Você está na página 1de 64

Anatomia e

Biomecânica
da Coluna
REVISÃO TEOT 2019
Anatomia e Biomecânica da
Coluna
Introdução
• 33 vértebras:
• 7 cervicais
• 12 torácicas
• 5 lombares
• 5 sacrais
• 4 coccígeas

• 24 segmentos móveis
• 72cm

Curvatura torácica e sacral concavidade anterior - cifose


Curvatura cervical e lombar concavidade posterior - lordose
Lordose Cevical 20-40º

Cifose toracica 35º (20-


40º)

Lordose lombar 60º


(45-70º)
75% ocorre L4/S1
sendo L5/S1 47%
desses
Vértebra
• Facetas: Articulações sinoviais com superfícies
cobertas por cartilagem articular e capsula
inervada pelos ramos mediais das raízes
posteriores que emergem da medula;
• Discos- articulações entre os corpos – em toda
coluna exceto C1-C2

• Disco – anulo com 70% de água – com a idade %


de água e proteoglicanos diminuí.
• Maior estrutura avascular do corpo
• C1 não tem corpo
• C2 tem dente
• Só C2 a C6
processos
espinhosos bífidos
• Processo uncinado
nas cervicais
• Facetas
plano
CORONAL
nas
vertebras
TORACICAS
• Facetas
costais
• Facetas
plano
SAGITAL
nas
vertebras
LOMBARES
ALINHAMENTO SAGITAL
VERTICAL (SVA)
• Balanço Sagital
Balanço
Sagital
• Balanço sagital normal é
definido por uma linha de
prumo centrada em C7 até
canto póstero-superior de
S1
• O desequilíbrio ocorre
quando a linha passa a
mais de 5cm da margem
post. de S1.

• Balanco negativo – linha passa atrás do sacro


(hiperlordose)
• Balanco positivo – passa na frente do sacro
(contratura quadril flexao)
EQUILÍBRIO
ESPINOPÉLVICO

• Incidência Pélvica (PI – Pelvic Incidence) - fixo


• Versão pélvica (PT – Pelvic Tilt) - variável
• Inclinação Sacral (SS – Sacral Slope) - variável
Incidência pélvica
• Linha tangenciando
sacro referencia (1)
• Linha do meio da linha
1 até cabeça femur
• Linha perpendicular a
linha 1
Pelvic tilt
• Linha tangenciando
sacro - referencia (1)
• Linha do meio da linha
1 até cabeça femur
• Linha paralela eixo
vertical
Slope Sacral
• Linha tangenciando
sacro
• Linha paralela eixo
horizontal
EQUILÍBRIO ESPINOPÉLVICO
• PI-Pelvic Incidence = PT-Pelvic Tilt + SS-Sacral Slope

• PT (Pelvic Tilt) aumentado é um mecanismo


compensatório para o desequilíbrio para frente do SVA
(alinhamento sagital vertical) e deve ser considerado no
procedimento cirúrgico de correção da deformidade
lombar, objetivando-se buscar uma lordose ideal, isto é,
PI = LL + ou – 9
CHEGA DESSA
MERDA!
Estabilidade
;
Colunas
Dennis

Instabilidade definida por:


• lesão na coluna média
• evidenciado pelo alargamento da distância interpedicular
• perda de altura do córtex posterior
• ruptura do complexo ligamentar posterior combinado
com o envolvimento da coluna anterior e média
• Complexo ligamentar posterior + importante
Ligamentos
• Longitudinal anterior
• Longitudinal posterior
• Amarelo (flavo)
• Interespinhoso
• Supra espinhoso
Art. Especiais
• C0-C1: não tem disco
• C1-C2: não tem disco
estabilidade depende dos lig.
• Transverso
• Cruciforme
Musculatura
• Musculatura: mantém a
postura ereta
antigravitacional

• Músculos pequenos: >


mantém vértebras unidas
– suporte e estabilização

• Movimentos: flexão,
extensão, flexão lateral,
rotação, circundação
Musculatura
• Flexor lateral puro:
• quadrado lombar
• Flexores coluna lombar:
• reto abdôme, oblíquos
int. e ext., psoas
• Flexores cervical:
• ECM, escalenos, retos.
• Extensores coluna
lombar:
• Intertransversais,
interespinhais rotadores e
multífidocervical:
semiespinhal, espinhal,
esplênio, longuissimo
Musculatura

▪ Col. Toracolombar:

▪ Psoas Iliaco
▪ Quadrado lombar
Musculatura
• Inclinação anterior:
• Eretor coluna
• Psoas maior

• Inclinação posterior:
• Retos abdominais
• Obliquo abdominal externo
• Obliquo abdominal interno
• Glúteo máximo
• Isquiotibiais

• Importantes no tto
lombalgia
Medula espinhal
• Comprimento: 45 cm
• Diâmetro:12mm
• Extensão: L1-L2 onde inicia a cauda eqüina
• Filum terminale – ligamento do final do cone
medular até S1

• Subst. cinzenta: “H” cornos ant e post. (corpo


celular do neurônio)
• Subst. branca: tratos de axônios
• SNP: nervos espinhais (31pares)
• Cervicais(8), torácicos(12), lombares(5), sacrais(5),
coccígeos(1-2)
• Rz dorsal: sensitiva (ganglio; corpo celular nervos
sentivos)/ rz ventral motora
Raízes
• De C2 a C7 – raízes saem acima do pedículo que lhes
fornece o nome (c6 saí acima do pedículo de c6, no
forame entre c5 e c6)

• C8 saí do forame entre pedículo de C7 e T1

• Abaixo de C8 raízes saem do forame abaixo do pedículo


que lhes fornece o nome (L4 saí entre pedículos L4 e L5)

• Cada nível dá ramos dorsal sensitivo e ventral motor


que se unem para formar nervo espinal misto.
• Raiz dorsal tem um gânglio logo na saída.
Pedículos
Técnicas de inserção de parafusos pediculares:
1 – linha lateral a faceta articular x linha que toca
processos tranversos
2 – localização pela pars
3 – pelo processo mamilar (só presente em T11 e T12)

C3 a C6 maior risco de lesar a. vertebral


Parafusos < 4,5mm

C2 e C7 maiores pediculos
C3 menor
Aporte sanguíneo
• Região T4 a T9 tem o pior aporte vascular e é mais
suscetível a pareplegia por isquemia

• Mais importante artéria supre medula: Adamkiewicz (11


letras) – a esquerda de T9 a T11 em 80% das pessoas

• Plexo venoso de Batson


• desde a base do crânio até o cóccix
• avalvular
• se comunica diretamente com sistema venoso da cabeça,
tórax e abdome (v. cava superior e inferior e v. azigo)
• permite metátases ou infecçao da pelve para coluna
• Internal
vertebral
(epidural)
venous plexus
(Batson’s veins)
Discos intervertebrais
• 25% da altura coluna

• Sofrem compressão e • Cisalhamento: alteram


distração nutrição disco

• Forças recebidas pelo núcleo • Histerese: Absorçao de


são transferidas para ânulo pressões axiais repetitivas.
fibroso ↓ com idade.

• Torção: mais danosas rotação • Pressão intradiscal: maior


do corpo com peso na posição sentada e tronco
fletida
• Fixado ao corpo vertebral por
cartilagem hialina, somente • Atividade muscular:
melhora nutrição do disco.
Discos intervertebrais
• Placa terminal. 1mm espessura
• Disco avascular
• Nutricao por difusao até anulo fibroso

• Anulo fibroso:
• 12 lamelas
• ↑ colageno tipo 1
• Orietacao obliqua
• ↑ força tensil; impede distraçao coluna
• ↓ Proteoglicanos (mais colágeno)

• Nucleo pulposo:
• 20 % colageno tipo 2
• 90% água
• Nutriçao por difusao
• ↑ força compressao axial
• ↑ Proteoglicanos 65% (menos colág.)
Idade
• Existe um declínio da mobilidade e amplitude com a idade.

• Disco se torna mais espesso e mais rígido em 40%

• Perde água e converte pra fibrocartilagem

• Mudança padrão fibras colágenos


• Conversão colágeno tipo 2

• ↓proteoglicanos e subsequentemente o conteúdo de água


↓ – DISCO DESIDRATADO
Frouxidão ligamentar
• A hipermobilidade pode ser herdada ou adquirida

• O tecido é mais fraco em indivíduo hipermobilidade e


eles são mais suscetíveis a lesões e instabilidade

• Os tecidos hipermóveis são menos elásticos.

• Na hipermobilidade da frouxidão as fibras anulares do


disco ficam sujeitas a maior estresse por torção na
rotação . Não contam com a proteção da tensão normal
dos tecidos
Fatores congênitos
• Sacralização, lombarização , fusão congênita
(blocos) - irão afetar a amplitude do movimento
Patologias
• Alterações degenerativas da coluna não afetam
necessariamente a amplitude do movimento.

• Contudo desalinhamento articular, contraturas,


compressões neurais podem afetar a amplitude do
movimento
Mobilidade
• A pressão intradiscal aumenta em até 80% na
flexão total
Mobilidade
• O disco resiste a rotação , as fibras de colágeno
podem suportar até 4% de alongamento.
• A insuficiência completa do disco irá ocorrer a 12
graus de rotação
• Os elementos posteriores contribuem em 65% para
resistir a torção, o disco com 35%
Coluna
cervical
• É mais móvel que outra regiões da coluna
• Facetas a 45º inclinação supero medial plano SAGITAL
• Flexão/extensão: maior em C0 e C1
• na subaxial é C5 – C6
• Rotação: maior em C1 e C2
• flexo-extensão: 130
• rotação: 80
• inclinação lateral: 45
• Níveis:
• C3 – osso hioide
• C4-C5 – cartilagem tireoide
• C6 – primeiro anel cricoide, tubérculo carotídeo
Mobilidade
• Rotação:
• Occipito/C1: 6°
• C1/C2: 43º

• Flexo extensão:
• Occipito/C1: 24º
• C1/C2:10°

• Inclinação lateral:
• Occipito/C1: 5°
• C1/C2 :5°
• C7 NÃO tem processo espinho bífiso
• Artéria vertebral NÃO passa pelo processo transverso de
C7
• A. vertebral passa pelo processo transverso de C6 a C1
Coluna torácica
• Menos móvel

• Inclinação lateral distribuída entre os segmentos

• Maior rotação axial na torácica alta

• Maior flexão/extensão na torácica baixa

• Normal: 45 flexão, 45 extensão, 45 rotação lateral para


cada lado
Coluna lombar
• Maior flexão e extensão que a torácica

• Rotação mínima = 3 a 18 graus

• A lombar possui sua maior amplitude de movimento na inclinação


para frente (flexão) = 40 a 60 graus

• Extensão = 20 a 35 graus
Inclinação lateral = 15 a 20 para cada lado

• A maior flexão intersegmentar ocorre ao nível de L4L5


• o nível L5S1 tem a maior variabilidade individual

• A flexão da lombar é uma combinação de rotação sagital anterior e


translação anterior dás vértebras
Postura
• a) aumento da lordose.

• b) retificação da lordose

• c) retificação da lordose
similar a posição
sentado
Questões
Artéria de adamkiewicz é
localizada em 80% dos
indivíduos:
• A T7 e T9 a direita
• B T7 e T9 a esquerda
• C t9 e T11 a direita
• D T9 e T11 a esquerda
Artéria de adamkiewicz é
localizada em 80% dos
indivíduos:
• A T7 e T9 a direita
• B T7 e T9 a esquerda
• C t9 e T11 a direita
• D T9 e T11 a esquerda
A pouca resistência dos discos
intervertebrais as forcas de
cisalhamento se deve a
• A ma ancoragem das fibras de colágeno nos 2/3
externos do anel fibroso
• B composição do núcleo pulposo prevalentemente
de fibras colágenas frouxas
• C composição d anel fibroso de glicosaminoglicanos
não agregados
• D falta de conexão fibrilar do colágeno ósseo
subcodral com cartilagem discal
A pouca resistência dos discos
intervertebrais as forcas de
cisalhamento se deve a
• A ma ancoragem das fibras de colágeno nos 2/3
externos do anel fibroso
• B composição do núcleo pulposo prevalentemente
de fibras colágenas frouxas
• C composição d anel fibroso de glicosaminoglicanos
não agregados
• D falta de conexão fibrilar do colágeno ósseo
subcondral com cartilagem discal
Taro 2012
• 26. O movimento de flexoextensao da coluna
cervical ocorre principalmente no segmento
occipitocervical e entre
• a) C2-C3 e C3-C4.
• b) C3-C4 e C4-C5.
• c) C4-C5 e C5-C6.
• d) C5-C6 e C6-C7.
Taro 2012
• 26. O movimento de flexoextensao da coluna
cervical ocorre principalmente no segmento
occipitocervical e entre
• a) C2-C3 e C3-C4.
• b) C3-C4 e C4-C5.
• c) C4-C5 e C5-C6.
• d) C5-C6 e C6-C7.
Teot 2012/ 2013
• 67 – A compressão da hérnia C5-C6 afetará
• A – força do extensor curto do carpo
• B – sensibilidade da face lateral do braço
• C – sensibilidade da face medial do braço
• D – força dos flexores do carpo
Teot 2012/ 2013
• 67 – A compressão da hérnia C5-C6 afetará
• A – força do extensor curto do carpo
• B – sensibilidade da face lateral do braço
• C – sensibilidade da face medial do braço
• D – força dos flexores do carpo
• C5-C6 – sai a raiz de C6

Você também pode gostar