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LOMBALGIA

SEMINÁRIO DE ORTOPEDIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO
DEFINIÇÃO / ETIOLOGIA

• A lombalgia é uma disfunção que é caracterizada por um quadro doloroso na


região inferior da coluna vertebral e pode ter origem traumática ou mecânica,
como distensão muscular, pontos-gatilho miofasciais, alterações nas articulações
ou discos intervertebrais, além de disfunção das articulações sacroilíacas
(HOOKER; PRENTICE, 2002).
• Doença multifatorial
EPIDEMIOLOGIA

• Cerca de 80% da população já teve pelo menos um episódio de dor na região


lombar, sendo essa uma das principais causas de incapacidade em indivíduos
com idade menor que 45 anos (ANDRADE et al, 2005; MANN et al, 2009;
OCARIANO et al, 2009).
Outras formas comuns da lombalgia:
• Lombociatalgia
• Lombalgia Gestacional
Classificação segundo sintomas:
• Lombalgia Ocupacional
• Agudo – até 3 semanas
• Lombalgia crônica
• Subagudo – de 4 a 12 semanas
• Crônico – acima de 12 semanas
COLUNA LOMBAR
• Características:
• Parte integrante da coluna vertebral, portanto detém funções de suporte,
movimentação e proteção;
• Abriga a cauda equina;
• Sustentação a parte superior do corpo, e ligação com a parte inferior;
• Transmite peso para pelve e MMII
• Curvatura lordótica fisiológica
COLUNA LOMBAR

• Possui corpos pesados e processos espinhosos


espessos
• Principais ligamentos: lig. longitudinal anterior,
lig, longitudinal posterior, lig. amarelo.
Pequenos lig. (interespinhoso e supraespinhoso)
COLUNA LOMBAR

• Inervação: Plexo lombar


 Nervo Ciático
 Nervo Tibial
COLUNA LOMBAR
Biomecânica
• Disco Intervertebral
• Movimentos fisiológicos
• Flexão: aproximadamente 12º na parte superior, aumentando 1 a 2º por
segmento, ate alcançar o máximo de 25-25º em L5/S1(DUTTON, 2010).
• O desenho da lombar é facilitado para flexão (limitada pelo DIV, lig. e
músculos)
BIOMECANICA
COLUNA LOMBAR

• Movimentos de anteversão e
retroversão pélvica
COLUNA LOMBAR
Músculos:
• Sistema Global – músculos cuja origens estão na pelve e inserções na caixa torácica: reto
do abdome, oblíquos, fibras laterais do quadrado lombar, parte torácica do iliocostal.
• Sistema muscular local: músculos cujas origens estão nas vértebras lombares ou pelve,
fornecem estabilidade segmentar: porção lombar do iliocostal e longuíssimo do tórax,
fibras medias do quadrado lombar, diafragma, multifido lombar, transverso do abdome.
• Psoas, Fáscia toracolombar (resistência e suporte em flexão completa de tronco)
(DUTTON, 2010).
COLUNA LOMBAR
PRINCIPAIS CAUSAS

• A incapacidade de se estabelecer um diagnóstico definitivo contribui para vários


sistemas de tratamento, suportados por evidencias de sucesso.
• Independente da abordagem terapêutica, na literatura constam diversas
referências sobre a necessidade da correção postural
• O desequilíbrio pode começar por uma distensão funcional ou mecânica, como
por exemplo a fraqueza dos músculos abdominais (KENDALL, 2007).
DISTENSÕES:
• LOMBOSACRA
Compressão indevida sobre estruturas ósseas na sustentação de peso, nas posições sentada e em pé,
tensão indevida sobre os músculos e ligamentos durante a sustentação de peso e movimento
(KENDALL, 2007).
• SACROILÍACA
ADM pequena, sendo necessário muito pouco para que se torne excessiva. Ocorre
normalmente por tensão indevida dos ligamentos - comumente o uso de cinto ou dispositivo
de suporte (KENDALL, 2007).
DISTENSÃO SACROILÍACA
PRINCIPAIS CAUSAS:
• Deslizamento facetário
• Coccialgia
• Postural (postura cifótica-lordótica, escoliótica)
• Muscular (fraqueza, espasmo, contratura, estiramento)
• Hérnia
• Trauma
• Estenose vertebral
• Degeneração articular
• Espondilolistese (graus de I-IV)
• Cauda equina (incontinência urinária e fecal, disfunção sexual, parestesia face
lateral da coxa)
AVALIAÇÃO
Verificar origem da dor:
• Mecânica: dor por atividades, alivia no repouso, desencadeia por fatores
mecânicos e/ou posturais;
• Neurológica: dor que caminha, agrava na marcha, pode estar associada a
parestesia, decorrente de hérnia discal ou compressão nervosa;
• Inflamatória: não alivia na posição deitada, acomete pessoas jovens (<40),
pós trauma.
TESTES
EXAMES DE IMAGEM
TRATAMENTO
Conservador
• Repouso
• AINH, Corticoides, Relaxante muscular, infiltrações
• Intervenção fisioterapêutica de acordo com a fase (aguda, subaguda, crônica)
• Eletroterapia

Cirúrgico somente quando apresenta síndrome da cauda equina


INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA
Envolvimento de ligamentos, articulações, tecido muscular ou tecido tendíneo.

• Fase Aguda: crio, mobilização, eletroterapia (US), acupuntura. As modalidade


térmicas somente após 48h.
• Fase Subaguda: calor, liberação miofacial, mobilizações articulares,
massagens, alongamentos, programas de reeducação postural, exercício
aeróbico. Em caso de hérnia pode usar Willians ou McKenzie
• Fase Crônica: eletroterapia (calor), programas de reeducação postural
ARTIGOS

Dois grupos
Sessão de 50min (pilates e
cinesioterapia)
Ambos TTO são efetivos
ARTIGOS
ARTIGOS
REFERÊNCIAS
GRAAF, V. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003.
KENDALL, F, P, et al. Músculos: Provas e funções. 5ª ed. São Paulo: Manole, 2007.
HAMILL, J. KNUTZEN, K. Bases biomecânicas do movimento humano. 1ª ed. São Paulo: Manole, 1999.
HEBERT, S. Ortopedia e traumatologia: Princípios de prática. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora SA, 2003.
DUTTON, M. Fisioterapia Ortopédica: Exame, avaliação e intervenção. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora SA, 2010.
RIBEIRO, I, A. et al. Effects of Pilates and classical kinesiotherapy on chronic low back pain: a case study. Fisioter
Mov. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/fm/v28n4/1980-5918-fm-28-04-00759.pdf> Acesso em maio. 2017.
FERNANDES, W, V, B. et al. Duração dos efeitos de uma manipulação vertebral sobre a intensidade da dor e atividade
eletromiográfica dos paravertebrais de indivíduos com lombalgia crônica mecânica. Fisioter Pesqui. 2016. Disponível
em: < http://www.periodicos.usp.br/fpusp/article/view/120483 > Acesso em maio. 2017.
MELO, G, G. MONTEIRO, J, M. Os efeitos da terapia manual com técnicas osteopaticas em indivíduos
portadores de lombalgia. 3 congresso internacional de ciência, tecnologia e desenvolvimento. 2014. Disponível em: <
http://www.unitau.br/files/arquivos/category_154/MPB1253_1427286044.pdf > Acesso em maio. 2017.
OBRIGADO !!!!

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