pernas (ciatalgia);
 Dor intensa, incapacitante ou persistent

CLASSIFICAÇÃO DA DOR LOMBAR

 Dor lombar aguda: Possui duração de seis semanas e, geralmente, aparece após


estresse psicológicos ou movimentos inadequados.
 Dor lombar subaguda: Possui duração de até doze semanas.
 Dor lombar  crônica: Possui duração de mais de doze semanas, caracterizando por
ser uma dor ainda mais intensa
 Dor lombar referida: Dor intensa irradiando para outros pontos do corpo.

CAUSAS DE DOR LOMBAR


A maioria das dores nas costas é causada por distúrbios na coluna vertebral e nas
articulações, músculos, ligamentos e raízes nervosas ao redor dela ou nos discos entre as
vértebras. Com frequência, não há uma única causa específica que possa ser
identificada. Qualquer distúrbio doloroso na coluna vertebral pode causar o reflexo de
contração (espasmo) dos músculos em torno da coluna vertebral. Este espasmo pode
piorar a dor existente. O estresse pode piorar a dor na região lombar, mas como isso
acontece é incerto.
Ocasionalmente, a dor nas costas é devido a distúrbios fora da coluna, como câncer,
distúrbios ginecológicos (por exemplo, síndrome pré-menstrual), distúrbios renais (por
exemplo, cálculos renais) e urinários (por exemplo, infecções nos
rins, bexiga e glândula prostática) e do trato digestivo (por exemplo, diverticulite), além
de distúrbios em grandes artérias próximas da coluna.
Causas comuns
Outras causas comuns de dor lombar incluem
 Lesões em músculos e ligamentos

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 Osteoartrite
 Fraturas por compressão vertebral
 Um disco rompido ou herniado
 Estenose lombar da coluna vertebral
 Espondilolistese
 Fibromialgia
Lesões podem ocorrer durante as atividades de rotina (por exemplo, levantamento
de peso, exercícios, movimentar-se de forma inesperada) ou podem resultar de trauma
como uma queda ou acidente de carro. Frequentemente, nenhuma estrutura específica
lesionada é identificada nos exames de imagem, mas os médicos pressupõem que alguns
músculos e/ou ligamentos foram afetados.
Osteoartrite (artrite degenerativa) faz com que a cartilagem entre as facetas
articulares se desgaste, levando à formação de esporões (osteófitos) nos ossos. A doença
ocorre em parte devido ao desgaste dos anos de uso. Pessoas que tensionam
repetidamente uma articulação ou grupo de articulações estão mais propensas a
desenvolver osteoartrite nessa área. Os discos entre as vértebras se deterioram, e os
espaços entre as vértebras se estreitam, aumentando a pressão sobre as facetas
articulares, que inflamam (artrite) e formam esporões nos ossos nas aberturas para as
raízes nervosas. Com a degeneração grave e perda da altura do disco, osteófitos na
abertura podem comprimir as raízes do nervo espinhal. Todas estas mudanças podem
originar a dor na região lombar, bem como a rigidez.

Fraturas vertebrais por compressão (esmagamento) (fraturas vertebrais) se


desenvolvem comumente quando a densidade óssea diminui devido à osteoporose, que
geralmente se desenvolve conforme as pessoas envelhecem. As vértebras são
especialmente suscetíveis aos efeitos da osteoporose. Fraturas vertebrais por
compressão (que, às vezes, causam dor repentina e intensa nas costas) podem ser
acompanhadas de compressão das raízes nervosas espinhais (que podem causar dor
crônica nas costas). Porém, a maioria das fraturas originadas por osteoporose ocorre na
região superior e média das costas, e causam dor nestas regiões, ao invés da região
lombar.
Um disco rompido ou herniado pode causar dor lombar. O disco possui uma
camada externa resistente e um interior macio e gelatinoso. Se um disco é repetidamente
sobrecarregado pela vértebra acima e abaixo dele (como quando a pessoa se inclina para
frente, particularmente ao levantar um objeto pesado), a camada externa pode se
dilacerar (romper), causando dor. O interior do disco pode ser espremido através da
laceração, de modo que a parte do interior crie uma protuberância para fora (hérnia).
Esta protuberância pode comprimir, irritar e, até mesmo, lesionar uma raiz nervosa
espinhal próxima a ela, causando ainda mais dor e sintomas que são sentidos em uma ou
ambas as pernas. Um disco rompido ou herniado na coluna lombar que afete os nervos
comumente causa ciática. No entanto, estudos de imagem, como ressonância magnética
(RM), frequentemente mostram os discos protuberantes em pessoas sem sintomas ou
problemas.
A estenose lombar da coluna vertebral é o estreitamento do canal medular,
que percorre o centro da coluna vertebral e contém a medula espinhal e o feixe de
nervos que se estende para baixo a partir da extremidade inferior da medula espinhal na

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região lombar. É a causa comum da dor na região lombar em idosos. A estenose da
coluna vertebral também se desenvolve em pessoas de meia-idade, que nasceram com
um canal medular estreito. A estenose da coluna vertebral é causada por diversas
doenças, como osteoartrite, espondilolistese, espondilite anquilosante e doença de Paget
do osso.
A estenose da coluna vertebral pode causar ciática, bem como dor lombar.
Espondilolistese é o deslocamento parcial de uma vértebra na região lombar.
Um tipo geralmente ocorre durante a adolescência ou juventude (comum em atletas) e é
causado por uma lesão que fratura uma parte da vértebra. Se os dois lados da vértebra
estiverem envolvidos, a vértebra pode então deslizar para a frente sobre a vértebra
abaixo dela. Espondilolistese também pode ocorrer em adultos mais velhos, mas,
principalmente, como resultado de uma doença degenerativa. Adultos que desenvolvem
espondilolistese correm o risco de desenvolver estenose lombar da coluna vertebral.
Fibromialgia é uma causa comum de dor que afeta muitas partes do corpo, às
vezes incluindo a região lombar. Esta doença causa a dor crônica e generalizada (difusa)
nos músculos e em outros tecidos moles em áreas distintas da região lombar.
Fibromialgia também é caracterizada por sono de qualidade ruim e fadiga.
Causas menos comuns
Causas menos comuns de dor na região lombar incluem
 Infecções da coluna vertebral
 Tumores da coluna vertebral
 Uma protuberância (aneurisma) na artéria maior do abdômen (aneurisma da
aorta abdominal)
 Alguns distúrbios digestivos, como diverticulite
 Alguns distúrbios do trato urinário, como infecções renais, cálculos renais e
infecções na próstata
 Alguns distúrbios envolvendo a pelve, como gravidez ectópica, doença
inflamatória pélvica e câncer dos ovários ou outros órgãos reprodutivos
 Herpes zóster (antes e depois de a erupção ser visível)
 Doença de Paget do osso
 Vários tipos de artrite inflamatória, como espondilite anquilosante
 Doenças inflamatórias ou infiltrativas no espaço atrás da cavidade abdominal
(retroperitônio), como cicatrizes, sangramento, linfonodos aumentados
e doenças relacionadas à imunoglobulina G4 (IgG4-RD)
 Distúrbios musculares inflamatórios, como polimiosite e outras miopatias
inflamatórias e polimialgia reumática

POSICIONAMENTO
Coluna Lombar - Ap
Paciente
Paciente em decúbito dorsal / ortostático, PMS sobre a LCM/LCE, braços estendidos ao
longo do corpo, quando em decúbito, MMII fletidos.

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Chassis / Filme
30X40  panorâmico na longitudinal ou 24×30 na longitudinal panorâmico.

Raio central
Orientado nas cristas ilíacas (para chassi 30×40) ou orientado 5 cm acima da crista (para
chassi 24×30).
DFF

1,00 m – com bucky.

Técnicas e Posicionamento Radiográfico.

Observação: Em apnéia expiratória. Este exame poderá ser realizado tanto em decúbito


quanto em ortostático, o que vai determinar como realizar são as indicações clínicas e as
condições do paciente. 

Coluna Lombar - Perfil


Paciente
Em decúbito lateral / ortostático, PMS paralelo à LCE/LCM, posicionar de modo que a
coluna lombar fique sobre a LCM, quando em decúbito fletir os MMII.

Chassis / Filme
30X40  panorâmico na longitudinal ou 24×30 na longitudinal panorâmico.

Raio central
⊥ orientado nas cristas ilíacas (para chassi 30×40) ou orientado 5 cm acima da crista
(para chassi 24×30).

DFF
1,00 m – com bucky

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Prático de Técnicas e Posicionamento Radiográfico
Observação: Em apnéia expiratória. Este exame poderá ser realizado tanto em decúbito
quanto em ortostático, o que vai determinar como realizar são as indicações clínicas e as
condições do paciente. 
Coluna Lombar - Oblíqua Direita E Esquerda
Paciente
Em DD, PMS angulado a 45º com o plano da mesa, elevar o braço mais próximo da
mesa e apoiar sob a cabeça, o mais distante elevado podendo o paciente segurar a
extremidade da mesa. Os membros inferiores deverão estar formando um (4).

Chassis / Filme
30X40  panorâmico na longitudinal ou 24×30 na longitudinal panorâmico.

Raio central
⊥ na horizontal / vertical, orientado para o centro da coluna lombar.

DFF
1,00 m – com bucky.

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Técnicas e Posicionamento Radiográfico.

Observação: Em apnéia expiratória. Deve-se realizar duas oblíquas uma direita e outra


esquerda, obedecendo os mesmos dados de posicionamento. Este exame poderá ser
realizado em decúbito dorsal, ventral ou em ortostático, o que vai determinar como
realizar são as indicações clínicas as condições do paciente.     

Coluna lombar - perfil em extensão máxima

Paciente
Em decúbito lateral / ortostático, PMS paralelo à LCE/LCM, posicionar de modo que a
coluna lombar fique sobre esta linha, fazer a extensão ao máximo do paciente forçando
ombros e quadris para trás, os membros superiores na cabeça ou para atrás.

Chassis / filme
30x40 longitudinal panorâmico

Raio central
⊥ orientado para o centro da coluna lombar.

DFF
1,00 m – com bucky.

Técnicas e Posicionamento Radiográfico

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Coluna Lombar - Perfil Em Flexão Máxima

Paciente
Em decúbito lateral / ortostático, PMS paralelo à LCE/LCM, posicionar de modo que a
coluna lombar fique sobre esta linha e em posição fetal.

Chassis / Filme
30X40 longitudinal, em relação a estrutura, panorâmico

Raio central
⊥ orientado para o centro da coluna lombar.

DFF
1,00 m – com bucky.

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Técnicas e Posicionamento Radiográfico

Observação: Em apnéia expiratória. Este exame poderá ser realizado tanto em decúbito


quanto em ortostático, o que vai determinar como realizar são as indicações clínicas e as
condições do paciente. 
Coluna - Ap / Transição L5 - S1
Paciente
Em decúbito dorsal, PMS sobre a LCM, braços estendidos ao longo do corpo.

Chassis / Filme
18×24 na longitudinal ou 24X30  transversalmente, posicionado em relação ao R.C.

Raio central
Com um ângulo de 30º a 35° no sentido cranial, orientado ao nível das EIAS.

DFF
1,00 m – com bucky.

Técnicas e Posicionamento Radiográfico


Coluna Lombar - Perfil / Transiçâo L5 - S1

Paciente
Em decúbito lateral, PMS paralelo à LCM, posicionar de modo que a transição lombo
sacra fique sobre a LCM, o membro superior mais próximo do filme sob a cabeça e
outro poderá o paciente segurar a extremidade superior da mesa, pernas fletidas.

Chassis / Filme
18×24 na longitudinal ou 24X30 transversalmente, posicionado em relação ao R.C.

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Raio central
⊥ na vertical, orientado para um ponto abaixo das cristas ilíacas que corresponda à
transição lombo sacra.

DFF

1,00 m – com bucky.

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Observação: Em apnéia expiratória. Quando no paciente for observada diferença de
espessura entre os ombros e quadril deve-se usar um suporte (material
radiotransparente) nesta região a fim compensar tais diferenças. O RC poderá sofrer
uma inclinação no sentido caudal a fim de melhor visualização dos espaços
intervertebrais, variando de 5 a 10°. Incidência realizada com cilindro de extensão ou
colimação adequada.Uma radiografia na posição ortostático poderá ser realizada a
critério médico. 

AREAS DA IMAGINOLOGIA

Imaginologia (Imagiologia) médica é onde seu conhecimento de anatomia humana se


encontra com a prática clínica. Ela reúne vários métodos não invasivos de visualização
das estruturas corporais internas. As modalidades de imagem mais frequentemente
utilizadas são a radiografia (Raios X), tomografia computadorizada (TC) e ressonância
magnética (RM). O Raio X e a TC requerem o uso de radiação ionizante, enquanto a RM
utiliza um campo magnético para detectar prótons do corpo. A RM é o método mais
seguro dentre os três, mas cada técnica tem seus benefícios. O método ideal vai depender
das estruturas que queremos examinar.

Radiografia É uma técnica imaginológica (imagiológica) que usa pulsos


(Raios x) de ondas eletromagnéticas (Raios x) para produzir
radiografias que representam os tecidos em duas
dimensões, baseado em suas densidades. 
Ela é comumente usada para avaliar a anatomia do tórax,
abdômen e esqueleto. 

Tomografia É uma técnica imaginológica (imagiológica) que utiliza


computadorizada pulsos de Raios X para produzir imagens que retratam os
(TC) tecidos em duas e três dimensões, baseado em suas
densidades.
É bastante utilizada para o estudo do sistema
musculoesquelético, parênquima de órgãos sólidos e
distribuição de fluidos corporais.

Ressonância É uma técnica que utiliza ondas de rádio e campos


magnética magnéticos para produzir imagens baseadas nos níveis
(RM) teciduais de prótons (hidrogênio).
É comumente utilizada para examinar os tecidos moles e
nervosos.

Ultrassonografia É um método de imagem que utiliza ondas acústicas de alta


(US) frequência para representar os tecidos, baseado em suas
densidades.
Possui ampla gama de indicações (ex: US Doppler, US da
mama, US obstétrica).

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Medicina nuclear É um espectro de métodos de imagem utilizados para
examinar a função de partes específicas do corpo,
utilizando radiação gama emitida por radiofármacos

MÉTODOS COMUNS DE IMAGENS MÉDICAS


Raios X

A radiografia é o método de imagem que utiliza Raios X ou ondas eletromagnéticas.


Essas ondas passam através do corpo da pessoa, sendo alguns raios absorvidos
pelos tecidos e outros não. Estes últimos alcançam o filme radiográfico que está logo atrás
do corpo. Isto cria uma imagem bidimensional (plana), chamada de radiografia. Tecidos
densos (como os ossos) vão absorver a maioria dos raios e aparecem nas radiografias
como brancos, enquanto o ar não bloqueia nenhum raio e aparece preto. Outros tecidos
estão dentro dessa escala de cinza. 

Essas regras se traduzem numa linguagem radiográfica básica:

 Densidade ou opacidade se refere às áreas claras (brancas) da imagem. Exemplo:


osso úmero 
 Lucência se refere a áreas escuras (pretas) da imagem. Exemplo: ar nos pulmões. 
O Raio X continua sendo uma modalidade de imagem médica amplamente utilizada, já
que apresenta resolução espacial e permite a visualização de estruturas que são difíceis de
serem percebidas em cortes axiais (secções transversais). A radiografia é utilizada
principalmente nos Raios x de tórax, de abdômen e dos ossos.

TC

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A tomografia computadorizada (TC), antigamente chamada de tomografia axial
computadorizada, é outro método de imagem não invasivo. A TC também utiliza Raios x,
mas a máquina é mais avançada. Ela roda ao redor de uma pessoa estacionária e cria
múltiplas imagens de cortes transversais, que depois podem ser transformados em uma
imagem em 3D. Como a TC utiliza Raios x, as imagens também dependem da densidade
dos tecidos. A densidade é expressa em unidades de Hounsfield (HU), que vão de +1000
para os ossos (claros), passando em 0 para a água (cinza) e chegando até -1000 para o ar
(escuro). Cada tecido do corpo tem sua densidade normal, que os radiologistas conhecem.
Se a densidade está alterada, expressamos isto usando a terminologia da
TC: hiperdenso, hipodenso ou isodenso, quando comparado a alguma outra estrutura.

A vantagem da TC em relação ao raio X é a sua capacidade de visualização


tridimensional do corpo, fornecendo uma representação mais precisa da área de interesse.
Existem várias técnicas de TC, como a TC de fatia única (single slice), a TC helicoidal
(espiral) e a TC de múltiplas fatias (multi slice). Essas técnicas oferecem variações nas
espessuras dos cortes e nas doses de radiação utilizadas para criar a imagem. As máquinas
de TC também podem mudar da “janela óssea” para a “janela de tecidos moles”,
dependendo de qual estrutura queremos observar. Além disso, as imagens de TC podem
ser feitas com contraste radiológico para ajudar na visualização de determinadas
estruturas.

É importante saber como se orientar nas imagens de TC. Para imagens axiais, imagine


que você está olhando para a pessoa a partir de seus pés (vendo o corte da TC de baixo
para cima), enquanto cada um de vocês está olhando para direções opostas. Então você
pode se orientar utilizando a abreviação DAEP para as posições de 9,12,3 e 6 horas de
um relógio.   

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 9 - direita 
 12 - anterior 
 3 - esquerda
 6 - posterior 

RM

 RM é uma modalidade imaginológica (imagiológica) que, além da anatomia, pode


mostrar alguns processos fisiológicos do corpo (RM funcional). Ela usa campos
magnéticos e pulsos de radiofrequência para excitar prótons (íons hidrogênio)  do nosso
corpo. Os íons de hidrogênio excitados emitem sinais captados pelo scanner da RM que,
baseado na intensidade do sinal, cria uma imagem em escala de cinza. Uma vez que
somos feitos principalmente de gordura e de água, tem muito hidrogênio para se
detectar!

A densidade desses prótons nos nossos tecidos está relacionada à magnitude do sinal, ou
seja densidade aumentada significa sinal aumentado. Grande intensidade de sinal é
representada em branco, moderada densidade de sinal, em cinza e baixa intensidade de
sinal, em preto. Quando uma estrutura é mais clara do que deveria ser dizemos que ela
é hiperintensa. Se ela for mais escura, então é hipointensa. A densidade de prótons está
aumentada em alguns tipos de lesões, como edema, infecção, inflamação,
desmielinização, hemorragia, alguns tumores e cistos. Em outros tipos, ela está
reduzida, como no tecido cicatricial, calcificação, alguns tumores, formação de
membranas e cápsulas. Nota importante para os iniciantes: usa-se a
palavra densidade para TCs e intensidade para RM.

A RM não utiliza radiação, pode ser feita com contraste e qualquer plano do corpo pode
ser analisado. Apesar de parecer o método de imagem perfeito, tem algumas
desvantagens. A RM demora mais que a TC e pode ser desconfortável para algumas
pessoas, já que a máquina é muito barulhenta e requer que a pessoa fique dentro de um
tubo estreito (problemático para pessoas com claustrofobia). Além disso, a RM é

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absolutamente contraindicada em pacientes com implantes de metal, devido à
intensidade do campo magnético criado. Com todas as suas propriedades, salvo
contraindicações, a RM é a melhor técnica de imagem para tecidos moles.  

A RM oferece várias modalidades dentre as quais os radiologistas podem escolher,


dependendo de qual estrutura eles querem focar. Os métodos básicos de RM são: 

 T1 - a imagem pesada em T1 mostra melhor estruturas compostas principalmente


por gordura (fluidos são escuros / pretos, gordura é clara / branca). .
 T2 - a imagem pesada em T2 apresenta estruturas feitas tanto de água quanto de
gordura (gordura e fluidos são claros). 
 PD (densidade de prótons) - Densidade de prótons para o exame de músculos e
ossos. 
 FLAIR (inversão recuperação) - Inversão recuperação com atenuação líquida mostra
melhor o cérebro. É útil para identificar doenças do sistema nervoso central, como
insultos cerebrovasculares, esclerose múltipla e meningite. 
 DWI (difusão) - a imagem pesada em difusão detecta a distribuição de fluidos (extra
e intracelular) dentro dos tecidos. Como o balanço entre os fluidos compartimentais
está alterado em algumas condições (infartos, tumores), DWI é útil para o estudo
estrutural e funcional dos tecidos moles.
 Flow sensitive (sequências sensíveis ao fluxo) - Examina o fluxo dos fluidos
corporais, mas sem usar contraste. Este método nos indica se tudo está bem com o
fluxo do líquido cerebroespinhal e com o fluxo sanguíneo nos vasos. 
A RM é principalmente utilizada para o estudo dos sistemas musculoesquelético,
gastrointestinal, cardiovascular e para neuroimagem.

Ecografia / Ultrassonografia 

A ultrassonografia utiliza ondas sonoras de alta frequência emitidas por um transdutor


através da pele de uma pessoa. O eco do som no contorno das estruturas internas do
corpo retorna ao transdutor, que o traduz em uma imagem pixelada no monitor
conectado. A densidade dos tecidos define o quão ecogênicos eles são, ou seja a
quantidade de som que eles vão ressonar de volta (eco) ou que vai passar através deles.

Tecidos muito sólidos (ossos) são hiperecóicos e são mostrados em branco, tecidos


moles são ditos hipoecóicos e são mostrados em cinza e fluidos são anecóicos e são
mostrados em preto. O ultrassom mostra o processo em tempo real e é por isso que ele é
útil no acesso imediato de determinadas estruturas. Ele tem várias aplicações, como o
acompanhamento do progresso da gestação (ultrassom obstétrico), rastreio de patologias
(ex: câncer de mama) e exame do conteúdo de órgãos ocos (ex: vesícula biliar). A
ultrassonografia ajustada para examinar o fluxo sanguíneo nas artérias e veias é
chamada de ultrassom com Doppler, sendo a ultrassonografia transcraniana e carotídea
bons exemplos. A primeira examina o fluxo sanguíneo cerebral e a última examina o
fluxo nas artérias carótidas.

Imagens da medicina nuclear

As imagens da medicina nuclear são utilizadas para visualizar a função, mais do que as


estruturas ou partes do corpo propriamente ditas. Um radiofármaco é administrado ao
paciente (intravenoso) e imagens da passagem, acúmulo e excreção deste produto são

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criadas. Isso nos dá informações sobre as funções dos órgãos em questão. Uma técnica de
medicina nuclear bastante comum é a tomografia de emissão de pósitrons (PET scan). O
PET pode ser usado para o exame funcional de praticamente qualquer sistema corporal
- esquelético, cardiovascular, nervoso, endócrino. Vamos apresentar dois exames comuns
como exemplos:

 PET do cérebro - administração de ¹⁸FDG (fluordesoxiglicose radioativo) que usa


análogo de glicose e o distribui através do cérebro para avaliar sua atividade. É útil
para detectar zonas de hipo ou hiperatividade do córtex cerebral e, sendo assim, para o
diagnóstico de condições como a epilepsia, demência, Alzheimer e doença de
Parkinson.  
 Perfusão miocárdica - administração de ⁸²Rb (rubídio radioativo) para a detecção do
infarto miocárdico ou doença isquêmica coronariana.

CONCLUSÃO

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Após estudos feitos conclui que a coluna lombar é região que suporta a maior carga. A
região lombar está relacionada com a postura adequada de um indivíduo. A dor lombar,
também conhecida como lombalgia, é uma dor sentida na parte inferior da coluna, local
formado por ossos que ligam tórax, cintura e pernas, ou seja, é a estrutura que permite
boa parte da movimentação inferior do corpo. 

Os sintomas da dor lombar além da própria dor localizada, que é onde fica a lombar,
há alguns outros sintomas da lombalgia, dentre eles: Agravamento da dor em
movimentos como sentar, levantar e inclinar; Irradiação da dor localizada para outras
partes inferiores do corpo, como pernas, joelhos e glúteos.

REFERÊNCIA

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https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/imaginologia-e-anatomia-
radiologica
https://vertebrata.com.br/blog/anatomia-da-coluna-regiao-lombar/
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-
articulares-e-musculares/dor-lombar-e-no-pesco%C3%A7o/dor-lombar
https://www.drlucianopellegrino.com.br/coluna/dor-coluna-lombar/
https://anatomia-papel-e-caneta.com/posicionamento-radiologico-coluna-
vertebral-lombar/

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