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DISFUNÇÕES

SOMÁTICAS DO
PUNHO
DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DO PUNHO

• As disfunções somáticas osteopáticas do punho, como


passa no pé, são casos particulares em osteopatia: o
espasmo muscular e a hiperactividade gamma são
insuficientes para explicar a fixação da lesão. No punho
existe uma noção de compressão articular.
• Desta forma em casos de dor no punho primeiro
devem eliminar-se:
- Uma origem cervical ( NCB ).
- Uma origem neurovascular ( síndrome dos
desfiladeiros escápulo-torácicos).
INERVAÇÃO RADICULAR: DERMATOMAS DA
MÃO

- Uma origem troncular:


. Síndrome do pronador
redondo (mediano).
. Síndrome do canal
cárpico.
. Síndrome da goteira
epitrócleo-olecraneana.
. Síndrome do canal de
GUYON (cubital).
- Uma origem muscular.
- Uma origem inflamatória.
INERVAÇÃO TRONCOLAR DA MÃO
ESCLEROTOMAS

Face palmar. Face dorsal.


ZONAS POSSÍVEIS RESPONSÁVEIS
DE UMA DOR DA MÃO
MECANISMOS DAS LESÕES DO PUNHO

1) QUEDA SOBRE A MÃO:


• O mecanismo mais
frequente,provoca uma
extensão FORÇADA do
punho e disfunções
ANTERIORES dos ossos
do carpo.

• Traduz-se por restrições em FLEXÃO e ABDUÇÃO.


2) PRONOSUPINAÇÃO
FORÇADA:
• Abrir um grifo, abrir uma
porta são mecanismos
lesionais:

- A SUPINAÇÃO FORÇADA produz disfunções em


EXTENSÃO com restrição de FLEXÃO.
- A PRONAÇÃO FORÇADA produz disfunções em
flexão com restrição de EXTENSÃO.
3) ADUÇÃO FORÇADA:
• Carregar um peso importante
(tacho cheio de água), utilização
de um martelo pesado podem
produzir um movimento forçado
de inclinação cubital e uma
disfunção em ADUÇÃO dos ossos
do carpo, com restrição em flexão
e ABDUÇÃO do punho.
RELAÇÃO COTOBELO-PUNHO E MEMBRANA
INTERÓSSEA

Valgo. Normal. Varo.

• O valgo do cotovelo limita o desvio radial do punho.


• O varo do cotovelo limita o desvio cubital do punho.
FENÓMENO LESIONAL DO MEMBRO SUPERIOR
RESUMO DAS HIPER E HIPOMOBILIDADES
A NÍVEL PUNHO - MÃO

• Hipomobilidade do cotovelo (cabeça radial posterior =


Hipermobilidade radiocubital inferior (torsões dolorosas).
• Hipomobilidade do cotovelo (lateralidade) =
Hipermobilidade radiocarpica em flexão - extensão.
• Hipomobilidade do polegar ( escafóide - trapezóide) =
Hipermobilidade da metacarpofalângica do polegar.
• Hipomobilidade do dedo grande (semilunar) =
Hipermobilidade da metacarpofalângica do dedo grande.
DOR DO PUNHO EM EXTENSÃO

• Hipomobilidade do grande osso ou da base


dos 2 e 3 metacarpos (flexão) =
Hipermobilidade em extensão do semilunar.
OS TRÊS RAIOS DA MÃO
Cada um dos raios é governado por um osso chave.

1 Raio ( polegar - indicador ) = Escafóide / trapézio.


2 Raio( Maior )= Semilunar /Grande osso.
3 Raio (Anelar- minimo) = piramidal /unciforme.
SUBLUXAÇÃO POSTERIOR DA
RADIOCÁRPICA

I - MECANISMO:
• A etiologia pode ser uma
queda sobre a mão ou uma
pronação forçada.
•Produz-se uma subluxação
posterior do rádio com respeito
ao maciço cárpico.
• Pode associar-se a uma
subluxação anterior do
semilunar.
II – SINTOMAS E DIAGNÓSTICO:
• Dor global da mão em extensão do punho,
sobretudo quando o paciente se apoia sobre a mão.
• Restrição de extensão do punho e de deslizamento
ANTERIOR do rádio com respeito aos ossos do
corpo.

NOTA:
Esta lesão é o equivalente da lesão de tibia anterior
a nivel do pé.
TÉCNICA DIRECTA PARA SUBLUXAÇÃO
POSTERIOR RADIOCARPICA
DISFUNÇÕES DO ESCAFÓIDE

• Existem 3 tipos de disfunções somáticas:


- Disfunção em EXTENSÃO (subluxação ANTERIOR).
- Disfunção em FLEXÃO (subluxação POSTERIOR).
- Disfunção em ADUÇÃO (subluxação EXTERNA).
I - DISFUNÇÃO EM FLEXÃO:
A - MECANISMO:

• A etiologia mais comum é uma


supinação forçada.
• Produz-se uma SUBLUXAÇÃO
POSTERIOR do escafóide com respeito
ao trapezóide.
B - SINTOMAS:
• Dor da parte externa do punho (ligamento lateral
externo) e do polegar.
- Dor e restrição de mobilidade em:
- Extensão do punho e de abdução.
- Extensão e abdução do polegar.
C - DIAGNÓSTICO:
1) PALPAÇÃO:
• Dor postero-externa do punho / tabaqueira anatómica.
• O escafóide sobressai na face dorsal do punho.
2) TESTE DE MOBILIDADE:
• Restrição em extensão da articulação escafo-
trapezoideia.
• Restrição em deslizamento ANTERIOR do escafóide.
NOTA:
Pode associar-se a lesões do cotovelo em:
- Anterioridade da cabeça radial (descida do rádio).
- Lateralidade externa umero - cubital (idem).
- Ao síndrome do canal cárpico.
II - DISFUNÇÃO EM EXTENSÃO:
A - MECANISMO:
• Pronação forçada, queda sobre a mão.
• Produz-se uma subluxação ANTERIOR do escafóide com
respeito ao trapezoide.
B - SINTOMAS:
• Dor da região externa do punho.
• Dor e restrição em:
- FLEXÃO e abdução do punho.
- OPOSIÇÃO polegar-mínimo.
C - DIAGNÓSTICO:
1) PALPAÇÃO:
• Dor da região externa do punho ( tabaqueira anatómica).
• Osso na face dorsal do punho a nível do escafóide.

2) TESTE DE MOBILIDADE:
• Restrição de flexão de articulação escafo-trapezoideia.
• Restrição em deslizamento POSTERIOR do escafóide.

NOTA:
Pode associar-se às lesões de cotovelo em:
posterioridade da cabeça radial (elevação do rádio)
lateralidade externa umero - cubital (idem).
III - DISFUNÇÃO EM ADUÇÃO:
A - MECANSMO:
• A etiologia é uma inclinação cubital forçada (carga de
pesos importantes).
• Produz uma subluxação EXTERNA do escafóide com
respeito ao rádio e ao trapezóide. Há
ENCAVALITAMENTO articular em ADUÇÃO dos ossos
do carpo e estiramento do ligamento lateral externo do
punho: o osso externo realiza um obstáculo mecânico
durante a abdução do punho e do polegar.
B - SINTOMAS:
• Dor importante na região externa do punho pela
tensão do ligamento lateral externo.
• Restrição e dor da tabaqueira anatómica em
ABDUÇÃO e flexão, dor e restrição em abdução do
polegar.
C - DIAGNÓSTICO:
1) PALPAÇÃO:
• Dor da tabaqueira anatómica
• O osso sobressai lateralmente
2) TESTE DE MOBILIDADE:
• Restrição no desvio radial do punho a nível da
articulação escafo-trapezóideia.
NOTA:
Esta lesão pode associar-se a uma disfunção do
cotovelo en lateralidade externa (descida do rádio).
DISFUNÇÕES DO SEMILUNAR E DO GRANDE OSSO

I - DISFUNÇÕES DO SEMILUNAR:
A - DISFUNÇÃO EM EXTENSÃO:
1) Mecanismo:

• A etiologia pode ser uma


queda sobre a mão ou uma
supinação forçada.
• Produz-se uma subluxação
anterior do semilunar com
respeito ao grande osso.
2) Sintomas e diagnóstico:
• Dor na face palmar do punho.
• À palpação um buraco na face dorsal do punho.
• No teste de mobilidade:
- Restrição em FLEXÃO e abdução do punho.
- Restrição de deslizamento posterior do semilunar.
NOTA:
Esta disfunção pode associar-se a uma subluxação
dorsal radiocarpica e participa no síndrome do canal
cárpico.
B - DISFUNÇÕES EM FLEXÃO:
1) Mecanismo:
• A etiologia é uma pronação forçada.
• Produz-se uma subluxação posterior do semilunar com
respeito ao grande osso.

2) Sintomas e diagnóstico:
• Dor na face dorsal do punho.
• Na palpação procidência dorsal do semilunar.
• Teste de mobilidade: Restrição em extensão e adução
do punho.
• Restrição de deslizamento anterior do semilunar.
II - DISFUNÇÕES DO GRANDE OSSO :
A - DISFUNCÃO EM EXTENSÃO:
1) Mecanismo:
• A etiologia pode ser uma queda sobre a mão ou uma
supinação forçada.
• Produz-se uma subluxação anterior do grande osso com
respeito ao semilunar e à base dos 2 , 3 e 4 metacarpos.
2) Sintomas e diagnóstico:
• Dor na face palmar da mão.
• Na palpação buraco na face dorsal do punho.
No teste de mobilidade:
- Restrição em FLEXÃO e adução do punho.
- Restrição em deslizamento posterior do grande osso.
- Rigidez dos 2 , 3 e 4 dedos.
NOTA:
Esta disfunção pode associar-se a uma Subluxação
posterior do 3° metacarpo e participa no síndrome do canal
cárpico.
B - DISFUNÇÃO EM FLEXÃO:
1) Mecanismo:
• A etiologia mais frequente é uma pronação forçada.
• Produz-se uma subluxação posterior do grande osso com
respeito ao semilunar e à base dos 2 3 4 metacarpos.
2) Sintomas e diagnóstico:
• Dor na face dorsal da mão.
• Na palpação procidência do grande osso na face dorsal
da mão.
• Teste de mobilidade:
- Restrição em EXTENSÃO e abdução da mão.
- Restrição de deslizamento anterior do grande osso.
REDUÇÃO DE UMA DISFUNÇÃO POSTERIOR DOS
OSSOS DO CARPO

Técnica de snap em extensão.


REDUÇÃO DE UMA DISFUNÇÃO ANTERIOR DOS
OSSOS DO CARPO

Técnica de snap em flexão.


TÉCNICA DE ARTICULAÇÃO DOS
OSSOS DO CARPO
DISFUNÇÕES DO PIRAMIDAL
I - DISFUNÇÃO EM FLEXÃO:
A - Mecanismo:
• Debe-se a uma pronação forçada
em posição de inclinação radial do
punho ( tensão do ligamento lateral
interno ).
• Produz-se uma subluxação
posterior relativamente ao
unciforme: associa-se a um
espasmo dos músculos
hipotenares.
B - Sintomas e Diagnóstico:
• Dor da estilóide cubital.
• Na palpação, procidência dorsal do piramidal na face
dorsal do punho.
• No teste de mobilidade:
- Restrição em extensão e abdução do punho.
- Restrição de deslizamento anterior do piramidal.

NOTA: Esta disfunção pode associar-se ao síndrome


do canal cárpico ou do canal de GUYON.
II – DISFUNÇÃO EM EXTENSÃO:
A- Mecanismo:
• Debe-se a uma queda sobre a mão em posição de
desvio radial (tensão do ligamento lateral interno ).
• Produz-se uma SUBLUXAÇÃO ANTERIOR do piramidal
relativamente ao unciforme.

B - Sintomas e diagnóstico:
• Dor da estilóide cubital.
• Na palpação depressão na face dorsal do punho.
• No teste de mobilidade:
- Restrição em flexão e adução do punho.
- Restrição no deslizamento posterior do
piramidal.
DISFUNÇÃO RADIOCÁRPICA GLOBAL EM ADUÇÃO

I - MECANISMO:

• Deve-se a uma supinação forçada,


uma adução forçada (suportar pesos).
• Produz-se uma subluxação global
dos ossos do carpo em adução
relativamente ao rádio.

• Esta disfunção associa-se a um encavalitamento global


dos ossos do carpo e a uma subluxação anterior da
cabeça radial ( descida ).
II - SINTOMAS e DIAGNÓSTICO:
• Dor do ligamento lateral externo do punho .
• Impossibilidade em realizar uma abdução do punho:
posição antiálgica do punho em adução.
• No teste de mobilidade forte restrição em abdução e
ligeira limitação em flexão - extensão do punho.
REDUÇÃO DE UMA DISFUNÇÃO EM ADUÇÃO DOS
OSSOS DO CARPO

Técnica de thrust em abdução.


SUBLUXAÇÃO POSTERIOR DA BASE DOS
METACARPOS

I - MECANISMO:
• Resultam de traumatismos directos
sobre a mão em “punhetada”. 1

• Produz-se uma subluxação posterior da


base dos 1º,2 ,3 metacarpos 2
3
relativamente aos ossos da segunda fila
do carpo, associam-se a uma rotação
axial do metacarpo devida ao espasmo
do interósseo. Disfunção posterior do 2º Metacarpo.
1. Subluxação posterior da Base do 2
metacarpo.
2. Rotação externa 2 Metacarpo.
2. Espasmo do 1 interósseo dorsal.
• Pode também acompanhar-se de uma disfunção
anterior do osso do carpo correspondente ao
metacarpo em disfunção.

II - SINTOMAS e DIAGNÓSTICO:
• Dor do dedo correspondente ao metacarpo em lesão.
• Na palpação, depressão posterior da base do
metacarpo implicado na face dorsal da mão.
• No teste de mobilidade restrição em rotação externa
do metacarpo em disfunção.
NOTA:
A redução desta disfunção é difícil pela rigidez da zona
pela presença dos ligamentos interósseos. As técnicas
com drop são as mais eficázes.
TÉCNICA ARTICULATÓRIA PARA SUBLUXAÇÃO
POSTERIOR DA BASE DOS METACARPOS
TÉCNICA ARTICULATÓRIA PARA SUBLUXAÇÃO
POSTERIOR DA BASE DOS METACARPOS

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