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doi: 10.1590/S0482-50042006000400009
I
Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP)
II
Disciplina de Reumatologia da UNIFESP
RADIOGRAFIA
A incidência colimada em perfil foi a mais sensível para detecção do defeito da pars
articularis em um estudo comparando incidências ântero-posterior, ântero-posterior
com angulação cranial, oblíquas, perfil e perfil colimada(3) (Figura 3).
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
A alteração do sinal da medular óssea dos pedículos pode ser visualizada em uma
proporção significativa de casos de espondilólise (cerca de 40%) (Figura 6 e 8),
sendo semelhantes às alterações descritas por Modic para as alterações
degenerativas dos planaltos vertebrais(2). O tipo mais freqüentemente encontrado é
a conversão gordurosa, caracterizada por hipersinal em T1 e T2(2) (Figura 8). Uma
área com padrão de edema na pars interarticularis com hipossinal em T1 e
hipersinal em T2, que pode indicar a presença de estresse ativo na pars e
representar um precursor do desenvolvimento de espondilólise, mesmo quando a
radiografia simples é normal(1) .
Foi proposto, também, o sinal da interposição da gordura epidural entre a dura-
máter e o processo espinhoso(5) (Figura 8), que representa um sinal qualitativo do
aumento do diâmetro ântero-posterior do canal vertebral, em casos em que a
espondilolistese não é evidente. Nos casos normais, há contato entre a dura-máter
e o processo espinhoso. A presença deste sinal foi encontrada apenas nos casos
com espondilólise ou lipomatose epidural, cujo diagnóstico pode ser feito através de
outros achados. Porém, a falta deste sinal não indica ausência de lise.
MEDICINA NUCLEAR
O SPECT é o método mais sensível para localizar remodelação óssea em uma área
de anatomia complexa e permite a diferenciação entre o acúmulo do radiotraçador
no arco neural e no corpo vertebral(1). Apresenta um papel na avaliação da
atividade fisiológica da pars em pacientes sintomáticos e podem auxiliar em
decisões terapêuticas, como, por exemplo, a necessidade de reduzir a atividade
física. Porém, também apresenta limitações, devido à baixa especificidade e visto
que estudos positivos foram relatados em sítios não-dolorosos em atletas,
sugerindo uma resposta de estresse fisiológica e adaptação(4).
CONCLUSÃO
1. Yochum TR, Rowe LJ: Essentials of Skeletal Radiolçogy, 2nd ed, University
Graphics Inc: 327-356.
2. Ulmer JL, Elster AD, Mathews VP, Allen AM: Lumbar Spondylolysis: Reactive
Marrow Changes Seen in Adjacente Pedicles on MRI Images. AJR 164: 429-433,
1995.
4. Campbell RSD, Grainger AJ, Hide IG, Papastefanou S, Greenough CG: Juvenile
Spondylolysis: a comparative analysis of CT, SPECT and MRI. Skeletal Radiology
34: 63-73, 2005.
5. Sherif H, Mahfouz AE: Epidural fat interposition between dura mater and Spinous
Process: a New Sign for the Diagnosis of Spondylolysis on MR Imaging of the
Lumbar Spine. European Radiology 14: 970-973, 2004.